"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























terça-feira, 29 de novembro de 2011

«Cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém»

Diferença entre http:// e https://

É muito importante, para todos que usam, navegam e compram pela INTERNET. Principalmente, para os que passam os seus números de cartões de crédito, para comprar algo!
Eis aqui um conselho válido, que talvez muita gente não saiba ...

Pois é, a diferença existe... e é simplesmente a nossa segurança!
O "s" = secure = segurança.
A sigla http quer dizer "Hyper Text Transport Protocol", que é a linguagem para troca de informação entre servidores e clientes da rede.
O que é importante, e o que marca a diferença, é a letra "s" que é a abreviatura de "Secure"! O "s" indica que os dados inseridos serão criptografados e não poderão ser interceptados.
Ao visitar uma página na web, observe se começa por: http://. Isto significa que essa página se comunica numa linguagem normal, mas sem segurança!
ATENÇÃO = Não se deve dar o número do cartão de crédito através de uma página/site começada APENAS por http:// ...!!! Se começar por https:// , significa que o computador está conectado a uma página que se corresponde numa linguagem codificada e segura, à prova de espiões!!!

Sabia disso?

FOTOS que contam a HISTÓRIA de 2011

http://aeiou.expresso.pt//fotos-que-contam-a-historia-de-2011=f688720

domingo, 27 de novembro de 2011

mais um ADVENTO e mais uma oportunidade

Eu sublinharia tudo porque tudo quanto aqui abaixo está, palavras & imagens, merecem.

Ao entrarmos no tempo do Advento somos confrontados com uma atitude que este tempo evoca e sugere para o itinerário crente. Não só nestas quatro semanas, mas como proposta contínua para aprendermos a viver a vida entre e o imediato e o que ainda não veio, o instante fugaz e a oportunidade do saboreio, a pressa que nos atravessa e a espera silenciosa daquilo que se aninha no coração mas que se sabe ainda por vir.
A espera gera no interior do coração uma tensão. Que não precisa ser desesperadora. Pode ser uma espera sadia. Se esperamos, deseja-se que o coração se encha daquele bem ou daquele dom que permite ao tempo andar mais devagar. Esperar capacita a nossa atenção. Permite prestar atenção aos detalhes. Ouvir o que o coração sente nesse tempo de expectativa.
Vivemos hoje num tempo em que as pessoas desaprenderam a espera. Não sabemos e não queremos esperar. Desejamos o imediato. O que está pronto. O que pode ser servido e consumido no instante mesmo que a duras penas. Ninguém espera. Esperar enche o coração das pessoas de tédio. Porque precisam estar permanentemente ocupadas ou o coração pode parar. Perdemos a capacidade de esperar.
A nossa incapacidade para a espera, para o caminho demorado, o processo que se faz e conquista, atira-nos tantas vezes para o território da dependência. Tornamo-nos dependentes das necessidades que a todo o custo queremos satisfazer. O tempo da espera é tempo de liberdade. Aprendemos a ser livres com as esperas necessárias e inevitáveis, as impostas tantas vezes, as desejadas, as mais demoradas ou as menos entediantes. Todas elas podem proporcionar-nos caminhos de liberdade. Em que o coração se alarga. E os horizontes abrem-se para além do nosso umbigo.
Aprender dos nossos tempos de espera. Escutar o coração e os sentimentos que nos visitam quando esperar começa a ser tenebroso. Quando aquela pessoa querida não vem. Quando aquele desejo mais íntimo tarda em realizar-se. Quando aquele projeto teima em não sair do papel. Ou quando o aguardar silencioso se converte em alegria transbordante porque se realizou o desejo. O que o coração sente nesses momentos?
O Advento obriga-nos a considerar esta atitude fundamental na nossa vida. Esperamos que o Natal aconteça. Que o mistério de um Deus que vem ao nosso encontro se desvele na vida e nos caminhos que fazemos. Esperar, preparando o coração para que esse encontro tão desejado nos encante e desafie. E nos abra horizontes novos. Esperar Deus que se deixa encontrar e que na simplicidade de um menino nos pede um encantamento sempre maior pela vida. Porque afinal Deus vive no meio de nós. Um menino nos foi dado. E de alegria e de cor encheu-se a terra inteira.
Esperamos. Na esteira de um povo que aguardou silenciosamente que a palavra profética se realizasse. Um longo tempo de espera. Permeado por tantas infidelidades. E também por muitos caminhos felizes. Com Deus no horizonte. Até que um dia esse Deus fez-se Emanuel. Deixou-se encontrar depois de tanta espera.
Podemos viver este tempo de Advento como oportunidade para recuperar a nossa capacidade de esperar. Esperar Deus que vem ao nosso encontro. Preparar o coração e permitir que esta espera silenciosa o aqueça interiormente. Deus vem ao encontro do coração de cada um para nele se deixar acolher. Aconchegar-se na simplicidade e na fragilidade do nosso ser. Podemos fazer do coração humano a manjedoura onde o Emanuel habita. E sairmos desse encontro habitados pelo mistério. O mistério de Deus que também nos deseja e nos espera. Somos desejados de Deus. Deus espera-nos. Somos escolhidos, amados, valiosos. Deus espera que a vida-semente plantada no coração de cada um se desdobre num mar de possibilidades que o caminhar se encarregará de desvendar e realizar.
Podemos igualmente viver este tempo de Advento como espera do outro. Esperar o outro que também nos visita com a sua proximidade, a sua ausência, os seus desconsolos, as suas trivialidades; esperar pelo coração do outro que se manifesta e se retrai no ritmo dos dias. Acolher no coração a espera do outro que se manifesta em desilusão, desconsolo, angústia e perda de sentido da vida e dignidade. Esse acolhimento pode tornar a espera menos difícil de suportar.
Em tempos socialmente instáveis há esperas que deixam o coração do semelhante ainda mais angustiado. A espera do trabalho que não aparece. Do salário que não é suficiente. Da refeição que não chega para todas as bocas. Da ajuda que nem sempre vem. O tempo do Advento obriga-nos a esperar com os desesperados, aqueles a quem a vida deixou de sorrir. Tantos irmãos sem nome que aguardam uma companhia e um conforto para a noite fria que lhe invade o coração.
Esperar em tempo de Advento. Possibilidade de alargar os horizontes do coração e da vida toda. A espera por um Deus silencioso e terno-menino faz com que cuidemos do tempo das esperas. Afinal a vida toda é só espera. Ativa, vigilante, comprometida, singular. Como singular e feliz o encontro entre Deus e o coração humano que encheu de sentido tantas esperas e deixou no coração de cada pessoa o desejo de encontrar Aquele que a todos espera para a festa da alegria.

P. Manuel Afonso de Sousa, CSh
Diretor espiritual do Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo, Braga

http://www.snpcultura.org/id_advento_2008_slides.html

© SNPC | 26.11.11

"Mão invisível": esta sim, a causa das "causas da cousa"

Cousa que, tal como crise, também começa pela letra "c" e se escreve com 5 letrinhas apenas.

Miguel Alvim, Infovitae, 1550, 24.Nov.2011

Nunca como hoje, na Europa e no chamado Ocidente capitalista, se teve melhor percepção do conceito de “mão invisível”.
Algo está realmente mal e não funciona.
Será na economia?
São os mercados?
Não são.
São as pessoas.
Tudo se passa e se decide nesse “território” básico e natural da moral e da ética que é a pessoa humana.
O mais, são meros desenvolvimentos dessa realidade ontológica preliminar constitutiva.
Como pretender e reclamar uma economia saudável, se as pessoas que precisamente actuam no mercado e nos mercados não são sérias?
Como assegurar a vitalidade da família e o bom funcionamento dos sistemas públicos, da saúde à justiça, da regulação e da supervisão bancária à educação, se as pessoas subvertem, enganam e mentem, desviam e roubam, não zelam, não cumprem, não pagam, não se comprometem, não se esforçam, não amam, não cuidam do outro e abortam?
Os exemplos são múltiplos, mas relevam todos do mesmo sintoma de falha espiritual: do carácter (ou da falta dele), da alma, do bom propósito.
A lei positiva, por si só, não tem qualquer validade para além da meramente formal que resulta de um dado compromisso social no tempo e no espaço, se não for, rigorosamente, o reflexo de um conjunto de princípios e valores humanos imutáveis.
O verdadeiro sentido da “mão invisível” não está tanto no jogo no mercado da oferta e da procura.
São essas operações instrumentais, materiais.
A verdadeira, a única “mão invisível” está no ser e na pessoa boa, recta e responsável.
Mais de 30 anos de socialismo ateu e relativista em Portugal e na Europa deram nisto.
Não se queixem.
Mudem.
E já agora, quando se fala tanto de recursos e riquezas naturais que, supostamente, a Europa não tem: as pessoas bem formadas são os nossos diamantes.
E a nossa melhor energia, eternamente renovável, chama-se Jesus Cristo.

Porque hoje é DOMINGO (27-11-2011): leituras & actualidade

EVANGELHOMc 13,33-37
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
"Acautelai-vos e vigiai,
porque não sabeis quando chegará o momento.
Será como um homem que partiu de viagem:
ao deixar a sua casa, deu plenos poderes aos seus servos,
atribuindo a cada um a sua tarefa,
e mandou ao porteiro que vigiasse.
Vigiai, portanto,
visto que não sabeis quando virá o dono da casa:
se à tarde, se à meia-noite,
se ao cantar do galo, se de manhãzinha;
não se dê o caso que, vindo inesperadamente,
vos encontre a dormir.
O que vos digo a vós, digo-o a todos: Vigiai!"
AMBIENTE
O texto que nos é hoje proposto como Evangelho situa-nos em Jerusalém, pouco antes da Paixão e Morte de Jesus. É o terceiro dia da estada de Jesus em Jerusalém, o dia dos “ensinamentos” e das polémicas mais radicais com os líderes judaicos (cf. Mc 11,20-13,1-2). No final desse dia, já no “Jardim das Oliveiras”, Jesus oferece a um grupo de discípulos (Pedro, Tiago, João e André – cf. Mc 13,3) um amplo e enigmático ensinamento, que ficou conhecido como o “discurso escatológico” (cf. Mt 13,3-37).
A maior parte dos estudiosos do Evangelho segundo Marcos consideram que este discurso, apresentado com uma linguagem profético-apocalíptica, descreve a missão da comunidade cristã no período que vai desde a morte de Jesus até ao final da história humana. É um texto difícil, que emprega imagens e uma linguagem marcada pelas alusões enigmáticas, bem ao jeito do género literário “apocalipse”. Não seria tanto uma reportagem jornalística de acontecimentos concretos, mas antes uma leitura profética da história humana. O seu objectivo seria dar aos discípulos indicações acerca da atitude a tomar frente às vicissitudes que marcarão a caminhada histórica da comunidade, até à vinda final de Jesus para instaurar, em definitivo, o novo céu e a nova terra.
Os quatro discípulos referenciados no início do “discurso escatológico” representam a comunidade cristã de todos os tempos… Os quatro são, precisamente, os primeiros discípulos chamados por Jesus (cf. Mc 1,16-20) e, como tal, convertem-se em representantes de todos os futuros discípulos. O discurso escatológico de Jesus não seria, assim, uma mensagem privada destinada a um grupo especial, mas uma mensagem destinada a toda a comunidade crente, chamada a caminhar na história com os olhos postos no encontro final com Jesus e com o Pai.
A missão que Jesus (que está consciente de ter chegado a sua hora de partir ao encontro do Pai) confia à sua comunidade não é uma missão fácil… Jesus está consciente de que os seus discípulos terão que enfrentar as dificuldades, as perseguições, as tentações que “o mundo” vai colocar no seu caminho. Essa comunidade em marcha pela história necessitará, portanto, de estímulo e alento. É por isso que surge este apelo à fidelidade, à coragem, à vigilância… No horizonte último da caminhada da comunidade, Jesus coloca o final da história humana e o reencontro definitivo dos discípulos com Jesus.
O “discurso escatológico” divide-se em três partes, antecedidas de uma introdução (cf. Mc 13,1-4). Na primeira parte (cf. Mc 13,5-23), o discurso anuncia uma série de vicissitudes que vão marcar a história e que requerem dos discípulos a atitude adequada: vigilância e lucidez. Na segunda parte, o discurso anuncia a vinda definitiva do Filho do Homem e o nascimento de um mundo novo a partir das ruínas do mundo velho (cf. Mc 13,24-27). Na terceira parte, o discurso anuncia a incerteza quanto ao “tempo” histórico dos eventos anunciados e insiste com os discípulos para que estejam sempre vigilantes e preparados para acolher o Senhor que vem (cf. Mc 13,28-37).
MENSAGEM
O nosso texto está integrado na terceira parte do discurso escatológico. Refere-se directamente ao final dos tempos e à atitude que os discípulos devem ter face a esse encontro último e definitivo com Jesus. O seu objectivo não é transmitir informação objectiva acerca do “como” e do “quando”, mas formar os discípulos e torná-los capazes de enfrentar a história com determinação e esperança.
O Evangelho deste domingo começa com uma parábola – a parábola do homem que partiu em viagem, distribuiu tarefas aos seus servos e mandou ao porteiro que vigiasse (cf. Mc 13,33-34) – e termina com uma admoestação aos discípulos acerca da atitude correcta para esperar o Senhor (cf. Mc 13,35-37). Primitivamente, a parábola contada por Jesus seria dirigida aos discípulos e teria como objectivo recordar-lhes o dever de guardar e fazer frutificar os tesouros desse Reino que Jesus lhes confiou antes de partir para o Pai.
O “dono da casa” da parábola é, evidentemente, Jesus. Ao deixar este mundo para voltar para junto do Pai, Ele confiou aos discípulos a tarefa de construir o “Reino” e de tornar realidade um mundo construído de acordo com os valores do Reino. Os discípulos de Jesus não podem, portanto, cruzar os braços, à espera que o Senhor venha; eles têm uma missão – uma missão que lhes foi confiada pelo próprio Jesus e que eles devem concretizar, mesmo em condições adversas. É necessário não esquecer isto: esta espera, vivida no tempo da história, não é uma espera passiva, de quem se limita a deixar passar o tempo até que chegue um final anunciado; mas é uma espera activa, que implica um compromisso efectivo com a construção de um mundo mais humano, mais fraterno, mais justo, mais evangélico.
Quem é o “porteiro”, com uma tarefa especial de vigilância (vers. 34)? Na perspectiva de Marcos, o “porteiro” parece ser todo aquele que tem uma responsabilidade especial na comunidade cristã… A sua missão é impedir que a comunidade seja invadida por valores estranhos ao Evangelho e à dinâmica do Reino. A figura do “porteiro” adequa-se, especialmente, aos responsáveis da comunidade cristã, a quem foi confiada a missão da vigilância e da animação da comunidade. Eles devem ajudar a comunidade a discernir permanentemente, diante dos valores do mundo, aquilo que a comunidade pode ou não aceitar para viver na fidelidade activa a Jesus e às suas propostas.
Todos – “porteiro” e demais servos do “senhor” – devem estar activos e vigilantes. A palavra-chave do Evangelho deste dia é esta: “vigilância”. Contudo, “vigilância” não significará, para os discípulos, o viver à margem da história, num angelismo alienante, evitando comprometer-se para não se sujar com as realidades do mundo e procurando manter a “alminha” pura e sem mancha para que o Senhor, quando chegar, os encontre sem pecados graves; mas será o viver dia a dia comprometido com a construção do Reino, realizando fielmente as tarefas que o Senhor lhes confiou. Essas tarefas passam pelo compromisso efectivo com a construção de um mundo novo, um mundo que viva cada vez mais de acordo com os projectos de Deus.
O nosso texto assegura aos discípulos, em caminhada pelo mundo, que o objectivo final da história humana é o encontro definitivo e libertador com Jesus. “O Senhor vem” – garante-lhes o próprio Jesus; e esta certeza deve animar e dar esperança aos discípulos, sobretudo nos momentos de crise e de confusão. Mesmo que tudo pareça ruir à sua volta, os discípulos são chamados a não perder a esperança e a ver, para além das estruturas velhas que vão caindo, a realidade do mundo novo a nascer.
Que devem os discípulos fazer, enquanto esperam que irrompa definitivamente esse mundo novo prometido? Devem, com coragem e perseverança, dar o seu contributo para a edificação do “Reino”, sendo testemunhas e arautos da paz, da justiça, do amor, do perdão, da fraternidade, cumprindo dessa forma a missão que Jesus lhes confiou.
ACTUALIZAÇÃO
Para reflectir e partilhar, considerar os seguintes pontos:
• Antes de mais, o Evangelho deste domingo coloca-nos diante de uma certeza fundamental: “o Senhor vem”. A nossa caminhada humana não é um avançar sem sentido ao encontro do nada, mas uma caminhada feita na alegria ao encontro do Senhor que vem. Não se trata de uma vaga esperança, mas de uma certeza baseada na palavra infalível de Jesus. O tempo de Advento recorda-nos a realidade de um Senhor que vem ao encontro dos homens e que, no final da nossa caminhada por esta terra, nos oferecerá a vida definitiva, a felicidade sem fim.
• O tempo do Advento é, também, o tempo da espera do Senhor. O Evangelho deste domingo diz-nos como deve ser essa espera… A palavra mágica é “vigilância”: o verdadeiro discípulo deve estar sempre “vigilante”, cumprindo com coragem e determinação a missão que Deus lhe confiou. Estar “vigilante” não significa, contudo, preocupar-se em ter sempre a “alminha” limpa para que a morte não o apanhe com pecados por perdoar; mas significa viver sempre activo, empenhado, comprometido na construção de um mundo de vida, de amor e de paz. Significa cumprir, com coerência e sem meias tintas, os compromissos assumidos no dia do baptismo e ser um sinal vivo do amor e da bondade de Deus no mundo. É dessa forma que eu tenho procurado viver?
• Em concreto, estar “vigilante” significa não viver de braços cruzados, fechado num mundo de alienação e de egoísmo, deixando que sejam os outros a tomar as decisões e a escolher os valores que devem governar a humanidade; significa não me demitir das minhas responsabilidades e da missão que Deus me confiou quando me chamou à existência… Estar “vigilante” é ser uma voz activa e questionante no meio dos homens, levando-os a confrontarem-se com os valores do Evangelho; é lutar de forma decidida e corajosa contra a mentira, o egoísmo, a injustiça, tudo aquilo que rouba a vida e a felicidade a qualquer irmão que caminhe ao meu lado… Como me situo face a isto?
• O nosso Evangelho recomenda especialmente a “vigilância” aos “porteiros” da comunidade – isto é, a todos aqueles a quem é confiado o serviço de proteger a comunidade de invasões estranhas. Todos nós a quem foi confiado esse serviço, sentimos o imperativo de cuidar com amor dos irmãos que Deus nos confiou, ou demitimo-nos das nossas responsabilidades e deixamos que o comodismo e a preguiça nos dominem? Quais são os nossos critérios, na filtragem dos valores: os nossos interesses e perspectivas pessoais, ou o Evangelho de Jesus?
FONTE: http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_ver.asp?liturgiaid=332



E assim vou fazendo, domingo a domingo, com este pequeno gesto a somar a outros que nos restantes dias, com recta e sincera intenção, procuro viver.

sábado, 26 de novembro de 2011

A crise (in)PRENSA (2): minha selecção

Obama tem um cão de água português. Merkel tem um Coelho...Ler mais em:
 http://aeiou.expresso.pt/obama-tem-um-cao-de-agua-portugues-merkel-tem-um-coelho=f690248#ixzz1elBuyy4x

Vivemos numa era em que as mais importantes forças que afectam a economia são globais e não locais. Tudo o que acontece no estrangeiro – na China, na Índia e em todo o lado – afecta, com enorme potência, até uma economia tão grande como a dos Estados Unidos... Ler mais em:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=518161

Os Estados Unidos da América parecem estar presos num perigoso impasse económico...Ler  mais em:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=521107

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, disseram em Estrasburgo ao primeiro-ministro italiano, Mario Monti, que "o colapso" de Itália levará inevitavelmente ao fim do euro, indicou hoje o governo italiano... Ler mais em:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=522011

O preço a pagar pelo equilíbrio das contas não pode ser a miséria absoluta e o nascimento de um exército de excluídos; e sê-lo-á se não houver crescimento económico... Ler mais em:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=521967

Na presente crise do euro, as alternativas extremas adquirem razoabilidade - dicotomia: união ou implosão - e as posições antagónicas entrincheiram-se, congelando a acção... Ler mais em:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=521825

Cresce a discussão sobre o futuro do euro, constatando-se crescentemente que não há soluções totalmente satisfatórias... Ler mais em:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=509113

O Estado Social é uma relativa novidade em Portugal – a criação da actual Segurança Social data de
1982...Ler mais em:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=515663

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Escape na SIC Notícias: À descoberta do ALENTEJO (de Évora ao Alqueva!)

...  a crise não deixa? Não faz mal, escape por aqui:

A crise (in)PRENSA (1): minha selecção

Quem entender que este além de suspeito é ignorante(?) ...:
C. da Silva e Fitch rating

O que acha deste? Sê-lo-á também?
Austeridade & suicídio

Para quem pensava & pensa que há almoços grátis então aqui tem a factura:
Portugal, juros e troika

Entretanto a "coisa", leia-se, negócio, facturação, especulação, agiotagem continua(m):
Juros portugueses upa upa

A história, os acontecimentos dos últimos 50 anos (décadas de 60/70/80/90/2000)

Acontecimentos décadas

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

É curioso? Se destas coisas que não das outras, então...

...faz bem. Este livro é para si, merece. Para os demais que são das "outras" e não "destas", é bom lembrar que este tipo de «saber não ocupa lugar»!!!

NOTA útil para o utilizar da forma mais eficiente&rápida:
1. Colocar o livro em "fullscreen" (canto inferior direito) para assim ler & ver melhor;
2. Apontar na curiosidade que quer ver satisfeita;
3. Com a mão à vista, clicar. De imediato verá surgir, na frente dos olhos&nariz, a página da resposta.
Que tal?
Livro dos curiosos  

Apelo pessoal do fundador da Wikipédia

Quem não conhece ou nunca utilizou a Wikipédia? Não sabe o que perdeu.
Quem já a conhece e a utilizou, utiliza e utilizará, é altura de responder ao apelo do seu fundador Jimmy Wales http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
doando
É certo que a altura não é a melhor, mas caramba, o que são €5 perante tão louvável, preciosa e prestimosa criação?
Quanto já não demos e continuaremos a dar para o BPN, para os submarinos, para as PPP's e demais trocos sem o merecerem?
E este não merece? Não acredito! Como tal, aqui estou a lembrar, motivar, noticiar, informar, divulgar, escrever, dizer para se fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir.
Comigo foi Dito&Feito!!!

SUBSÍDIO(S) de NATAL & FÉRIA(S) de volta : haja esperança, porque...

... ele(s) pode(m) voltar. Essa esperança chama-se Cavaco Silva & Tribunal Constitucional. Veja-se o "como" e o "porquê", no "Prós & Contras" de 21-11-2011, entre os minutos 29:00 e 45:00, 1ª parte, da boca de um constitucionalista, o ex-deputado do PSD, Professor Bacelar Gouveia, em http://ww1.rtp.pt/icmblogs/rtp/pros-contras/?tag=679&t=Video-do-programa.rtp
Pois se até o nosso primeiro...
http://www.ionline.pt/orcamento-estado-2012/oe-2012-cabera-ao-tribunal-constitucional-pronunciar-se-sobre-constitucionalid

Ana Gomes ("Euro pode ruir amanhã") & outros

Mais um excelente artigo de opinião sobre o assunto porque, além de "pôr o dedo na ferida",  "acerta em cheio" na causa da cousa, ou seja, na verdade. Como assim? Vejam-se a "guerra epistolar" colocada neste blogue, em 11-11-11, sob o título "a crise do €urolândia" e, sobretudo, o filme "Dividocracia" em 10-08, sob o nome "CRISE: a causa da cousa". Sim, aí está "preto no branco", o que a Siemens & Cia alemãs engendraram na Grécia para vender os seus produtos. E, já agora, quem se não lembra da questão processual relacionada com a saga dos submarinos alemães vendidos a Portugal? Sim, os tais http://www.tvi24.iol.pt/politica/submarino-submarinos-defesa-santos-silva-portas-tvi24/1181808-4072.html que, conjuntamente com a outra saga, a do BPN dos "ex-" ministro, conselheiro de estado, secretários de estado, adjunto, deputado, líder parlamentar, vice-presidente de comissão política nacional..."(...)Contas feitas, os custos do BPN para os cofres do Estado atingirão 2.4 milhões de euros, o dobro do que o Governo conseguirá com o imposto extraordinário do subsídio de Natal. É um buraco sem fundo que nos arrasta a todos, enquanto os responsáveis por toda esta situação vão continuando a passar impunes aos olhos da Justiça.(...)", dão numa "bonita" soma, que os mesmos de sempre estão agora & ad aeternum a pagar e a não bufar  http://aeiou.expresso.pt/basilio-onde-estao-os-836455-mil-milhoes-do-bpn-e-os-8364400-milhoes-do-bcp=f652634
Euro pode ruir amanhã

Outro - não é o primeiro nem será o último - VIP na mesma "onda" que não só a da RR- Rádio Renascença,  http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=191&did=40071 - a referir-se a este&esta "causa da cousa". Pois quem foi o percursor & continuador, logo o responsável, em Portugal, pela "...desindustrialização nas últimas décadas, pagou a agricultores para não produzirem e a pescadores para não pescarem..." a que se refere Ana Gomes no artigo e que agora só fala em mar & mar (há...e não...)? Quem foi? Não dou "alvíssaras" a quem o "pescar", porque entraria em incumprimento com uma dívida colossal.
Mas o que é facto é que o dito senhor é "senhor & dono" de um palácio, ali ao lado dos pastéis de Belém e «contra factos não há argumentos», verdade?
Verdade é que este VIP também já foi "senhor & dono" do mesmo palácio. Agora:
http://economico.sapo.pt/noticias/soares-apela-a-mobilizacao-da-rua-contra-a-austeridade_132026.html

"Rádio Luanda - "O meu gatuno"

Rácómucá, à stória si ripéti - «prá bô entendídôri méia parávrá bástá»!
Traduzindo:
Lá como cá, a história repete-se - «para bom entendedor, 1/2 palavra basta»!


domingo, 20 de novembro de 2011

Porque hoje é DOMINGO (20-11-2011): leituras & actualidade

As palavras que se seguem entre "comas", todas elas sem excepção, «(...)Por fim, exige-se de cada católico que “não tenha vergonha” de intervir na cidade, que não receie a polémica, e que não abdique de dar voz a uma postura ética, que é também estética, de estar no mundo; uma forma ética que foi determinante na construção da matriz cultural que é a nossa - algo que importa não deixar de recordar, analisar e compreender. Mas isso compete, também, a cada um de nósin http://www.snpcultura.org/obs_16_mario_avelar.html , são as que, até ao momento, encontrei que traduzem, fiel, total e adequadamente, a razão de ser desta rubrica semanal. Por isso, aproveitando a "boleia", as escolhi, as deixo, como porquê, justificação, oportunidade... - não havendo necessidade é sempre bom & conveniente lembrar. (sublinhados meus)

EVANGELHO – Mt 25,31-46
Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita:
‘Vinde, bem ditos de meu Pai;
recebei como herança o reino
que vos está preparado desde a criação do mundo.
Porque tive fome e destes-Me de comer;
tive sede e destes-me de beber;
era peregrino e Me recolhestes;
não tinha roupa e Me vestistes;
estive doente e viestes visitar-Me;
estava na prisão e fostes ver-Me’.
Então os justos Lhe dirão:
‘Senhor, quando é que Te vimos com fome
e Te demos de comer,
ou com sede e Te demos de beber?
Quando é que Te vimos peregrino e te recolhemos,
ou sem roupa e Te vestimos?
Quando é que Te vimos doente ou na prisão e Te fomos ver?’
E o Rei lhes responderá:
‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o fizestes
a um dos meus irmãos mais pequeninos,
a Mim o fizestes’.
Dirá então aos que estiverem à sua esquerda:
‘Afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno,
preparado para o demónio e os seus anjos.
Porque tive fome e não Me destes de comer;
tive sede e não Me destes de beber;
era peregrino e não Me recolhestes;
estava sem roupa e não Me vestistes;
estive doente e na prisão e não Me fostes visitar’.
Então também eles Lhe hão-de perguntar:
‘Senhor, quando é que Te vimos com fome ou com sede,
peregrino ou sem roupa, doente ou na prisão,
e não Te prestámos assistência?’
E Ele lhes responderá:
‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o deixastes de fazer
a um dos meus irmãos mais pequeninos,
também a Mim o deixastes de fazer’.
Estes irão para o suplício eterno
e os justos para a vida eterna».

AMBIENTE
Esta impressionante descrição do juízo final é a conclusão das três parábolas precedentes (a “parábola do mordomo fiel e do mordomo infiel” – cf. Mt 24,45-51; a “parábola das jovens previdentes e das jovens descuidadas” – cf. Mt 25,1-13; a “parábola dos talentos” – cf. Mt 25,14-30). Tanto no texto que nos é proposto como nessas três parábolas aparecem dois grupos de pessoas que tiveram comportamentos diversos enquanto esperavam a vinda do Senhor Jesus. O autor do texto mostra agora qual será o “fim” daqueles que se mantiveram e daqueles que não se mantiveram vigilantes e preparados para a vinda do Senhor.
Mais uma vez, para percebermos a catequese que Mateus aqui desenvolve, temos de recordar o contexto da comunidade cristã a quem ela se destina. Estamos nos últimos decénios do séc. I (década de 80). Já passou o entusiasmo inicial pela vinda iminente de Jesus para instaurar o Reino definitivo. Os cristãos que constituem a comunidade de Mateus estão desinteressados, instalados, acomodados; vivem a fé de forma rotineira, morna, pouco exigente e pouco comprometida; alguns, diante das dificuldades, deixam a comunidade e renunciam ao Evangelho…Mateus, preocupado com a situação, procura revitalizar a fé, reacender o entusiasmo, entusiasmar ao compromisso. Vai fazê-lo através de uma catequese que convida à vigilância, enquanto se espera o encontro final com Cristo.
No texto que nos é proposto, Mateus mostra aos crentes da sua comunidade – com a linguagem veemente dos pregadores da época – o que espera, no final da caminhada, quer aqueles que se mantiveram vigilantes e viveram de acordo com os ensinamentos de Jesus, quer aqueles que se esqueceram dos valores do Evangelho e que conduziram a vida de acordo com outros interesses e preocupações.

MENSAGEM
A parábola do juízo final começa com uma introdução (vers. 31-33) que apresenta o quadro: o “Filho do Homem” sentado no seu trono, a separar as pessoas umas das outras “como o pastor separa as ovelhas dos cabritos”.
Vêm, depois, dois diálogos. Um, entre “o rei” e “as ovelhas” que estão à sua direita (vers. 34-40); outro, entre “o rei” e os “cabritos” que estão à sua esquerda (vers. 41-46). No primeiro diálogo, o “rei” acolhe as “ovelhas” e convida-as a tomar posse da herança do “Reino”; no segundo diálogo, o “rei” afasta os “cabritos” e impede-os de tomar posse da herança do Reino. Porquê? Qual é o critério que “o rei” utiliza para acolher uns e rejeitar outros?
A questão decisiva parece ser, na perspectiva de Mateus, a atitude de amor ou de indiferença para com os irmãos mais pequenos de Jesus, que se encontram em situações dramáticas de necessidade – os que têm fome, os que têm sede, os peregrinos, os que não têm que vestir, os que estão doentes, os que estão na prisão… Jesus identifica-Se com os pequenos, os pobres, os débeis, os marginalizados; manifestar amor e solidariedade para com o pobre é fazê-lo ao próprio Jesus e manifestar egoísmo e indiferença para com o pobre é fazê-lo ao próprio Jesus.
A cena pode interpretar-se de duas maneiras,
dependendo de como entendemos a palavra “irmão”. Entendida em sentido genérico, a palavra “irmão” designaria qualquer homem; neste caso, a exortação de Jesus convida os que querem entrar no Reino a ir ao encontro de qualquer homem que tenha fome, que tenha sede, que seja peregrino, que esteja nu, esteja doente ou que esteja na prisão, para lhe manifestar amor e solidariedade. Entendida num sentido mais restrito, a palavra “irmão” designaria os membros da comunidade cristã… De qualquer forma, os dois sentidos não se excluem; e é possível que Mateus se refira às duas realidades.A exortação que Mateus lança à sua comunidade cristã (e às comunidades cristãs de todos os tempos e lugares) nas parábolas precedentes ganha, assim, uma força impressionante à luz desta cena final. Com os dados que este Evangelho nos apresenta, fica perfeitamente evidente que “estar vigilantes e preparados” (que é o grande tema do “discurso escatológico” dos capítulos 24 e 25) consiste, principalmente, em viver o amor e a solidariedade para com os pobres, os pequenos, os desprotegidos, os marginalizados. Em última análise, é esse o critério que decide a entrada ou a não entrada no Reino de Deus.
Esta exortação dirige-se a uma comunidade que negligencia o amor aos irmãos, que vive na indiferença ao sofrimento dos mais débeis, que é insensível ao drama dos pobres e que não cuida dos pequenos e dos desprotegidos. Como essas são atitudes que não se coadunam com a lógica do Reino, quem vive desse jeito não poderá fazer parte do Reino.
A cena do juízo final será uma descrição exacta e fotográfica do que vai acontecer no final dos tempos?É claro que não. Mateus não é um repórter, mas um catequista a instruir a sua comunidade sobre os critérios e as lógicas de Deus. O objectivo do catequista Mateus é deixar bem claro que Deus não aprova uma vida conduzida por critérios de egoísmo, onde não há lugar para o amor a todos os i
rmãos, particularmente aos mais pobres e débeis. Um dos pormenores mais sugestivos é a identificação de Cristo com os famintos, os abandonados, os pequenos, os desprotegidos: todos eles são membros de Cristo e não os amar é não amar Cristo. Dizer que se ama Cristo e não viver do jeito de Cristo, no amor a todos os homens, é uma mentira e uma incoerência.
Deus condena os maus (“os cabritos”) ao inferno? Não. Deus não condena ninguém. Quem se condena ou não é o homem, na medida em que não aceita ou aceita a vida que Deus lhe oferece. E haverá alguém que, tendo consciência plena do que está em jogo, rejeite o amor e escolha, em definitivo, o egoísmo, o orgulho, a auto-suficiência – isto é, o afastamento definitivo de Deus e do Reino? Haverá alguém que, percebendo o sem sentido dessas opções, se obstine nelas por toda a eternidade?
Então, porque é que Mateus põe Deus a dizer aos “cabritos”: “afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos”? Porque Mateus é um pregador veemente, que usa a técnica dos pregadores da época e gosta de recorrer a imagens fortes que toquem o auditório e que o levem a sentir-se interpelado. Para além dos exageros de linguagem, a mensagem é esta: o egoísmo e a indiferença para com o irmão não têm lugar no Reino de Deus.

ACTUALIZAÇÃO
Considerar os seguintes pontos:
Quem é que a nossa sociedade considera uma “pessoa de sucesso”? Qual o perfil do homem “importante”? Quais são os padrões usados pela nossa cultura para aferir a realização ou a não realização de alguém? No geral, o “homem de sucesso”, que todos reconhecem como importante e realizado, é aquele que tem dinheiro suficiente para concretizar todos os sonhos e fantasias, que tem poder suficiente para ser temido, que tem êxito suficiente para juntar à sua volta multidões de aduladores, que tem fama suficiente para ser invejado, que tem talento suficiente para ser admirado, que tem a pouca vergonha suficiente para dizer ou fazer o que lhe apetece, que tem a vaidade suficiente para se apresentar aos outros como modelo de vida… No entanto, de acordo com a parábola que o Evangelho propõe, o critério fundamental usado por Jesus para definir quem é uma “pessoa de sucesso” é a capacidade de amar o irmão, sobretudo o mais pobre e desprotegido. Para mim, o que é que faz mais sentido: o critério do mundo ou o critério de Deus? Na minha perspectiva, qual é mais útil e necessário: o “homem de sucesso” do mundo ou o “homem de sucesso” de Deus?
• O amor ao irmão é, portanto, uma condição essencial para fazer parte do Reino. Nós cristãos, cidadãos do Reino, temos consciência disso e sentimo-nos responsáveis por todos os irmãos que sofrem? Os que não têm trabalho, nem pão, nem casa, podem contar com a nossa solidariedade activa? Os imigrantes, perdidos numa realidade cultural e social estranha, vítimas de injustiças e violências, condenados a um trabalho escravo e que, tantas vezes, não respeita a sua dignidade, podem contar com a nossa solidariedade activa? Os pobres, vítimas de injustiças, que nem sequer têm a possibilidade de recorrer aos tribunais para que lhes seja feita justiça, podem contar com a nossa solidariedade activa? Os que sobrevivem com pensões de miséria, sem possibilidades de comprar os medicamentos necessários para aliviar os seus padecimentos, podem contar com a nossa solidariedade activa? Os que estão sozinhos, abandonados por todos, sem amor nem amizade, podem contar com a nossa solidariedade activa? Os que estão presos a um leito de hospital ou a uma cela de prisão, marginalizados e condenados em vida, podem contar com a nossa solidariedade activa?
• O Reino de Deus – isto é, esse mundo novo onde reinam os critérios de Deus e que se constrói de acordo com os valores de Deus – é uma semente que Jesus semeou, que os discípulos são chamados a edificar na história (através do amor) e que terá o seu tempo definitivo no mundo que há-de vir. Não esqueçamos, no entanto, este facto essencial: o Reino de Deus está no meio de nós; a nossa missão é fazer com que ele seja uma realidade bem viva e bem presente no nosso mundo. Depende de nós fazer com que o Reino deixe de ser uma miragem, para passar a ser uma realidade a crescer e a transformar o mundo e a vida dos homens.
Alguém acusou a religião cristã de ser o “ópio do povo”, por pôr as pessoas a sonhar com o mundo que há-de vir, em lugar de as levar a um compromisso efectivo com a transformação do mundo, aqui e agora. Na verdade, nós os cristãos caminhamos ao encontro do mundo que há-de vir, mas de pés bem assentes na terra, atentos à realidade que nos rodeia e preocupados em construir, desde já, um mundo de justiça, de fraternidade, de liberdade e de paz. A experiência religiosa não pode, nunca, servir-nos de pretexto para a evasão, para a fuga às responsabilidades, para a demissão das nossas obrigações para com o mundo e para com os irmãos.

Mais um NATAL aí à porta e com ele ...

... os "ESTANDARTES DE NATAL 2011" de que "passo palavra"


Queridos amigos,
Aí está o Natal! E com ele mais um ano em que a Plataforma Estandartes de Natal vem convidar a colocar o Estandarte do Menino Jesus no exterior das nossas casas; com este simples gesto daremos o nosso contributo para a recristianização do Natal português.
Este ano, além do tradicional Estandarte do Menino Jesus, existem outros modelos com o Presépio e a Sagrada Família. Podem ver os vários modelos e saber onde adquiri-los em www.estandartesdenatal.org.
Propomos a todos que coloquemos estandartes nas vossas janelas e varandas no dia 27 de Novembro, data que marca o inicio do Advento.
Será uma forma de criar algum impacto visual nas nossas cidades e aldeias e espalhar os mais de 50.000 estandartes já vendidos nos últimos 2 anos em Portugal. Vamos "incendiar"o nosso país com o fogo do Amor do Menino Jesus?

Plataforma Estandartes deNatal
Paula Pimentel Calderón



sábado, 19 de novembro de 2011

FIFTY-FIFTY: boa & má fada

Por onde começar?

A "fada" má:
http://aeiou.expresso.pt/reformas-passarao-a-ser-60-do-salario=f687863

A "fada" boa":
http://aeiou.expresso.pt/oica-aqui-o-novo-disco-de-pedro-osorio-audio-e-video=f687902

Pós-troika

Nesta peça, os verbos conjugados na primeira pessoa do plural não estão correctos. Não votei neles nem nunca fui abstencionista, logo não tenho quaisquer responsabilidades na matéria, bem pelo contrário. Esses que as assumam. É pena & lamentável que não o façam sózinhos, como deveria ser, arrastando os demais no "tsunami" que eles próprios provocaram!!!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Gerald Celente: Acabemos com esta farsa de democracia

O drama da Grécia continua.
O resgate grego proposto pela Zona Euro traz a possibilidade de colocar a economia mundial de joelhos. Tem sido proposto para afastar a Grécia da Zona Euro.
Muitos dizem que esta é uma tentativa desesperada para ajudar a salvar a moeda em colapso e outros tantos acreditam que a Grécia é o bode expiatório para um problema muito maior.
Gerald Celente, editor do The Trends Journal, dá-nos a sua opinião acerca do tema.


Tudo isto, pelos vistos, parece confirmar-se http://aeiou.expresso.pt/primeiros-ministros-tecnicos-nao-convencem-investidores=f687704
E nós? "Nós por cá todos bem"! - como diria Fernando Lopes Graça.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

VIDAS & OBRAS: Santo Alberto Magno, bispo, Doutor da Igreja, +1280


Perceba-se só esta invejável figura - eu acho e porque acho aqui o lembro. No entanto, quem e quantos o conhecem ou ouviram falar dele? Pois, destes HOMENS & SENHORES não reza a história, sim aquela que...

Foi, sem dúvida, um dos maiores sábios de todos os tempos. Não dominava apenas, como Mestre, a Filosofia e a Teologia, mas também estendia seu saber às Ciências Naturais. Foi físico e químico, estudou astronomia, meteorologia, mineralogia, zoologia, botânica, escreveu livros sobre tecelagem, navegação, agricultura. Tão assombroso acumular de ciência não o impediu, porém, de ser um piedoso e exemplar dominicano.  
Nomeado Bispo de Regensburg, mostrou-se Pastor zeloso e exemplar; mas, logo que pôde, pediu e obteve dispensa das funções episcopais e retornou à sua cela de monge humilde e sábio. Foi chamado o "Doutor Universal". Tão boa árvore não poderia deixar de dar bons frutos. Assim, não terá sido por acaso, que os célebres S. Tomás de Aquino http://pt.wikipedia.org/wiki/Tom%C3%A1s_de_Aquino e o nosso médico Pedro Julião de nome secular e João XXI http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Jo%C3%A3o_XXI, o único papa português de sempre, mais conhecido por Petrus Hispano - Pedro Hispano - como gostava de assinar os seus livros escritos, naturalmente, em latim) foram seus discípulos e, entre si, colegas. A que maior honraria puderá aspirar um mestre como aquela de ter, como discípulos e ainda mais famosos, tão ilustres personalidades?  

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Conhecer o PASSADO para entender o PRESENTE e preparar o FUTURO (7/13)

(continuação)
A história do Estado Novo (dos anos 30 ao 25 de Abril de 1974) e da sua personagem & ícone à lupa, por quem muito bem a conhece e melhor a conta. Fernando Dacosta, «jornalista, escritor, estudioso, testemunha atenta e especialista reconhecido deste período», falará sobre os momentos mais marcantes dessa época em conversa com Eduardo Oliveira e Silva.
"CEM ANOS PORTUGUESES", uma série bem elucidativa desse período marcante da nossa história contemporânea, em 13 programas com cerca de 3/4 de hora que mais parecem de minuto. Os aspectos neles relatados, são tão suficientemente curiosos, pormenorizados e alguns desconhecidos até, que o tempo passa sem darmos por ele.
« (...) nascidos no Estado Novo, faça connosco um exercício de memória (...) » - assim nos convida o jornalista-anfitrião. Aceite o convite porque vale a pena; senão, oiça-se neste 7º programa da série:
1958 a 1962 ano horribilis de Salazar o seu canto do cisne, não entendimento com Craveiro Lopes e o aparecimento  do contra-almirante Américo Tomás, reafirmação de ditador puro e duro, proposta por parte da Índia da cedência dos territórios portugueses na zona recusada, Álvaro Cunhal condenado e preso em Peniche, admirador de Estaline e não de Hitler ou de Mussolini, porque nunca soube que tinha sido apeado do poder contado pela D. Maria, Henrique Galvão que Salazar admira mas receia, como surge a candidatura de Humberto Delgado o general coca-cola e o "obviamente demito-o", resultados eleitorais de 1958 falseados não pela Pide mas pela Legião Portuguesa, papel de Aquilino Ribeiro, D. António Ferreira Gomes e a célebre carta, cardeal Cerejeira e a igreja, a sociedade civil de advogados, médicos e militares começa a organizar-se, o assalto ao quartel de Beja, aparecimento dos movimentos de libertação em África, proposta de Kennedy para uma descolonização lenta, Kaúlza d'Arriaga e a criação dos paraquedistas, raramente cumprimentava quem quer fosse e quando o fazia...

http://tv1.rtp.pt/play/?radiocanal=2#/?prog%3D4674%26idpod%3D202468%26fbtitle%3DRTP Play - 100 Anos Portugueses%26fbimg%3Dhttp%3A%2F%2Fimg0.rtp.pt%2FEPG%2Fimgth%2FphpThumb.php%3Fsrc%3D%2FEPG%2Fradio%2Fimagens%2F4674_pratadacasa.jpg%26w%3D160%26h%3D120%26fburl%3Dhttp%3A%2F%2Fwww.rtp.pt%2Fplay%2F%3Fprog%3D4674%26idpod%3D202468

Antena 2 mais uma vez, pois claro!!!

domingo, 13 de novembro de 2011

O Titanic do Ocidente ...

... por José António Saraiva, Director do Semanário O SOL, 7 /11/ 2011
Nos anos 70, quando Ana Salazar lançou a sua linha de roupa preta para senhora, achei que iria ser um tremendo fiasco.
Quem é que, num país do Sul, quereria andar todo vestido de preto? Na altura eu acabara de con-cluir o curso de Arquitectura na Escola de Belas-Artes, ia com frequência a Paris, fascinava-me com os impressionistas – Renoir, Van Gogh, Cézanne, Monet, Modigliani, Gauguin – e não podia perceber como é que se renegava a cor no vestuário feminino. Não era mais bonito ver as mulheres, sobretudo as jovens, vestidas com roupa alegre de cores garridas do que enfiadas em trajes de luto?
Ontem, 40 anos depois do aparecimento de Ana Salazar, passava eu por uma loja de roupa, olhei distraidamente para dentro e o que vi? Manequins vestidos integralmente de negro. E numa loja de homem que havia em frente, o que dominava a montra? Fatos pretos.
Muito perto da sede deste jornal existe uma loja ‘gótica’. Assim, pelas redondezas, circulam cons-tantemente jovens vestidos de negro – que além disso usam em geral piercings e tatuagens, e têm esotéricos cortes de cabelo, a imitar os índios apaches ou os cabeças-rapadas. Os piercings podem ser na língua, nos lábios, nas orelhas, no umbigo ou até no sexo. Os rapazes e raparigas assim ataviados parecem caricaturas saídas de tribos primitivas.
A nossa civilização atingiu uma tal sofisticação que começou a ser difícil avançar mais – e, aí, entrou-se no retrocesso ou no caminho do absurdo. Há quem compre roupa rota nas lojas de roupa nova. Roupa rota que custa mais caro do que a nova. Cansámo-nos do luxo – e o luxo máximo tor-nou-se a ‘negação do luxo’. Mas uma negação que tem de ser notória: os jovens não compram jeans usados, compram jeans novos a imitar os usados mas percebendo-se que são novos.
O vestuário negro e desengraçado é um dos sinais anunciadores da crise que atinge o Ocidente.
Rejeita-se a cor, que reflecte vitalidade e alegria. As únicas ‘cores’ que se aceitam não são cores: são o preto, o cinzento e o branco. As cores desapareceram. E na decoração sucede a mesma coisa: entra-se numa casa e é tudo branco. Ou é tudo preto e cinzento. O uso das cores vivas passou a ser ‘piroso’. Ao que chegámos!
Falo da cor porque é uma realidade muito visível de uma mudança inexorável que está em curso: a decadência da nossa civilização. Uma civilização que teve uma ascensão, um apogeu e entrou em declínio.
Um declínio que é patente em todas as áreas: a desagregação da família, a deterioração da autorida-de, o aumento da indisciplina, os desvios sexuais, o crescimento do consumo de drogas, a proliferação de gangues suburbanos, a perda de valores e referências positivas, o abaixamento cultural, etc.
Comecemos por aqui, pela cultura. Já não falo da ‘cultura’ difundida pelas televisões – e que tem os seus exemplos mais acabados em programas tipo Big Brother ou Casa dos Segredos. São protótipos abjectos, que puxam a sociedade para baixo.
Mas a própria cultura ‘respeitada’ (ou mesmo venerada) pelos críticos atinge mínimos inconcebíveis. Depois da grande pintura clássica renascentista como conceber um quadro todo negro? E se ainda fosse só um… Mas em todos os museus de arte contemporânea se vêem exemplares desses.
E, ao lado de uma escultura de Leonardo da Vinci ou mesmo de Rodin, o que dizer da ‘instalação’ de Cabrita Reis à porta dos Jerónimos constituída por pneus velhos pendurados numa armação de ferro?
E como classificar um filme sem imagens, como o de João César Monteiro, ao lado de uma obra de Orson Welles ou Visconti?
E alguém se ocupou a comparar uma sinfonia de Beethoven com os novos batuques que nos massa-cram os ouvidos na rádio?
Mas, repito: nada disto são casos isolados – são todos sintomas do mesmo mal e todos concorrem no mesmo sentido. Todos fazem parte do mesmo puzzle, que tem um nome: decadência.
O quadro de valores e de referências em que nos movemos mudou radicalmente.
A família, por exemplo, deixou de ser uma instituição a preservar. A percentagem de divórcios já iguala a de casamentos. Só que isto, aplaudido por alguns, é um drama tremendo para a esmagadora maioria.
A família é o primeiro veículo de integração de um indivíduo na sociedade. E o primeiro apoio de que um indivíduo dispõe em situações adversas, quer ao nível material quer no plano afectivo. A família é uma rede – que ampara o indivíduo quando cai, como ampara o trapezista quando falha o trapézio. A destruição da família entrega as pessoas a si próprias, ainda por cima num ambiente muito competitivo como é a selva urbana em que se tornaram as grandes cidades – e daí as depres-sões, as exclusões, os suicídios, que aumentam regularmente.
A família também é essencial para o crescimento equilibrado das crianças. É a família que lhes ofe-rece um ambiente estável e lhes transmite segurança. Uma sociedade de famílias desestruturadas começa a produzir crianças problemáticas.
A legalização dos casamentos gay, com a aceitação explícita de casais estéreis, foi mais um sinal do esvaziamento da ideia de ‘família’ nos tempos que correm.
E os problemas das famílias prolongam-se nas escolas, sendo responsáveis por fenómenos como a indisciplina nos estabelecimentos de ensino, que se tornou uma praga. Assistimos a alunos a agredi-rem professores em plena sala de aula – o que não devia sequer poder passar pela cabeça dos alunos, quanto mais poder acontecer.
E a seguir vêm as drogas, o consumo crescente de drogas, com o seu rosário de problemas. Drogas que têm como objectivo explícito a alienação, a fuga à realidade, a marginalização do quotidiano. E depois temos as inscrições nas paredes, os gangues suburbanos, o aumento da criminalidade.
E assistimos ainda ao aumento dos desvios sexuais: multiplicam-se os travestis, os transexuais, as trocas de casais (o swing), para já não falar da pedofilia.
A ostentação da homossexualidade tornou-se também uma moda. Em Paris, jovens homossexuais descem o Boulevard Saint Michel ou os Campos Elíseos de malas femininas penduradas nos braços imitando as senhoras.
Todos os sinais aqui apontados, repito, são peças de um mesmo puzzle e são típicos das sociedades em crise. E não adianta fechar os olhos nem vale a pena lutar contra o inelutável.
Os economistas, os financeiros, os políticos esmifram-se a procurar ‘saídas para a crise’. Mas a crise não tem saída porque a questão não é económica e financeira: a crise económica e financeira em que estamos mergulhados é apenas um dos sintomas do descalabro geral.
Já percebemos que temos de nos habituar a viver com menos. Mas o grande problema não é esse. Antes fosse...
O grande drama é que o mundo onde cada um de nós julgava que iria viver sempre entrou numa decomposição acelerada. O barco onde navegámos durante séculos chegou ao fim do prazo de vali-dade e está a afundar-se.
E isso vê-se em tudo. Basta abrir os olhos. Vê-se no afundamento cultural – com a desqualificação da pintura, da escultura, da literatura e da música. Vê-se na desvalorização do casamento e na desagregação da família. Vê-se na deterioração da autoridade e da disciplina, particularmente nas escolas. Vê-se nos desvios sexuais, na proliferação das drogas, na perda de valores e de referências positivas.
E tudo isto é simbolizado pelos jovens com os quais comecei este artigo: esses jovens vestidos de preto, com a pele furada por argolas e manchada por tatuagens, que parecem os corvos anunciadores da desgraça. Aves de mau agoiro.

Porque hoje é DOMINGO (13-11-2011): Leituras & actualidade

EVANGELHO Mt 25,14-30
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
Disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola:
«Um homem, ao partir de viagem,
chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens.
A um entregou cinco talentos, a outro dois e a outro um,
conforme a capacidade de cada qual; e depois partiu.
O que tinha recebido cinco talentos
fê-los render e ganhou outros cinco.
Do mesmo modo,
o que recebera dois talentos ganhou outros dois.
Mas, o que recebera dois talentos ganhou outros dois.
Mas, o que recebera um só talento
foi escavar na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
Muito tempo depois, chegou o senhor daqueles servos
e foi ajustar contas com eles.
O que recebera cinco talentos aproximou-se
e apresentou outros cinco, dizendo:
‘Senhor, confiaste-me cinco talentos:
aqui estão outros cinco que eu ganhei’.
Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel.
Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes.
Vem tomar parte na alegria do teu senhor’.
Aproximou-se também o que recebera dois talentos e disse:
‘Senhor, confiaste-me dois talentos:
aqui estão outros dois que eu ganhei’.
Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel.
Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes.
Vem tomar parte na alegria do teu senhor’.
Aproximou-se também o que recebera um só talento e disse:
‘Senhor, eu sabia que és um homem severo,
que colhes onde não semeaste e recolhes onde nada lançaste.
Por isso, tive medo e escondi o teu talento na terra.
Aqui tens o que te pertence’.
O senhor respondeu-lhe: ‘Servo mau e preguiçoso,
sabias que ceifo onde não semeei e recolho onde nada lancei;
devias, portanto, depositar no banco o meu dinheiro
e eu teria, ao voltar, recebido com juro o que era meu.
Tirai-lhe então o talento e dai-o àquele que tem dez.
Porque, a todo aquele que tem,
dar-se-á mais e terá em abundância;
mas, àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado.
Quanto ao servo inútil, lançai-o às trevas exteriores.
Aí haverá choro e ranger de dentes’».
AMBIENTE
Mais uma vez, o Evangelho apresenta-nos um extracto do “discurso escatológico” (cf. Mt 24-25), onde Mateus aborda o tema da segunda vinda de Jesus e define a atitude com que os discípulos devem esperar e preparar essa vinda.
A catequese que Mateus apresenta neste discurso tem em conta as necessidades da sua comunidade cristã. Estamos no final do séc. I (década de 80). Os cristãos, fartos de esperar a segunda vinda de Jesus, esqueceram o seu entusiasmo inicial… Instalaram-se na mediocridade, na rotina, no comodismo, na facilidade. As perseguições que se adivinham provocam o desânimo e a deserção… Era preciso reaquecer o entusiasmo dos crentes, redespertar a fé, renovar o compromisso cristão com Jesus e com a construção do Reino.
É para responder a este contexto que Mateus reelabora o “discurso escatológico” de Marcos (cf. Mc 13) e compõe, com ele, uma exortação dirigida aos cristãos. Lembra-lhes que a segunda vinda do Senhor está no horizonte final da história humana; e que, até lá, os crentes devem “pôr a render os seus talentos”, vivendo na fidelidade aos ensinamentos de Jesus e comprometidos com a construção do Reino.
A parábola que hoje nos é proposta fala de “talentos” que um senhor distribuiu pelos servos. Um “talento” significa uma quantia muito considerável… Corresponde a cerca de 36 quilos de prata e ao salário de aproximadamente 3.000 dias de trabalho de um operário não qualificado.
MENSAGEM
A “parábola dos talentos” conta que um “senhor” partiu em viagem e deixou a sua fortuna nas mãos dos seus servos. A um, deixou cinco talentos, a outro dois e a outro um. Quando voltou, chamou os servos e pediu-lhes contas da sua gestão. Os dois primeiros tinham duplicado a soma recebida; mas o terceiro tinha escondido cuidadosamente o talento que lhe fora confiado, pois conhecia a exigência do “senhor” e tinha medo. Os dois primeiros servos foram louvados pelo “senhor”, ao passo que o terceiro foi severamente criticado e condenado.
Provavelmente a parábola, tal como saiu da boca de Jesus, era uma “parábola do Reino”. O amo exigente seria Deus, que reclama para Si uma lealdade a toda a prova e que não aceita meias tintas e situações de acomodação e de preguiça. Os servos a quem Ele confia os valores do Reino devem acolher os seus dons e pô-los a render, a fim de que o Reino seja uma realidade. No Reino, ou se está completamente comprometido, ou não se está.
Depois, Mateus pegou na mesma parábola e situou-a num outro contexto: o da vinda do Senhor Jesus, no final dos tempos… A vinda do Senhor é uma certeza; e, quando Ele voltar, julgará os homens conforme o comportamento que tiverem assumido na sua ausência.
Nesta versão da parábola, o “senhor” é Jesus que, antes de deixar este mundo, entregou bens consideráveis aos seus “servos” (os discípulos). Os “bens” são os dons que Deus, através de Jesus, ofereceu aos homens – a Palavra de Deus, os valores do Evangelho, o amor que se faz serviço aos irmãos e que se dá até à morte, a partilha e o serviço, a misericórdia e a fraternidade, os carismas e ministérios que ajudam a construir a comunidade do Reino… Os discípulos de Jesus são os depositários desses “bens”. A questão é, portanto, esta: como devem ser utilizados estes “bens”? Eles devem dar frutos, ou devem ser conservados cuidadosamente enterrados? Os discípulos de Jesus podem – por medo, por comodismo, por desinteresse – deixar que esses “bens” fiquem infrutíferos?
Na perspectiva da nossa parábola, os “bens” que Jesus deixou aos seus discípulos têm de dar frutos. A parábola apresenta como modelos os dois servos que mexeram com os “bens”, que demonstraram interesse, que se preocuparam em não deixar parados os dons do “senhor”, que fizeram investimentos, que não se acomodaram nem se deixaram paralisar pela preguiça, pela rotina, ou pelo medo.
Por outro lado, a parábola condena veementemente o servo que entregou intactos os bens que recebeu. Ele teve medo e, por isso, não correu riscos; mas não só não tirou desses bens qualquer fruto, como também impediu que os bens do “senhor” fossem criadores de vida nova.
Através desta parábola, Mateus exorta a sua comunidade no sentido de estar alerta e vigilante, sem se deixar vencer pelo comodismo e pela rotina. Esquecer os compromissos assumidos com Jesus e com o Reino, demitir-se das suas responsabilidades, deixar na gaveta os dons de Deus, aceitar passivamente que o mundo se construa de acordo com valores que não são os de Jesus, instalar-se na passividade e no comodismo, é privar os irmãos, a Igreja e o mundo dos frutos a que têm direito.
O discípulo de Jesus não pode esperar o Senhor de mãos erguidas e de olhos postos no céu, alheado dos problemas do mundo e preocupado em não se contaminar com as questões do mundo… O discípulo de Jesus espera o Senhor profundamente envolvido e empenhado no mundo, ocupado em distribuir a todos os homens seus irmãos os “bens” de Deus e em construir o Reino.
ACTUALIZAÇÃO (bem apropriada aos tempos que vivemos)
Na reflexão, considerar os seguintes dados:
• Antes de mais, é preciso ter presente que nós, os cristãos, somos agora no mundo as testemunhas de Cristo e do projecto de salvação/libertação que o Pai tem para os homens. É com o nosso coração que Jesus continua a amar os publicanos e os pecadores do nosso tempo; é com as nossas palavras que Jesus continua a consolar os que estão tristes e desanimados; é com os nossos braços abertos que Jesus continua a acolher os imigrantes que fogem da miséria e da degradação; é com as nossas mãos que Jesus continua a quebrar as cadeias que prendem os escravizados e oprimidos; é com os nossos pés que Jesus continua a ir ao encontro de cada irmão que está sozinho e abandonado; é com a nossa solidariedade que Jesus continua a alimentar as multidões famintas do mundo e a dar medicamentos e cultura àqueles que nada têm… Nós, cristãos, membros do “corpo de Cristo”, que nos identificamos com Cristo, temos a grave responsabilidade de O testemunhar e de deixar que, através de nós, Ele continue a amar os homens e as mulheres que caminham ao nosso lado pelos caminhos do mundo.
• Os dois “servos” da parábola que, talvez correndo riscos, fizeram frutificar os “bens” que o “senhor” lhes deixou, mostram como devemos proceder, enquanto caminhamos pelo mundo à espera da segunda vinda de Jesus. Eles tiveram a ousadia de não se contentar com o que já tinham; não se deixaram dominar pelo comodismo e pela apatia… Lutaram, esforçaram-se, arriscaram, ganharam. Todos os dias, há cristãos que têm a coragem de arriscar. Não aceitam a injustiça e lutam contra ela; não pactuam com o egoísmo, o orgulho, a prepotência e propõem, em troca, os valores do Evangelho; não aceitam que os grandes e poderosos decidam os destinos do mundo e têm a coragem de lutar objectivamente contra os projectos desumanos que desfeiam esta terra; não aceitam que a Igreja se identifique com a riqueza, com o poder, com os grandes e esforçam-se por torná-la mais pobre, mais simples, mais humana, mais evangélica; não aceitam que a liturgia tenha de ser sempre tão solene que assuste os mais simples, nem tão etérea que não tenha nada a ver com a vida do dia a dia Muitas vezes, são perseguidos, condenados, desautorizados, reduzidos ao silêncio, incompreendidos; muitas vezes, no seu excesso de zelo, cometem erros de avaliação, fazem opções erradas… Apesar de tudo, Jesus diz-lhes: “muito bem, servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu Senhor”.
• O servo que escondeu os “bens” que o Senhor lhe confiou mostra como não devemos proceder, enquanto caminhamos pelo mundo à espera da segunda vinda de Jesus. Esse servo contentou-se com o que já tinha e não teve a ousadia de querer mais; entregou-se sem luta, deixou-se dominar pelo comodismo e pela apatiaNão lutou, não se esforçou, não arriscou, não ganhou. Todos os dias há cristãos que desistem por medo e cobardia e se demitem do seu papel na construção de um mundo melhor. Limitam-se a cumprir as regras, ou a refugiar-se no seu cantinho cómodo, sem força, sem vontade, sem coragem de ir mais além. Não falham, não cometem “pecados graves”, não fazem mal a ninguém, não correm riscos; limitam-se a repetir sempre os mesmos gestos, sem inovar, sem purificar, sem nada transformar; não fazem, nem deixam fazer e limitam-se a criticar asperamente aqueles que se esforçam por mudar as coisas… Não põem a render os “bens” que Deus lhes confiou e deixam-nos secar sem dar frutos. Jesus diz-lhes: “servo mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei e recolho onde não lancei; devias, portanto, depositar o meu dinheiro no banco e eu teria, ao voltar, recebido com juro o que era meu”.
FONTE: http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_ver.asp?liturgiaid=330



http://www.snpcultura.org/as_nossas_vidas_sao_minas_de_ouro_ocultas.html

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A cousa está preta

Pai indignado



Que, pelos vistos, não está só:
http://aeiou.expresso.pt/otelo-novo-25-de-abril-seria-mais-facil-do-que-em-1974-video=f686538

Crescimento versus décit&dívida públicas

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=2107297&page=-1

Bélgica a-vingança-do-anarquista   

ECONOMIA & FINANÇAS (in)PRENSA: a crise do €uro(lândia)

A minha selecção. Porquê? Porque são, quanto a mim que sigo atentamente e desde sempre, como convém, a situação, aqui nestes 3 (três) preciosos documentos, reside a verdadeira causa da cousa. Se não, leiam-se e vejam-se:
D.O.: guerra epistolar ...

J.F.A.: zona euro enorme embuste

Acabando este por complementar & secundar

http://aeiou.expresso.pt/italia-era-uma-bomba-relogio-e-rebentou=f686723

O Luar quando Bate na Relva

O luar quando bate na relva Não sei que cousa me lembra...
Lembra-me a voz da criada velha
Contando-me contos de fadas.
E de como Nossa Senhora vestida de mendiga
Andava à noite nas estradas
Socorrendo as crianças maltratadas ...
Se eu já não posso crer que isso é verdade,
Para que bate o luar na relva?

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XIX"
Heterónimo de Fernando Pessoa

A lua

Escape na SIC Notícias: "À descoberta da península de Tróia" (4ª sugestão)

Agora que o tempo por excelência das férias já acabou, restam as "escapadelas" num qualquer feriado ou fim de semana, prolongado ou não.
Com a crise, também e ainda, é possível, Sim aqui:

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

ECONOMIA & FINANÇAS (in)PRENSA: Subsídios de Natal & férias sim ou não, eis a questão

Discussão do OE começa hoje
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=24&did=38369

Logo informemo-nos porque de coisa importante se trata, ou não? Se sim...
Enquanto este senhor dizia isto:
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2100349&page=-1

e outros, insuspeitos, iam no mesmo sentido:
http://publication.prod.wcm.impresa.pt:8080/sicnot/especiais/oe2012/article964131.ece

http://www.dinheirovivo.pt/Estado/Artigo/CIECO021306.html

http://economia.publico.pt/Noticia/cavaco-silva-corte-dos-subsidios-e-a-violacao-de-um-principio-de-equidade-fiscal--1517228

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=2101435

Sarcásticamente o senhor professor ditou, o senhor conselheiro de estado decretou aos 17:14
http://www.tvi.iol.pt/mediacenter.html?gal_id=128762&mul_id=13513174&load=1&pagina=1&pos=0

A partir daí, este outro apressa-se logo a dizer «"Não há almofadas" que permitam manter um subsídio» http://aeiou.expresso.pt/relvas-nao-ha-almofadas-para-manter-um-subsidio-video=f686167

Mas a resposta não se fez tardar:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/folga-dos-juros-salva-subsidio

Entretanto sabe-se isto:
1. http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=2100448&page=-1

2. http://economico.sapo.pt/noticias/suspensao-dos-subsidios-e-inconstitucional_130612.html

3. http://rr.sapo.pt/informacao_prog_detalhe.aspx?fid=79&did=36797

4. http://economico.sapo.pt/noticias/concessoes-norte-e-grande-lisboa-vao-custar-mais-de-1400-milhoes-ao-estado_130616.html

E mais isto:
5.
Comprar 16 plantéis de futebol iguais ao do Real Madrid e...

6. Os senhores deputados vão receber os seus, pois então?!:

7.
O estado não tem o direito de pagar a uns e não a outros ...
8. Manifesto
E agora? E então?
"Cadé" a nossa indignação?
Ficará para 12 de Novembro? Ou/e para 24 de Novembro? Ou nem isso?
A ver vamos, na rua ou no parlamento!!!