Após um impulso inicial, os habitantes de Nazaré perdem o entusiasmo admirativo em favor de um certo realismo. Como é que o filho de José pode dizer-se marcado pela unção do Espírito Santo? E as resistências aumentam. Por quem se toma ele? É um pretensioso, um louco ou um impostor. Mesmo os familiares de Jesus querem dominar as suas palavras, visto que diziam: «Está fora de si». Esta questão vai atravessar todo o Evangelho e chega até hoje. Para muitos dos nossos contemporâneos as verdades essenciais da fé e da boa nova são desconcertantes, e até provocantes. O plano da narrativa de Lucas, incluindo os Atos dos Apóstolos, entrevê-se nesta passagem: a mensagem anunciada por Jesus falhou na sua pátria; por isso deve ser proclamada fora dela. Comentário às leituras do 4.º Domingo do Tempo Comum.
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