A atitude, explicitamente abraçada, ou apenas implicitamente condicionadora, de Igreja-fortaleza diminui a sua missão no mundo. Porque faz dela um espaço mais fechado sobre si, medrosamente a remeter-se para a margem. Seja a «fortaleza» mais defensiva, para preservação e retaguarda de ataque, ou mais refúgio confortável de fuga e desistência de engajamento com o mundo, é sempre sinal de fraqueza da Igreja. A Igreja é para ser espaço que arrisca o encontro, ponte de diálogo, porque existe não para condenar o mundo, nem para o ignorar, mas para ser sinal, fermento, sacramento da sua salvação. A Igreja é meio, não fim em si mesma, e é na vulnerabilidade de se dar ao mundo sem medo que encontra a sua própria fortaleza, porque mais se aproxima do modo de ser de Jesus.
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