"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























terça-feira, 31 de julho de 2012

QUESTÕES de MORAL: Crise 3

Mais uma das boas "partidas" da ANTENA 2, pois claro!!!
«Escrito e apresentado por Joel Costa.
Caído em cheio na era do progresso tecnológico, da política-espectáculo, o cidadão comum continua a interrogar-se quanto à circunstância histórica e moral que lhe cabe viver.
Em busca do nexo moral escondido no tempo das novas angústias...»
http://www.rtp.pt/play/p251/e65957/questoes-de-moral

Por estas e por outras, ANTENA 2 sempre!!!

a "DESCOLONIZAÇÃO EXEMPLAR"

deu no que deu, nisto, não é verdade Srº Drº Mário Soares & Comandita?

Mãos amigas fizeram-me chegar estes materiais imperdíveis, oportunos, mais que suficientemente esclarecedores - será preciso adjectivá-los mais? Por isso, fico-lhes imensamente grato e com uma certeza, a de que não estarei sozinho nestes agradecimentos!

Primeiro:
Pimenta Negra - [Mia Couto] insuspeito, logo...
Rico é quem possui meios de produção.
Rico é quem gera dinheiro» dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele. A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos “ricos”. Aquilo que têm, não detêm. Pior, aquilo que exibem como seu é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados.
Necessitariam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por os lançar a eles próprios na cadeia. Necessitariam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem.
O maior sonho dos nossos novos-ricos é, afinal, muito pequenito: um carro de luxo, umas efémeras cintilâncias.
Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas. O Mercedes e o BMW não podem fazer inteiro uso dos seus brilhos, ocupados que estão em se esquivar entre chapas muito convexos e estradas muito côncavas. A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza Uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade.
As casas de luxo dos nossos falsos ricos são menos para serem habitadas do que para serem vistas.
Fizeram-se para os olhos de quem passa. Mas ao exibirem-se, assim, cheias de folhos e chibantices, acabam atraindo alheias cobiças. O fausto das residências chama grades, vedações electrificadas e guardas privados. Mas por mais guardas que tenham à porta, os nossos pobres-ricos não afastam o receio das invejas e dos feitiços que essas invejas convocam.
Coitados dos novos ricos. São como a cerveja tirada à pressão. São feitos num instante mas a maior parte é só espuma.
O que resta de verdadeiro é mais o copo que o conteúdo. Podiam criar gado ou vegetais. Mas não. Em vez disso, os nossos endinheirados feitos sob pressão criam amantes. Mas as amantes (e/ou os amantes) têm um grave inconveniente: necessitam ser sustentados com dispendiosos mimos. O maior inconveniente é ainda a ausência de garantia do produto. A amante de um pode ser, amanhã, amante de outro. O coração do criador de amantes não tem sossego: quem traiu sabe que pode ser traído.
Os nossos endinheirados-às-pressas não se sentem bem na sua própria pele.
Sonham em ser americanos, sul-africanos. Aspiram ser outros, distantes da sua origem, da sua condição. E lá estão eles imitando os outros, assimilando os tiques dos verdadeiros ricos de lugares verdadeiramente ricos. Mas os nossos candidatos a homens de negócios não são capazes de resolver o mais simples dos dilemas: podem comprar aparências, mas não podem comprar o respeito e o afecto dos outros. Esses outros que os vêem passear-se nos mal-explicados luxos. Esses outros que reconhecem neles uma tradução de uma mentira. A nossa elite endinheirada não é uma elite: é uma falsificação, uma imitação apressada.
A luta de libertação nacional guiou-se por um princípio moral: não se pretendia substituir uma elite exploradora por outra, mesmo sendo de uma outra raça. Não se queria uma simples mudança de turno nos opressores.
Estamos hoje no limiar de uma decisão: quem faremos jogar no combate pelo desenvolvimento? Serão estes que nos vão representar nesse relvado chamado “a luta pelo progresso”? Os nossos novos ricos (que nem sabem explicar a proveniência dos seus dinheiros) já se tomam a si mesmos como suplentes, ansiosos pelo seu turno na pilhagem do país.
São nacionais mas só na aparência.
Porque estão prontos a serem moleques de outros, estrangeiros. Desde que lhes agitem com suficientes atractivos irão vendendo o pouco que nos resta. Alguns dos nossos endinheirados não se afastam muito dos miúdos que pedem para guardar carros. Os novos candidatos a poderosos pedem para ficar a guardar o país. A comunidade doadora pode ir ás compras ou almoçar à vontade que eles ficam a tomar conta da nação. Os nossos ricos dão uma imagem infantil de quem somos. Parecem crianças que entraram numa loja de rebuçados. Derretem-se perante o fascínio de uns bens de ostentação.
Servem-se do erário público como se fosse a sua panela pessoal.
Envergonha-nos a sua arrogância, a sua falta de cultura, o seu desprezo pelo povo, a sua atitude elitista para com a pobreza. Como eu sonhava que Moçambique tivesse ricos de riqueza verdadeira e de proveniência limpa! Ricos que gostassem do seu povo e defendessem o seu país. Ricos que criassem riqueza. Que criassem emprego e desenvolvessem a economia. Que respeitassem as regras do jogo. Numa palavra, ricos que nos enriquecessem. Os índios norte-americanos que sobreviveram ao massacre da colonização operaram uma espécie de suicídio póstumo: entregaram-se à bebida até dissolverem a dignidade dos seus antepassados. No nosso caso, o dinheiro pode ser essa fatal bebida. Uma parte da nossa elite está pronta para realizar esse suicídio histórico. Que se matem sozinhos. Não nos arrastem a nós e ao país inteiro nesse afundamento.

Segundo:
Será que apanharam o pai da Isabelinha que quer ser rainha de Portugal, (D.Isabel ll)?
 E o partido deixou?
É POR ISSO QUE A FILHA DE 36 ANOS DE IDADE QUASE QUE É DONA DE PORTUGAL !!!!
Bloqueados 100 milhões de USA dólares ao Presidente Angolano
A bomba esta ai. O que fazer?
Momento de reflexão,..o poder do dinheiro também cai,..
"Suíça ameaça cleptocracia mundial"
Bloqueados 100 milhões de dólares do Presidente Angolano
"Há dez anos que os tribunais suíços iniciaram um longo processo para bloquear os fundos depositados nos seus bancos por ditadores e políticos corruptos de todo o mundo, cujas fortunas, por vezes colossais, foram obtidas através da espoliação de bens públicos pertencentes aos povos que governam, usando para tal os mais diversos expedientes de branqueamento de capitais.
O processo começou em 1986 com a devolução às Filipinas de 683 milhões de dólares roubados por Ferdinando Marcos, bem como a retenção dos restantes 356 milhões que constavam das suas contas bancárias naquele país. Prosseguiu depois com o bloqueamento das contas de Mobutu e Benazir Bhutto. Mais tarde, em 1995, viria a devolução de 1236 milhões de euros aos herdeiros das vítimas judias do nazismo.
Com a melhoria dos instrumentos legais de luta contra o branqueamento de capitais, conseguida em 2003 (também em nome da luta contra o terrorismo), os processos têm vindo a acelerar-se, com resultados evidentes: 700 milhões de dólares roubados pelo ex-ditador Sani Abacha são entregues à Nigéria em 2005; dos 107 milhões de dólares depositados em contas suíças pelo chefe da polícia secreta de Fujimori, Vladimiro Montesinos, 77 milhões já regressaram ao Peru e 30 milhões estão bloqueados; os 7,7 milhões de dólares que Mobutu depositara em bancos suíços estão a caminho do Zaire; mais recentemente, foram bloqueadas as contas do presidente angolano José Eduardo dos Santos, no montante de 100 milhões de dólares.
É caso para dizer que os cleptocratas deste mundo vão começar a ter que pensar duas vezes antes de espoliarem os respectivos povos. É certo que há mais paraísos fiscais no planeta, mas também é provável que o exemplo suíço contagie pelo menos a totalidade dos off-shores sediados em território da União Europeia, diminuindo assim drasticamente o espaço de manobra destas pandilhas de malfeitores governamentais.
No caso que suscitou este texto, o bloqueamento de 100 milhões de dólares depositados em contas de José Eduardo dos Santos, presidente de Angola há 27 anos, pergunta-se: que fez ele para se tornar o 10º homem mais rico do planeta (segundo a revista Forbes)? Trabalhou em quê para reunir uma fortuna calculada em 19,6 mil milhões de dólares?
Usou-se o poder para espoliar as riquezas do povo que governa, deixando-o a viver com menos de dois dólares diários, que devem fazer os países democráticos perante tamanho crime de lesa humanidade?
Olhar para o outro lado, em nome do apetite energético?
Que autoridade terá, se o fizerem, para condenar as demais ditaduras e estados falhados?
Olhar para o outro lado, neste caso, não significa colaborar objectivamente com a sobre-exploração indigna do povo angolano e a manutenção de um status quo anti-democrático e corrupto que apenas serve para submeter a esmagadora maioria dos angolanos a uma espécie de domínio tribal não declarado?
Na Wikipedia lê-se:
"Os habitantes de Angola são, em sua maioria, negros (90%), que vivem ao lado de 10% de brancos e mestiços. A maior parte da população negra é de origem banta, destacando-se os quimbundos, os bakongos e os chokwe-lundas, porém o grupo mais importante é o dos ovimbundos. No Sudoeste existem diversas tribos de box imanes e hotentotes. A densidade demográfica é baixa (8 habitantes por Km quadrado) e o índice de urbanização não vai além de 12%.
Os principais centros urbanos, além da capital, são Huambo (antiga Nova Lisboa), Lobito, Benguela, e Lubango (antiga Sá da Bandeira). Angola possui a maior taxa de fecundidade (número de filhos por mulher) e de mortalidade infantil do mundo.
Apesar da riqueza do país, a sua população vive em condições de extrema pobreza, com menos de 2 dólares americanos por dia." O recente entusiasmo que acometeu as autoridades governamentais e os poderes fácticos portugueses relativamente ao "milagre angolano" (crescimento na ordem dos 21% ao ano) merece assim maior reflexão e, sobretudo, alguma ética de pensamento.
Os fundos comunitários europeus aproximam-se do fim.
Os portugueses, entretanto, não foram capazes de preparar o país para o futuro difícil que se aproxima. São muito pouco competitivos no contexto europeu. As suas elites políticas, empresariais e científicas são demasiadamente fracas e dependentes do estado clientelar que as alimenta e cuja irracionalidade por sua vez perpetuam irresponsavelmente, para delas se poder esperar qualquer reviravolta estratégica.
Quem sabe fazer alguma coisa e não pertence ao bloco endogâmico do poder vai saindo do país para o resto de uma Europa que se alarga, suprindo necessidades crescentes de profissionais nos países mais desenvolvidos (que por sua vez começam a limitar drasticamente as imigrações ideologicamente problemáticas): Espanha, Alemanha, Luxemburgo, Suíça, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Noruega...
No país chamado Portugal vão assim ficando os velhos, os incompetentes e preguiçosos, os indecisos, os mais fracos, os ricos, os funcionários e uma massa amorfa de infelizes agarrados ao futebol e às telenovelas, que mal imaginam a má sorte que os espera à medida que o petróleo for subindo dos 60 para 100 dólares por barril, e destes para os 150, 200 e por aí a fora...
A recente subida em flecha do petróleo e do gás natural (mas também do ouro, dos diamantes e do ferro) trouxe muitíssimo dinheiro à antiga colónia portuguesa.
Seria interessante saber que efeitos esta subida teve na conta bancária do Sr. José Eduardo dos Santos.
E que efeitos teve, por outro lado, nas estratégias de desenvolvimento do país. O aumento da actividade de construção já se sente no deprimido sector de obras e engenharia português. As empresas, os engenheiros e os arquitectos voam como aves sedentas de Lisboa para Luanda. É natural que o Governo português, desesperado com a dívida... e com a sombra cada vez mais pesada dos espanhóis pairando sobre os seus sectores económicos estratégicos, se agarre a qualquer aparente tábua de salvação.
E os princípios?
E a legalidade?
Se a saída do ditador angolano estiver para breve, ainda se poderá dizer que a estratégia portuguesa é, no fundo, uma estratégia para além de José Eduardo dos Santos. Mas se não for assim, e pelo contrário viermos a descobrir uma teia de relações perigosas ligando a fortuna ilegítima de José Eduardo dos Santos a interesses e instituições sediados em Lisboa (1), onde fica a coerência de Portugal?
Micheline Calmy-Rey, Ministra suíça dos Negócios Estrangeiros, veio lembrar a todos os europeus que tanto é ladrão o que rouba como o que fica à espreita ou cobra comissões das operações criminosas."
Por favor »» Isto tem que ser passado a milhares de pessoas.
Como pode um povo estar a passar fome para meia dúzia de porcos viverem com fortunas escandalosas ?

Terceiro ( "não há duas sem três" ):
Luanda - ( Nao encontra na TV ou Jornais Angolanos porquê? Ora porque "branco é galinha o põe"!)
LUANDA
NÃO HÁ CRIMINOSOS RESPONSÁVEIS ...
LEVENS NIVEAU VERGELIJKBAAR AAN NEW YORK, PARIJS, LONDON....... EEN WARE AFRIKAANSE TROTS !!!
Onde estão os responsáveis por isto ??
Dantes, estavam lá os "patifes" dos colonizadores…..
LUANDA CONTINUA A SER A CIDADE MAIS CARA DO MUNDO
ORGULHO NACIONAL E AFRICANO !!!!...PARABÉNS ANGOLANOS...
ISTO SIGNIFICA QUE LUANDA TEM UMA QUALIDADE DE VIDA COMPARÁVEL A NEW YORK, PARIS OU LONDRES.
DEVE SER POR ISSO QUE OS PORTUGUESES, DEVIDO À CRISE, ESCOLHEM LUANDA PARA EMIGRAR.
NESTES BELOS PRÉDIOS (SEM ÁGUA, SEM LUZ, SEM ESGOTOS, SEM ELEVADORES...HÁ MAIS DE TRINTA
E CINCO ANOS...UM "APARTAMENTO" (LEIA POCILGA DE PORCOS) CUSTA ENTRE MIL E TRÊS MIL DÓLARES
AMERICANOS. NAS RUAS SEM ASFALTO, SEM TRANSPORTES PÚBLICOS, TEM GARANTIDO MONTANHAS DE
LIXO, MISÉRIA, FOME, ESTROPIADOS DE GUERRA, CRIMINALIDADE, RACISMO E UMA FACADA AO VIRAR DA ESQUINA.
VEJA ALGUMAS FOTOS DA CIDADE MAIS CARA DO MUNDO, (e depois diga se quer ir para lá viver!...)
ESTAS FOTOS NÃO AS VAI DE CERTEZA ENCONTRAR NOS JORNAIS OU NA TV ANGOLANA, NEM NO SKYSCRAPERCITY.
Luanda, Angola pós "colonialistas"(?)

segunda-feira, 30 de julho de 2012

QUESTÕES de MORAL: Crise 2

Mais uma das boas "partidas" da ANTENA 2, pois claro!!!


Escrito e apresentado por Joel Costa.
Caído em cheio na era do progresso tecnológico, da política-espectáculo, o cidadão comum continua a interrogar-se quanto à circunstância histórica e moral que lhe cabe viver.
Em busca do nexo moral escondido no tempo das novas angústias...
http://www.rtp.pt/play/p251/e65477/questoes-de-moral

Por estas e por outras ANTENA 2 sempre!!!

Crise? CRISES há muitas...

a da fé, por exemplo.

in http://www.snpcultura.org/elogio_crises_fe_1.html


in http://www.snpcultura.org/elogio_crises_fe_2.html


in http://www.snpcultura.org/elogio_crises_fe_3.html


in http://www.snpcultura.org/elogio_crises_fe_4.html


in http://www.snpcultura.org/elogio_crises_fe_5.html

Encontrar a fé perdida: "Histórias de católicos que abraçaram à fé e Igreja."
«A fé atirou-me ao chão. Vivi coisas tão intensas que as julgo feitas à medida da minha teimosia.» Sim, porque este diretor de arte era alguém muito racional, a quem a dimensão religiosa nada dizia. «Costumava dizer aos meus irmãos que só me casaria no dia em que o Cristo Rei batesse palmas», diz Rodrigo Cerqueira. Miguel Gama, assume que continua a questionar-se e a questionar a própria Igreja. «Faz parte da minha ideia do que é ser católico», afirma, para explicar que a sua aproximação à fé foi um tanto intermitente. As idas à missa em criança não o marcaram.
(ler mais em: http://www.snpcultura.org/encontrar_a_fe_perdida.html )

EUROPA: a história repete-se... mais uma vez

Europa

Ficar a dever ...

... por Valter Hugo Mãe
Neste artigo, o esquerda.net reproduz a apresentação, por Valter Hugo Mãe, do livro “A Dividadura” no Porto, durante a qual o escritor defendeu que a “história da dívida é saber como, em cada tempo, se foi percebendo que a valoração de algo depende sempre menos da preciosidade daquilo que se dá em troca, e mais do poder e aparatoso prestígio de quem emite um título”.

Entre os maiores desafios que enfrento na vida estará, necessariamente, o meu pouco jeito para ganhar dinheiro. Sou péssimo a fazer contas, aparecem-me umas nuvens nos olhos quando estudo juros ou leio contratos, acabo por ser um bocado desorganizado e esquecido. À última hora, aposto sempre na confiança. Tento confiar em quem tenho diante de mim. Confio nas suas boas intenções, o que é lindo e me tem tramado uma e outra vez. À última hora, levam-me sempre naquela conversa sobre a mãezinha e a tia não sei de quem que gosta dos meus livros, e mais um vídeo do youtube com cãezinhos ou viagens à Islândia, e a conversa fica uma coisa de café, como se fôssemos amigos e, supomos, os amigos serão naturalmente os melhores para respeitarem os nossos interesses.
Escrevo poemas e livros de estórias e juro que não sou má pessoa mas, eu sei, preciso de ser protegido contra mim mesmo. Vivo na urgência de ser integrado num sistema de boa gente, regido por leis equilibradas e justas, governado cautelosamente e em profunda boa fé. Aceito o erro, mas não posso aceitar a instrumentalização do poder e o modo sinistro como justificam que, sem termos pedido nada ou tendo pedido pouco, nos compete pagar mundos e fundos, tantas vezes de obra que não vemos, que não foi feita.
O livro A Dividadura, de Francisco Louçã e Mariana Mortágua é, pois, uma pedrada na cabeça de um homem como eu. Senti-me como a perder a virgindade nas minhas inocentes moedinhas todas, ficando consciente de cada delirante manobra inventada para colocar o mundo em números, para se colocar cada coisa e cada gesto numa conta de cifrões.
Eu, que já andava um bom bocado indignado, diria que esta é, um pouco, a história de brincar ao dinheiro. A história da dívida é saber como, em cada tempo, se foi percebendo que a valoração de algo depende sempre menos da preciosidade daquilo que se dá em troca, e mais do poder e aparatoso prestígio de quem emite um título. A perda da relação direta do valor com a preciosidade material do dinheiro, já depois de se ter perdido o pagamento em espécie, vê os governantes a descobrirem como podem, insidiosamente, levar o mercado a aceitar um modo de liquidez que já não corresponde a reserva nenhuma e que passa, por isso mesmo, a ser uma espécie de fantasia, um dinheiro de valor apenas suposto, como uma palavra de honra.
O dinheiro passa a ser discursivo, transforma-se numa certa conversa. É uma retórica que, a partir da ficção do seu valor, confere a quem está no poder um efeito de riqueza que, se posto em causa, estoura nas mãos dos cidadãos, que se veem subjugados à obrigação de assumirem os encargos legítimos e ilegítimos com que os seus governantes se comprometeram. O poder é efetivamente o dinheiro de que dependemos hoje. Trabalharmos até nos esfolarem os dedos, até cegarmos ou até chegarmos a velhos, não é dinheiro, é quase só uma canseira.
Num mundo onde o dinheiro é imaginário, e onde a partir dessa aritmética cada vez mais abstrata se define a quota de poder que cada um detém, fácil é de entender que a especulação seja a grande proeza circense que os aventureiros de hoje escolhem cometer. O grande modo de brincar ao dinheiro. Mais interessante do que caçar a fórmula da Coca Cola, tem de ser comprar produtos financeiros que, por humores e ratings, possam multiplicar o seu valor da noite para o dia. Não há melhor para se enriquecer. Não são precisas matérias-primas, não se cria emprego, não se oferece nada ao público, não se mandam fazer embalagens, não há e não interessa haver publicidade, não se distribui. O cidadão, a esfolar os dedos, nem percebe quem manda em quê, quem ganha com o quê. Pode ser tudo assim já uma palavra de honra muito relativa. Ou a honra vai buscar-se à Moody’s, que é detida por privados e tem uma mentalidade de guerra, e que anuncia o que vale e o que não vale com a mesma perversão com que outrora se falava da castidade das senhoras.
A falta de efetividade no sistema financeiro vai sempre deixar de fora a maior parte da população. Porque a maior parte da população nunca saberá participar proveitosamente nem se saberá defender da teia kafkiana em que se tornou tudo isto. A maioria da população, como eu, não se licenciou em economia e espera simplesmente que trabalhar e viver do seu vencimento seja digno o suficiente para não ser enganada nem explorada.
O livro de Francisco Louçã e Mariana Mortágua é um livro tese. Explica-nos como a história desembocou no momento em que estamos. Ao pé de nos hipotecarmos, no mínimo por por duas décadas, a um aparente socorro que nos usurpa. Gostei de saber que a Bíblia proíbe os juros, e que promete que todos voltaremos a ser donos do que perdemos, assim como impõe o perdão de qualquer dívida ao sétimo ano. Até o nosso querido José Saramago ia gostar que a Bíblia deixasse pistas tão claras para uma ética financeira. E já não gostei de perceber as contas a fazer para pagarmos a sagrada ajuda da Troika, entalados numa Europa que pode ver o Banco Central Europeu a emprestar dinheiro a Estados não membros da União Europeia, mas não que o pode fazer aos Estados membros em dificuldades.
Recorremos ao FMI para aplicação de uma austeridade com palas, isto é, uma austeridade chapa cinco, cuja aplicação é indiferenciada no tempo e no lugar, indiferente a culpas e a sacrifícios. Ou seja, mais valia que nos aplicassem a Bíblia, que entre conceitos e preconceitos, se respeitada, nos poupava a este roubo.
Acredito na tese fundamental de A Dividadura, na medida em que pretende impor uma ética nisto de se ajudar um país chamado Portugal. É tão simples quanto isto: a ajuda não pode acarretar a usurpação, não pode ser o pretexto para que paguemos mais do que aquilo que efetivamente nos emprestam. Ao menos a este nível, a porcaria da ganância havia de estar ausente, disciplinada e a ter vergonha.
Se não tiverem paciência, tempo, ou se já souberem tudo acerca da história da dívida, não deixem de ler ao menos os capítulos finais, sobretudo ali a partir da página 221 onde se propõe uma estratégia para o momento atual da economia portuguesa. Em cinco pontos, Louçã e Mortágua propõem um modo diverso de dignificar o que devemos, antes que sejamos todos “chinezados”, ou seja, antes que a austeridade cega da Troika nos imponha, sem fim à vista, “um novo regime social assente em salários baixos e em trabalho precário generalizado”. Toda a construção de proteção social vai aluindo, e está em causa regredirmos ao tempo de um abandono tal em que se abdica de ter governantes pelo povo para os termos contra o povo e a favor da escravatura económica. É fundamental perceber que parte da dívida de que nos acusam é ilegítima. É fundamental perceber quem enriqueceu de modo ilícito e agir judicialmente, recuperando o que se puder recuperar. É importante perceber quem decidiu dolosamente. É fundamental perceber que estamos dispostos a um esforço, mas que não podemos ser conduzidos à miséria pela exigência de um pagamento excessivo, abusivo, indecente.
Quando eu dizia que preciso de ser defendido de mim mesmo, dizia-o porque tenho o sonho de ser outra coisa que não fiscal de tudo, polícia de tudo, mas o que vivemos hoje é um saque contínuo aos nossos atrapalhados vencimentos e, daí, um saque contínuo à possibilidade de sonharmos com qualquer confiança, com qualquer segurança. Passamos a escrever poemas desconfiados da carteira porque nos parece sempre que alguém nos tira de lá o dinheiro. Gostava de acreditar que não me virão mais roubar a pureza com que as minhas moedas foram ganhas e, sobretudo, o ofício simples que têm, o de pagarem a sobrevivência até nada de especial que tenho. Fico, pois, enervado com suspeitar e ter de suspeitar, porque me seria mais natural acreditar, falar como entre amigos e levar a vida sem olhar para trás e sem ter de ser tramado uma e outra vez. Percebo, claro está, que entre os poemas tem de existir a formação de uma voz coletiva. Um ruído aumentando que chegue aos ouvidos dos aventureiros lá muito em cima, e que faça uma infinidade de gente real valer mais do que a decisão fria e puramente financeira dos poderes já desumanos, mais e mais virtuais, que controlam o mundo.
"roubado" daqui http://esquerda.net/artigo/ficar-dever/23288

Em declarações à agência Lusa, Francisco Louçã esclareceu que este "livro surgiu de uma conversa que tivemos entre nós a propósito da apreciação dos sucessivos relatórios do FMI sobre a dívida, em que entendemos que esta é a questão política determinante em Portugal, é a questão social determinante e a questão económica determinante".
Os autores terão, segundo Louçã, procurado “juntar muita informação factual, muita informação histórica, muitos pontos de vista diferentes, são muito citados os autores do FMI, são muito discutidas as posições dos economistas liberais e outros".
“Uma parte importantíssima da dívida é ilegítima”
O dirigente bloquista defendeu que a Europa e Portugal concretamente chegaram "a uma situação absolutamente insustentável e que é o resultado absoluto de uma construção ilegítima e tirânica de uma dívida que não existe". "Acho que uma parte importantíssima da dívida devia ser cancelada porque simplesmente é dívida ilegítima, que não foi contraída pelos portugueses e resulta simplesmente do jogo financeiro e da acumulação de juros excessivos", avançou o dirigente bloquista.
Para Louçã, a atual crise "só é excecional pela dimensão e pelo poder da chantagem financeira, por existir hoje uma finança mais global, mais poderosa e mais intocável".
"No livro é citado um estudo do Michel Rocard, ex-primeiro-ministro francês, em que este diz que o pacote de empréstimo do Estado norte-americano à banca americana foi feito a um juro de 0,01 por cento. Como é que Portugal pode estar a pagar acima de 3 e de 4 por cento quando a sua economia vai cair 4 por cento este ano?", avança o co-autor de “A Dividadura”.
"Portugal paga 8 mil milhões de euros de dívida este ano, mas daqui a poucos anos vai pagar 21 mil milhões de euros num único ano, quase três vezes mais", sublinhou Francisco Louçã, adiantando que os sacrifícios impostos aos países constituem "uma renda permanente de longo prazo para o capital financeiro".
Para Louçã, a atual crise e os programas de austeridade impostos aos países, com o "desmantelamento" e "precarização" dos direitos laborais, irão levar a uma democracia "sem conteúdo, sem devolução, que só tem impostos e salários baixos".
O livro "A Dividadura - Portugal na crise do euro", que será apresentado na próxima segunda-feira por Marcelo Rebelo de Sousa, não só aborda a atual crise e o caso português como traça uma perspetiva histórica do conceito de dívida e do seu contexto desde a Mesopotâmia, passando pelos textos bíblicos e indo até à bancarrota portuguesa no reinado do rei D.Carlos I, no fim do século XIX, à Grande Depressão ou às renegociações de dívida que tiveram lugar na Argentina ou na Islândia.





"Menus anti-crise" - passe a publicidade

Só que a crise tarda em passar
« Consciente das dificuldades das famílias portuguesas, o Lidl elaborou uma série de menus económicos que garantem uma alimentação saudável e equilibrada, gastando muito pouco.
São deliciosas receitas para refeições completas, por apenas 1€ por pessoa.
Experimente e recomende! »

E cá estou eu a fazê-lo:
http://www.lidl.pt/cps/rde/xchg/SID-772EC2CB-C2AFFEFF/lidl_pt/hs.xsl/19655.htm

Ortodoxos e católicos concordam que crise é também antropológica

Ora aqui está a verdadeira causa da crise: com valores & dimensão espiritual a (des)dita nem sequer teria visto a " luz do dia", existiria.
Os bispos católicos e ortodoxos que estão reunidos em Lisboa para discutir a crise, estão de acordo no que diz respeito às raízes da mesma. A crise é económica e financeira, sim, mas é também de valores.
O Cardeal Arcebispo de Budapeste, Peter Erdo, que é presidente da Comissão das Conferências Episcopais da Europa, considera preocupante que a crise seja vista pelos políticos só do ponto de vista financeiro: “A crise é económica mas é com preocupação que vemos a economia real a passar sempre para segunda linha em relação às finanças. Contudo, pensamos que a crise sendo económica e moral é sobretudo antropológica”.
O homem está-se a tornar diferente daquilo que conhecíamos do passado. Há grandes problemas de distracção, a perda da capacidade de raciocínio lógico ou de autodisciplina, de diversos valores sociais que são necessários para ultrapassar a crise na história”, conclui.
É neste sentido que estão reunidos os bispos e padres representantes da quase totalidade de igrejas ortodoxas e das conferências episcopais católicas da Europa. O objectivo é apresentar propostas para ajudar a resolver a crise: “Vamos fazer propostas concretas, não directamente propostas políticas, mas morais e sociais, que os políticos e os cidadãos devem ter em consideração, bem como todos os homens de boa vontade.
O cardeal Erdo faz uma ressalva, contudo: “Quando digo propostas, são propostas e não receitas”.
"Políticos não se interessam pelas pessoas" (As pessoas não se interessam pela política, mas na hora do voto passam o "cheque", em branco, claro. Consequência a coisa fica preta)
Do lado ortodoxo a opinião é a mesma. As Igrejas têm a obrigação de falar à sociedade destes problemas e de apresentar propostas: “As Igrejas têm algo para dizer sobre esta situação, sobre a crise, e mostrar outros aspectos do problema, uma dimensão espiritual”, explica o chefe da delegação ortodoxa.
O bispo Gennadios de Sassima lamenta que os políticos ignorem este lado da crise: “Os políticos da Europa só falam da banca, do euro, salvar a zona euro. Ninguém vê o lado espiritual e claro que há muito para dizer, mas eles não querem saber do sofrimento das pessoas. Este é o papel da Igreja, temos de levantar bem alto a nossa voz”.
Ao fim do segundo dia de reunião os membros do Fórum Ortodoxo-Católico tiveram esta tarde um momento de lazer, visitando a Torre de Belém e os Jerónimos, antes de partir para uma oração ecuménica.
Para o bispo católico de Aberdeen, Hugh Gilbert, estes encontros têm muito valor sobretudo porque permitem construir relações de amizade entre representantes de diferentes confissões: “Permitem que se construam amizades e essa é a base do diálogo. Há outras dimensões, a teológica, a prática, mas poder conhecer pessoalmente pessoas das Igrejas Ortodoxas, só por si vale a pena”, considera.
O Fórum Ortodoxo-Católico continua amanhã, incluindo a participação dos delegados na missa de Corpo de Deus, na Sé. Na Sexta-feira termina o encontro, com a divulgação de um documento final.
in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=29&did=65341

Mais:
Igreja: Cardeal patriarca de Lisboa propõe "revolta cultural" para responder à crise
"(...) sem uma revolta cultural, a Europa poderá encontrar soluções precárias, mas não a solução(...)"
http://expresso.sapo.pt/igreja-cardeal-patriarca-de-lisboa-propoe-revolta-cultural-para-responder-a-crise=f731470

Nos bastidores da CRISE em português ou a "cousa" ou a "causa": EURO 2004

"GALP e FUTEBOL: ANESTESIA POSITIVA, como convém". Com este título escrevia eu em 30/05/2008 num meu e-mail, o seguinte:

Do Euro 2004, quem se lembra?
Eu lembro-me e lembro:
1. Quantos estádios de futebol foram construídos neste país pequeno, mas cheio de "tiques" e "manias"? 10 (dez)! Vejamos e comparemos: O anterior Euro 2000 foi organizado por 2 países, Bélgica e Holanda, bem mais ricos que Portugal, repito, 2 países bem mais ricos que Portugal, que o distribuíram por, apenas, 8 estádios, repito, 8 estádios, para uma população de 25,6 milhões de habitantes (em Portugal somos 9,8 milhões);
2. Quantos deles estão "às moscas"? 6 , isto é, 60% (Guimarães, Braga, Aveiro, Coimbra, Leiria e Algarve)! Fomos nós que decretámos que o Euro-2004 era "um desígnio nacional" e, para tal, desatámos a construir estádios habitados por moscas, onde jogam clubes que vegetam na segunda divisão ou se aguentam na primeira sem pagar aos jogadores, ao fisco e à Segurança Social? E é a nossa vontade colectiva que anda a animar uns espíritos inspirados que já por aí andam a reclamar um Mundial de Futebol ou mesmo uns Jogos Olímpicos? – Miguel Sousa Tavares no Expresso.
3. Qual a % global do desvio entre o inicialmente previsto na sua construção e os custos finais? 107%!
4. Qual o montante em contos, dessa diferença? De cerca de 30 milhões para cerca de 80 milhões, ou sejam, mais 50 milhões de contos!
5. Quantos recursos humanos e materiais na educação, na saúde, na justiça e respectivos problemas se teriam resolvido com este valor? Saber que são muitos, melhores e prioritários é o suficiente!
6. Qual a fonte para tanto desperdício? Impostos!
7. Quem tutelava, na altura, a pasta responsável por esta ideia peregrina? Sócrates, o português!
8. Quem se recusa a baixar o ISP-Imposto sobre os Produtos Petrolíferos? Sócrates, o português!
9. Qual a % / litro cobrado pelo governo a que preside Sócrates, o português? 65%!
10. Quem está agora, a pagar a factura? Todos? Não, mas também e infelizmente aqueles que não engalanaram, com bandeirinhas, cachecóis, camisolas, calções, …, as varandas, montras, janelas, carros, carrinhas, motos, motorizadas, barcos, casas, edifícios,…, enfim, tudo quanto era sítio aquém e além terra, mar e ar ( nova dose, pronta a servir, já este ano, já este mês, já a seguir com o Euro 2008! Quem deseja, quem? Os mesmos de sempre, apesar de tudo? )!

O Euro 2008 está aí e "ironia das ironias":
1. Quem patrocina a selecção nacional? A GALP, a tal!
2. Quem empurra o autocarro da "tal"? Na maioria, são os jovens que também o são no desemprego ou à procura do 1º emprego e na marginalidade. Citando Artur Carvalho "…se isto continua, passamos todos a fazer o que estes fazem no vídeo

a empurrar o nosso carro porque qualquer dia não há dinheiro para irmos à Galp pôr o que quer que seja…"!
3. Quem destronou Belmiro de Azevedo do trono "O Mais Rico de Portugal"? Américo Amorim, um dos principais, senão o principal accionista da GALP! Mera coincidência?
4. Se o sadismo "pagasse imposto"? A GALP ficaria na "pole-position"!
Corrupção na Galp
Mais comentários para quê? Será que são suficientes para convencer os mais … a aderir ao boicote e a algo mais? 1.O Courrier International de 2 de Abril, publicou um excerto da oração de sapiência que Mia Couto, biólogo e escritor moçambicano, produziu no dia 7 de Março, na abertura do ano lectivo do Instituo Superior de Ciência e Tecnologia de Moçambique que passo a citar : " … À porta da modernidade precisamos de nos descalçar. Eu contei "Sete Sapatos Sujos" que necessitamos de deixar na soleira da porta dos tempos novos. Haverá muitos. Mas eu tenho que escolher e este é um número mágico. ". Ora um dos 7 sapatos sujos, o 6º, que ele contou, foi : " A passividade perante a injustiça " 2. Decidamo-nos se somos homens de bem ou de mal? Edmund Burke dá uma ajuda: " Tudo o que é necessário para o triunfo do mal, é que os homens de bem nada façam" http://www.maisgasolina.com/ Os resultados estão à vista: colocar aqui os textos do jornal negócios e transcrever o do M. Falcão  «O que nasce torto tarde ou nunca se endireita»!!!  http://www.destak.pt/artigo/100174 http://sol.sapo.pt/inicio/Desporto/Interior.aspx?content_id=21890 http://pt.wikipedia.org/wiki/Campeonato_Europeu_de_Futebol_de_2004

domingo, 29 de julho de 2012

QUESTÕES de MORAL: Crise 1

Mais uma das boas "partidas" da ANTENA 2, pois claro!!!

Escrito e apresentado por Joel Costa.
Caído em cheio na era do progresso tecnológico, da política-espectáculo, o cidadão comum continua a interrogar-se quanto à circunstância histórica e moral que lhe cabe viver.
Em busca do nexo moral escondido no tempo das novas angústias...
http://www.rtp.pt/play/p251/e64589/questoes-de-moral

Por estas e por outras ANTENA 2 sempre!!!

Rede Anti-Pobreza diz que Europa está em risco
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=26&did=41899













Quem os conhece, ESSES DESCONHECIDOS (1)...



No norte da Nigéria o clima e as terras são muito quentes e áridos. Mais de 70% da sua população, de 155 milhões de pessoas, não dispõe de acesso à água potável. As Irmãs de Fátima são um oásis neste deserto e fazem tudo ao seu alcance para resolver esta falta na zona onde se encontram, plenamente cientes de que esta escassez é a principal causa da maioria das doenças que assola aquela região.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_06_03/mais-uma-igreja-explodida-na-nigeria/

Na Nigéria, um dos países onde os Cristãos mais têm sofrido, uma congregação de irmãs corajosas demonstra por que razão as nossas orações são preciosas: inspiradas em Fátima, elas fazem acontecer todos os dias um pequeno milagre.
Num dos últimos atentados mais sangrentos registados na Nigéria, no final de Abril, dezenas de pessoas morreram quando participavam na missa numa universidade. Desde o primeiro instante que o atentado foi imputado à seita islamita radical Boko Haram. Este foi apenas um dos muitos atentados que têm dilacerado esta nação africana. A Nigéria é um país que alguns querem dividir. O Norte, maioritariamente muçulmano, e o Sul, onde predomina a religião cristã, parecem ditar uma espécie de fronteira entre si. No entanto, apesar das mortes violentas que têm vindo a ocorrer desde 1999 -- mais de 11 mil pessoas -, há quem persista em demonstrar que o diálogo da paz é possível.
Fazer a paz ou a guerra
É certo que uma bomba demora menos tempo a preparar e a fazer explodir do que o complexo processo de fornecimento de água em zonas áridas deste país de África. Há quem seja terrorista e pretenda implementar a lei islâmica na Nigéria, e há quem deseje apenas ser instrumento de paz e de progresso entre a população do país.
Com aqueles, não vale a pena gastar um minuto de atenção. São terroristas. Mas detenhamo-nos um pouco sobre quem procura distribuir água pelas aldeias da Nigéria. Sabem quem são? Apenas um punhado de mulheres. São pessoas comuns, se as olharmos apenas como quem observa uma fotografia. Mas, se virmos bem, são seres humanos extraordinários, que fazem imenso com o pouquíssimo de que dispõem. Estas mulheres são heroínas pela persistência, pela convicção e pela fé. São as Irmãs de Nossa Senhora de Fátima, uma Ordem fundada em 1965 pelo Bispo John Raddington, SME, e que hoje, na pobreza dos seus meios, fazem a diferença, representam um oásis de esperança e de paz num país violentado quase todos os dias por grupos armados que semeiam o terror e a morte.
Uma Ordem inspirada em Fátima
Não é extraordinário que, apenas uma semana depois de uma multidão de milhares de crentes ter enchido o Santuário de Fátima, travarmos conhecimento com este punhado de mulheres, irmãs consagradas, que algures no Norte da Nigéria esventram a terra árida até que a água, que é sinal de vida, brote à superfície?
Estas irmãs, cuja Ordem foi inspirada nas aparições e na mensagem de Fátima, têm como missão ajudar as populações mais pobres a nível médico, educativo, social e pastoral.
Não desistir nunca
Os terroristas da Boko Haram procuram símbolos, Igrejas, crentes reunidos em oração, para sublinharem, na violência dos seus actos, que os Cristãos não são bem-vindos na Nigéria: pior, que os querem dali para fora, numa visão sectária do país que não permite sequer o diálogo com outras religiões, que impede a liberdade de culto. Estas mulheres consagradas, da Ordem das Irmãs de Nossa Senhora de Fátima, desejam o oposto: É no Norte do país, maioritariamente muçulmano que trabalham. É esse o seu povo. São pessoas pobres que precisam de ajuda médica, que necessitam de quase tudo. Até de água potável.

Jogos Olímpicos: a herança grega

Quem chega a Olímpia, no Peloponeso, avista uma paisagem muito amena, com árvores e flores, situada entre o Monte Krónion e a confluência dos rios Alfeu e Cládeos. Por todo o lado, restos ainda imponentes de muitos edifícios, que o Instituto Arqueológico Alemão desde 1975 tem recuperado: o Templo de Zeus, com uma coluna solitária que dá ideia da sua passada grandeza, e, preciosamente guardadas no museu, as decorações dos pedimentos e das métopas que o adornavam; o de Hera, que lhe é anterior; o Ginásio, a Palestra, o Estádio. A tudo isto há que acrescentar 1300 estátuas, moedas sem conta, inscrições, objetos de ouro e de bronze. E - não esqueçamos - a oficina onde Fídias modelou a perdida estátua monumental de Zeus, uma das sete maravilhas do mundo, com a tocante recordação da caneca por onde bebia, na qual brilha ainda a marca de pertença - Pheidio eimi.

Le mais em http://www.snpcultura.org/jogos_olimpicos_a_heranca_grega.html

Manuel Alegre e a encíclica "Pacem in terris"

Manuel Alegre centrou a sua intervenção na leitura da encíclica “Pacem in terris”, do papa João XXIII, que há 50 anos «assinalou o contraste entre “a perfeita ordem universal" e a desordem que reina entre indivíduos e povos», «contraste» que hoje «ameaça de novo a paz e a justiça».
«Há outra dimensão da vida e o Mundo precisa de valores espirituais, da busca de um outro sentido, de um pouco mais de sonho e de um pouco mais de poesia. Talvez por isso alguém disse que esta é de novo a hora dos pensadores, dos filósofos e dos poetas. Eu diria que esta é também a hora de reler e reencontrar as palavras de alegria e esperança do Papa João XXIII.»
«Creio que nestes nossos dias crispados e sem horizonte, é preciso de novo uma mensagem de alegria e de esperança. E por isso devemos reviver as palavras de João XXIII como um guia para a ação, porque não podemos adiar para um amanhã incerto a construção de um Mundo mais livre, mais justo e mais fraterno

http://www.snpcultura.org/manuel_alegre_e_a_enciclica_pacem_in_terris.html

Igreja tem de deixar a «sacristia» e voltar-se para o mundo

D. António Moiteiro
Novo bispo auxiliar de Braga diz que Igreja tem de deixar a «sacristia» e voltar-se para o mundo
D. António Moiteiro Ramos, que o papa Bento XVI nomeou bispo auxiliar de Braga, declarou ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura que a Igreja Católica em Portugal precisa de dar mais atenção ao diálogo com o mundo.
«Devemos ser capazes de mostrar com a nossa vida, o nosso trabalho e a nossa forma de pensar que a fé continua a ser significativa para os tempos de hoje», frisou o prelado de 56 anos, que a 12 de agosto vai receber a ordenação episcopal na Sé da Guarda, diocese de onde é natural.

Que importância tem o diálogo da Igreja com a cultura?
A encíclica Evangelii Nuntiandi, escrita pelo papa Paulo VI após o Concílio Vaticano II [1962-1965], referia que o drama do nosso tempo é o divórcio entre a fé e a vida – e nós podemos dizer entre a fé e a cultura.
Estou convencido de que se a fé não for capaz de criar cultura, como criou, não seremos capazes de incarnar a fé nos tempos de hoje e ela não será significativa no nosso tempo.
O que é mais importante – criar, manter, repensar – na relação da Igreja em Portugal com a cultura?
O diálogo com os homens e mulheres que fazem a cultura é fundamental. Quando ligamos a televisão, vemos a internet e ouvimos a rádio não é difícil perceber que há um desencontro enorme entre o que se pensa da Igreja, da fé cristã e do modo como os cristãos se devem situar no mundo.
Devemos ser capazes de mostrar com a nossa vida, o nosso trabalho e a nossa forma de pensar que a fé continua a ser significativa para os tempos de hoje.
Repare-se, por exemplo, na crise económica em que nos encontramos: muita gente vem ter com a Igreja para que ela ajude a dar resposta aos muitos problemas sociais. Esta questão precisava der ser aprofundada porque há muita gente que se diz do mundo da cultura e não é capaz de entender o esforço que a Igreja e os cristãos estão a fazer para responder a essas dificuldades.
Por isso precisamos de aprofundar muito o diálogo aqueles que são os grandes fazedores de opinião.
Que retrato faz da Pastoral da Cultura em Portugal?
Nós, Igreja, estamos demasiado voltados para dentro, para as nossas missas, para os nossos trabalhos eclesiais, para a administração dos sacramentos. Estamos, e deixe-me passar a expressão, a colocarmo-nos demasiado na sacristia, quando devíamos ir para fora, para os adros das igrejas e para os areópagos do mundo de hoje.
Penso que esta é a maior dificuldade que temos; os padres não são muitos e a tentação é metermo-nos na sacristia. Mas esta tendência não é só dos pastores: olhando para os leigos, é uma evidência clara que a sua tentação é também a de participar apenas em atividades dirigidas para dentro da Igreja, quando não pode ser assim.
Que prioridades relacionadas com a cultura leva para o seu ministério episcopal?
Gostaria muito de entrar em diálogo com os alunos das escolas porque serão eles que amanhã vão fazer opinião pública. O diálogo com o mundo da escola e da universidade é fundmental para mudar as mentalidades.
Na arquidiocese de Braga vamos ter proximamente o Átrio dos Gentios. Iniciativas deste tipo, em que se colocam em diálogo pessoas de várias sensibilidades, mesmo que afastadas do mundo religioso, que se interrogam sobre questões essenciais do ser humano, serão também essenciais no meu ministério episcopal.

Rui Jorge Martins
© SNPC | 18.07.12

http://www.snpcultura.org/novo_bispo_auxiliar_braga_diz_que_igreja_tem_de_deixar_sacristia_e_dialogar_com_mundo.html

PALAVRA de DOMINGO: há que contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la!!!

EVANGELHOJo 6,1-5
Naquele tempo,
Jesus partiu para o outro lado do mar da Galileia,
ou de Tiberíades.
Seguia-O numerosa multidão,
por ver os milagres que Ele realizava nos doentes.
Jesus subiu a um monte
e sentou-Se aí com os seus discípulos.
Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.
Erguendo os olhos
e vendo que uma grande multidão vinha ao seu encontro,
Jesus disse a Filipe:
«Onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?»
Dizia isto para o experimentar,
pois Ele bem sabia o que ia fazer.
Respondeu-Lhe Filipe:
«Duzentos denários de pão não chegam
para dar um bocadinho a cada um».
Disse-Lhe um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro:
«Está aqui um rapazito
que tem cinco pães de cevada e dois peixes.
Mas que é isso para tanta gente?»
Jesus respondeu: «Mandai sentar essa gente».
Havia muita erva naquele lugar
e os homens sentaram-se em número de uns cinco mil.
Então, Jesus tomou os pães, deu graças
e distribuiu-os aos que estavam sentados,
fazendo o mesmo com os peixes;
E comeram quanto quiseram.
Quando ficaram saciados,
Jesus disse aos discípulos:
«Recolhei os bocados que sobraram,
para que nada se perca».
Recolheram-nos e encheram doze cestos
com os bocados dos cinco pães de cevada
que sobraram aos que tinham comido.
Quando viram o milagre que Jesus fizera,
aqueles homens começaram a dizer:
«Este é, na verdade, o Profeta que estava para vir ao mundo».
Mas Jesus, sabendo que viriam buscá-l’O para O fazerem rei,
retirou-Se novamente, sozinho, para o monte.
AMBIENTE
A liturgia propõe-nos hoje (e durante mais alguns domingos) a leitura do capítulo 6 do Evangelho segundo João – a catequese sobre Jesus, o Pão da vida.
Na primeira parte do Evangelho (cf. Jo 4,1-19,42), João apresenta a actividade de Jesus no sentido de criar e dar vida ao homem, de forma a que surja um Homem Novo, liberto do egoísmo e do pecado, animado pelo Espírito, capaz de seguir Jesus e de viver na mesma dinâmica de Jesus – isto é, no amor ao Pai e aos irmãos. Esta primeira parte divide-se em dois “livros” – o “Livro dos Sinais” (cf. Jo 4,1-11,56) e o “Livro da Hora” (cf. Jo 12,1-19,42).
No “Livro dos Sinais” (cf. Jo 4,1-11,56), o autor do Quarto Evangelho expõe, recorrendo a símbolos significativos (a “água” – cf. Jo 4,1-5,47; o “pão” – cf. Jo 6,1-7,53; a “luz” – cf. Jo 8,12-9,41; o “pastor” – cf. Jo 10,1-42; a “ressurreição” – cf. Jo 11,1-56), a sua catequese sobre a acção de Jesus em favor do homem. Jesus é aí apresentado como a proposta de vida verdadeira que o homem é convidado a acolher e a assimilar.
No capítulo 6 – que hoje começamos a ler – João apresenta Jesus como o Pão que sacia a sede de vida que o homem sente. O episódio hoje narrado é geograficamente situado “na outra margem” do Lago de Tiberíades (no capítulo anterior, Jesus estava em Jerusalém, no centro da instituição judaica; agora, sem transição, aparece na Galileia, a atravessar o “mar” para o outro lado). Em termos cronológicos, João nota que estava perto a Páscoa, a festa mais importante do calendário religioso judaico, que celebrava a libertação do Povo de Deus da opressão do Egipto.
MENSAGEM
Uma leitura, ainda que superficial, do texto que nos é proposto mostra alguns interessantes paralelos entre a cena da multiplicação dos pães e a libertação do Povo de Deus da escravidão do Egipto, com Jesus no papel de Moisés, o libertador. O facto dá-nos, logo à partida, uma chave de leitura para entender esta catequese: João quer apresentar a acção de Jesus como uma acção libertadora que visa fazer passar o Povo da terra da escravidão para a terra da liberdade… A catequese que João nos apresenta vai desenvolver-se em vários passos:1. Começa com uma referência à “passagem do mar” (que, na realidade, é um lago); essa referência pode aludir à passagem do Mar Vermelho por Moisés com o Povo libertado do Egipto (cf. Ex 14,15-31). O objectivo final de Jesus é, portanto, fazer o Povo que o acompanha passar da terra da escravidão para a terra da liberdade.
2. Como aconteceu com Moisés, com Jesus vai uma grande multidão. A multidão que acompanha Jesus pretende “ver os milagres que Ele realizava nos doentes” (vers. 2). O termo grego aqui utilizado (“asthenês” – “enfermos”) designa, em geral, alguém que está numa situação de grande debilidade. A multidão segue Jesus, pois quer ver os sinais que Ele faz e que representam a libertação do homem da sua debilidade e fragilidade. É um Povo marcado pela opressão, que quer experimentar a libertação. Já perceberam que só Jesus, o libertador, conseguirá ajudá-los a superar a sua condição de miséria e de escravidão.
3. Jesus – diz o nosso texto – subiu a “um monte” (vers. 3). A referência ao “monte” leva-nos ao contexto da Aliança do Sinai e ao monte onde Deus ofereceu ao Povo, através de Moisés, os mandamentos. Dizer que Jesus subiu ao “monte” significa dizer que é através de Jesus que se vai realizar a nova Aliança entre Deus e esse Povo de gente livre que, com Jesus, “atravessou o mar” em direcção à terra da liberdade.
4. A referência à Páscoa que estava próxima (vers. 4) seria uma referência inútil, se não estivéssemos no contexto da libertação do Povo da escravidão. Na época de Jesus, a Páscoa era a festa da libertação e da constituição do Povo de Deus; mas era também a festa que anunciava esse tempo futuro em que o Messias ia libertar definitivamente o Povo de Deus. Nesta altura, o Povo devia subir a Jerusalém para, no “monte” do Templo, celebrar a libertação; em contrapartida, a multidão segue Jesus para um outro “monte”, do outro lado do mar… O Povo começa a libertar-se do jugo das instituições judaicas e a perceber que é em Jesus que se vão inaugurar os tempos novos da liberdade e da paz.
5. A multidão que segue Jesus tem fome e não tem que comer (vers. 5-6). A referência leva-nos, outra vez, ao Êxodo, ao deserto, quando o Povo que caminhava para a terra da liberdade sentiu fome. Então, foi Deus que respondeu à necessidade do Povo e lhe deu comida em abundância; aqui, é Jesus que Se apercebe das necessidades da multidão e tenta remediá-las. Ele mostra, assim, o rosto do Deus do amor e da bondade, sempre atento às necessidades do seu Povo.
6. Qual a solução que Jesus vai dar à “fome” da multidão? Na procura da solução, Jesus envolve a comunidade dos discípulos (“onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?” – vers. 5). A comunidade de Jesus (onde naturalmente Jesus Se inclui) tem de sentir-se responsável pela “fome” dos homens e tem de sentir que é sua responsabilidade e missão saciar essa “fome”.
João nota que Jesus põe a questão aos discípulos (representados por Filipe) para os “experimentar” (vers. 6). O problema pode ser posto da seguinte forma: como é que a comunidade dos discípulos – formados na escola e nos valores de Jesus – pretende responder à fome do mundo? É recorrendo ao sistema económico vigente, que se baseia no egoísmo e no poder do dinheiro e coloca os bens nas mãos de poucos, gerando uma lógica de opressão, de dependência e de necessidade? Será este o sistema desse mundo novo e livre que Jesus deseja instituir? Os discípulos de Jesus alinham com esse sistema opressor, baseado na compra, na venda e no lucro, ou já perceberam que Jesus tem uma proposta nova a fazer, geradora de libertação e de vida em abundância para todos?
7.
Filipe constata a impossibilidade de resolver o problema, dentro do quadro económico vigente… “Duzentos denários não bastariam para dar um pedaço a cada um” (vers. 7). Um denário equivalia ao salário base de um dia de trabalho; assim, nem o dinheiro de mais de meio ano de trabalho daria para resolver o problema. Por outras palavras: confiando no sistema instituído (o da compra e venda, que supõe o sistema económico regido pelo lucro egoísta), é impossível resolver o problema da necessidade dos esfomeados. A comunidade de Jesus é convidada, portanto, a abandonar este sistema e a encontrar outros…
8.
André, porém, vislumbra uma solução diferente (vers. 8-9). Este apóstolo representa, na comunidade de Jesus, essa categoria dos que aderiram a Jesus de forma convicta, que têm uma grande intimidade com Jesus e que, portanto, estão mais conscientes das propostas de Jesus. No entanto, André não está muito convicto dos resultados (“o que é isso para tanta gente?”). Seria bom – considera André – encontrar outro sistema diferente do sistema explorador; mas isso não resulta… Jesus vai, precisamente, provar que é possível encontrar outro sistema que reparta vida e que elimine a lógica da exploração.
9.
A figura do “menino” que apenas aparece na cena da multiplicação dos pães na versão de João é uma figura desnecessária do ponto de vista da narração: para o resultado final, tanto dava que o possuidor dos pães e dos peixes fosse uma criança ou um adulto. Sendo assim, porque é que João insiste em falar de uma criança? Porque a figura do “menino” é muito significativa: quer pela idade, quer pela condição, é um “débil”, física e socialmente. Representa a debilidade da comunidade de Jesus face às enormes carências do mundo. A palavra grega utilizada por João para falar da criança indica simultaneamente um “menino” e um “servo”: a comunidade, representada nesse “menino”, apresenta-se diante do mundo como um grupo socialmente humilde, sem pretensão alguma de poder e de domínio, dedicada ao serviço dos homens. É essa comunidade simples e humilde, vocacionada para o serviço, que é chamada a resolver a questão da necessidade dos pobres e a instaurar um novo sistema libertador. Qual é esse sistema?
10.
Os números “cinco” (“pães”) e “dois” (“peixes”), também não aparecem por acaso: a sua soma dá “sete” – o número que significa totalidade… Ou seja: é na partilha da totalidade do que a comunidade possui que se responde à carência dos homens. É uma totalidade fraccionada e diversificada; mas que, posta ao serviço dos irmãos, sacia a fome do mundo.
11.
Sobre os alimentos disponibilizados pela comunidade, Jesus pronuncia uma “acção de graças” (vers. 11). O “dar graças” significa reconhecer que os bens são dons que vêm de Deus. Ora, reconhecer que os bens vêm de Deus significa desvinculá-los do seu possessor humano, para reconhecer que eles são um dom gratuito que Deus oferece aos homens; e Deus não oferece a uns e não a outros… “Dar graças” é reconhecer que os bens recebidos pertencem a todos e que quem os possui é apenas um administrador encarregado de os pôr à disposição de todos os irmãos, com a mesma gratuidade com que os recebeu. Os bens são, assim, libertos da posse exclusiva de alguns, para serem dom de Deus para todos os homens. É este o sistema que Deus quer instaurar no mundo; e a comunidade cristã é chamada a testemunhar esta lógica.
12.
Uma vez saciada a fome do mundo, através desses bens que a comunidade recebeu de Deus e que pôs ao serviço de todos os homens, os discípulos são chamados a outras tarefas. Há sobras que não se podem perder, mas que devem ser o princípio de outras abundâncias. É preciso multiplicar incessantemente o amor e o pão… E a comunidade, uma vez percebido o projecto de Jesus, deve usar o que tem para continuar a oferecer a vida aos homens. A referência aos doze cestos recolhidos pelos discípulos pode ser uma alusão a Israel (as doze tribos): se a comunidade dos discípulos souber partilhar aquilo que recebeu de Deus, pode satisfazer a fome de todo o Povo (vers. 12-13).
13. Alguns dos que testemunharam a multiplicação dos pães e dos peixes têm consciência de que Jesus é o Messias que devia vir para dar ao seu Povo vida em abundância e querem fazê-lo rei (vers. 14-15). Jesus não aceita… Ele não veio resolver os problemas do mundo instaurando um sistema de autoridade e de poder; mas veio convidar os homens a viverem numa lógica de partilha e de solidariedade, que se faz dom e serviço humilde aos irmãos. É dessa forma que Ele se propõe – com a colaboração dos discípulos – eliminar o sistema opressor, responsável pela fome e pela miséria. O mundo novo que Jesus veio propor não assenta numa lógica de poder e autoridade, mas no serviço simples e humilde que leva a partilhar a vida com os irmãos.A perícopa que nos é hoje proposta pretende, pois, apresentar o projecto de Deus realizado em Jesus como um projecto de libertação, que há-de eliminar a opressão e instaurar um mundo de homens livres, salvos do egoísmo e capazes de amar e de partilhar. Frente ao sistema que se baseia no lucro e na exploração, Jesus propõe uma nova atitude. É necessário – diz Jesus – substituir o egoísmo pelo amor e pela partilha. A comunidade de Jesus tem a função de descobrir esta lógica, de a acolher e de propô-la ao mundo. Ela tem de aprender que os bens são um dom de Deus, destinados a todos. Procedendo dessa forma, ela está a instaurar um novo sistema e a libertar os homens desses condicionamentos egoístas que geram injustiça, necessidade, carência, debilidade, sofrimento. Quem quiser acompanhar Jesus neste caminho, passará seguramente da escravidão do lucro para a liberdade da partilha, do serviço, do amor aos irmãos.
ACTUALIZAÇÃO
• Jesus é o Deus que Se revestiu da nossa humanidade e veio ao nosso encontro para nos revelar o seu amor. O seu projecto – projecto que Ele concretizou em cada palavra e em cada gesto enquanto percorreu, com os seus discípulos, as vilas e aldeias da Palestina – consiste em libertar os homens de tudo aquilo que os oprime e lhes rouba a vida. O nosso texto mostra Jesus atento às necessidades da multidão, empenhado em saciar a fome de vida dos homens, preocupado em apontar-lhes o caminho que conduz da escravidão à liberdade. A atitude de Jesus é, para nós, uma expressão clara do amor e da bondade de um Deus sempre atento às necessidades do seu Povo. Garante-nos que, ao longo do caminho da vida, Deus vai ao nosso lado, atento aos nossos dramas e misérias, empenhado em satisfazer as nossas necessidades, preocupado em dar-nos o “pão” que sacia a nossa fome de vida. A nós, compete-nos abrir o coração ao seu amor e acolher as propostas libertadoras que Ele nos faz.
• A “fome” de pão que a multidão sente e que Jesus quer saciar é um símbolo da fome de vida que faz sofrer tantos dos nossos irmãos… Os que têm “fome” são aqueles que são explorados e injustiçados e que não conseguem libertar-se; são os que vivem na solidão, sem família, sem amigos e sem amor; são os que têm que deixar a sua terra e enfrentar uma cultura, uma língua, um ambiente estranho para poderem oferecer condições de subsistência à sua família; são os marginalizados, abandonados, segregados por causa da cor da sua pele, por causa do seu estatuto social ou económico, ou por não terem acesso à educação e aos bens culturais de que a maioria desfruta; são as crianças vítimas da violência e da exploração; são as vítimas da economia global, cuja vida dança ao sabor dos interesses das multinacionais; são as vítimas do imperialismo e dos interesses dos grandes do mundo… É a esses e a todos os outros que têm “fome” de vida e de felicidade, que a proposta de Jesus se dirige.
• No nosso Evangelho, Jesus dirige-Se aos seus discípulos e diz-lhes: “dai-lhes vós mesmos de comer”. Os discípulos de Jesus são convidados a continuar a missão de Jesus e a distribuírem o “pão” que mata a fome de vida, de justiça, de liberdade, de esperança, de felicidade de que os homens sofrem. Depois disto, nenhum discípulo de Jesus pode olhar tranquilamente os seus irmãos com “fome” e dizer que não tem nada com isso… Os discípulos de Jesus são convidados a responsabilizarem-se pela “fome” dos homens e a fazerem tudo o que está ao seu alcance para devolver a vida e a esperança a todos aqueles que vivem na miséria, no sofrimento, no desespero.
• No nosso Evangelho, os discípulos constatam que, recorrendo ao sistema económico vigente, é impossível responder à “fome” dos necessitados. O sistema capitalista vigente – que, quando muito, distribui a conta gotas migalhas da riqueza para adormecer a revolta dos explorados – será sempre um sistema que se apoia na lógica egoísta do lucro e que só cria mais opressão, mais dependência, mais necessidade. Não chega criar melhores programas de assistência social ou programas de rendimento mínimo garantido, ou outros sistemas que apenas perpetuam a injustiça… Os discípulos de Jesus têm de encontrar outros caminhos e de propor ao mundo que adopte outros valores. Quais?
• Jesus propõe algo de realmente novo: propõe uma lógica de partilha. Os discípulos de Jesus são convidados a reconhecer que os bens são um dom de Deus para todos os homens e que pertencem a todos; são convidados a quebrar a lógica do açambarcamento egoísta dos bens e a pôr os dons de Deus ao serviço de todos. Como resultado, não se obtém apenas a saciedade dos que têm fome, mas um novo relacionamento fraterno entre quem dá e quem recebe, feito de reconhecimento e harmonia que enriquece ambos e é o pressuposto de uma nova ordem, de um novo relacionamento entre os homens. É esta a proposta de Deus; e é disto que os discípulos são chamados a dar testemunho.
• Os discípulos de Jesus não podem, contudo, dirigir-se aos irmãos necessitados olhando-os “do alto”, instalados nos seus esquemas de poder e autoridade, usando a caridade como instrumento de apoio aos seus projectos pessoais, ou exigindo algo em troca… Os discípulos de Jesus devem ser um grupo humilde (a “criança” do Evangelho), sem pretensão alguma de poder e de domínio, e que apenas está preocupado em servir os irmãos com “fome”.
O que resulta da proposta de Jesus é uma humanidade totalmente livre da escravidão dos bens. Os necessitados tornam-se livres porque têm o necessário para viverem uma vida digna e humana; os que repartem os bens libertam-se da lógica egoísta dos bens e da escravidão do dinheiro e descobrem a liberdade do amor e do serviço.
• No final, os discípulos são convidados a recolher os restos, que devem servir para outras “multiplicações”. A tarefa dos discípulos de Jesus é uma tarefa nunca acabada, que deverá recomeçar em qualquer tempo e em qualquer lugar onde haja um irmão “com fome”.

FONTE: http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_ver.asp?liturgiaid=368

Pão partilhado

sábado, 28 de julho de 2012

AI PORTUGAL, PORTUGAL

"Este é o mais recente programa de televisão censurado pelo sistema político português. Nesta última emissão do "Plano Inclinado", transmitido na SIC Notícias a 12 de Fevereiro, o fiscalista Henrique Medina Carreira e o ex-dirigente socialista Henrique Neto explicam que os partidos políticos funcionam como máfias e estão a levar Portugal à bancarrota económica pela segunda vez na História de Portugal.
Henrique Neto revelou a forma como a Maçonaria controla os partidos (ver minuto 26:33). Depois deste programa ir para o ar, a SIC cancelou todas as emissões seguintes.
Os convidados também concordam que não existe nenhuma alternativa dentro do parlamento, com partidos como o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista a defenderem ideias retrógradas do séc. XIX.
Actualização de 28 de Fevereiro:
Marcelo Rebelo de Sousa confirmou que Henrique Medina Carreira foi afastado por ser incómodo, num texto publicado no seu blogue do jornal Sol:
«Por falar em más notícias, Medina Carreira foi colocado, gentilmente, de quarentena. Um mensageiro, há tantos anos, de más ou mesmo péssimas notícias, é sempre visto com enfado se e quando algumas dessas notícias podem chegar à ribalta. Nessas ocasiões, é sempre preferível algo de mais leve para distrair os espíritos...»
http://sol.sapo.pt/inicio/Opiniao/interior.aspx?content_id=12838&opiniao=..."
"


"10 de Junho de 2012. António Sampaio da Nóvoa acabou de proferir esta peça literária em forma de alerta geral. Aponta os nossos falhanços colectivos enquanto Nação e apela ao nosso desígnio que afinal não é o futebol mas o Estudo e o Conhecimento. E mostra que Portugal falhou quando se afastou da Ciência, do Ensino e do Conhecimento. Caminhos dos quais a europa desenvolvida nunca se afastou.
Imperdível!
15 minutos de puro deleite intelectual."

PORTUGAL estado de direito (?) Ainda há cá disto?

Com estes contrastes, exemplos, realidades , factos, argumentos...?
Não há regra sem excepção» é certo & verdade. Lamento que a regra seja isto
... e a excepção isto
Pelos vistos e felizmente há! São daquelas raridades & exemplos que convém dar a conhecer & a relembrar. Então aqui vai, antiga mas...

Isto devia ser "postado" no dia 25 de Abril, só que não surgiu e, por via disso, não aconteceu. Contudo mais vale tarde do que nunca
Esta ponte de todos conhecida, é caracterizada por algo muito estranho e incomum.
Foi construída dentro do prazo e dentro do orçamento.
Ou melhor dizendo, não custou três vezes mais do que o previsto e não demorou o dobro do tempo a ser feita.
Com a sua construção ninguém enriqueceu, nem subitamente foram feitos depósitos nas Bahamas.
O Ministro das Obras Públicas da altura, quando saiu do governo, não foi para presidente do conselho de administração da empresa da ponte.
De facto, eram tempos muito estranhos!

Mais uma...

... para um bom entendedor entender!

(in)PRENSA: a minha selecção

Para quem, que por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA: a minha selecção" que aí virão.

Problemas da zona euro parecem estar mais contidos
http://expresso.sapo.pt/problemas-da-zona-euro-parecem-estar-mais-contidos=f741000
Mais de 17 biliões de euros escondidos em paraísos fiscais
http://expresso.sapo.pt/mais-de17-bilioes-de-euros-escondidos-em-paraisos-fiscais=f741658
Contagem decrescente para o terrível mês de setembro  
http://expresso.sapo.pt/contagem-decrescente-para-o-terrivel-mes-de-setembro=f741507
O que eles pensam de Relvas
http://expresso.sapo.pt/o-que-eles-pensam-de-relvas=f740435
Entregava o seu património a Miguel Relvas?
http://expresso.sapo.pt/entregava-o-seu-patrimonio-a-miguel-relvas=f742445
Passos: lixa-te para as eleições, mas não lixes os portugueses!http://expresso.sapo.pt/passos-lixa-te-para-as-eleicoes-mas-nao-lixes-os-portugueses=f742355
Deputados deram 1.055 faltas ao longo de 134 sessões
- http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=27&did=71435
- http://www.publico.pt/Política/deputados-da-ar-deram-1055-faltas-ao-longo-da-sessao-apenas-cinco-injustificadas-1556464?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoPolitica+%28Publico.pt+-+Pol%C3%ADtica%29
A LISTA DE BOYS DO GOVERNO, TODOS ESPECIALISTAS BEM PAGOS E DE TENRA IDADE…
http://crimedigoeu.wordpress.com/2012/06/25/a-lista-de-boys-do-governo-todos-especialistas-bem-pagos-e-de-tenra-idade/
Espanha pode provocar um terramoto económico
http://expresso.sapo.pt/espanha-pode-provocar-um-terramoto-economico=f742393
Agência Standard & Poor's sob investigação
http://expresso.sapo.pt/agencia-standard--poors-sob-investigacao=f742591
Operadoras de telemóveis guardam informações pessoais indevidamente
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Tecnologia/Interior.aspx?content_id=2688506
Degelo na Gronelândia assusta cientistas da NASA
http://expresso.sapo.pt/degelo-na-gronelandia-assusta-cientistas-da-nasa=f742073
outra explicação que, uma vez mais, a "grande" informação não informa:
Essa é a mais recente imagem da NASA do que aconteceu em apenas 3 dias este mês na camada de gelo da Groenlândia. É o maior derretimento de gelo dos últimos 150 anos, mas a Shell está chegando no Ártico para perfurar a terra, causando mais derretimento. Compartilhe esta imagem com todos agora -- se causarmos uma tempestade de relações públicas para a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, eles podem se sensibilizar e revogar a licença da Shell. Republica essa imagem agora, e então clique abaixo para enviar uma mensagem urgente para salvar o Ártico!
 http://www.avaaz.org/po/save_the_arctic
Olha, afinal sabem gerir empresas públicas
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=570555&pn=1
Gente Simples
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=570647
Demolir o Estado
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=570641
Quase que duplicou o número de casais sem emprego
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=71579
"Mais de metade" da população portuguesa está em risco de pobreza (é obra!)
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=71588
Mourinho dedica prémio aos portugueses em dificuldades (estará a dedicar algum dos seus milhões à mesma causa?)
http://rr.sapo.pt/bolabranca_detalhe.aspx?fid=42&did=71604
Bruxelas fala pela primeira vez em "facilitar" ajustamento português
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=70362
FMI admite abrandamento da austeridade em Portugal já este ano
"Troika" quer ainda mais cortes na saúde
Saiba como o Tribunal Constitucional ainda pode mexer com Portugal
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=70303
Governo espanhol aprova penas de prisão para gestores públicos (quem me dera ser espanhol - não pelo futebol, mas por isto)
http://expresso.sapo.pt/governo-espanhol-aprova-penas-de-prisao-para-gestores-publicos=f742796
Medo da inteligência