Ainda no rescaldo da presença luminosa e iluminadora do papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, no passado mês de Agosto, fui ver o filme A Viagem do Papa Francisco. E recomendo-o vivamente, para não se perder a chama, o entusiasmo, quero dizer. O sonho, diz o Papa.
Já sabemos que não se trata propriamente de um filme – não é ficção – mas de um documentário organizado fundamentalmente a partir de imagens de arquivo das 37 viagens do papa Francisco por 53 países, em nove anos do seu pontificado. Mas é muito mais do que um trabalho jornalístico de recolha de elementos, é como que uma meditação – contemplação – serena sobre as grandes propostas que o Papa Francisco foi deixando em todos esses lugares e situações que visitou. Não como turista, mas como peregrino. E peregrino do Evangelho.
Um documentário de dimensões assumidamente existencialistas que cria e multiplica um valioso diálogo entre as viagens do Papa e o estado do nosso mundo. Gianfranco Rosi traça um curioso paralelismo entre o seu percurso cinematográfico e as viagens de Papa Francisco. Instigado pelo facto de duas das viagens do Papa - a primeira aos refugiados que desembarcam em Lampedusa; a segunda, em 2021, ao Médio Oriente - espelharem de tão perto os itinerários dos seus filmes Fogo no Mar (nomeado ao Óscar da Academia) e Nocturno, o multipremiado Gianfranco Rosi propõe-se a ir no encalço do actual líder mundial da Igreja Católica. Filme estreado no Festival de Veneza
“Qual foi a génese deste documentário? Para saber, clicar AQUI.
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