"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























domingo, 29 de setembro de 2019

PALAVRA de DOMINGO: Contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la: EUCARISTIA, LITURGIA & VIDA!

Considerando:
1. "Três qualidades essenciais de uma homilia: Positiva, concreta, proféticaAQUI
2. "A Palavra de Deus no quotidiano da vida eclesialAQUI
3. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Para saber mais, clicar AQUI
4. "Os leitores mais atentos poderão confirmar se o Papa Francisco é coerente quando exige qualidade nas homilias como fez na exortação apostólica "A alegria do Evangelho" e a sua prática nas missas que celebra em Santa Marta. Basta ler o livro que reproduz muitas daquelas saborosas homilias feriais" - Pe. Rui Osório in JN de 11/1/2015 - "A verdade é um encontroAQUI
5Pregação «não é um sermão sobre um tema abstrato»: Vaticano apresenta diretório sobre homilias. Para saber mais clicar, AQUI
6Diretório homilético: Para falar de fé e beleza mesmo quando não se é «grande orador». Ver AQUI
7Papa mais,  pede aos padres para falarem ao «coração» e não fazerem «homilias demasiado intelectuais». Par saber mais, clicar AQUI.
8Porquê ir à missa ao domingo? Ler AQUI.
9. O que é que se faz para que a Eucaristia dominical seja algo de vital, de verdadeiramente comunitário, capaz de permitir o reconhecimento recíproco e uma autêntica fraternidade para quantos nela participam? Ler&saber AQUI.
108 conselhos dos santos para amar a Eucaristia AQUI.  

Então:
Tema do 26º Domingo do Tempo Comum - Ano C
A liturgia deste domingo propõe-nos, de novo, a reflexão sobre a nossa relação com os bens deste mundo... Convida-nos a vê-los, não como algo que nos pertence de forma exclusiva, mas como dons que Deus colocou nas nossas mãos, para que os administremos e partilhemos, com gratuitidade e amor.
Na primeira leitura, o profeta Amós denuncia violentamente uma classe dirigente ociosa, que vive no luxo à custa da exploração dos pobres e que não se preocupa minimamente com o sofrimento e a miséria dos humildes. O profeta anuncia que Deus não vai pactuar com esta situação, pois este sistema de egoísmo e injustiça não tem nada a ver com o projecto que Deus sonhou para os homens e para o mundo.
O Evangelho apresenta-nos, através da parábola do rico e do pobre Lázaro, uma catequese sobre a posse dos bens... Na perspectiva de Lucas, a riqueza é sempre um pecado, pois supõe a apropriação, em benefício próprio, de dons de Deus que se destinam a todos os homens... Por isso, o rico é condenado e Lázaro recompensado.
A segunda leitura não apresenta uma relação directa com o tema deste domingo... Traça o perfil do "homem de Deus": deve ser alguém que ama os irmãos, que é paciente, que é brando, que é justo e que transmite fielmente a proposta de Jesus. Poderíamos, também, acrescentar que é alguém que não vive para si, mas que vive para partilhar tudo o que é e que tem com os irmãos?
EVANGELHO Lc 16,19-31
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo,
disse Jesus aos fariseus:
«Havia um homem rico,
que se vestia de púrpura e linho fino
e se banqueteava esplendidamente todos os dias.
Um pobre, chamado Lázaro,
jazia junto do seu portão, coberto de chagas.
Bem desejava saciar-se do que caía da mesa do rico,
mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas.
Ora sucedeu que o pobre morreu
e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão.
Morreu também o rico e foi sepultado.
Na mansão dos mortos, estando em tormentos,
levantou os olhos e viu Abraão com Lázaro a seu lado.
Então ergueu a voz e disse:
'Pai Abraão, tem compaixão de mim.
Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo
e me refresque a língua,
porque estou atormentado nestas chamas'.
Abraão respondeu-lhe:
'Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida
e Lázaro apenas os males.
Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado,
enquanto tu és atormentado.
Além disso, há entre nós e vós um grande abismo,
de modo que se alguém quisesse passar daqui para junto de vós,
ou daí para junto de nós,
não poderia 

fazê-lo'.
O rico insistiu:
'Então peço-te, ó pai,
que mandes Lázaro à minha casa paterna
– pois tenho cinco irmãos –
para que os previna,
a fim de que não venham também para este lugar de tormento'.
Disse-lhe Abraão:
'Eles têm Moisés e os Profetas.
Que os oiçam'.
Mas ele insistiu:
'Não, pai Abraão. Se algum dos mortos for ter com eles,
arrepender-se-ão'.
Abraão respondeu-lhe:
'Se não dão ouvidos a Moisés nem aos Profetas,
mesmo que alguém ressuscite dos mortos,
não se convencerão'.

AMBIENTE
A leitura que hoje nos é proposta apresenta mais uma etapa do "caminho de Jerusalém". A história do rico e do pobre Lázaro é um texto exclusivo de Lucas. Não é possível dizer se se trata de uma parábola procedente de uma fonte desconhecida, ou se é uma criação do próprio Lucas... De qualquer forma, trata-se de uma catequese (desenvolvida ao longo de todo o capítulo 16 do Evangelho segundo Lucas) em que se aborda o problema da relação entre o homem e os bens deste mundo. Jesus dirige-Se, aqui, aos fariseus (cf. Lc 16,14), como representantes de todos aqueles que amam o dinheiro e vivem em função dele.
MENSAGEM
A parábola tem duas partes.
Na primeira (vers. 19-26), Lucas apresenta os dois personagens fundamentais da história, segundo um cliché literário muito comum na literatura bíblica: um rico que vive luxuosamente e que celebra grandes festas e um pobre, que tem fome, vive miseravelmente e está doente. No entanto, a morte dos dois muda radicalmente a situação. O que é que, verdadeiramente, está aqui em causa?
Atentemos nos dois personagens... Do rico diz-se, apenas, que se vestia de púrpura e linho fino, e que dava esplêndidas festas. De resto, não se diz se ele era mau ou bom, se frequentava ou não o templo, se explorava os pobres ou se era insensível ao seu sofrimento (aparentemente, isso não é decisivo para o desfecho); no entanto, quando morreu, foi para um lugar de tormentos. Do pobre Lázaro diz-se, apenas, que jazia ao portão do rico, que estava coberto de chagas, que desejava saciar-se das migalhas que caíam da mesa do rico e que os cães vinham lamber-lhe as chagas; quando morreu, Lázaro foi "levado pelos anjos ao seio de Abraão" (quer dizer, a um lugar de honra no festim presidido por Abraão. Trata-se do "banquete do Reino", onde os eleitos se juntarão - de acordo com o imaginário judaico - com os patriarcas e os profetas); não se diz, no entanto, se Lázaro levou na terra uma vida exemplar ou se cometeu más acções, se foi um modelo de virtudes ou foi um homem carregado de defeitos, se trabalhava duramente ou se foi um parasita que não quis fazer nada para mudar a sua triste situação...
Nesta história, não parecem ser as acções boas ou más cometidas neste mundo pelos personagens (a história não faz qualquer referência a isso) que decidem a sorte deles no outro mundo. Então, porque é que um está destinado aos tormentos e outro ao "banquete do Reino"?
A resposta só pode ser uma: o que determina a diferença de destinos é a riqueza e a pobreza. O rico conhece os "tormentos" porque é rico; o pobre conhece o "banquete do Reino" porque é pobre. Mas então, a riqueza será pecado? Aqueles que acumularam riquezas sem defraudar ninguém serão culpados de alguma coisa? Ser rico equivale a ser mau e, portanto, a estar destinado aos "tormentos"?
Na perspectiva de Lucas, a riqueza - legítima ou ilegítima - é sempre culpada. Os bens não pertencem a ninguém em particular (nem sequer àqueles que trabalharam duramente para se apossar de uma fatia gorda dos bens que Deus colocou no mundo); mas são dons de Deus, postos à disposição de todos os seus filhos, para serem partilhados e para assegurarem uma vida digna a todos... Quem se apossa - ainda que legitimamente - desses bens em benefício próprio, sem os partilhar, está a defraudar o projecto de Deus. Quem usa os bens para ter uma vida luxuosa e sem cuidados, esquecendo-se das necessidades dos outros homens, está a defraudar os seus irmãos que vivem na miséria. Nesta história, Jesus ensina que não somos donos dos bens que Deus colocou nas nossas mãos, ainda que os tenhamos adquirido de forma legítima: somos apenas administradores, encarregados de partilhar com os irmãos aquilo que pertence a todos. Esquecer isto é viver de forma egoísta e, por isso, estar destinado aos "tormentos".
Na segunda parte do nosso texto (vers. 27-31), insiste-se em que a Escritura - na qual os fariseus eram peritos - apresenta o caminho seguro para aprender e assumir a atitude correcta em relação aos bens. O rico ficou surdo às interpelações da Palavra de Deus ("Moisés e os Profetas") e isso é que decidiu a sua sorte: ele não quis escutar as interpelações da Palavra e não se deixou transformar por ela. O versículo final (vers. 31) expressa perfeitamente a mensagem contida nesta segunda parte: até mesmo os milagres mais espectaculares são inúteis, quando o homem não acolheu no seu coração a Palavra de Deus. Só a Palavra de Deus pode fazer com que o homem corrija as opções erradas, saia do seu egoísmo, aprenda a amar e a partilhar.
A história que nos é proposta é uma ilustração das bem-aventuranças e dos "ais" de Lc 6,20-26... Anuncia-se, desta forma, que o projecto de Deus passa por um "Reino" de fraternidade, de amor e de partilha. Quem recusa esse projecto e escolhe viver fechado no seu egoísmo e auto-suficiência (os ricos), não pode fazer parte desse mundo novo de fraternidade que Deus quer propor aos homens (a imagem dos "tormentos", contudo, não deve ser levada demasiado a sério: faz parte do folclore oriental e das imagens que os pregadores da época utilizavam para impressionar as pessoas e levá-las a modificar radicalmente o seu comportamento).

ACTUALIZAÇÃO
A reflexão e partilha podem partir das seguintes questões:
• Talvez a catequese que o Evangelho de hoje nos apresenta nos pareça, à partida, demasiado radical: não temos o direito de ser ricos, de gozar os bens que conquistámos honestamente? No entanto, convém termos consciência de que cerca de um quarto da humanidade tem nas mãos cerca de 80% dos recursos disponíveis do planeta; e que três quartos da humanidade têm de contentar-se com os outros 20% dos recursos. Isto é justo? É justo que várias dezenas de milhares de crianças morram diariamente por causa da fome e de problemas relacionados com a subnutrição, enquanto o primeiro mundo destrói as colheitas para que o excesso de produção não obrigue a baixar os preços? É justo que se gastem em festas sociais quantias que davam para construir uma dúzia de escolas ou meia dúzia de hospitais num país do quarto mundo?
• O Vaticano II afirma: "Deus destinou a terra com tudo o que ela contém para uso de todos os homens e povos; de modo que os bens criados devem chegar equitativamente às mãos de todos (...). Sejam quais forem as formas de propriedade, conforme as legítimas instituições dos povos e segundo as diferentes e mutáveis circunstâncias, deve-se sempre atender a este destino universal dos bens. Por esta razão, quem usa desses bens, não deve considerar as coisas exteriores que legitimamente possui só como próprias, mas também como comuns, no sentido de que possam beneficiar não só a si, mas também aos outros. De resto, todos têm o direito de ter uma parte de bens suficientes para si e suas famílias" (Gaudium et Spes, 69).
Como me situo face aos bens? Vejo os bens que Deus me concedeu como "meus, muito meus, só meus", ou como dons que Deus depositou nas minhas mãos para eu administrar e partilhar, mas que pertencem a todos os homens?
• Por muito pobres que sejamos, devemos continuamente interrogar-nos para perceber se não temos um "coração de rico" - isto é, para perceber se a nossa relação com os bens não é uma relação egoísta, açambarcadora, exclusivista (há "pobres" cujo sonho é, apenas, levar uma vida igual à dos ricos). E não esqueçamos: é a Palavra de Deus que nos questiona continuamente e que nos permite a mudança de um coração egoísta para um coração capaz de amar e de partilhar.



e/ou no vídeo AQUI.
«Deus olha para o coração» (1Sam 16,7)  
Terá o pobre sido recebido pelos anjos unicamente devido à sua pobreza? E terá o rico sido enviado para o lugar dos tormentos apenas pela sua riqueza? Não. No caso do pobre, o prémio foi para a humildade, e no caso do rico, a condenação foi para o orgulho. 
  Eis a prova de que não foi a riqueza mas o orgulho que levou a que o rico fosse castigado. O pobre foi levado para o seio de Abraão; ora, as Escrituras dizem de Abraão que ele tinha muito ouro e prata e que era rico na Terra (Gn 13,2). Mas, se todos os ricos são enviados para o lugar dos tormentos, como pôde Abraão receber o pobre no seu seio? Acontece que Abraão, com toda a sua fortuna, era pobre, humilde, respeitador e obediente às ordens de Deus. Ele tinha as suas riquezas em tão pouca conta que, quando Deus lho pediu, aceitou oferecer em sacrifício o filho a quem as destinava (Gn 22,4). 
  Aprendei, pois, a ser pobres e a ter necessidades, quer possuais alguma coisa neste mundo, quer não possuais nada. Porque há mendigos cheios de orgulho e ricos que confessam os seus pecados. «Deus resiste aos orgulhosos», estejam eles cobertos de seda ou de trapos, «mas dá a sua graça aos humildes» (Tg 4,6), quer eles possuam, ou não, bens deste mundo. Deus olha para o interior; é aí que avalia, é aí que examina. 
Santo Agostinho (354-430)
bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Discursos sobre os salmos, Sl 85; CCL 39, 1178

sábado, 28 de setembro de 2019

(in)PRENSA semanal: a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão.  


Bancos portugueses são dos que mais lucram com nova taxa do BCE
Castelo de Cartas sobre a crise financeira: 11 anos depois do início simbólico da crise financeira, estaremos melhor preparados para enfrentar a próxima crise? 
Jogadores do Porto irritados com fúrias de Sérgio Conceição
Parte do programa do PDR é (literalmente) igual ao do PSD
Costinha obrigou Maniche a corrigir livro por causa da história da camisola rasgada
Ativista Greta Thunberg arrasa congressista republicano nos EUA
Mosquitos geneticamente modificados libertados no Brasil estão a reproduzir-se
“Algo incrível”. Guterres louvado por impedir nações poluentes de falar na cimeira climática
Sabe o que Cristiano Ronaldo tem em comum com estes 214 jogadores?
Maioria escondida com o ‘absoluta’ de fora
“Por que não a nós?”: o testemunho do casal Filipa e Francisco
Infarmed retira do mercado medicamentos para a azia com possível agente cancerígeno
Tem sentido lutar pelo clima
Clima: o preço de nada se fazer
Papa pede aos 130 mil motociclistas reunidos em Fátima para não arriscarem vida
“As pessoas valem mais do que as coisas”, sublinha o Papa Francisco
Álbum póstumo com músicas novas de Leonard Cohen sai em novembro
Peregrinos do Silêncio
Mesmo que não beba, o seu fígado pode sofrer danos causados por álcool
Acabar com a chantagem
Demissão do Papa Francisco
Marcelo faz discurso em sentido contrário a Trump na ONU. Mundo "exige o multilateralismo"
e
Governos da Escócia e de Gales pedem demissão de Boris Johnson
A humilhante derrota de Boris Johnson
Executivos da Thomas Cook receberam quase 40 milhões de euros em bónus
Canção de António Zambujo composta por Mário Laginha e João Monge nomeada para Grammy Latino
Papa volta a criticar “cancro diabólico” da maledicência
Destituir Trump
Maioria absoluta: quantos votos são precisos para lá chegar?
O génio do paradoxo: Jacques Chirac 1932-2019
Um Presidente que foi um pouco troca-tintas mas um real fenómeno
Jacques Chirac, o político dos sete ofícios
A decadência europeia
Acender as luzes
Centeno anunciou excedente de 400 milhões. Para que servem, pergunta Catarina
Novo Banco perdoa 25 milhões à Malo Clinic. CGD também abdica de créditos em dívida
O seu chá pode conter milhões de microplásticos (e já se sabe porquê)
Desvendado o enigma da localização inóspita de Machu Picchu

terça-feira, 24 de setembro de 2019

BONDADE

A terra está cheia da bondade do Senhor - proclama o Salmo 32 (33) e 18.20-21.22 (Rf.5b).  "Podes não conseguir encontrar esta bondade, mas ela está por aí, por todo o lado, em pequenos gestos que não constituem notícia". É o caso desta&disto AQUI.  

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

MUSICOTERAPIA: The Weight / Apresentando Robbie Robertson / Playing For Change

Estamos empolgados por compartilhar a nossa mais nova música AQUI, "The Weight", com músicos dos cinco continentes a tocar juntos. Óptimas músicas podem viajar por toda parte, unindo o que nos divide e inspirando-nos a ver com que facilidade nos damos bem quando a música toca. Agradecimentos especiais à nossa parceira Cambria® por ajudar a tornar isso possível e a Robbie Robertson, Ringo Starr e a todos os músicos e por se juntarem a nós na comemoração dos 50 anos dessa música clássica. Dedicado à "banda":
Rick Danko
Levon Helm
Garth Hudson
Richard Manuel
Robbie Robertson



domingo, 22 de setembro de 2019

PALAVRA de DOMINGO: Contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la: EUCARISTIA, LITURGIA & VIDA!

Considerando:
1. "Três qualidades essenciais de uma homilia: Positiva, concreta, proféticaAQUI
2. "A Palavra de Deus no quotidiano da vida eclesialAQUI
3. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Para saber mais, clicar AQUI
4. "Os leitores mais atentos poderão confirmar se o Papa Francisco é coerente quando exige qualidade nas homilias como fez na exortação apostólica "A alegria do Evangelho" e a sua prática nas missas que celebra em Santa Marta. Basta ler o livro que reproduz muitas daquelas saborosas homilias feriais" - Pe. Rui Osório in JN de 11/1/2015 - "A verdade é um encontroAQUI
5Pregação «não é um sermão sobre um tema abstrato»: Vaticano apresenta diretório sobre homilias. Para saber mais clicar, AQUI
6Diretório homilético: Para falar de fé e beleza mesmo quando não se é «grande orador». Ver AQUI
7Papa mais,  pede aos padres para falarem ao «coração» e não fazerem «homilias demasiado intelectuais». Par saber mais, clicar AQUI.
8Porquê ir à missa ao domingo? Ler AQUI.
9. O que é que se faz para que a Eucaristia dominical seja algo de vital, de verdadeiramente comunitário, capaz de permitir o reconhecimento recíproco e uma autêntica fraternidade para quantos nela participam? Ler&saber AQUI.
108 conselhos dos santos para amar a Eucaristia AQUI.  

Então:
Tema do 25º Domingo do Tempo Comum - Ano C
A liturgia sugere-nos, hoje, uma reflexão sobre o lugar que o dinheiro e os outros bens materiais devem assumir na nossa vida. De acordo com a Palavra de Deus que nos é proposta, os discípulos de Jesus devem evitar que a ganância ou o desejo imoderado do lucro manipulem as suas vidas e condicionem as suas opções; em contrapartida, são convidados a procurar os valores do "Reino".
Na primeira leitura, o profeta Amós denuncia os comerciantes sem escrúpulos, preocupados em ampliar sempre mais as suas riquezas, que apenas pensam em explorar a miséria e o sofrimento dos pobres. Amós avisa: Deus não está do lado de quem, por causa da obsessão do lucro, escraviza os irmãos. A exploração e a injustiça não passam em claro aos olhos de Deus.
O Evangelho apresenta a parábola do administrador astuto. Nela, Jesus oferece aos discípulos o exemplo de um homem que percebeu como os bens deste mundo eram caducos e precários e que os usou para assegurar valores mais duradouros e consistentes... Jesus avisa os seus discípulos para fazerem o mesmo.
Na segunda leitura, o autor da Primeira Carta a Timóteo convida os crentes a fazerem do seu diálogo com Deus uma oração universal, onde caibam as preocupações e as angústias de todos os nossos irmãos, sem excepção. O tema não se liga, directamente, com a questão da riqueza (que é o tema fundamental da liturgia deste domingo); mas o convite a não ficar fechado em si próprio e a preocupar-se com as dores e esperanças de todos os irmãos, situa-nos no mesmo campo: o discípulo é convidado a sair do seu egoísmo para assumir os valores duradouros do amor, da partilha, da fraternidade.
EVANGELHO - Lc 16,1-13
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Um homem rico tinha um administrador,
que foi denunciado por andar a desperdiçar os seus bens.
Mandou chamá-lo e disse-lhe:
'Que é isto que ouço dizer de ti?
Presta contas da tua administração,
porque já não podes continuar a administrar'.
O administrador disse consigo:
'Que hei-de fazer,
agora que o meu senhor me vai tirar a administração?
Para cavar não tenho força,
de mendigar tenho vergonha.
Já sei o que hei-de fazer,
para que, ao ser despedido da administração,
alguém me receba em sua casa'.
Mandou chamar um por um os devedores do seu senhor e disse ao primeiro:
'Quanto deves ao meu senhor?'.
Ele respondeu: 'Cem talhas de azeite'.
O administrador disse-lhe:
'Toma a tua conta: senta-te depressa e escreve cinquenta'.
A seguir disse a outro: 'E tu quanto deves?'.
Ele respondeu: 'Cem medidas de trigo'.
Disse-lhe o administrador:
'Toma a tua conta e escreve oitenta'.
E o senhor elogiou o administrador desonesto,
por ter procedido com esperteza.
De facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz,
no trato com os seus semelhantes.
Ora Eu digo-vos:
Arranjai amigos com o vil dinheiro,
para que, quando este vier a faltar,
eles vos recebam nas moradas eternas.
Quem é fiel nas coisas pequenas também é fiel nas grandes;
e quem é injusto nas coisas pequenas também é injusto nas grandes.
Se não fostes fiéis no que se refere ao vil dinheiro,
quem vos confiará o verdadeiro bem?
E se não fostes fiéis no bem alheio,
quem vos entregará o que é vosso?
Nenhum servo pode servir a dois senhores,
porque, ou não gosta de um deles e estima o outro,
ou se dedica a um e despreza o outro.
Não podeis servir a Deus e ao dinheiro».

AMBIENTE
O Evangelho que nos é proposto apresenta-nos mais um passo do "caminho para Jerusalém". Desta vez, Jesus não Se dirige aos fariseus, mas aos discípulos e, através deles, aos crentes de todos os tempos... Com uma história que apresenta contornos de caso real, tirado da vida, Jesus instrui os discípulos acerca da forma como se hão-de situar face aos bens deste mundo.
MENSAGEM
A mensagem essencial aqui apresentada gira, portanto, à volta da sábia utilização dos bens deste mundo: eles devem servir para garantir outros bens, mais duradouros.
Na primeira parte do nosso texto (vers. 1-9) apresenta-se a parábola de um administrador sagaz. A parábola conta-nos a história de um homem que é acusado de administrar de forma incompetente (possivelmente desonesta) os bens do patrão. Chamado a contas e despedido, este homem tem a preocupação de assegurar o futuro. Chama os devedores do patrão e reduz-lhes consideravelmente as quantias em dívida. Dessa forma - supõe ele - os devedores beneficiados não esquecerão a sua generosidade e, mais tarde, manifestar-lhe-ão a sua gratidão e acolhê-lo-ão em sua casa. Como justificar o proceder deste administrador, que assegura o futuro à custa dos bens do seu senhor? Porque é que o senhor, prejudicado nos seus interesses, não tem uma palavra de reprovação ao inteirar-se do prejuízo recebido? Como pode Jesus dar como exemplo aos discípulos as aldrabices de um tal administrador?
Estas dificuldades desaparecem se entendemos esta história tendo em conta as leis e costumes da Palestina nos tempos de Jesus. O administrador de uma propriedade actuava em nome e em lugar do seu senhor; como não recebia remuneração, podia ressarcir-se dos seus gastos a expensas dos devedores.
Habitualmente, ele fornecia um determinado número de bens, mas o devedor ficava a dever muito mais; a diferença era a "comissão" do administrador. Deve ser isso que serve de base à nossa história... Dos cem "baths" de azeite (uns 3.700 litros) consignados no recibo (vers. 6), só uns cinquenta haviam sido, na realidade, emprestados; os outros cinquenta constituíam o reembolso dos gastos do administrador e a exorbitante "comissão" que lhe devia ser paga pela operação. Provavelmente, o que este administrador sagaz fez foi renunciar ao lucro que lhe era devido, a fim de assegurar a gratidão dos devedores: renunciou a um lucro imediato, a fim de assegurar o seu futuro. Este administrador (se ele é chamado "desonesto" - vers. 8 - não o é por este gesto, mas pelos actos anteriores, que até levaram o patrão a despedi-lo) é um exemplo pela sua habilidade e sagacidade: ele sabe que o dinheiro tem um valor relativo e troca-o por outros valores mais significativos - a amizade, a gratidão. Jesus conclui a história convidando os discípulos a serem tão hábeis como este administrador (vers. 9): os discípulos devem usar os bens deste mundo, não como um fim em si mesmo, mas para conseguir algo mais importante e mais duradouro (o que, na lógica de Jesus, tem a ver com os valores do "Reino").
Na segunda parte do texto (vers. 10-13), Lucas apresenta-nos uma série de "sentenças" de Jesus sobre o uso do dinheiro (originariamente, estas "sentenças" não tinham nada a ver com o contexto desta parábola). No geral, essas "sentenças" avisam os discípulos para o bom uso dos bens materiais: se sabemos utilizá-los tendo em conta as exigências do "Reino", seremos dignos de receber o verdadeiro bem, quando nos encontrarmos definitivamente com o Senhor ressuscitado. O nosso texto termina com um aviso de Jesus acerca da deificação do dinheiro (vers. 13): Deus e o dinheiro representam mundos contraditórios e procurar conjugá-los é impossível... Os discípulos são, portanto, convidados a fazer a sua opção entre um mundo de egoísmo, de interesses mesquinhos, de exploração, de injustiça (dinheiro) e um mundo de amor, de doação, de partilha, de fraternidade (Deus e o "Reino"). Onde é que estão, aqui, os valores eternos e duradouros?
ACTUALIZAÇÃO
A reflexão e partilha podem considerar as seguintes linhas:
• O mundo em que vivemos decidiu que o dinheiro é o deus fundamental e que tudo deixa de ter importância, desde que se possam acrescentar mais uns números à conta bancária. Para ganhar mais dinheiro, há quem trabalhe doze ou quinze horas por dia, num ritmo de escravo, e prescinda da família e dos amigos; por dinheiro, há quem sacrifique a sua dignidade e apareça a expor, diante de uma câmara de televisão, a sua intimidade e a sua privacidade; por dinheiro, há quem venda a sua consciência e renuncie a princípios em que acredita; por dinheiro, há quem não tenha escrúpulos em sacrificar a vida dos seus irmãos e venda drogas e armas que matam; por dinheiro, há quem seja injusto, explore os seus operários, se recuse a pagar o salário do mês porque o trabalhador é ilegal e não se pode queixar às autoridades... Que pensamos disto? Ser escravo dos bens é algo que só acontece aos outros? Talvez não cheguemos, nunca, a estes casos extremos; mas até onde seríamos capazes de ir por causa do dinheiro?
• Jesus avisa os discípulos de que a aposta obsessiva no "deus dinheiro" não é o caminho mais seguro para construir valores duradouros, geradores de vida plena e de felicidade. É preciso - sugere Ele - que saibamos aquilo em que devemos apostar... O que é, para nós, mais importante: os valores do "Reino" ou o dinheiro? Na nossa actividade profissional, o que é que nos move: o dinheiro, ou o serviço que prestamos e a ajuda que damos aos nossos irmãos? O que é que nos torna mais livres, mais humanos e mais felizes: a escravidão dos bens ou o amor e a partilha?
• Todo este discurso não significa que o dinheiro seja uma coisa desprezível e imoral, do qual devamos fugir a todo o custo. O dinheiro (é preciso ter os pés bem assentes na terra) é algo imprescindível para vivermos neste mundo e para termos uma vida com qualidade e dignidade... No entanto, Jesus recomenda que o dinheiro não se torne uma obsessão, uma escravidão, pois Ele não nos assegura (e muitas vezes até perturba) a conquista dos valores duradouros e da vida plena.

e/ou no vídeo AQUI.
Um só é o vosso Mestre […], Cristo» (Mt 23,8)  
«Nenhum servo pode servir a dois senhores». Não é que haja dois senhores; há um só Senhor. Porque, mesmo que haja pessoas que servem o dinheiro, este não possui qualquer direito de ser senhor; as pessoas é que tomam sobre si o jugo desta escravatura. Com efeito, o dinheiro não tem um poderio justo, antes constitui uma escravatura injusta. É por isso que Jesus diz: «Arranjai amigos com o vil dinheiro», para que, pela nossa generosidade com os pobres, obtenhamos os favores dos anjos e dos santos. 
 O administrador não é criticado; deste modo, aprendemos que não somos senhores, mas administradores das riquezas de outrém. Se bem que tenha errado, ele é elogiado porque, ao dar aos pobres em nome do seu senhor, arranjou apoios para si. E Jesus chama «vil» ao dinheiro porque o amor pelo dinheiro tenta-nos com as suas diversas seduções, a ponto de aceitarmos ser seus escravos. É por isso que Ele diz: «Se não fostes fiéis no bem alheio, quem vos entregará o que é vosso?» As riquezas são-nos alheias porque estão fora da nossa natureza: não nascem connosco, não nos seguem na morte. Cristo, pelo contrário, é nosso, porque é a vida. […] Não sejamos, pois, escravos dos bens exteriores, porque só a Cristo devemos reconhecer como Senhor.
Santo Ambrósio (c. 340-397)
bispo de Milão, doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de Lucas, 7, 244ss; SC 52

sábado, 21 de setembro de 2019

(in)PRENSA semanal: a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão. 


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