"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

FILME&CINEMA: "Star Wars - O despertar da força"

Que o entretenimento esteja contigo e deixe o cérebro à porta.
O tema – como “western” galático ou “space opera” – continua a ser a luta entre bem e mal, salpicada de amores e desamores românticos e desavenças entre pais e filhos. A fonte filosófica está mais próxima do confucionismo, xintoísmo ou taoísmo do que das religiões abraâmicas, já que o mal se apresenta como um lado sombrio do mesmo bem. Ler mais aqui.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

ESPIRITUALIDADE: Entre Advento e Natal, ética da atenção?

Muitos são os lugares e espaços expressivos do exercício vigilante da vida, de desabrochamento da criatividade adormecida dos humanos. A arte, em sua manifestação profunda da condição humana de outrem (além do contentamento autobiográfico), é uma das expressões onde se poderá exercitar essa “ética da atenção”, do olhar. Para ler mais clique aqui.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

MÚSICA: Eis o Redentor de Händel, segundo o jovem Peter Dijkstra

Não foi certamente por acaso que recentemente a etiqueta da Rádio Bávara lançou quase em simultâneo duas caixas dedicadas ao “Oratório de Natal”, de Bach, e ao “Messias”, de Georg Friedrich Händel (1685-1759). Se a obra-prima do primeiro é sem dúvida a banda sonora mais apropriada para as grandes festividades que coroam o Tempo do Advento, a monumental oratória do segundo representa a partitura que celebra na sua integralidade a figura do Redentor e a sua progressiva revelação através da sua vinda (primeira parte), paixão, morte e ressurreição (segunda, selada pelo celebérrimo “Hallelujah”) e o seu definitivo regresso (terceira parte). Ler mais aqui.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

LIVROS&LEITURAS: Ano da Misericórdia Jubileu da Misericórdia

Livros "oficiais" sobre Jubileu da Misericórdia chegam a Portugal
O Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, responsável pela coordenação das atividades ligadas ao Ano da Misericórdia, publicou oito livros centrados naquele tema, partindo de diferentes pontos de vista. O objetivo da coleção, que em Portugal é lançada pela Paulus Editora, consiste em fornecer instrumentos «a todos os operadores pastorais, seja para o aprofundamento pessoal, seja para a preparação de encontros, catequeses, ou para a animação da oração comunitária», refere a página “oficial” dedicada ao Jubileu da Misericórdia. Ler mais em:
"O nome de Deus é Misericórdia": «Primeiro livro» do papa Francisco sai em janeiro
«Diz-se muitas vezes, justamente, que hoje se perdeu o sentido do pecado. Acrescentarei que também se perdeu a esperança de poder recomeçar. Esta é a grande mensagem cristã, que o papa faz reverberar para além das fronteiras e vedações: há um Deus que te quer bem, te espera, te vem procurar para te abraçar», acentua o jornalista que conversou com o papa Francisco para publicar este livro. Ler mais em:

domingo, 27 de dezembro de 2015

PALAVRA DE DOMINGO: Contextual​izá-la para bem a entender e melhor vivê-la: LITURGIA & VIDA!

Considerando:
1. "Três qualidades essenciais de uma homilia: Positiva, concreta, profética"
2. "A Palavra de Deus no quotidiano da vida eclesial"
3. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Ler mais em:
4. "Os leitores mais atentos poderão confirmar se o Papa Francisco é coerente quando exige qualidade nas homilias como fez na exortação apostólica "A alegria do Evangelho" e a sua prática nas missas que celebra em Santa Marta. Basta ler o livro que reproduz muitas daquelas saborosas homilias feriais" - Pe. Rui Osório in JN de 11/1/2015 - "A verdade é um encontro", http://www.paulinas.pt/Product_Detail.aspx?code=1977
5. Pregação «não é um sermão sobre um tema abstrato»: Vaticano apresenta diretório sobre homilias
6. Diretório homilético: Para falar de fé e beleza mesmo quando não se é «grande orador»
Então:
Tema da Festa da Sagrada FamíliaAs leituras deste domingo complementam-se ao apresentar as duas coordenadas fundamentais a partir das quais se deve construir a família cristã: o amor a Deus e o amor aos outros, sobretudo a esses que estão mais perto de nós – os pais e demais familiares.
O Evangelho sublinha, sobretudo, a dimensão do amor a Deus: o projecto de Deus tem de ser a prioridade de qualquer cristão, a exigência fundamental, a que todas as outras se devem submeter. A família cristã constrói-se no respeito absoluto pelo projecto que Deus tem para cada pessoa.
A segunda leitura sublinha a dimensão do amor que deve brotar dos gestos de todos os que vivem “em Cristo” e aceitaram ser Homem Novo. Esse amor deve atingir, de forma mais especial, todos os que connosco partilham o espaço familiar e deve traduzir-se em determinadas atitudes de compreensão, de bondade, de respeito, de partilha, de serviço.
A primeira leitura apresenta, de forma muito prática, algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais. É uma forma de concretizar esse amor de que fala a segunda leitura.
EVANGELHOLc 2,41-52
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém,
pela festa da Páscoa.
Quando Ele fez doze anos,
subiram até lá, como era costume nessa festa.
Quando eles regressavam, passados os dias festivos,
o Menino Jesus ficou em Jerusalém,
sem que seus pais o soubessem.
Julgando que Ele vinha na caravana,
fizeram um dia de viagem
e começaram a procurá-l’O entre os parentes e conhecidos.
Não O encontrando,
voltaram a Jerusalém, à sua procura.
Passados três dias,
encontraram-n’O no templo,
sentado no meio dos doutores,
a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas.
Todos aqueles que O ouviam
estavam surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas.
Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados;
e sua Mãe disse-Lhe:
«Filho, porque procedeste assim connosco?
Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura».
Jesus respondeu-lhes:
«Porque Me procuráveis?
Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?»
Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhes disse.
Jesus desceu então com eles para Nazaré
e era-lhes submisso.
Sua Mãe guardava todos estes acontecimentos em seu coração.
E Jesus ia crescendo em sabedoria, em estatura e em graça,
diante de Deus e dos homens.

AMBIENTE
O Evangelho que nos é proposto é o final do “Evangelho da infância” de Lucas. Ora, já sabemos que a finalidade do “Evangelho da infância” não é fazer uma reportagem sobre os primeiros anos da vida de Jesus, mas sim fazer catequese sobre Jesus; nessa catequese, diz-se quem é Jesus e apresentam-se algumas coordenadas teológicas que vão, depois, ser desenvolvidas no resto do Evangelho.
A “catequese” de hoje situa-nos em Jerusalém. A Lei judaica pedia que os homens de Israel fossem três vezes por ano a Jerusalém, por alturas das três grandes festas de peregrinação (Páscoa, Pentecostes e Festa das Cabanas – cf. Ex 23,17-17). Ainda que os rabinos não considerassem obrigatória esta lei até aos treze, muitos pais levavam os filhos antes dessa idade. Jesus tem doze anos e, de acordo com o texto de Lucas, foi com Maria e José a Jerusalém celebrar a Páscoa.
É neste ambiente de Jerusalém e do Templo que Lucas situa as primeiras palavras pronunciadas por Jesus no Evangelho. Elas são, sem dúvida, o centro do nosso relato.

MENSAGEM
A chave deste episódio está, portanto, nas palavras pronunciadas por Jesus quando, finalmente, se encontra com Maria e José: “porque me procuráveis? Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?”
O significado (a catequese) da resposta à pergunta de Maria é que Deus é o verdadeiro Pai de Jesus. Daqui deduz-se que as exigências de Deus são, para Jesus, a prioridade fundamental, que ultrapassa qualquer outra exigência. A sua missão – a missão que o Pai Lhe confia – vai obrigá-l’O a romper os laços com a própria família (cf. Mc 3,31-35).
É possível que haja ainda, aqui, uma referência à paixão/morte/ressurreição de Jesus: tanto o episódio de hoje, como os factos relativos à morte/ressurreição, são situados num contexto pascal; em ambas as situações Jesus é abandonado – aqui por Maria e José e, mais tarde, pelos discípulos – por pessoas que não compreendem que a sua prioridade é o projecto do Pai; em ambas as situações, Jesus é procurado (cf. Lc 24,5) e tem de explicar que a finalidade da sua vida é cumprir aquilo que o Pai tinha definido (cf. Lc 24,7.25-27.45-46). Lucas apresenta aqui a chave para entender toda a vida de Jesus: Ele veio ao mundo por mandato de Deus Pai e com um projecto de salvação/libertação. Àqueles que se perguntam porque deve o Messias percorrer determinado caminho, Lucas responde: porque é a vontade do Pai. Foi para cumprir a vontade do Pai que Jesus veio ao nosso encontro e entrou na nossa história.
Atente-se, ainda, em duas questões um tanto marginais, mas que podem servir também para a nossa reflexão e edificação: em primeiro lugar, reparemos no entusiasmo que Jesus tem pela Palavra de Deus e pelas questões que ela levanta; em segundo lugar, a “declaração de independência” de Jesus pode ajudar-nos a compreender que a família não é o lugar fechado, onde cada pessoa cresce em horizontes limitados e fechados, mas é o lugar onde nos abrimos ao mundo e aos outros, onde nos armamos para partir à conquista do mundo que nos rodeia.

ACTUALIZAÇÃO
A reflexão do Evangelho de hoje deve ter em conta as seguintes questões:
¨ Para Jesus, a prioridade fundamental a que tudo se subjuga (até a família) é o projecto de Deus, o plano que Deus tem para cada pessoa. Se os planos dos pais e os planos de Deus entram em choque, quais devem prevalecer?
¨ Anima-nos o mesmo entusiasmo de Jesus pela Palavra de Deus? Somos capazes de esquecer outros interesses legítimos para nos dedicarmos à escuta, à reflexão e à discussão da Palavra? Vemos nela um meio privilegiado de conhecer o projecto que Deus tem para nós?
¨ Maria e José não fizeram cenas diante da resposta “irreverente” de Jesus. Aceitaram que o jovem Jesus não lhes pertencia exclusivamente: Ele tinha a sua identidade e a sua missão próprias. É assim que nos situamos face àqueles com quem partilhamos a experiência familiar?
¨ A nossa família potencia o nosso crescimento, abrindo-nos horizontes e levando-nos ao encontro do mundo, ou fecha-nos num espaço cómodo mas limitado, onde nos mantemos eternamente dependentes?
Fonte: http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_ver.asp?liturgiaid=442

sábado, 26 de dezembro de 2015

inPRENSA semanal: a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão.
Sócrates mantém licenciatura devido a falta de fiscalização de Ministério da Educação
“Refinarias têm ficado com uma grande margem”
A confusão do IRS - Bastonário dos TOC (Domingues de Azevedo) ao ionline
Palavra dada
"Direita escondeu propositadamente problema do Banif"
FMI assume que errou. Estas foram as medidas em que o fez
Porque é que o certificado de aforro é melhor do que o Audi?
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Radiografia 2015. Vote nos acontecimentos e nas pessoas do ano
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Depois das “doenças”, Papa dá “antibióticos” à cúria romana
​A felicidade
A pouca-vergonha que continuamos a pagar
Um monumento à irresponsabilidade da era Passos
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A política tem de começar a ser diferente da vigarice
Entalados com o Banif? Então e o Novo Banco?
Portugueses já deram 13 mil milhões para salvar bancos
O tapume
Conto de Natal
Australianos inventam caixote do lixo para o mar
Estará a sua árvore de Natal a deixá-lo doente?
Carta da namorada do jovem que morreu por falta de médico ao fim de semana
Um crime sem perdão
Estado e médicos de São José podem ser julgados por homicídio
Presentes natalícios
"Se fores um psicopata e adorares conflito, o Eurogrupo é para ti"
Desligado suporte de vida, menina voltou a viver 20 minutos depois. (E esta hein? Acasos? Coincidência? Não acredito nem em acasos, nem em coincidências, mas sim no sobrenatural)
Como o Banco de Portugal decidiu o resgate ao Banif
Portugueses rendidos ao ISIS. Saiba quem são e o que os motiva
"Troika andou desatenta ao que acontecia no sistema financeiro"
Caso David: hospital podia ter recorrido a privados, mas não o fez

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

EFEMÉRIDE/COMEMORAÇÃO: Boas Festas venho dar...

Já nasceu o Deus Menino
Filho da Virgem Maria.
 
Aqui não fica ninguém
Vamos adorar a Virgem
E o Deus Menino, em Belém.
Que a tua mãe logo vem
Foi lavar os teus paninhos
À fontinha de Belém.
Vamos todos ao presépio
Vamos todos a Belém
Que a Nossa Senhora tem.
Alegrem-se os Céus e a Terra
Cantemos com alegria
Já nasceu o Deus Menino
Filho da Virgem Maria.

in http://amusicaportuguesa.blogs.sapo.pt/musica-de-natal-boas-festas-1628808

Sim, este é que é o Pai Natal. Lamentavelmente muito esquecido e perdido nos tempos que correm, em detrimento de um outro que, como aqui se constata e a Wikipédia confirma, veio muito depois, sendo, aliás, seu discípulo. Depois, a secularização, a laicização, "as guerras e os comércios" de que fala o acima recitado poema de Fernando Pessoa na voz de Maria Bethânia, fizeram aquele resto. Valha-nos o que nos resta - o presépio. Mas para além do Pai Natal, reaprendamos a arte do dom.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

MÚSICA: Seis órgãos da basílica de Mafra voltam a ser tocados todos os meses

Os seis órgãos da basílica de Mafra, que se distinguem não apenas pelo seu número mas por terem sido concebidos para tocar em conjunto, voltam a ouvir-se nos primeiros domingos do mês.
Sérgio Silva (órgão do Evangelho), Isabel Albergaria (Epístola), David Paccetti Correia (S. Pedro d'Alcântara), Margarida Oliveira (Sacramento), Digo Rato Pombo (Conceição) e Inês Machado (Santa Bárbara) tocam a partir das 16h00 sob a direção artística de João Vaz.
Os intérpretes vão executar, em conjunto ou isoladamente.
 

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

FILME&CINEMA: "No coração do mar"

«O meu filme foca-se nas ambições pessoais de duas personagens que se defrontam, o capitão da baleeira e o seu primeiro oficial, sobre uma transformação e uma progressiva tomada de consciência até à descoberta da verdade sobre si próprio, após um duro confronto com a natureza, que tomou a forma de um grandioso animal», explicou o cineasta, vencedor de quatro Óscares por “Uma mente brilhante”, incluindo para melhor filme e melhor realizador. Para ler mais clique aqui
 

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

EFEMÉRIDE/RECORDAÇÃO/EVOCAÇÃO: Documentário: "Vaticano II: Imagens e testemunhos"

O documentário “Vaticano II, imagens, testemunhos” (2006), realizado por Véronick Beaulieu, atravessa o período que medeia entre as origens do Concílio e a sua receção na Igreja, através de depoimentos de personalidades como o cardeal Roger Etchegaray e os padres Yves Congar e Marie-Dominique Chenu, peritos que integraram os trabalhos. Ler mais em:
http://www.snpcultura.org/vaticano_ii_imagens_e_testemunhos.html

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

REFLEXÃO/ATENÇÃO/MEDITAÇÃO: As poderosas sementes da generosidade

A minha generosidade é influenciada pelos poetas que alimentaram o coração da minha família. Pelas orações do meu povo, pelos músicos de que gosto e escuto, pelos contadores de histórias nas festas da aldeia, pelos discursos e pelas ações dos políticos, pelas homilias dos pregadores. Pelos mártires de todas as resistências. Pelas generosidades infinitas das mulheres.Ler mais em:

domingo, 20 de dezembro de 2015

PALAVRA DE DOMINGO: Contextual​izá-la para bem a entender e melhor vivê-la: LITURGIA & VIDA!

Considerando:
1. "Três qualidades essenciais de uma homilia: Positiva, concreta, profética"
2. "A Palavra de Deus no quotidiano da vida eclesial"
3. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Ler mais em:
4. "Os leitores mais atentos poderão confirmar se o Papa Francisco é coerente quando exige qualidade nas homilias como fez na exortação apostólica "A alegria do Evangelho" e a sua prática nas missas que celebra em Santa Marta. Basta ler o livro que reproduz muitas daquelas saborosas homilias feriais" - Pe. Rui Osório in JN de 11/1/2015 - "A verdade é um encontro", http://www.paulinas.pt/Product_Detail.aspx?code=1977
5. Pregação «não é um sermão sobre um tema abstrato»: Vaticano apresenta diretório sobre homilias
6. Diretório homilético: Para falar de fé e beleza mesmo quando não se é «grande orador»
Então:
Tema do 4º Domingo do Tempo do Advento
Nestes últimos dias antes do Natal, a mensagem fundamental da Palavra de Deus gira à volta da definição da missão de Jesus: propor um projecto de salvação e de libertação que leve os homens à descoberta da verdadeira felicidade.
O Evangelho sugere que esse projecto de Deus tem um rosto: Jesus de Nazaré veio ao encontro dos homens para apresentar aos prisioneiros e aos que jazem na escravidão uma proposta de vida e de liberdade. Ele propõe um mundo novo, onde os marginalizados e oprimidos têm lugar e onde os que sofrem encontram a dignidade e a felicidade. Este é um anúncio de alegria e de salvação, que faz rejubilar todos os que reconhecem em Jesus a proposta libertadora que Deus lhes faz. Essa proposta chega, tantas vezes, através dos limites e da fragilidade dos “instrumentos” humanos de Deus; mas é sempre uma proposta que tem o selo e a força de Deus.
A primeira leitura sugere que este mundo novo que Jesus, o descendente de David, veio propor é um dom do amor de Deus. O nome de Jesus é “a Paz”: Ele veio apresentar uma proposta de um “reino” de paz e de amor, não construído com a força das armas, mas construído e acolhido nos corações dos homens.
A segunda leitura sugere que a missão libertadora de Jesus visa o estabelecimento de uma relação de comunhão e de proximidade entre Deus e os homens. É necessário que os homens acolham esta proposta com disponibilidade e obediência – à imagem de Jesus Cristo – num “sim” total ao projecto de Deus.
EVANGELHO Lc 1,39-47
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naqueles dias,
Maria pôs-se a caminho
e dirigiu-se apressadamente para a montanha,
em direcção a uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria,
o menino exultou-lhe no seio.
Isabel ficou cheia do Espírito Santo
e exclamou em alta voz:
«Bendita és tu entre as mulheres
e bendito é o fruto do teu ventre.
Donde me é dado
que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?
Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos
a voz da tua saudação,
o menino exultou de alegria no meu seio.
Bem-aventurada aquela que acreditou
no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito
da parte do Senhor».

AMBIENTE
O texto que nos é proposto faz parte do chamado “Evangelho da Infância”. Os estudos actuais falam do “Evangelho da Infância” como um género literário especial, que se pode chamar “homologese”: é um género que não pretende ser um relato fidedigno sobre acontecimentos, mas antes uma catequese destinada a proclamar as realidades salvíficas que a fé prega sobre Jesus (que Ele é o Messias, o Filho de Deus, o Deus connosco). Desenvolve-se em forma de narração e recorre às técnicas do midrash haggádico (uma técnica de leitura e de interpretação do Antigo Testamento usada pelos rabbis judeus na época em que foi escrito o Novo Testamento). A “homologese” utiliza, de preferência, tipologias: factos e pessoas do Antigo Testamento encontram a sua correspondência em factos e pessoas do Novo Testamento. Pelo meio, misturam-se elementos apocalípticos (aparições, anjos, sonhos), destinados a fazer avançar a narração e a explicitar as ideias teológicas e a catequese sobre Jesus. É esta mistura de elementos que podemos encontrar no Evangelho de hoje: mais do que uma informação “jornalística” sobre factos concretos, trata-se de uma catequese sobre Jesus, feita a partir de um conjunto de referências tiradas da mensagem e das promessas do Antigo Testamento.
MENSAGEM
A primeira referência vai para a indicação de que, à saudação de Maria, o menino (João Baptista) saltou de alegria no seio da mãe. Trata-se, evidentemente, de uma indicação teológica: para Lucas, Jesus é o Deus que vem ao encontro dos homens, e que tem uma mensagem de salvação/libertação que concretiza as promessas feitas por Deus aos antepassados; logo, a presença de Jesus provoca a alegria, o estremecimento gozoso de todos aqueles que esperam a concretização das promessas de Deus e que vêem na chegada de Jesus a realização das promessas de um mundo de justiça, de amor, de paz e de felicidade para todos os homens. Através de Jesus, Deus vai oferecer a salvação a todos; e isso provoca um estremecimento incontrolável de alegria, por parte de todos os que anseiam pela concretização das promessas de Deus.
Temos, depois, a resposta de Isabel à saudação de Maria: “Bendita és tu entre as mulheres”. Trata-se de palavras que aparecem no “cântico de Débora” (cf. Jz 5,24) para celebrar Jael, a mulher que, apesar da sua fragilidade, foi o instrumento de Deus para libertar o Povo das mãos de Sísera, o opressor. Maria é, assim, apresentada – apesar da sua fragilidade – como o instrumento de Deus para concretizar a salvação/libertação dos homens.
Finalmente, temos a resposta de Maria: “a minha alma enaltece o Senhor…”. A resposta de Maria retoma um salmo de acção de graças (cf. Sl 34,4), destinado a dar graças a Jahwéh porque protege os humildes e os salva, apesar da prepotência dos opressores. É um salmo de esperança e de confiança, que exalta a preocupação de Deus para com os pobres que são vítimas da injustiça e da opressão. Sugere-se, claramente, que a presença de Jesus, através dessa mulher simples e frágil que é Maria, é um sinal do amor de Deus, preocupado em trazer a libertação a todos os que são vítimas da prepotência e da injustiça dos homens. Com Jesus, chegou esse tempo novo de libertação, de paz e de felicidade anunciado pelos profetas.

ACTUALIZAÇÃO
A reflexão deste texto pode ter em conta os seguintes pontos:
• A presença de Jesus neste mundo é, claramente, a concretização das promessas de salvação e de libertação feitas por Deus ao seu Povo. Com Jesus, anuncia-se a eliminação da opressão, da injustiça, de tudo aquilo que rouba e que limita a vida e a felicidade dos homens. Jesus, ao “nascer” entre nós, tem por missão propor um mundo onde a justiça, os direitos humanos, a dignidade, a vida e a felicidade das pessoas são absolutamente respeitados. Dizer que Jesus, hoje, nasce no nosso mundo significa propor esta mensagem libertadora e salvadora.
Nós, que somos no mundo o rosto vivo de Jesus, propomos esta boa notícia? Os pobres, os que sofrem, todos os que são vítimas de opressão e suspiram ansiosamente por um mundo novo encontram no nosso anúncio esta proposta? Esta mensagem libertadora é a nossa proposta fundamental, ou dispersamo-nos em propostas laterais (o dinheiro que a comunidade tem em caixa para construir novas igrejas, a apresentação dos novos paramentos, as “bocas” que atirámos aos nossos opositores na comunidade, as questões de organização), que dizem muito pouco acerca do essencial?
• O “estremecimento” de alegria de João Baptista no seio de Isabel é o sinal de que o mundo espera com ânsia uma proposta verdadeiramente libertadora. Nós, os cristãos, somos verdadeiramente o veículo desta mensagem?
• A proposta libertadora de Deus para os homens alcança o mundo através da fragilidade de uma mulher (recordar o contexto social de uma sociedade patriarcal, onde a mulher pertence à classe dos que não gozam de todos os direitos civis e religiosos) que aceita dizer “sim” a Deus. É necessário ter consciência de que é através dos nossos limites e da nossa fragilidade que Deus alcança os homens e propõe o seu projecto ao mundo.
• Maria, após ter conhecimento de que vai acolher Jesus no seu seio, parte ao encontro de Isabel e fica com ela, solidária com ela, até ao nascimento de João. Temos consciência de que acolher Jesus é estar atento às necessidades dos irmãos, partir ao seu encontro, partilhar com eles a nossa amizade e ser solidário com as suas necessidades?
Fonte: http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_ver.asp?liturgiaid=439

O grande mistério da visitação
Aqui o mistério é grande: mistério do Deus escondido, escondido num bebé ainda anónimo, isto é, ainda sem a imposição humana do nome, mas com um nome que agrada a Deus: Jesus, “o Senhor salva”. Ao mesmo tempo, mistério da profecia, em João, ainda sem voz, mas que nele já sabe indicar aquele que vem, o Senhor, porque sabe desde já viver a vocação de precursor. Tudo isto no útero de duas mulheres que falam uma à outra, que se escutam e se alegram, louvando Deus. Ler mais em: http://www.snpcultura.org/o_grande_misterio_da_visitacao.html

sábado, 19 de dezembro de 2015

inPRENSA semanal: a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão.
Estratégia dos decotes funciona. Do 91.º lugar, canal passou para 9.º
Pagou caução com o dinheiro dos outros
Guo Guangchang: de vendedor de pão a dono da Fidelidade
«É ingénuo» crer que Ano da Misericórdia mude o mundo? Sim, mas loucura de Deus é mais sábia que os homens
O statement de Banksy: tivemos Steve Jobs porque não fechámos a porta ao seu pai sírio
CR7 e Messi ganham milhões à custa de quem recebe 570 euros?
Os medíocres contra Pacheco
Maria Luís Albuquerque convidou arguido nos vistos gold para secretário de Estado
Nobel aconselha Portugal a ter cuidado com aumento do salário mínimo
Petróleo não estava tão barato há uma década
Campanha de Natal Renascença - a sua ajuda é essencial
Três conselhos a Portugal: educação, gestão e euro
Banif: Seis interessados, pressa na venda, zero propostas
Aos 17 anos previu o que consultoras não previram: gigante ia falir
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Porcelanas, créditos e hipotecas: o que Duarte Lima deve aos credores
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O fim de uma era
Um em cada oito bebés nasce em zonas de conflito. “Existe maneira pior de começar a vida?"
Inspiring 2016

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

LIVRO&LEITURA: "Redescobrir a árvore da vida - Um economista lê o livro do Génesis"

Que um economista e historiador do pensamento económico com a grandeza de Luigino Bruni se detenha numa leitura altamente competente de um icónico texto bíblico não deveria, por isso, constituir uma surpresa. A economia precisa de iniciativas assim para tornar-se o que ela é: uma ciência humana e não simplisticamente técnica. Ler mais em:

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

SAÚDE&HUMOR: Just For Laughs Gag

Com disposição para rir? e...
...chorar por mais& mais?
"Moral da história": «Tristezas não pagam dívidas» é certo, mas ajuda. Sim, porque, como é sabido, «quem não chora não mama».

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

CINEMAS&FILMES: “Deus não está morto”, “Minha mãe”

“Deus não está morto”
As palavras “Deus não está morto” descrevem perfeitamente as premissas deste filme, que tem por objetivo provar não apenas a existência de um ser superior, mas que esse ser age na vida dos crentes e dos não-crentes, de modo a aproximá-los dele. O filme segue a história do estudante Josh Wheaton, interpretado por Shane Harper, que frequenta um curso de filosofia ministrado pelo senhor Radisson (Kevin Sorbo), ateísta convicto, à imagem dos conteúdos curriculares que ensina. Ler mais em:
http://www.snpcultura.org/Deus_nao_esta_morto.html

“Minha mãe”
Como se deixa partir uma pessoa, como se elabora o luto pela perda da mãe? E como chegamos (chegámos?) a conhecer aquela pessoa que chamávamos mãe? Como se volta ao cinema depois de ter vaticinado o imprevisível, e mesmo o inaudito (“O caimão” e, sobretudo, “Habemus papam”)? Ler mais em: http://www.snpcultura.org/minha_mae.html
 

domingo, 13 de dezembro de 2015

PALAVRA DE DOMINGO: Contextual​izá-la para bem a entender e melhor vivê-la: LITURGIA & VIDA!

Considerando:
1. "Três qualidades essenciais de uma homilia: Positiva, concreta, profética"
2. "A Palavra de Deus no quotidiano da vida eclesial"
3. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Ler mais em:
4. "Os leitores mais atentos poderão confirmar se o Papa Francisco é coerente quando exige qualidade nas homilias como fez na exortação apostólica "A alegria do Evangelho" e a sua prática nas missas que celebra em Santa Marta. Basta ler o livro que reproduz muitas daquelas saborosas homilias feriais" - Pe. Rui Osório in JN de 11/1/2015 - "A verdade é um encontro", http://www.paulinas.pt/Product_Detail.aspx?code=1977
5. Pregação «não é um sermão sobre um tema abstrato»: Vaticano apresenta diretório sobre homilias
6. Diretório homilético: Para falar de fé e beleza mesmo quando não se é «grande orador»
Então: 
Tema do 3º Domingo do Tempo do Advento
O tema deste 3º Domingo pode girar à volta da pergunta: “e nós, que devemos fazer?” Preparar o “caminho” por onde o Senhor vem significa questionar os nossos limites, o nosso egoísmo e comodismo e operar uma verdadeira transformação da nossa vida no sentido de Deus.
O Evangelho sugere três aspectos onde essa transformação é necessária: é preciso sair do nosso egoísmo e aprender a partilhar; é preciso quebrar os esquemas de exploração e de imoralidade e proceder com justiça; é preciso renunciar à violência e à prepotência e respeitar absolutamente a dignidade dos nossos irmãos. O Evangelho avisa-nos, ainda, que o cristão é “baptizado no Espírito”, recebe de Deus vida nova e tem de viver de acordo com essa dinâmica.
A primeira leitura sugere que, no início, no meio e no fim desse “caminho de conversão”, espera-nos o Deus que nos ama. O seu amor não só perdoa as nossas faltas, mas provoca a conversão, transforma-nos e renova-nos. Daí o convite à alegria: Deus está no meio de nós, ama-nos e, apesar de tudo, insiste em fazer caminho connosco.
A segunda leitura insiste nas atitudes correctas que devem marcar a vida de todos os que querem acolher o Senhor: alegria, bondade, oração.
EVANGELHOLc 3,10-18
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo,
as multidões perguntavam a João Baptista:
«Que devemos fazer?»
Ele respondia-lhes:
«Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma;
e quem tiver mantimentos faça o mesmo».
Vieram também alguns publicanos para serem baptizados
e disseram:
«Mestre, que devemos fazer?»
João respondeu-lhes:
«Não exijais nada além do que vos foi prescrito».
Perguntavam-lhe também os soldados:
«E nós, que devemos fazer?»
Ele respondeu-lhes:
«Não pratiqueis violência com ninguém
nem denuncieis injustamente;
e contentai-vos com o vosso soldo».
Como o povo estava na expectativa
e todos pensavam em seus corações
se João não seria o Messias,
ele tomou a palavra e disse a todos:
«Eu baptizo-vos com água,
mas está a chegar quem é mais forte do que eu,
e eu não sou digno de desatar as correias das suas sandálias.
Ele baptizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo.
Tem na mão a pá para limpar a sua eira
e recolherá o trigo no seu celeiro;
a palha, porém, queimá-la-á num fogo que não se apaga».
Assim, com estas e muitas outras exortações,
João anunciava ao povo a Boa Nova».
AMBIENTE
O Evangelho de hoje vem na sequência daquele que reflectimos no passado domingo: o profeta João Baptista indica, com pormenores concretos e a grupos concretos, como proceder para percorrer esse caminho de “metanoia” e preparar a “vinda do Senhor”.
MENSAGEM
A primeira parte do Evangelho de hoje (vers. 10-14) é uma secção própria de Lucas. Pôr as pessoas as perguntar “o que devemos fazer” é habitual em Lucas (cf. Act 2,37; 16,30; 22,10): sugere uma abertura à proposta de salvação que vem de Deus. João Baptista propõe, então, três atitudes concretas para quem quer fazer a experiência de conversão e de encontro com o Senhor que vem: ao povo em geral, João Baptista recomenda a sensibilidade às necessidades de quem nada tem e a partilha dos bens; aos publicanos, pede que não explorem, que não se deixem convencer por esquemas de enriquecimento ilícito, que não despojem ilegalmente os mais pobres; aos soldados, pede que não usem de violência, que não abusem do seu poder contra fracos e indefesos… Repare-se como João Baptista põe em relevo os “crimes contra o irmão”: tudo aquilo que atenta contra a vida de um só homem é um crime contra Deus; quem o comete, está a fechar o seu coração e a sua vida à proposta libertadora que Cristo veio trazer.
Na segunda parte do Evangelho (vers. 15-18), João Baptista anuncia a chegada do baptismo no Espírito Santo, contraposto ao baptismo “na água” de João. O baptismo de João é, apenas, uma proposta de conversão; mas o baptismo de Jesus consiste em receber essa vida de Deus que actua no coração do homem, transforma o homem velho em homem novo, faz do homem egoísta e fechado em si um homem novo, capaz de partilhar a vida e amar como Jesus. Faz-se, aqui, referência a essa transformação que Cristo operará no coração de todos os que estão dispostos a acolher a sua proposta de libertação: começará, para eles, uma nova vida, uma vida purificada (fogo), uma vida de onde o pecado e o egoísmo foram eliminados, uma vida segundo Deus. Para Lucas, este anúncio do profeta João concretizar-se-á plenamente no dia de Pentecostes.
ACTUALIZAÇÃO
Elementos para a reflexão e actualização da Palavra:
• “E nós, que devemos fazer?” A expressão revela a atitude correcta de quem está aberto à interpelação do Evangelho. Sugere-se aqui a disponibilidade para questionar a própria vida, primeiro passo para uma efectiva tomada de consciência do que é necessário transformar.
• Os bens que temos à nossa disposição são sempre um dom de Deus e, portanto, pertencem a todos: ninguém tem o direito de se apropriar deles em seu benefício exclusivo. As desigualdades chocantes, a indiferença que nos leva a fechar o coração aos gritos de quem vive abaixo do limiar da dignidade humana, o egoísmo que nos impede de partilhar com quem nada tem, são obstáculos intransponíveis que impedem o Senhor de nascer no meio de nós. As nossas comunidades e nós próprios damos testemunho desta partilha que é sinal do Reino proposto por Jesus?
• Os publicanos eram aqueles que extorquiam dinheiro de modo duvidoso, despojando os mais pobres e enriquecendo de forma ilícita. Que dizer dos modernos esquemas imorais (às vezes lícitos, mas imorais) de enriquecimento rápido? Que dizer da corrupção, do branqueamento de dinheiro sujo, da fuga aos impostos, das taxas exageradas cobradas por certos serviços, das falcatruas? Será possível prejudicar conscientemente um irmão ou a comunidade inteira e acolher “o Senhor que vem”?
• “Não exerçais violência sobre ninguém”… E os actos de violência, que tantas vezes atingem inocentes e derramam sangue ou, ao menos, provocam sofrimento e injustiça? E os actos gratuitos de terrorismo, ainda que sejam mascarados de luta pela libertação? E a exploração de quem trabalha, a recusa de um salário justo, ou a exploração de imigrantes estrangeiros? E as prepotências que se cometem nos tribunais, nas repartições públicas, na própria casa e, tantas vezes, nas recepções das nossas igrejas? Neste quadro, é possível acolher Jesus?
• Ser cristão é ser baptizado no Espírito, quer dizer, é ser portador dessa vida de Deus que nos permite testemunhar Jesus e a sua proposta. O que é que conduz a nossa caminhada e motiva as nossas opções – o Espírito, ou o nosso egoísmo e comodismo?
Fonte: http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_ver.asp?liturgiaid=438

"Dar é a lei da vida"
«E eu, que tenho de fazer?» Não é de grandes profetas que temos necessidade, mas de muitos pequenos profetas, que onde são chamados a viver, dia a dia, são generosos de justiça e de misericórdia, que levam a respiração do céu ao interior das coisas de cada dia. Então, a começar por ti, recomeça-se a tecer o tecido bom do mundo. Ler mais em:

sábado, 12 de dezembro de 2015

inPRENSA semanal: a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão.
Igreja vai ter contas auditadas
Há 35 milhões de escravos no mundo. Índia, China e Rússia no top
Medicina alternativa já é um sucesso nos hospitais públicos
A Europa vai tropeçar antes de conseguir ficar de pé
Ministério Público vai ter controlo direto de contas suspeitas nos bancos
A mulher mais poderosa
"National Geographic" dedica edição a Maria, «a mulher mais poderosa do mundo»
Finlândia quer todos a ganhar 800 euros. Até quem não trabalha
Religiosas fazem-se passar por prostitutas para resgatar jovens
Petróleo barato está para durar. E há muita gente a sofrer com isso
DENTRO DE 5 ANOS PROVAVELMENTE NÃO HAVERÁ SMARTPHONES
Medicamento que conquistou Nobel é feito por empresa portuguesa
Utensílios que não deve lavar na máquina da loiça
Saber dizer "não"!
Inovação portuguesa. Dos "drones" controlados pela mente ao satélite em contagem decrescente
Por que razão é tão difícil chegar a acordo na Conferência do Clima em Paris?
Volkswagen começa a chamar carros às oficinas em Janeiro
Que surpresa!