"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























quarta-feira, 17 de outubro de 2012

CINEMA: Pietà, «se isto é um homem»?

A visão estetizante que perpassa as sociedades contemporâneas vela o “esplendor do caos” (Eduardo Lourenço), do trágico ou do violento. É necessária muita incredulidade para olhar para as grandes narrativas da humanidade (sacro-profanas), e aí, apenas ver anestesicamente o sentido do real. A violência é intrinsecamente má, seguramente? Nenhum humano é intrinsecamente mau, certo? As sociedades não são naturalmente más, de acordo? A aceitação pura destes pontos poderá gerar os mais diversos determinismos (biológicos, sociais ou éticos). Em Deus e o bode expiatório, René Girard coloca uma questão fundamental: “Se a humanidade se perpetua é porque um qualquer procedimento é interrompeu a vingança, impedindo os homens de se matarem uns aos outros. Então, coloca-se a questão: “O que impediu os homens de se massacrarem completamente, uma vez que a vingança é infinita?”. O outrem? O humano? O sacro ou profano? Deus? A Natureza? A violência surge no seu esplendor trágico-dramático impossível de remover, porque o “desejo mimético” é um mecanismo comum e transversal a todos os indivíduos. E então fingimos que a violência diária não existe ou que ela é simplesmente produto de naturezas humanas corrompidas. Problema maior, e aí inevitavelmente trágico, seria o de considerar a perversão social o somatório da perversão individual!
Ler mais em : http://www.snpcultura.org/pieta_1.html
                       http://www.snpcultura.org/pieta_2.html

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