"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

ESPIRITUALIDADE: Rezar é superar o isolamento

O que significa hoje rezar e como exercitar a arte do «discernimento», questão escolhida pelo papa Francisco para o próximo Sínodo dos Bispos, que em outubro vai debater a relação da Igreja com os jovens? Entrevista ao padre, teólogo e artista esloveno Marko Ivan Rupnik. Para saber mais, clicar AQUI.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

CINEMA&DOCUMENTÁRIO: Documentário sobre o papa Francisco realizado por Wim Wenders estreia em maio


«É com grande humildade que enfrentamos a tarefa de semear este filme na cultura global, de modo que os pensamentos e as palavras de um líder espiritual tão influente e compassivo como o papa Francisco possam firmar raízes», declarou o presidente da produtora principal do documentário. Para saber mais, clicar AQUI.

domingo, 25 de fevereiro de 2018

PALAVRA de DOMINGO: Contextual​izá-la para bem a entender e melhor vivê-la: EUCARISTIA, LITURGIA & VIDA!

Considerando:
1. "Três qualidades essenciais de uma homilia: Positiva, concreta, profética" AQUI
2. "A Palavra de Deus no quotidiano da vida eclesial" AQUI
3. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Para saber mais, clicar AQUI
4. "Os leitores mais atentos poderão confirmar se o Papa Francisco é coerente quando exige qualidade nas homilias como fez na exortação apostólica "A alegria do Evangelho" e a sua prática nas missas que celebra em Santa Marta. Basta ler o livro que reproduz muitas daquelas saborosas homilias feriais" - Pe. Rui Osório in JN de 11/1/2015 - "A verdade é um encontro" AQUI
5. Pregação «não é um sermão sobre um tema abstrato»: Vaticano apresenta diretório sobre homilias. Para saber mais clicar, AQUI
6. Diretório homilético: Para falar de fé e beleza mesmo quando não se é «grande orador». Ver AQUI
7. Papa mais,  pede aos padres para falarem ao «coração» e não fazerem «homilias demasiado intelectuais». Par saber mais, clicar AQUI.
8. Porquê ir à missa ao domingo? Ler AQUI.

Então:
Tema do 2º Domingo do Tempo da Quaresma
No segundo Domingo da Quaresma, a Palavra de Deus define o caminho que o verdadeiro discípulo deve seguir para chegar à vida nova: é o caminho da escuta atenta de Deus e dos seus projectos, o caminho da obediência total e radical aos planos do Pai.
O Evangelho relata a transfiguração de Jesus. Recorrendo a elementos simbólicos do Antigo Testamento, o autor apresenta-nos uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que vai concretizar o seu projecto libertador em favor dos homens através do dom da vida. Aos discípulos, desanimados e assustados, Jesus diz: o caminho do dom da vida não conduz ao fracasso, mas à vida plena e definitiva. Segui-o, vós também.
Na primeira leitura apresenta-se a figura de Abraão como paradigma de uma certa atitude diante de Deus. Abraão é o homem de fé, que vive numa constante escuta de Deus, que aceita os apelos de Deus e que lhes responde com a obediência total (mesmo quando os planos de Deus parecem ir contra os seus sonhos e projectos pessoais). Nesta perspectiva, Abraão é o modelo do crente que percebe o projecto de Deus e o segue de todo o coração.
A segunda leitura lembra aos crentes que Deus os ama com um amor imenso e eterno. A melhor prova desse amor é Jesus Cristo, o Filho amado de Deus que morreu para ensinar ao homem o caminho da vida verdadeira. Sendo assim, o cristão nada tem a temer e deve enfrentar a vida com serenidade e esperança.
EVANGELHOMc 9,2-10
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo,
Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João
e subiu só com eles
para um lugar retirado num alto monte
e transfigurou-Se diante deles.
As suas vestes tornaram-se resplandecentes,
de tal brancura que nenhum lavadeiro sobre a terra
as poderia assim branquear.
Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus.
Pedro tomou a palavra e disse a Jesus:
«Mestre, como é bom estarmos aqui!
Façamos três tendas:
uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias».
Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados.
Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra
e da nuvem fez-se ouvir uma voz:
«Este é o meu Filho muito amado: escutai-O».
De repente, olhando em redor,
não viram mais ninguém,
a não ser Jesus, sozinho com eles.
Ao descerem do monte,
Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém
o que tinham visto,
enquanto o Filho do homem não ressuscitasse dos mortos.
Eles guardaram a recomendação,
mas perguntavam entre si o que seria ressuscitar dos mortos.
AMBIENTE
A segunda parte do Evangelho de Marcos começa com um anúncio da Paixão, posto na boca de Jesus (cf. Mc 8,31-32). Nesta altura, os discípulos já tinham percebido que Jesus era o Messias libertador que Israel esperava (cf. Mc 8,29); mas ainda acreditavam que a missão messiânica de Jesus se ia concretizar num triunfo militar sobre os opressores romanos. Marcos vai explicar aos crentes a quem o Evangelho se destina que o projecto messiânico de Jesus não se vai concretizar em triunfos humanos, mas sim na cruz – isto é, no amor e no dom da vida.
O relato da transfiguração de Jesus é antecedido do primeiro anúncio da paixão (cf. Mc 8,31-33) e de uma instrução sobre as atitudes próprias do discípulo (convidado a renunciar a si mesmo, a tomar a sua cruz e a seguir Jesus no seu caminho de amor e de entrega da vida – cf. Mc 8,34-38). Depois de terem ouvido falar do “caminho da cruz” e de terem constatado aquilo que Jesus pede aos que O querem seguir, os discípulos estão desanimados e frustrados, pois a aventura em que apostaram parece encaminhar-se para um rotundo fracasso; – nessa cruz que irá ser plantada numa colina de Jerusalém – os seus sonhos de glória, de honras, de triunfos e perguntam-se se vale a pena seguir um mestre que nada mais tem para oferecer do que a morte na cruz.
É neste contexto que Marcos coloca o episódio da transfiguração. A cena constitui uma palavra de ânimo para os discípulos (e para os crentes, em geral), pois nela manifesta-se a glória de Jesus e atesta-se que Ele é – apesar da cruz que se aproxima – o Filho amado de Deus. Os discípulos recebem, assim, a garantia de que o projecto que Jesus apresenta é um projecto que vem de Deus; e, apesar das suas próprias dúvidas, recebem um complemento de esperança que lhes permite “embarcar” e apostar nesse projecto.
Literariamente, a narração da transfiguração é uma teofania – quer dizer, uma manifestação de Deus. Portanto, o autor do relato vai colocar no quadro todos os ingredientes que, no imaginário judaico, acompanham as manifestações de Deus (e que encontramos quase sempre presentes nos relatos teofânicos do Antigo Testamento): o monte, a voz do céu, as aparições, as vestes brilhantes, a nuvem e mesmo o medo e a perturbação daqueles que presenciam o encontro com o divino. Isto quer dizer o seguinte: não estamos diante de um relato fotográfico de acontecimentos, mas de uma catequese (construída de acordo com o imaginário judaico) destinada a ensinar que Jesus é o Filho amado de Deus, que traz aos homens um projecto que vem de Deus.
MENSAGEM
Esta página de catequese, destinada a ensinar que Jesus é o Filho de Deus e que o projecto que Ele propõe vem de Deus, está construída sobre elementos simbólicos tirados do Antigo Testamento. Que elementos são esses?
O monte situa-nos num contexto de revelação: é sempre num monte que Deus Se revela; e, em especial, é no cimo de um monte que Ele faz uma aliança com o seu Povo.
A mudança do rosto e as vestes brilhantes, muitíssimo brancas, recordam o resplendor de Moisés, ao descer do Sinai (cf. Ex 34,29), depois de se encontrar com Deus e de ter as tábuas da Lei.
A nuvem, por sua vez, indica a presença de Deus: era na nuvem que Deus manifestava a sua presença, quando conduzia o seu Povo através do deserto (cf. Ex 40,35; Nm 9,18.22; 10,34).
Moisés e Elias representam a Lei e os Profetas (que anunciam Jesus e que permitem entender Jesus); além disso, são personagens que, de acordo com a catequese judaica, deviam aparecer no “dia do Senhor”, quando se manifestasse a salvação definitiva (cf. Dt 18,15-18; Mal 3,22-23).
O temor e a perturbação dos discípulos são a reacção lógica de qualquer homem ou mulher, diante da manifestação da grandeza, da omnipotência e da majestade de Deus (cf. Ex 19,16; 20,18-21).
As tendas parecem aludir à “festa das tendas”, em que se celebrava o tempo do êxodo, quando o Povo de Deus habitou em “tendas”, no deserto.
A mensagem fundamental, amassada com todos estes elementos, pretende dizer quem é Jesus. Recorrendo a simbologias do Antigo Testamento, o autor deixa claro que Jesus é o Filho amado de Deus, em quem se manifesta a glória do Pai. Ele é, também, esse Messias libertador e salvador esperado por Israel, anunciado pela Lei (Moisés) e pelos Profetas (Elias). Mais ainda: Ele é um novo Moisés – isto é, Aquele através de quem o próprio Deus dá ao seu Povo a nova lei e através de quem Deus propõe aos homens uma nova Aliança.
Da acção libertadora de Jesus, o novo Moisés, irá nascer um novo Povo de Deus. Com esse novo Povo, Deus vai fazer uma nova Aliança; e vai percorrer com ele os caminhos da história, conduzindo-o através do “deserto” que leva da escravidão à liberdade.
Esta apresentação tem como destinatários os discípulos de Jesus (esse grupo desanimado e frustrado porque no horizonte próximo do seu líder está a cruz e porque o mestre exige dos discípulos que aceitem percorrer um caminho semelhante). Aponta para a ressurreição, aqui anunciada pela glória de Deus que se manifesta em Jesus, pelas “vestes brilhantes, muitíssimo brancas” (que lembram a túnica branca do “jovem” sentado junto do túmulo de Jesus e que anuncia às mulheres a ressurreição – cf. Mc 16,5) e pela recomendação final de Jesus (“que não contassem a ninguém o que tinham visto, enquanto o Filho do Homem não ressuscitasse dos mortos” – Mc 9,9): diz-lhes que a cruz não será a palavra final, pois no fim do caminho de Jesus (e, consequentemente, dos discípulos que seguirem Jesus) está a ressurreição, a vida plena, a vitória sobre a morte.
Uma palavra final para o desejo – manifestado por Pedro – de construir três tendas no cimo do monte, como se pretendesse “assentar arraiais” naquele quadro. O pormenor pode significar que os discípulos queriam deter-se nesse momento de revelação gloriosa, ignorando o destino de sofrimento de Jesus. Jesus nem responde à proposta: Ele sabe que o projecto de Deus – esse projecto de construir um novo Povo de Deus e levá-lo da escravidão para a liberdade – tem de passar pelo caminho do dom da vida, da entrega total, do amor até às últimas consequências.
ACTUALIZAÇÃO
A reflexão pode fazer-se partindo das seguintes questões:
• A questão fundamental expressa no episódio da transfiguração está na revelação de Jesus como o Filho amado de Deus, que vai concretizar o projecto salvador e libertador do Pai em favor dos homens através do dom da vida, da entrega total de Si próprio por amor. Pela transfiguração de Jesus, Deus demonstra aos crentes de todas as épocas e lugares que uma existência feita dom não é fracassada – mesmo se termina na cruz. A vida plena e definitiva espera, no final do caminho, todos aqueles que, como Jesus, forem capazes de pôr a sua vida ao serviço dos irmãos.
Na verdade, os homens do nosso tempo têm alguma dificuldade em perceber esta lógica… Para muitos dos nossos irmãos, a vida plena não está no amor levado até às últimas consequências (até ao dom total da vida), mas sim na preocupação egoísta com os seus interesses pessoais, com o seu orgulho, com o seu pequeno mundo privado; não está no serviço simples e humilde em favor dos irmãos (sobretudo dos mais débeis, dos mais marginalizados, dos mais infelizes), mas no assegurar para si próprio uma dose generosa de poder, de influência, de autoridade, de domínio, que dê a sensação de pertencer à categoria dos vencedores; não está numa vida vivida como dom, com humildade e simplicidade, mas numa vida feita um jogo complicado de conquista de honras, de glórias, de êxitos. Na verdade, onde é que está a realização plena do homem? Quem tem razão: Deus, ou os esquemas humanos que hoje dominam o mundo e que nos impõem uma lógica diferente da lógica do Evangelho?
• Por vezes somos tentados pelo desânimo, porque não percebemos o alcance dos esquemas de Deus; ou então, parece que, seguindo a lógica de Deus, seremos sempre perdedores e fracassados, que nunca integraremos a elite dos senhores do mundo e que nunca chegaremos a conquistar o reconhecimento daqueles que caminham ao nosso lado… A transfiguração de Jesus grita-nos, do alto daquele monte: não desanimeis, pois a lógica de Deus não conduz ao fracasso, mas à ressurreição, à vida definitiva, à felicidade sem fim.
Os três discípulos, testemunhas da transfiguração, parecem não ter muita vontade de “descer à terra” e enfrentar o mundo e os problemas dos homens. Representam todos aqueles que vivem de olhos postos no céu, alheados da realidade concreta do mundo, sem vontade de intervir para o renovar e transformar. No entanto, ser seguidor de Jesus obriga a “regressar ao mundo” para testemunhar aos homens – mesmo contra a corrente – que a realização autêntica está no dom da vida; obriga a atolarmo-nos no mundo, nos seus problemas e dramas, a fim de dar o nosso contributo para o aparecimento de um mundo mais justo e mais feliz. A religião não é um ópio que nos adormece, mas um compromisso com Deus, que se faz compromisso de amor com o mundo e com os homens.
Transfiguração: Indizível luz de Deus para mendigos de sentido
«Para nós, buscadores de luz, foi traçada a estrada mestra: escutá-lo, dar tempo e coração à Palavra, até que se torne carne e vida. E depois segui-lo, amando as coisas que Ele amava, preferindo aqueles que Ele preferia, refutando o que Ele refutava.» Para saber mais, clicar AQUI.





 São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja
Homilias sobre Marcos, n.º 6, SC 494

Cristo, anunciado pelos profetas, único salvador do género humano


«Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: "Mestre, como é bom estarmos aqui!"» Também eu, quando leio as Escrituras e compreendo espiritualmente um ensinamento sublime, não quero descer daí, não quero descer a realidades mais humildes: quero fazer uma tenda para Cristo, a Lei e os profetas no meu coração. Mas Jesus, que veio salvar o que estava perdido, que não veio salvar os santos, mas os que se portam mal, sabe que, se permanecer no alto da montanha, se não descer à terra, o género humano não será salvo.

«De repente, olhando em redor, não viram mais ninguém». Quando leio o evangelho, e vejo nele testemunhos da Lei e dos profetas, apenas considero a Cristo: não vi Moisés, não vi os profetas, senão para compreender que eles falavam de Cristo. Quando por fim chego ao esplendor de Cristo e recebo, por assim dizer, a luz esplendorosa do sol brilhante, não sou capaz de ver a luz de uma lamparina. Uma lamparina acesa a meio do dia nada ilumina: quando o sol brilha, a luz de uma lamparina torna-se invisível; assim também, na presença de Cristo, a Lei e os profetas são, por comparação, totalmente invisíveis. Não estou a criticar a Lei e os profetas, pelo contrário, estou a louvá-los porque anunciam Cristo; mas leio a Lei e os profetas sem querer fechar-me neles, antes para através deles chegar a Cristo. A Ele, com o Pai e o Espírito Santo, glória e majestade pela infinitude dos séculos dos séculos. Amén.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

inPRENSA semanal: a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão.




Os neoprotestantes
Um país em suspenso
Pode Ser Diferente?
Opinião. O maior risco da sua vida
EUA acusam 13 cidadãos russos e três entidades de interferência eleitoral
Ex-modelo ou deportado por pedofilia: quem era o sem abrigo encontrado morto em Londres?
Russos até comícios fizeram para ajudar Donald Trump
De Calvário a Salvador: qual é o segredo da vitória na Eurovisão?
Vencedores, vencidos ou nem por isso
Elina, a "justiceira" de Rio ou "cedência ao populismo"?
Rio ignora intrigas internas e fala só para o país
Rio quer aumentar o investimento e descentralizar o Estado
As caras da equipa de Rui Rio 
A principal reforma de Rio
E agora, Rui Rio?
Costa tem razão para ficar preocupado com Rui Rio
Rio coloca questões sociais e classe média no topo da agenda do PSD
O que ficou do congresso do PSD em 7 notas
Congresso do PSD. E o prémio vai para...
O Bom, a má e os outros
Rios não confluentes
Guião de uma direita infeliz
O Rui Rio que eu conheço
Rui quê?
O congresso de uma morte anunciada, a de Rui Rio
Trump tentou silenciar "coelhinha" com quem manteve relação
Padrões de exigência
Salários médios sobem no turismo, mas ainda não vão além dos 632 euros
Ferraz da Costa. O que pensa o "homem competitividade” sobre o trabalho e os trabalhadores
Um olhar sobre as políticas sociais do presente e do futuro
O Tejo e o futuro da poluição no rio
"Elogio da sede". Palavras do padre português que orienta o retiro do Papa
CIA: há 70 anos a derrubar Governos e influenciar eleições
Instrumentos cirúrgicos podem espalhar a proteína do Alzheimer
Alterações climáticas e cibersegurança são os temas do dia, diz novo doutor Guterres
Erro no Festival da Canção. RTP corrige votação do público e há uma nova canção na final
Festival da Canção 2018 | Semi Final 1 - My Top 13
ou
Quis fazer um "pronto a servir" e talvez tenha sido esse o perigo
Não infantilizar os fiéis
Ministério Público investiga pagamentos da Ordem dos Advogados a sócia de Elina Fraga
Durão Barroso prometeu mas não cumpriu (e fez lóbi pelo Goldman Sachs)
Descoberto novo método para combater o envelhecimento
Ferraz da Costa: uma elite antiga e decadente
Esta aplicação vai ajudá-lo a poupar na farmácia
“Vice” do PSD não se demite e explica “desvio orçamental” na Ordem dos Advogados
Reduzir TSU e taxar lucros pode salvar Segurança Social e criar 200 mil empregos
Mais de 200 milhões de euros de fundos da UE pagos indevidamente
As novas fronteiras da superstição
O bairro que precisa de ajuda e as freiras que estão lá para o que é preciso
Amnistia Internacional. Portugal falhou no acolhimento de refugiados
Renúncias quaresmais apoiam projetos em Portugal, África, Ásia e Médio Oriente
Europa "devia ter começado ontem" a preparar-se para secas e inundações do futuro
ONU alerta: Amazónia perto de ponto de "não retorno"
Sem palavras nem imagens
A destruição da Síria
Bruxelas terá dado parecer positivo a mina de urânio espanhola
PCP quer ponto final no acordo ortográfico
Novas revelações aumentam suspeitas contra Proença de Carvalho na Operação Fizz
Israelitas investem milhões no Porto (e pode vir aí o primeiro hotel só para judeus)
Uma oportunidade
O futebol e os média
Sobreviveu ao nazismo para levar Jesus às cadeias portuguesas. Morreu o padre Dâmaso Lambers
A seca, problema estrutural
Porque é que os cães são mais importantes do que os bebés (humanos)?
Bispo de Viseu contra a retirada de crucifixos na câmara
Legislação capciosa
Álvaro Sobrinho suspeito de suborno a Rangel
Email das Finanças sobre limpeza de terrenos está a gerar o pânico

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

ATENÇÃO/MEDITAÇÃO/REFLEXÃO: Verdade desarmada e amor desinteressado

«Estou firmemente convencido de que a verdade desarmada e o amor desinteressado terão a última palavra. É mais do que nunca necessário tornar a escutar agora (e sempre) a voz dos pacificadores, já “beatificados” por Jesus no Discurso da Montanha.» Para saber mais clicar AQUI & AQUI.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

LIVRO&LEITURA: “Cardeal Cerejeira - Um Patriarca de Lisboa no século XX português”

A obra, publicada pela Gradiva, «é ao mesmo tempo um ensaio biográfico e uma introdução ao século XX português», sem o qual não se compreende o presente e entra-se «no futuro às arrecuas», escreve o autor. Para saber mais, clicar AQUI.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

LIVRO&LEITURA: “O engano das ilusões – Os sete pecados capitais entre espiritualidade e psicologia”

«Quem deseja empreender uma experiência sincera de ser cristão, que consiste em deixar-se alcançar por Deus e unir-se a Ele, é fundamental começar precisamente por si próprio, ou, se preferirmos, regressar a si próprio. Com efeito, não existe outro lugar para o encontro com Deus a não ser o próprio mundo interior.» Para saber mais, clicar AQUI.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

CINEMA&FLIME: “The Florida project”

Quanta simpatia, quanta preocupação, quanta compaixão terão os espetadores por aqueles que estão enclausurados numa vida que a maioria das audiências acha repelente ou não aprova? Para saber mais, clicar AQUI.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

PALAVRA de DOMINGO: Contextual​izá-la para bem a entender e melhor vivê-la: EUCARISTIA, LITURGIA & VIDA!

Considerando:
1. "Três qualidades essenciais de uma homilia: Positiva, concreta, profética" AQUI
2. "A Palavra de Deus no quotidiano da vida eclesial" AQUI
3. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Para saber mais, clicar AQUI
4. "Os leitores mais atentos poderão confirmar se o Papa Francisco é coerente quando exige qualidade nas homilias como fez na exortação apostólica "A alegria do Evangelho" e a sua prática nas missas que celebra em Santa Marta. Basta ler o livro que reproduz muitas daquelas saborosas homilias feriais" - Pe. Rui Osório in JN de 11/1/2015 - "A verdade é um encontro" AQUI
5. Pregação «não é um sermão sobre um tema abstrato»: Vaticano apresenta diretório sobre homilias. Para saber mais clicar, AQUI
6. Diretório homilético: Para falar de fé e beleza mesmo quando não se é «grande orador». Ver AQUI
7. Papa mais,  pede aos padres para falarem ao «coração» e não fazerem «homilias demasiado intelectuais». Par saber mais, clicar AQUI.
8. Porquê ir à missa ao domingo? Ler AQUI.

Então:
Tema do 1º Domingo do Tempo da Quaresma
No primeiro Domingo do Tempo da Quaresma, a liturgia garante-nos que Deus está interessado em destruir o velho mundo do egoísmo e do pecado e em oferecer aos homens um mundo novo de vida plena e de felicidade sem fim.
A primeira leitura é um extracto da história do dilúvio. Diz-nos que Jahwéh, depois de eliminar o pecado que escraviza o homem e que corrompe o mundo, depõe o seu “arco de guerra”, vem ao encontro do homem, faz com ele uma Aliança incondicional de paz. A acção de Deus destina-se a fazer nascer uma nova humanidade, que percorra os caminhos do amor, da justiça, da vida verdadeira.
No Evangelho, Jesus mostra-nos como a renúncia a caminhos de egoísmo e de pecado e a aceitação dos projectos de Deus está na origem do nascimento desse mundo novo que Deus quer oferecer a todos os homens (o “Reino de Deus”). Aos seus discípulos Jesus pede – para que possam fazer parte da comunidade do “Reino” – a conversão e a adesão à Boa Nova que Ele próprio veio propor.
Na segunda leitura, o autor da primeira Carta de Pedro recorda que, pelo Baptismo, os cristãos aderiram a Cristo e à salvação que Ele veio oferecer. Comprometeram-se, portanto, a seguir Jesus no caminho do amor, do serviço, do dom da vida; e, envolvidos nesse dinamismo de vida e de salvação que brota de Jesus, tornaram-se o princípio de uma nova humanidade.
EVANGELHOMc 1,12-15
Evangelho de Nosso senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo,
o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto.
Jesus esteve no deserto quarenta dias
e era tentado por Satanás.
Vivia com os animais selvagens
e os Anjos serviam-n’O.
Depois de João ter sido preso,
Jesus partiu para a Galileia
e começou a pregar o Evangelho, dizendo:
«Cumpriu-se o tempo
e está próximo o reino de Deus.
Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».

AMBIENTE
O Evangelho de Marcos começa com uma introdução (cf. Mc 1,2-13) destinada a apresentar Jesus. Em três quadros iniciais, Marcos diz-nos que Jesus é Aquele que vem “baptizar no Espírito” (cf. Mc 1,2-8), o Filho amado, sobre quem o Pai derrama o Espírito e a quem envia em missão para o meio dos homens (cf. Mc 1,9-11), o Messias que enfrenta e vence o mal que oprime os homens, a fim de fazer nascer um mundo novo e uma nova humanidade (cf. Mc 1,12-13). A primeira parte do texto que nos é proposto apresenta-nos o terceiro destes quadros. Situa-nos num “deserto” não identificado, não longe do lugar onde Jesus foi baptizado por João Baptista.
Depois deste tríptico introdutório, entramos na primeira parte do Evangelho (cf. Mc 1,14-8,30). Aí, Marcos vai descrever a acção de Jesus, o Messias que o Pai enviou ao mundo para anunciar aos homens uma realidade nova chamada “Reino de Deus”. Na segunda parte do texto que nos é hoje proposto, temos um “sumário-anúncio” da pregação inaugural de Jesus sobre o “Reino” (cf. Mc 1,14-15). O texto situa-nos na Galileia, região setentrional da Palestina, zona em permanente contacto com o mundo pagão e, portanto, considerada à margem da história da salvação.

MENSAGEM
Temos então, como primeira cena, o episódio da tentação de Jesus no deserto (vers. 12-13). Mais do que uma descrição fotográfica de acontecimentos concretos, trata-se de uma catequese. Está carregado de símbolos, que é preciso descodificar para entender a mensagem proposta.
O deserto é, na teologia de Israel, o lugar privilegiado do encontro com Deus; foi no deserto que o Povo experimentou o amor e a solicitude de Jahwéh e foi no deserto que Jahwéh propôs a Israel uma Aliança. Contudo, o deserto é também o lugar da “prova”, da “tentação”; foi no deserto que Israel foi confrontado com opções e foi no deserto, também, que Israel sentiu, várias vezes, a tentação de escolher caminhos contrários aos propostos por Deus… O “deserto” para onde Jesus “vai” é, portanto, o “lugar” do encontro com Deus e do discernimento dos seus projectos; e é o “lugar” da prova, onde se é confrontado com a tentação de abandonar Deus e de seguir outros caminhos.
Nesse “deserto”, Jesus ficou “quarenta dias” (vers. 13a). O número “quarenta” é bastante frequente no Antigo Testamento. Muitas vezes refere-se ao tempo da caminhada do Povo de Israel pelo deserto, desde que deixou a terra da escravidão, até entrar na terra da liberdade; mas também é usado para significar “toda a vida” (a esperança média de vida, na época, rondava os quarenta anos). Deve ser entendido com o sentido de “toda a vida” ou, então, “todo o tempo que durou a caminhada”.
Durante esse tempo, Jesus foi “tentado por Satanás” (vers. 13b). A palavra “satanás” designava, originalmente, o adversário que, no contexto do julgamento, apresentava a acusação (cf. Sal 109,6). Mais tarde, a palavra vai passar a designar uma personagem que integrava a corte celeste e que acusava o homem diante de Deus (cf. Job 1,6-12). Na época de Jesus, “satanás” já não era considerado uma personagem da corte celeste, mas um espírito mau, inimigo do homem, que procurava destruir o homem e frustrar os planos de Deus. É neste sentido que ele vai aparecer aqui… “Satanás” representa um personagem que vai tentar levar Jesus a esquecer os planos de Deus e a fazer escolhas pessoais, que estejam em contradição com os projectos do Pai.
Ao referir as tentações de “Satanás”, é provável que Marcos estivesse a pensar, em concreto, em tentações de poder e de messianismo político. O deserto era, tradicionalmente, o lugar de refúgio dos agitadores e dos rebeldes com pretensões messiânicas. A tentação pretende, portanto, induzir Jesus a enveredar por um caminho de poder, de autoridade, de violência, de messianismo político, frustrando os projectos de Deus que passavam por um messianismo marcado pelo amor incondicional, pelo serviço simples e humilde, pelo dom da vida.
A referência às “feras” que rodeavam Jesus e aos “anjos” que O serviam (vers. 13c) deve aludir a certas interpretações de Gn 2-3, muito em voga nos ambientes rabínicos, no século I. Alguns “mestres” de Israel ensinavam que Adão, o primeiro homem, vivia no paraíso em paz completa com todos os animais e que os anjos estavam à sua volta para o servir; mas, quando Adão escolheu o caminho da auto-suficiência e se revoltou contra Deus, rompeu-se a harmonia original, os animais tornaram-se inimigos do homem e até os anjos deixaram de o servir. A catequese dos “rabis” adiantava ainda que, quando o Messias chegasse, nasceria um mundo harmonioso, sem violência e sem conflito, onde até os animais ferozes viveriam em paz com o homem. Seria o regresso à harmonia original, ao plano original de Deus para os homens e para o mundo. É isso que Marcos está aqui a sugerir: com Jesus, chegou esse tempo messiânico de paz sem fim, chegou o tempo de o mundo regressar a essa harmonia que era o plano inicial de Deus. Haverá, também, uma intenção de estabelecer um paralelo entre Adão e Jesus: Adão cedeu à tentação de escolher caminhos contrários aos de Deus e criou inimizade, violência, conflito, escravidão, sofrimento; Jesus escolheu viver na mais completa fidelidade aos projectos de Deus e fez nascer um mundo novo, de harmonia, de paz, de amor, de felicidade sem fim.
Em síntese: temos aqui uma catequese sobre as opções de Jesus. Marcos sugere que, ao longe de toda a sua existência (“quarenta dias”), Jesus confrontou-Se com dois caminhos, com duas propostas de vida: ou viver na fidelidade aos projectos do Pai, fazendo da sua vida uma entrega de amor, ou frustrar os planos de Deus, enveredando por um caminho messiânico de poder, de violência, de autoridade, de despotismo, ao jeito dos grandes deste mundo. Jesus escolheu viver na obediência às propostas do Pai; da sua opção, vai surgir um mundo de paz e de harmonia, um mundo novo que reproduz o plano original de Deus.
Na segunda parte do Evangelho deste domingo (vers. 14-15), temos uma outra cena. Marcos transporta-nos para a Galileia, onde Jesus aparece a concretizar esse plano salvador do Pai que, na cena anterior, Ele escolheu cumprir.
Jesus começa, precisamente, por anunciar que “chegou o tempo”. Que “tempo” é esse? É o “tempo” do “Reino de Deus”. A expressão – tão frequente no Evangelho segundo Marcos – leva-nos a um dos grandes sonhos do Povo de Deus…
A catequese de Israel (como aliás acontecia com a reflexão teológica de outros povos do Crescente Fértil) referia-se, com frequência, a Jahwéh como a um rei que, sentado no seu trono, governa o seu Povo. Mesmo quando Israel passou a ter reis terrenos, esses eram considerados, apenas, como homens escolhidos e ungidos por Jahwéh para governar o Povo, em lugar do verdadeiro rei que era Deus. O exemplo mais típico de um rei/servo de Jahwéh, que governa Israel em nome de Jahwéh, submetendo-se em tudo à vontade de Deus, foi David. A saudade deste rei ideal e do tempo ideal de paz e de felicidade em que Jahwéh reinava (através de David) sobre o seu povo vai marcar toda a história futura de Israel. Nas épocas de crise e de frustração nacional, quando reis medíocres conduziam a nação por caminhos de morte e de desgraça, o Povo sonhava com o regresso aos tempos gloriosos de David. Os profetas, por sua vez, vão alimentar a esperança do Povo anunciando a chegada de um tempo, no futuro, em que Jahwéh vai voltar a reinar sobre Israel e vai restabelecer a situação ideal da época de David. Essa missão, na perspectiva profética, será confiada a um “ungido” que Deus vai enviar ao seu Povo. Esse “ungido” (em hebraico “messias”, em grego “cristo”) estabelecerá, então, um tempo de paz, de justiça, de abundância, de felicidade sem fim – isto é, o tempo do “reinado de Deus”.
O “Reino de Deus” é, portanto, uma noção que resume a esperança de Israel num mundo novo, de paz e de abundância, preparado por Deus para o seu Povo. Esta esperança está bem viva no coração de Israel na época em que Jesus aparece a dizer: “cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus”. Certas afirmações de Jesus, transmitidas pelos Evangelhos sinópticos, mostram que Ele tinha consciência de estar pessoalmente ligado ao Reino e de que a chegada do Reino dependia da sua acção.
Jesus começa, precisamente, a construção desse “Reino” pedindo aos seus conterrâneos a conversão (“metanoia”) e o acolhimento da Boa Nova (“evangelho”).
“Converter-se” significa transformar a mentalidade e os comportamentos, assumir uma nova atitude de base, reformular os valores que orientam a própria vida. É reequacionar a vida, de modo a que Deus passe a estar no centro da existência do homem e ocupe sempre o primeiro lugar. Na perspectiva de Jesus, não é possível que esse mundo novo de amor e de paz se torne uma realidade, sem que o homem renuncie ao egoísmo, ao orgulho, à auto-suficiência e passe a escutar, de novo, Deus e as suas propostas.
“Acreditar” não é, apenas, aceitar um conjunto de verdades intelectuais; mas é, sobretudo, aderir à pessoa de Jesus, escutar a sua proposta, acolhê-la no coração, fazer dela o guia da própria vida. “Acreditar” é escutar essa “Boa Notícia” de salvação e de libertação (“evangelho”) que Jesus propõe e fazer dela o centro à volta do qual se constrói toda a existência.
“Conversão” e “adesão ao projecto de Jesus” são duas faces de uma mesma moeda: a construção de um homem novo, com uma nova mentalidade, com novos valores, com uma postura vital inteiramente nova. Então, sim teremos um mundo novo – o “Reino de Deus”.

ACTUALIZAÇÃO
• O quadro da “tentação no deserto” diz-nos que Jesus, ao longo do caminho que percorreu no meio dos homens, foi confrontado com opções. Ele teve de escolher entre viver na fidelidade aos projectos do Pai e fazer da sua vida um dom de amor, ou frustrar os planos de Deus e enveredar por um caminho de egoísmo, de poder, de auto-suficiência. Jesus escolheu viver – de forma total, absoluta, até ao dom da vida – na obediência às propostas do Pai. Os discípulos de Jesus são confrontados a todos os instantes com as mesmas opções. Seguir Jesus é perceber os projectos de Deus e cumpri-los fielmente, fazendo da própria vida uma entrega de amor e um serviço aos irmãos. Estou disposto a percorrer este caminho?
• Ao dispor-se a cumprir integralmente o projecto de salvação que o Pai tinha para os homens, Jesus começou a construir um mundo novo, de harmonia, de justiça, de reconciliação, de amor e de paz. A esse mundo novo, Jesus chamava “Reino de Deus”. Nós aderimos a esse projecto e comprometemo-nos com ele, no dia em que escolhemos ser seguidores de Jesus. O nosso empenho na construção do “Reino de Deus” tem sido coerente e consequente? Mesmo contra a corrente, temos procurado ser profetas do amor, testemunhas da justiça, servidores da reconciliação, construtores da paz?
Para que o “Reino de Deus” se torne uma realidade, o que é necessário fazer? Na perspectiva de Jesus, o “Reino de Deus” exige, antes de mais, a “conversão”. “Converter-se” é, antes de mais, renunciar a caminhos de egoísmo e de auto-suficiência e recentrar a própria vida em Deus, de forma a que Deus e os seus projectos sejam sempre a nossa prioridade máxima. Implica, naturalmente, modificar a nossa mentalidade, os nossos valores, as nossas atitudes, a nossa forma de encarar Deus, o mundo e os outros. Exige que sejamos capazes de renunciar ao egoísmo, ao orgulho, à auto-suficiência, ao comodismo e que voltemos a escutar Deus e as suas propostas. O que é que temos de “converter” – quer em termos pessoais, quer em termos institucionais – para que se manifeste, realmente, esse Reino de Deus tão esperado?
• De acordo com a Palavra de Deus que nos é proposta, o “Reino de Deus” exige, também, o “acreditar” no Evangelho. “Acreditar” não é, na linguagem neo-testamentária, a aceitação de certas afirmações teóricas ou a concordância com um conjunto de definições a propósito de Deus, de Jesus ou da Igreja; mas é, sobretudo, uma adesão total à pessoa de Jesus e ao seu projecto de vida. Com a sua pessoa, com as suas palavras, com os seus gestos e atitudes, Jesus propôs aos homens – a todos os homens – uma vida de amor total, de doação incondicional, de serviço simples e humilde, de perdão sem limites. O “discípulo” é alguém que está disposto a escutar o chamamento de Jesus, a acolher esse chamamento no coração e a seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida. Estou disposto acolher o chamamento de Jesus e a percorrer o caminho do “discípulo”?
O chamamento a integrar a comunidade do “Reino” não é algo reservado a um grupo especial de pessoas, com uma missão especial no mundo e na Igreja; mas é algo que Deus dirige a cada homem e a cada mulher, sem excepção. Todos os baptizados são chamados a ser discípulos de Jesus, a “converter-se”, a “acreditar no Evangelho”, a seguir Jesus nesse caminho de amor e de dom da vida. Esse chamamento é radical e incondicional: exige que o “Reino” se torne o valor fundamental, a prioridade, o principal objectivo do discípulo.
• O “Reino” é uma realidade que Jesus começou e que já está, decisivamente, implantada na nossa história. Não tem fronteiras materiais e definidas; mas está a acontecer e a concretizar-se através dos gestos de bondade, de serviço, de doação, de amor gratuito que acontecem à nossa volta (muitas vezes, até fora das fronteiras institucionais da “Igreja”) e que são um sinal visível do amor de Deus nas nossas vidas. Não é uma realidade que construímos de uma vez, mas é uma realidade sempre em construção, sempre a fazer-se, até à sua realização final, no fim dos tempos, quando o egoísmo e o pecado desaparecerem para sempre. Em cada dia que passa, temos de renovar o compromisso com o “Reino” e empenharmo-nos na sua edificação.





A tentação é sempre uma opção entre dois amores: Peço-te, escolhe a vida
«Tirai as tentações e ninguém mais se salvará» (Abba António, Padre do Deserto), porque faltaria o grande jogo da liberdade. Esse que abre toda a secção da lei na Bíblia: coloco diante de ti a vida e a morte, escolhe! O primeiro de todos os mandamentos é um decreto de liberdade: escolhe! Para saber mais, clicar AQUI.
Quaresma: Penitência sim, tristeza não
Só Deus nos pode dar a verdadeira felicidade: é inútil perdermos o nosso tempo a procurá-la noutros lugares, nas riquezas, nos prazeres, no poder, na carreira… O reino de Deus é a realização de todas as nossas aspirações. Para saber mais, clicar AQUI.




Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Discursos sobre os Salmos, PS 60; CCL 39, 766
«Ele mesmo foi provado em tudo, à nossa semelhança, excepto no pecado» (Heb 4,15)


«Escutai, ó Deus, o meu clamor, atendei a minha oração! [...] Dos confins da terra grito por Vós, com o meu coração desfalecido» (Sl 60,2-3). Dos confins da terra, ou seja, de toda a parte. [...] Não é só uma pessoa que fala assim; e, no entanto, é uma só pessoa, porque não há senão um só Cristo, do qual somos os membros (Ef 5,23). [...] Aquele que grita dos confins da terra está angustiado, mas não foi abandonado. Porque fomos nós, ou seja, o seu corpo, que o Senhor quis prefigurar no seu próprio corpo. [...]

Simbolizou-nos na sua pessoa quando quis ser tentado por Satanás. Lê-se no Evangelho que Nosso Senhor, Cristo Jesus, foi tentado no deserto pelo diabo. Em Cristo, és tu que és tentado, porque Cristo tomou de ti a sua humanidade para te dar a sua salvação, de ti tomou a sua morte para te dar a sua vida, de ti sofreu os seus ultrajes para te dar a sua honra. Foi portanto de ti que Ele tomou as tentações, para te dar a sua vitória. Se somos tentados nele, nele também triunfaremos do diabo.

Reconheces que Cristo foi tentado, e não reconheces que alcançou a vitória? Reconhece-te como tentado ele, reconhece-te como vencedor nele. Ele poderia ter impedido o diabo de se aproximar dele; mas, se não tivesse sido tentado, como nos teria ensinado a maneira de vencer a tentação? Por isso, não é de espantar que, atormentado pela tentação, Ele grite dos confins da terra segundo este salmo. Mas porque não é vencido? O salmo continua: «Conduzi-me ao rochedo». [...] Recorda o Evangelho: «Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja» (Mt 16,18). Assim, é a Igreja, que Ele quis construir sobre a pedra, que grita dos confins da terra. Mas quem se tornou rochedo, para que a Igreja pudesse ser construída sobre o rochedo? Ouçamos S. Paulo: «O rochedo era Cristo» (1Cor 10,4). É pois sobre Ele que nós somos edificados. Por isso, a pedra sobre a qual somos construídos foi a primeira a ser batida pelos ventos, pelas torrentes e pelas chuvas, quando Cristo foi tentado pelo diabo (Mt 7,25). Eis a fundação inabalável sobre a qual Ele te quis edificar.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

inPRENSA semanal: a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão.


Sexo e água benta
Convite da Igreja à abstinência divide Portugal
Exército israelita lança “ataque em larga escala” na Síria
Poder no vácuo
Muitíssimo vale uma bandeira
Este homem entrou na Zona de Exclusão de Chernobyl e fotografou-a com infravermelhos
E depois do caça israelita abatido?
Pessoas e robots
O homem que “quebrou” o Banco de Inglaterra, quer “quebrar” o Brexit
Documento secreto revela mega-fraude de 265 milhões com gasóleo espanhol
Governo lança corrida milionária ao “petróleo branco” com concursos públicos
Portugal quer entrar no roteiro de grandes produções de Hollywood
"Inaceitável”. CDS contra novos impostos europeus propostos por Costa
Cientistas criam "nanorobôs" que destroem tumores
Esta mania de mexer no que está a correr bem
Wall Street tropeçou nos próprios pés
Rui Rangel suspeito de “angariar clientela”
Farmacêuticas ligadas a “epidemia de mortes” nos EUA
A Europa à espera de Godot
Um mundo em suspenso
Economia portuguesa cresceu 2,7%, o valor mais alto desde 2000
Clube da EDP pagou 11 anos de salário a funcionária que nunca existiu
Polícia israelita tem “provas suficientes” para acusar Netanyahu de corrupção
Os bons números do turismo
Câmara de Almada paga 200 mil euros por ano por quinta que nunca usou
“Só via vermelho”, disse Pedro Dias
Português sem-abrigo em Londres morreu em estação de metro
Ser missionária no Curdistão. “Ouvimos que andam a odiar-se”, mas yazidis, muçulmanos e cristãos trabalham juntos
Mais dinheiro para a União?
Vinte termas para descobrir no Norte de Portugal
A lei do celibato dos padres
Plano mirabolante de Elon Musk vai levar internet barata a todo o mundo
https://zap.aeiou.pt/plano-mirabolante-elon-musk-vai-levar-internet-barata-todo-mundo-191993
Centeno bloqueou os 500 milhões que deu aos hospitais para pagar dívidas
"Caos total no hospital de Gaia". Ordem alerta para "situação dramática"
Frei Bento Domingues responde a D. Manuel Clemente: “É um ato da teologia das palavras cruzadas. Um delírio”
Um dia vai ser proibido ser católico
Sexo é bom, senhor Cardeal