"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























sábado, 7 de janeiro de 2012

A LIÇÃO IRLANDESA

"(...) Depois de três anos em recessão, a Irlanda veio à tona e espera em 2012 um aumento do PIB em 1,6%. Em entrevista à Renascença, o embaixador da Irlanda em Portugal aconselha o país a apostar no turismo, na exportação de produtos tradicionais e na educação.(...)"

Percorram-se os vídeos nos respectivos números do link http://vmais.rr.sapo.pt/default.aspx#acr até se encontrar aquele com esse - "A lição irlandesa"- nome. Clicar e aprenda-se/perceba-se/conheça-se/exija-se/faça-se

A propósito:
O que tem a Holanda que nós não temos
DN de 04 Janeiro 2012

A transferência da sede do Grupo Jerónimo Martins para a Holanda constitui uma verdadeira chamada de atenção para a realidade económica nacional, em termos de falta de competitividade fiscal. É compreensível a indignação daqueles que acusam o capital de ser apátrida, de procurar o máximo proveito, sem um pingo de preocupação pelos superiores interesses do País, num momento de verdadeira emergência nacional. O que mais choca é esse contraste entre o frio pragmatismo do mundo dos negócios, sempre à procura de nova vantagem competitiva adicional, e a onda de sacrifícios fundos que o ajustamento do Orçamento do Estado e dos fatores de produção impõem, e vão continuar a impor, a quem vive (ou viveu) exclusivamente do seu trabalho por conta de outrem.
O capitalismo tem as suas regras de funcionamento, os seus protagonistas e as suas molas propulsoras do investimento, e, através dele, do emprego e do crescimento económico. Não adianta muito chamar-lhe nomes. O que ajuda é compreender em que contexto se situa a economia de Portugal: por mais que a generalidade da população ainda não tenha interiorizado a situação, de facto, o mercado interno de Portugal tem o tamanho do continente europeu. É nesse espaço que se tem de promover a aproximação (para não dizer, a harmonização) fiscal, condição para criar regras menos desiguais em termos de competitividade empresarial.
Esse desiderato, que Merkel e Sarkozy erigem como prioridade para a governação económica da UE, não é de hoje. Há muitos anos que vem sendo posto na sua agenda política, sem êxito. Porque os países mais agressivos, com IRC mais baixo, não abrem mão da sua vantagem relativa. Harmonizar, seria, assim, sinónimo de redução generalizada dos impostos sobre as empresas. Esse caminho está vedado, por razões orçamentais, em Portugal, por vários anos. Quando Passos Coelho afirmou, em entrevista, querer baixar impostos, a partir de 2015, era nisto que ele estava a pensar.
A quase totalidade das 20 empresas cotadas em bolsa no PSI-20 está na mesma situação da Jerónimo Martins - naturalizada holandesa. Esse é mais um espelho implacável, que reflete a distância entre o que somos e o que gostaríamos de ser. E o que podemos agora fazer.

Alexandre Soares dos Santos não deixa de ter razão quando fala em "passividade", "sociedade civil", "avestruz", "exigir":
Presidente do grupo Jerónimo Martins
“Não é destituindo Governos sucessivamente que o país vai lá”
Jornal Público de 09.04.2011 - 10:09 Por Lusa
(...)
O “homem forte” do grupo que detém o Pingo Doce começou por fazer uma “análise” à situação “preocupante” de Portugal.
“O país vai mal”, afirmou e apresentou quatro motivos para a situação de Portugal: “inércia, incompetência, falta de sentido de Estado e passividade da sociedade civil”.
Para Alexandre Soares dos Santos, “a sociedade viu nascer uma crise política, social e financeira mas escondeu a cabeça na areia, como a avestruz”.
Esta “passividade” é sinal, explicou, de “que se tem vindo a perder a noção de ética e do comportamento social responsável”.
Alexandre Soares dos Santos afirmou que o “caminho” passa por “forçar quem de direito a apresentar soluções sérias” (...). No entanto, explicou, “também é tempo de exigir que os impostos cobrados sejam bem aplicados e exigir aos governos que cumpram aquilo que prometem”.
Sobre os partidos políticos, Alexandre Soares dos Santos, afirmou que estes “não representam o país” mas que a “culpa” é da sociedade civil “que não se faz ouvir”.
(...)


Sem comentários:

Enviar um comentário