"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Em dia de...

...BALANÇOS&...
Radiografia'13
Um ano irrevogável
2013 foi uma caixa de pandora
...DESEJOS
"Tenha um bom ano" - A frase mais batida nestes dias, ontem, hoje & amanhã. Como será isso se esse "bom" não cai do céu? Pois, pois, cabe-nos a nós & cada um, construí-la dia a dia, hora a hora, minuto a minuto, para que ela não passe por ser apenas um gesto da época, rotineiro&ritualizado. Então, reflictamos/pensemos/meditemos, por exemplo, nisto:
Três.


e... mãos à obra.
Tenha um bom ano!!!

ESPIRITUALIDADE: Dizer «obrigado» no último dia do ano

«Se a tua única oração na vida for “obrigado”, isso bastará (Mestre Eckhart)». A gratidão não é apenas uma atitude de louvor, é também o elemento básico de uma verdadeira crença em Deus. Quando inclinamos as nossas cabeças em sinal de gratidão, reconhecemos que as obras de Deus são boas. Reconhecemos que não podemos salvar-nos por nós próprios. Proclamamos que a nossa existência e todas as coisas boas que ela tem, não vêm do nosso expediente, fazem parte da obra de Deus. A gratidão é o aleluia à existência, o louvor que ressoa através do Universo, como um tributo à presença de Deus, constante entre nós, incluindo neste momento.
Ler mais em:

O HOMEM DO ANO

...para a Time e, também, para mim. Porquê?
Porque há razões mais do que suficientes. Entre muitas e variadas, estas (as mais recentes):
Papa é a "pessoa do ano" para a revista "Time"
Porque é que a revista "Time" escolheu o papa Francisco para personalidade do ano?
Papa Francisco tem «sinceridade e autenticidade que nenhum líder mundial pode igualar», diz "Financial Times"
Parlamento europeu nomeia Papa Francisco "Comunicador do ano"
Revista gay elege Papa personalidade do ano
Francisco: a alegria do Evangelho (1)
Francisco: a alegria do Evangelho (2)
Papa Francisco poderá ouvir fiéis em confissão
Os croissants mornos do Papa
Estamos dispostos a ouvir?
«Tenho muita esperança no papa», diz Pedro Mexia
A Revolução do Papa Francisco - Episódio 27 do Prós e Contras
Francisco pelas ruas de Roma ao encontro dos pobres.
O Papa Francisco gostaria de visitar os pobres à noite
ROMA, 29 de Novembro de 2013
Muitos já tinham imaginado a cena: um homem vestido de branco que, na calada da noite, distribui esmola aos pobres nas ruas de Roma. É uma das tantas “lendas urbanas” sobre o Papa Francisco, mas com um fundo de verdade.
Quem realmente executa esta atividade é monsenhor Konrad Krajewski, esmoleiro de sua Santidade, que admitiu: "Quando eu lhe dizia que ia ter com os pobres, ele perguntava-me se podia vir comigo".
Encontrando-se com um grupo de jornalistas, dom Conrado (por esse nome é familiarmente conhecido monsenhor Krajewski no Vaticano) tratou de forma alegre aqueles que lhe perguntavam se alguma vez o Papa o tinha efectivamente acompanhado nas suas saídas nocturnas. “Por favor, peço-vos, façam-me outra pergunta”, disse, sorrindo. o bispo polaco.
Sabe-se que, durante os anos do seu ministério episcopal em Buenos Aires, o Cardeal Jorge Mário Bergoglio, normalmente era encontrado entre as pessoas marginalizadas da capital argentina. Em Roma, porém, isso seria logisticamente muito inconveniente, tanto para o Papa, como para a Guarda Vaticana. Ao Papa foi, então, desaconselhado uma presença nocturna “on the road” por motivos de oportunidade e segurança.
"Nós rapidamente percebemos que poderia haver problemas de segurança. É uma coisa complicada. Mas ele é assim, não pensa nos problemas”, explicou o esmoleiro.
O próprio facto de que monsenhor Krajewski não tenha confirmado, nem negado, uma presença do Papa ao seu lado, durante as visitas nocturnas aos pobres, fez pensar que algumas vezes o Santo Padre possa ter realmente ido.
Além disso, o prelado brincou: “Quando digo ao Papa que saio esta noite para a cidade, há sempre o risco de que ele venha comigo".
O que é certo é que o pontífice argentino tem particularmente no coração a actividade do seu esmoleiro ao qual disse um dia: “os teus braços serão uma extensão dos meus braços”. Cada pobre que encontre, “dom Conrado”, abrace-o, dando-lhe simbolicamente o abraço do Papa.
"Olhe - disse uma vez Francisco - estes são os meus braços, são limitados, se os estendemos aos de Conrado podemos tocar os pobres de toda a Itália”.
Desde o momento da sua nomeação, no passado mês de Agosto, monsenhor Krajewski , que dá voltas por Roma a bordo de um Fiat Qubo, visitou 15 casas, dormitórios e famílias necessitadas.
Há pouco tempo foi a Lampedusa, onde levou 1600 cartões telefónicos aos sobreviventes. depois do último naufrágio perto da ilha.
Seguindo o conselho do mesmo Papa Francisco, o esmoleiro pontifício renunciou à sua escrivaninha: “não combina contigo, podes vendê-la”, disse-lhe o papa
“Dom Conrado” não espera que os pobres toquem à porta dos Muros Leoninos: é ele mesmo que sai por aí procurando-os, e também esta é uma indicação precisa de Bergoglio.
Foi também o papa a dizer-lhe: "Sempre que alguém te chame de "Excelência", pede-lhe a taxa para os pobres: 5 euros!”
Normalmente monsenhor Krajewski distribui aos pobres de 200 a 1.000 euros por dia. A instituição de caridade que dirige é definida por ele como o "Pronto Socorro do Papa”: só em 2002, este departamento pontifício distribuiu aos pobres um milhão de euros.
Sempre que Francisco encontra o seu esmoleiro, pergunta-lhe se precisa de dinheiro. Uma vez disse-lhe: “a conta está boa quando estiver vazia: significa que o dinheiro saiu para fazer o bem”.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

MÚSICA: Chet Baker & Cia...

Como classificar isto?


Photos by © Manuel Vagos Trumpet -- Chet Baker Alto Saxophone -- Paul DesmondBass -- Ron Carter Drums -- Steve Gadd  Guitar -- Jim Hall  Piano -- Roland Hanna

Magistral? Não chega!
Os não apreciadores que se cuidem:


Tracklisting :
00:00 -- Summertime http://bit.ly/14iP3ME
04:14 -- Tenderly http://bit.ly/14iP3ME
10:48 - Time After Time http://bit.ly/17wWf5I
14:55 -- Marilyn http://amzn.to/14xVezn
18:23 - Secret Love http://bit.ly/1erOsda
24:00 - All Blues http://bit.ly/1erOsda
29:32 - Angel Eyes http://bit.ly/142vnsl
34:10 - My Funny Valentine (Unissued version) http://bit.ly/199Ii4o
39:30 - Darn That Dream http://bit.ly/12ZRNjY
43:09 - Deep In a Dream http://bit.ly/17wWuxB
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53:15 - I Married an Angel http://bit.ly/142zi8y
56:52 - Round Midnight http://bit.ly/12ZTuOn
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01:18:00 - You Go to My Head http://bit.ly/1erQXMK -

Não? Mesmo assim?
Não sabem o que perdem!!!

domingo, 29 de dezembro de 2013

PALAVRA de DOMINGO: contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la!

EVANGELHOLc 2,41-52
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém,
pela festa da Páscoa.
Quando Ele fez doze anos,
subiram até lá, como era costume nessa festa.
Quando eles regressavam, passados os dias festivos,
o Menino Jesus ficou em Jerusalém,
sem que seus pais o soubessem.
Julgando que Ele vinha na caravana,
fizeram um dia de viagem
e começaram a procurá-l’O entre os parentes e conhecidos.
Não O encontrando,
voltaram a Jerusalém, à sua procura.
Passados três dias,
encontraram-n’O no templo,
sentado no meio dos doutores,
a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas.
Todos aqueles que O ouviam
estavam surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas.
Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados;
e sua Mãe disse-Lhe:
«Filho, porque procedeste assim connosco?
Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura».
Jesus respondeu-lhes:
«Porque Me procuráveis?
Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?»
Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhes disse.
Jesus desceu então com eles para Nazaré
e era-lhes submisso.
Sua Mãe guardava todos estes acontecimentos em seu coração.
E Jesus ia crescendo em sabedoria, em estatura e em graça,
diante de Deus e dos homens.
AMBIENTE
O Evangelho que nos é proposto é o final do “Evangelho da infância” de Lucas. Ora, já sabemos que a finalidade do “Evangelho da infância” não é fazer uma reportagem sobre os primeiros anos da vida de Jesus, mas sim fazer catequese sobre Jesus; nessa catequese, diz-se quem é Jesus e apresentam-se algumas coordenadas teológicas que vão, depois, ser desenvolvidas no resto do Evangelho.
A “catequese” de hoje situa-nos em Jerusalém. A Lei judaica pedia que os homens de Israel fossem três vezes por ano a Jerusalém, por alturas das três grandes festas de peregrinação (Páscoa, Pentecostes e Festa das Cabanas – cf. Ex 23,17-17). Ainda que os rabinos não considerassem obrigatória esta lei até aos treze, muitos pais levavam os filhos antes dessa idade. Jesus tem doze anos e, de acordo com o texto de Lucas, foi com Maria e José a Jerusalém celebrar a Páscoa.
É neste ambiente de Jerusalém e do Templo que Lucas situa as primeiras palavras pronunciadas por Jesus no Evangelho. Elas são, sem dúvida, o centro do nosso relato.
MENSAGEM
A chave deste episódio está, portanto, nas palavras pronunciadas por Jesus quando, finalmente, se encontra com Maria e José: “porque me procuráveis? Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?”
O significado (a catequese) da resposta à pergunta de Maria é que Deus é o verdadeiro Pai de Jesus. Daqui deduz-se que as exigências de Deus são, para Jesus, a prioridade fundamental, que ultrapassa qualquer outra exigência. A sua missão – a missão que o Pai Lhe confia – vai obrigá-l’O a romper os laços com a própria família (cf. Mc 3,31-35).
É possível que haja ainda, aqui, uma referência à paixão/morte/ressurreição de Jesus: tanto o episódio de hoje, como os factos relativos à morte/ressurreição, são situados num contexto pascal; em ambas as situações Jesus é abandonado – aqui por Maria e José e, mais tarde, pelos discípulos – por pessoas que não compreendem que a sua prioridade é o projecto do Pai; em ambas as situações, Jesus é procurado (cf. Lc 24,5) e tem de explicar que a finalidade da sua vida é cumprir aquilo que o Pai tinha definido (cf. Lc 24,7.25-27.45-46). Lucas apresenta aqui a chave para entender toda a vida de Jesus: Ele veio ao mundo por mandato de Deus Pai e com um projecto de salvação/libertação. Àqueles que se perguntam porque deve o Messias percorrer determinado caminho, Lucas responde: porque é a vontade do Pai. Foi para cumprir a vontade do Pai que Jesus veio ao nosso encontro e entrou na nossa história.
Atente-se, ainda, em duas questões um tanto marginais, mas que podem servir também para a nossa reflexão e edificação: em primeiro lugar, reparemos no entusiasmo que Jesus tem pela Palavra de Deus e pelas questões que ela levanta; em segundo lugar, a “declaração de independência” de Jesus pode ajudar-nos a compreender que a família não é o lugar fechado, onde cada pessoa cresce em horizontes limitados e fechados, mas é o lugar onde nos abrimos ao mundo e aos outros, onde nos armamos para partir à conquista do mundo que nos rodeia.
ACTUALIZAÇÃO
A reflexão do Evangelho de hoje deve ter em conta as seguintes questões:
¨ Para Jesus, a prioridade fundamental a que tudo se subjuga (até a família) é o projecto de Deus, o plano que Deus tem para cada pessoa. Se os planos dos pais e os planos de Deus entram em choque, quais devem prevalecer?
¨ Anima-nos o mesmo entusiasmo de Jesus pela Palavra de Deus? Somos capazes de esquecer outros interesses legítimos para nos dedicarmos à escuta, à reflexão e à discussão da Palavra? Vemos nela um meio privilegiado de conhecer o projecto que Deus tem para nós?
¨ Maria e José não fizeram cenas diante da resposta “irreverente” de Jesus. Aceitaram que o jovem Jesus não lhes pertencia exclusivamente: Ele tinha a sua identidade e a sua missão próprias. É assim que nos situamos face àqueles com quem partilhamos a experiência familiar?
¨ A nossa família potencia o nosso crescimento, abrindo-nos horizontes e levando-nos ao encontro do mundo, ou fecha-nos num espaço cómodo mas limitado, onde nos mantemos eternamente dependentes?
 
Deus não protege da noite, mas na noite: Meditação sobre o Evangelho do Domingo da Sagrada Família

sábado, 28 de dezembro de 2013

(in)PRENSA semanal: a minha selecção!

Para quem, que por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA: a minha selecção" que aí virão.
O Negócio das Águas - Grande Investigação
Governo Ocultados 1.045 milhões em benefícios fiscais a grandes grupos
Crise Portugueses influentes no Mundo discutem soluções para País
Papa Francisco aponta critérios para se trabalhar no Vaticano: profissionalismo, serviço, santidade e horror às intrigas
DGTF Empresas públicas gastam 368 milhões em suplementos
Fundos de Bruxelas para combater pobreza podem tapar buracos do Estado
Radiografia 2013
Ainda bem que Passos Coelho não percebe
Perdão para matemático que descodificou código nazi
A rede da diáspora portuguesa
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/editorial.aspx?content_id=3603122
E agora, Senhor Presidente?
EUA Revelação de espionagem é "missão cumprida", diz Snowden
Portugal pagou quase 3 mil milhões à 'troika em juros e comissões desde 2012
Criança a morrer pediu músicas de Natal. Milhares de pessoas foram cantar-lhe à janela
http://expresso.sapo.pt/crianca-a-morrer-pediu-musicas-de-natal-milhares-de-pessoas-foram-cantar-lhe-a-janela=f847682#ixzz2oTnhKCpe
Artigo A "amnésia colectiva" e o "estado de negação" dos governantes
"Irrevogável" custou... 2,3 mil milhões
Wall Street Journal Jornal americano comenta o amor pela Bimby num País em crise
Natal adocicado de conto de fadas não existe no Evangelho, diz Francisco
2013 Os 120 mil novos empregos de Passos que (afinal) são 22 mil
Portugal mais "vulnerável" a episódios de agitação social em 2014

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

CINEMA: "O Passado"

Gerida com delicadeza, na progressiva intimidade dos espaços e das personagens, a narrativa fílmica de Asghar Farhadi faz-nos olhar por dentro e por fora o que há de único e comum nas relações, ao mesmo tempo que levanta questões pertinentes sobre a complexidade das famílias, do papel do homem e da mulher, das relações de trabalho e de imigração que não se reduzem nem ao contexto francês nem ao iraniano. Prémio do júri ecuménico na última edição de Cannes, o filme foi elogiado como ilustração do versículo bíblico «e a verdade vos libertará» (João 8, 32).
Ler mais em:
http://www.snpcultura.org/o_passado.html

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

REFLEXÃO/MEDITAÇÃO/ATENÇÃO: Cultivar a alegria de cada dia

Um elemento que caracteriza a alegria é o facto dela não nos pertencer. É pessoalíssima, é completamente nossa, identifica-se connosco, mas não nos pertence. A alegria não nos pertence. A alegria atravessa-nos. A alegria é sempre um dom. A alegria nasce do acolhimento. A alegria nasce quando eu aceito construir a minha vida numa cultura de hospitalidade. Se insonorizo o meu espaço vital, se impermeabilizo a minha atenção, a alegria não me visita. A alegria é um dom da amizade acolhida.
A alegria não é programada. Não posso, por exemplo, dizer: daqui a um minuto vou-me rir. Não sei quando é que me vou rir. A alegria é um dom que me visita na surpresa, no não anunciado. E nesse sentido tenho de viver em hospitalidade. O meu coração é uma soleira, uma porta entreaberta. A minha vida vive do acolhimento amigável. Temos de adquirir uma porosidade, deixarmo-nos tocar, deixarmo-nos ligar pelo fluxo reparador da vida.
Há um filme de Ingmar Bergman em que uma personagem é uma rapariga anoréxica - e sabemos como a anorexia é uma forma de desistir da própria vida, de desinvestir afetivamente. A rapariga vai falar com um médico e ele diz-lhe isto, que também vale para nós todos: «Olha, há só um remédio para ti, só vejo um caminho: em cada dia deixa-te tocar por alguém ou por alguma coisa.» A alegria é esta hospitalidade.
Os dias sem alegria são completamente sem memória. Chegamos ao fim não lembramos um único gesto, uma única fase, um único encontro, uma única ação, não temos nada para contar. Tive de ver e de escutar muitas coisas, e de estar entre muita gente, mas não quis nada daquilo nem daqueles; não permiti que existisse um trânsito, um retorno; não abri o meu coração ... Há que transformar a nossa vida no sentido da hospitalidade. A amizade ensina-nos isso.
Não há alegria sem inocência. Mas inocência naquele sentido que apontava a escritora Cristina Campo: «Nós não nascemos inocentes, mas podemos morrer inocentes.» A inocência da infância espiritual é aquela inocência com a qual e pela qual podemos morrer: a inocência de um coração simples; da gratuidade; da confiança.
Se não tenho um coração de criança não sou herdeiro do Reino de Deus. Isto é, não sou herdeiro do reino da vida, não vejo cintilar, não vislumbro. E aqui, as crianças são exemplares porque elas entretêm-se com os pequenos nadas, que no fundo são as coisas mais sérias, as coisas donde colhem a luz. E nós precisamos disso. Precisamos dessa infância. De descobrir infâncias dentro de nós. Não é por acaso que todos os amigos são amigos da infância, mesmo aqueles que fazemos pela vida fora. A principal infância a testemunhar é essa futura.
Em vez de crescermos na severidade, na intransigência, na indiferença, no sarcasmo, na maledicência, no lamento., caminhemos suavemente no sentido contrário. Cresçamos na simplicidade, na gratidão, no despojamento e na confiança. A alegria tem a ver com uma essencialidade que só na pobreza espiritual se pode acolher.

José Tolentino Mendonça
In Nenhum caminho será longo, ed. Paulinas
23.05.13
© SNPC | 23.05.13

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

EFEMÉRIDE: É Natal?

ONDE ESTÁ A FILA PRA VER JESUS
 


Afinal, o que nos narra a presépio que encontramos aqui e ali nas praças ou nas igrejas, ou aquele que nós próprios construímos nas nossas casas? O nascimento de uma criança de um casal pobre, uma família em viagem, para a qual não havia lugar nem sequer na estalagem. Todavia, àquela gruta, àquele recém-nascido chegam muitos pobres: pastores, donas de casa, habitantes dos povoados, e chegam com presentes para o menino pobre, enfaixado, que tem por berço uma manjedoura de estrebaria. É portanto o presépio que nos convida a fazer o mesmo. Se gostamos de o ver, se o construímos para estar em festa, então que se refaça o mesmo movimento: ir ao encontro de quem precisa e gratuitamente dar a quem não pode retribuir. E para os cristãos, o presépio torna-se profecia. Aquela criança na manjedoura, com efeito, também disse, como Messias e Juiz: «Tudo o que tiverdes feito a um destes pobres que são meus e vossos irmãos, a mim o fizestes».
Ler mais em:
http://www.snpcultura.org/a_licao_do_presepio.html
«Deus abandonou a sua glória e veio até mim. / Viveu entre tipos insignificantes como eu / Por mim, e em meu lugar, entregou-se / tomando sobre si vergonha e humilhação. / Perante atenções tais dou comigo a pensar: / Quem sou eu? / Se um Rei derramou o seu sangue por mim. / Quem sou eu? / Ele rezou toda a noite por mim». Não, não foi um autor espiritual quem assinou estes versos dedicados ao tema teológico da Incarnação. Talvez constitua uma surpresa, mas estes versos fazem parte do reportório de um mito (e não apenas americano) do rock’n roll, Elvis Presley, morto há mais de trinta anos, mas que continua a ser celebrado, amado e até idolatrado. O seu universo poético e musical não unia apenas transgressões exasperadas, convenções e esteriótipos, protesto e felicidade rápida, mas combinava também o country branco com o rythm and blues negro, cujos temas tinham frequentemente uma espessura espiritual.
Ler mais em:
http://www.snpcultura.org/tvb_um_vagido_que_atravessa_coracao.html
Se olharmos para o enredo natalício, mesmo no modo sóbrio como os Evangelhos o relatam, percebemos que nada é cor-de-rosa. O que os seus atores vão viver é uma história de instabilidade, perturbação e desconcerto. “O que é que nos aconteceu?” – ter-se-ão perguntado repetidas vezes Maria e José, mas também os pastores acordados em sobressalto ou os magos vindos de longe. “O que é que nos aconteceu?”. E não tinham à mão (como nós não temos) tranquilizantes respostas, mas sim um caminho que lhes era proposto na surpresa, na maturação paciente e na confiança. O próprio local onde a cena se desenvolve, um modestíssimo piso térreo que servia de refúgio aos animais, mostra bem a implacável dureza das circunstâncias. Mas doutra maneira como é que esta divina história poderia servir de modelo para todas as histórias humanas?!
Ler mais em:
http://www.snpcultura.org/paisagens_trazemos_por_viver_ainda_uma_infancia.html

domingo, 22 de dezembro de 2013

ESPIRITUALIDADE: Calendário e Peregrinação de Advento.

Temos de pedir: «Venha o Vosso Reino, Senhor! Que o teu Reino seja sobre todos os nossos invernos, sobre todas as nossas esterilidades, sobre todos os nossos desertos, as nossas desistências, os nossos cansaços uma primavera pujante. Uma rebentação de vida». Na verdade, o compromisso com o Reino hipoteca as nossas forças, a nossa criatividade, o nosso respirar… Desta mansa violência, precisamos todos os dias. Se não estivermos a construir o Reino de Deus, estamos a construir o nosso reino. Precisamos dessa violência sobre nós. Precisamos de dizer um sim que seja sim, e um não que seja não. O reino de Deus precisa desta energia. Ele não é uma coisa que está feita, está em construção, está em devir.
Mais em:

PALAVRA de DOMINGO: contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la!

EVANGELHOMt 1,18-24
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo:
Maria, sua Mãe, noiva de José,
antes de terem vivido em comum,
encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo.
Mas José, seu esposo,
que era justo e não queria difamá-la,
resolveu repudiá-la em segredo.
Tinha ele assim pensado,
quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor,
que lhe disse:
«José, filho de David,
não temas receber Maria, tua esposa,
pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo.
Ela dará à luz um Filho
e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus,
porque Ele salvará o povo dos seus pecados».
Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o senhor anunciara
por meio do Profeta, que diz:
«A Virgem conceberá e dará à luz um Filho,
que será chamado ‘Emanuel’,
que quer dizer ‘Deus connosco’».
Quando despertou do sono,
José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara

e recebeu sua esposa.
AMBIENTE
O texto que nos é hoje proposto pertence ao “Evangelho da Infância” na versão de Mateus. De acordo com os biblistas actuais, os textos do “Evangelho da Infância” pertencem a um género literário especial, chamado homologese. Este género não pretende ser um relato jornalístico e histórico de acontecimentos; mas é, sobretudo, uma catequese destinada a proclamar certas realidades salvíficas (que Jesus é o Messias, que Ele vem de Deus, que Ele é o “Deus connosco”). Desenvolve-se em forma de narração e recorre às técnicas do midrash haggádico (uma técnica de leitura e de interpretação do texto sagrado usada pelos rabbis judeus da época de Jesus). A homologese utiliza e mistura tipologias (factos e pessoas do Antigo Testamento, encontram a sua correspondência em factos e pessoas do Novo Testamento) e aparições apocalípticas (anjos, aparições, sonhos) para fazer avançar a narração e para explicitar determinada catequese sobre Jesus. O Evangelho que nos é hoje proposto deve ser entendido a esta luz: não interessa, pois, estar aqui à procura de factos históricos; interessa, sobretudo, perceber o que é que a catequese cristã primitiva nos ensina, através destas narrações, sobre Jesus.
Há ainda outra questão que importa ter em conta, para percebermos o pano de fundo da narração que nos é proposta: a situação de Maria e José. O casamento hebraico considerava o compromisso matrimonial em duas etapas: havia uma primeira fase, na qual os noivos se prometiam um ao outro (os “esponsais”); só numa segunda fase surgia o compromisso definitivo (as cerimónias do matrimónio propriamente dito)… Entre os “esponsais” e o rito do matrimónio, passava um tempo mais ou menos longo, durante o qual qualquer uma das partes podia voltar atrás, ainda que sofrendo uma penalidade. Durante os “esponsais”, os noivos não viviam em comum; mas o compromisso que os dois assumiam tinha já um carácter estável, de tal forma que, se surgia um filho, este era considerado filho legítimo de ambos. A Lei de Moisés considerava a infidelidade da “prometida” como uma ofensa semelhante à infidelidade da esposa (cf. Dt 22,23-27)… E a união entre os dois “prometidos” só podia dissolver-se com a fórmula jurídica do divórcio. Ora, segundo o texto que nos é proposto, José e Maria estavam na situação de “prometidos”: ainda não tinham celebrado o matrimónio, mas já tinham celebrado os “esponsais”.
MENSAGEM
Segundo a narração de Mateus, José apercebeu-se que Maria estava grávida, durante a fase dos esponsais… Como sabia não ser o pai do bebé que estava para chegar, resolveu abandonar Maria, em segredo; mas um anjo do Senhor apareceu-lhe em sonhos e esclareceu o mistério: “Aquele que vai nascer é fruto do Espírito Santo”. O que é que temos aqui? Reportagem de acontecimentos históricos?
O anúncio do anjo a José (vers. 20-24) segue o esquema dos relatos do Antigo Testamento, em que se anuncia o nascimento de uma personagem importante (cf. Jz 13): a) o anúncio está rodeado de sinais divinos (o “anjo do Senhor”, o sonho); b) que provocam medo e espanto; c) o mensageiro divino anuncia qual será o nome e a missão da criança que vai nascer; d) dá-se um sinal que confirma o anúncio (o cumprimento das Escrituras). A função destes anúncios é vincular a personagem, desde o seu nascimento, com o projecto divino. Este mesmo esquema estereotipado é, aliás, usado por Lucas para descrever o nascimento de João Baptista (cf. Lc 1,5-25).
Neste episódio temos, portanto, não uma descrição de factos históricos, mas uma catequese sobre Jesus (que é apresentada recorrendo a esquemas literários, conhecidos dos escritores bíblicos). Então, o que é que esta catequese procura ensinar?
Fundamentalmente, procura-se mostrar que Jesus vem de Deus, que a sua origem é divina (Maria encontra-se grávida por virtude do Espírito Santo” – vers. 18). Procura-se, ainda, ensinar qual será a missão de Jesus: o nome que Lhe é atribuído mostra que Ele vem de Deus com uma proposta de salvação para os homens (“Jesus” significa “Jahwéh salva”). Também se diz, de forma clara, que Ele é o Messias de Deus, da descendência de David, que os profetas anunciaram (a referência ao seu nascimento de uma “virgem” não deve ser vista como a afirmação do dogma da virgindade de Maria, mas como a afirmação de que Jesus é o Messias anunciado pelos profetas – nomeadamente pelo texto de Is 7,14 – enviado por Deus para restaurar o reino de David).
De qualquer forma, a figura de José desempenha aqui um papel muito interessante… O anjo dirige-se a ele como “filho de David” (vers. 20) e pede-lhe que receba Maria e que ponha um nome à criança (vers. 21). A imposição do nome é o rito através do qual um pai recebe uma criança como filha. Assim, Jesus passa a fazer parte da família de David e a ser, naturalmente, a esperança para a restauração desse reino ideal de paz e de felicidade pelo qual todo o Povo ansiava. Pela obediência de José, realizam-se os planos e as promessas de Deus ao seu Povo.
ACTUALIZAÇÃO
Reflectir a partir das seguintes questões:
• Esse Jesus que esperamos é – de acordo com a catequese que a primitiva comunidade cristã nos apresenta por intermédio de Mateus – o “Deus que vem ao encontro dos homens”, para lhes oferecer a salvação. A festa do Natal que se aproxima deve ser o encontro de cada um de nós com este Deus; e esse encontro só será possível se tivermos o coração disponível para O acolher e para abraçar a proposta que Ele nos veio fazer. É isto que acontece?
• Com frequência, o Natal é a festa pagã do consumismo, das prendas obrigatórias, da refeição melhorada, das tradições familiares que têm de ser respeitadas mesmo quando não significam nada… O meu Natal – este Natal que estou a preparar no meu coração – é uma celebração pagã ou um verdadeiro encontro com esse Deus libertador, cuja proposta de salvação estou interessado em escutar e acolher?
• A figura de Maria é uma figura incontornável para quem prepara o Natal: é a figura que está sempre disponível para escutar os apelos de Deus e que lhes responde com um “sim” de disponibilidade total… É esse “sim” e essa disponibilidade que tornam possível a presença salvadora de Deus no mundo. Estou na mesma atitude de disponibilidade aos desafios de Deus? Sou capaz de dizer todos os dias “sim”, de forma a que, através de mim, Deus possa nascer no mundo e salvar os homens?
• Outra figura que nos interpela e questiona neste tempo de Advento é a figura de José… Ele é o homem a quem Deus envolve nos seus planos – planos que, provavelmente, lhe parecem misteriosos e inacessíveis – mas que tudo aceita, numa obediência total a Deus. Sou capaz de acolher os projectos de Deus – mesmo quando eles desorganizam os meus projectos pessoais – com a mesma disponibilidade de José, na obediência total aos esquemas de Deus?
• Ser cristão é ser chamado a testemunhar no mundo essa proposta de vida nova e de liberdade. Não se trata de aceitar umas fórmulas de fé cobertas de poeira, nem de estudar nos livros um sistema filosófico ou teológico coerente, que ensinamos com lógica e com alguma pedagogia; trata-se de trazer ao mundo uma proposta viva, transformadora, libertadora, da qual damos testemunho com palavras e com gestos concretos. É isso que acontece? Testemunho a minha fé com a vida? O meu testemunho é transformador e libertador para os meus irmãos escravizados?

FONTE: http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_ver.asp?liturgiaid=389

sábado, 21 de dezembro de 2013

(in)PRENSA semanal: a minha selecção!

Para quem, que por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA: a minha selecção" que aí virão.
Desemprego é vergonha colectiva que puxa pela imaginação
Papa Francisco poderá ouvir fiéis em confissão
Maria José Morgado "Corrupção anda sempre muito bem vestida e disfarçada"
Agostinho Branquinho Governante venceu concurso graças a excepção aberta por Relvas
Sindicato irlandês "A troika era uma tecnocracia sem sentimentos, que não ouvia"
Cientistas Perda de memória pode estar associada a má alimentação
Vaticano Papa celebra aniversário com criados e sem-abrigo
O Papa que revoluciona o modo de dizer
União Europeia alerta para dois insecticidas que podem ameaçar a saúde humana
Portugal vive "situação humilhante"
Alemanha. Cortes retroactivos nas pensões proibidos
A culpa será nossa e só nossa
Já não há banqueiros, agora há merceeiros
Governo Ocultados 1.045 milhões em benefícios fiscais a grandes grupos
A política dos episódios caricatos
Governo O que muda com subida da idade de reforma?
Uma lição por unanimidade
Natal: a História no seu reverso
A todos um BOM NATAL!!!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

SAÚDE: Abraçar o envelhecimento

 Aprender a envelhecer e aceitar o consequentemente sofrimento que implica constitui uma lição que nos foi dada pelo Beato João Paulo II. Karol Wojtyla foi considerado novo para papa quando foi eleito, aos 58 anos. Nessa altura, ele ainda era muito ativo, passeava, esquiava e viajava por todo o mundo. Era vigoroso e saudável, soprando uma vida nova no Vaticano e na Igreja. Durante os 26 anos do seu pontificado, porém, vimos como a doença de Parkinson reclamou o seu preço, e o homem cheio de vigor tornou-se fraco e incapacitado à frente dos nossos olhos. Por fim, quando o mundo sustinha a sua respiração coletiva, mostrou-nos como morrer, e ao fazê-lo, mostrou-nos o que a Igreja quer dizer com a expressão «boa morte». Seja qual for a nossa idade, podemos aprender lições vitais sobre como concluir os capítulos finais das nossas vidas ao observar como João Paulo II se aproximou da velhice e da sua passagem final.
Mais em:
http://www.snpcultura.org/abracar_envelhecimento_com_exemplo_joao_paulo_ii.html

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

SAÚDE: Eu tinha um cachorro preto, seu nome era DEPRESSÃO.

Vídeo criado e publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a reflexão sobre a depressão. Tomei a liberdade de legenda-lo para o português brasileiro.

Atualmente, a depressão afeta mais de 350 milhões de pessoas no mundo inteiro.
Projeções da OMS estimam que no ano de 2030, entre todas as doenças, a depressão será a mais comum. Existem tratamentos efetivos, mas menos da metade dos afetados pela doença recebem qualquer tipo de tratamento.

Se você ou alguém próximo a você sofre de depressão, procure ajuda profissional. Esse pode ser o primeiro grande passo em direção a uma grande mudança.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

LEITURA: Livros para ler e oferecer este Natal!

Conhecimento, imaginação, espiritualidade: nas páginas de um bom livro encontramos sempre muitos presentes, não só no Natal mas em todos os dias do ano. Apresentamos algumas das novidades editoriais relacionadas com o cristianismo recentemente publicadas, a que se juntam as obras lançadas nos últimos meses.
Mais em:

LEITURAS várias

"Somos pobres mas somos muitos"
De repente, naquela figura simplesmente vestida com o fato oficial sem adornos nem atavios de circunstância, estava uma alma franciscana, no corpo de um jesuíta, vestido de dominicano! Quem ali tínhamos diante de nós e o que ali tínhamos diante de nós, não era uma perso­nagem de palco para consumo público – e para consumo do público – para responder a uma urgência de comunicação mediática, mas um homem igual a si próprio, igual ao que sempre tinha sido no seu ser padre, bispo e cardeal de Buenos Aires, que nunca teve tiques nem ademanes de poder nem de vaidade, mas que sempre havia pautado a sua vida por uma normalidade normal de relações, das tais solidárias dos afetos redimidos. Como que em jeito de «ícone» reencontrado, naquele homem Bergoglio / Francisco que se apresentava à cidade e ao mundo, estavam reunidas três tradições fundamentais na vida e na missão da Igreja: a alma de Francisco de Assis na sua simplicidade de ser, a capacidade de comunicar com palavras inteligíveis de Domingos de Gusmão, e a tenacidade missionária de Francisco Xavier. Mais em:
http://www.snpcultura.org/somos_pobres_mas_somos_muitos.html
"Entre possibilidades e limites": uma teologia moral em demanda
«O contexto de possibilidades e limites exige à teologia moral a sua fundamental tarefa de inquirição, em fidelidade aberta e paciente, sobre temas e problemas que hoje se levantam; e reivindica igualmente a sua fundamental finalidade de formação das consciências», refere a nota de apresentação de “Entre possibilidades e limites”. Com coordenação de Sergio Bastaniel, o volume inclui textos de Donatella Abignente, Giulio Parnofiello, Vidas Balčius, Paolo Benanti, Miguel Yáñez e do português José Manuel Pereira de Almeida, ex-secretário da Comissão Episcopal da Pastoral Social, coordenador nacional da Pastoral da Saúde e assistente religioso da Cáritas. Leia a introdução. Mais em:
http://www.snpcultura.org/entre_possibilidades_e_limites.html
“A papoila e o monge”
O escritor Pedro Mexia considera que «o silêncio é uma presença muito forte» em “A papoila e o monge” (ed. Assírio & Alvim), livro de “haikus” (poemas de três versos com origem no Japão) de José Tolentino Mendonça. Na sessão de apresentação da mais recente obra do diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, que decorreu esta quinta-feira, em Lisboa, o crítico literário afirmou que «muitos versos» do volume sublinham que «não se deve confundir o silêncio com o vazio». Para Pedro Mexia, a depuração da poesia oriental adequa-se à «interioridade» dos poemas de um livro que tem a «capacidade de ultrapassar certas palavras e conceitos que perturbam o caminho», como a «constante utilização da palavra “solidão” no sentido positivo, o que foge ao seu uso comum».
Mais em:
- http://www.assirio.pt/livros/ficha/a-b-pap-b-oila-e-o-monge?id=15252159
"A esperança do perdão"
«A história que os homens contam de si mesmos é mais do que um episódio sofrido do mal. É a história de uma busca intensa pela regeneração de uma vida. Essa é uma busca permanente e sempre inacabada. No final, não há final. Há apenas recomeço. Reinvenção. Porque o perdão diz-se nas palavras da esperança. O encontro em que se abraçam a vítima e o seu algoz constrói-se numa renúncia absoluta à autojustificação, à autopreferência e ao narcisismo, sem a certeza do acolhimento do outro. O perdão é, assim, renúncia de toda a certeza. Mas renúncia que se abre em esperança. Porque o coração humano, o thumos, é ainda habitado por uma radical aspiração a ser, e a ser plenamente, a ser regenerado. É essa aspiração que define a pessoa humana. Porque no coração humano, como Kant percebeu perfeitamente, o bem é mais original do que o mal.»
Mais em:
http://www.snpcultura.org/a_esperanca_do_perdao.html
"Os rostos de Jesus": Subversivo há 2013 anos
Para o texto de abertura de “Os rostos de Jesus”, Duarte Belo convidou José Tolentino Mendonça, poeta, padre e teólogo, deixando-o livre para o registo que preferisse. Tolentino escreveu sobre os vários rostos de Jesus que emergem das interpretações contemporâneas. É uma súmula surpreendente para uma não-crente como eu: na intersecção de todas as leituras, vejo sobretudo um enigma subversivo. O que me fica deste elenco de hipóteses é a figura de um inconformista, claramente um não-conservador, abrindo-se a todos sem exclusão, alguém que busca a mudança de forma mais ou menos radical, entregando para isso a vida. Como a partir desta figura se construíram e constroem até hoje, no amplo interior do cristianismo, estruturas tão conservadoras, repressivas e excludentes é um mistério exclusivamente humano. Jesus, em qualquer das hipóteses enunciadas por Tolentino, parece-me aquele que não baixa a cabeça. O seu lugar é o contrapoder, aspiração permanente à liberdade. Teologia da Libertação é quase uma redundância: como é que a teologia pode não ser de libertação?
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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

CINEMA: "Mandela, longo caminho para a liberdade", "Redemption" e "Terra de ninguém" & "O som ao redor"

"Redemption" e "Terra de ninguém"
“Redemption”, curta metragem de Miguel Gomes, um dos mais aclamados realizadores portugueses da atualidade, estreia esta semana em complemento de “Terra de Ninguém”, longa metragem de Salomé Lamas. Duas obras nacionais que comportam profundas reflexões sobre a nossa identidade, nacional e europeia, com Miguel Gomes a pegar em pessoas reais e a transformá-las em personagens ficcionadas, com grandes interrogações para o nosso tempo. “Terra de Ninguém” é uma história de vida e de morte, uma perpassando a outra, narrada e construída ao longo de quase 80 minutos, em camadas que sobrepõem (e de onde às vezes caem) afirmações, interrogações, dúvidas, contradições. Será por aqui que, com tudo de diferente uma da outra, duas obras de dois realizadores nacionais que escrevem o nosso tempo se encontram: na possibilidade de redenção humana, na consciência de si e da sua história.
Mais em:
http://www.snpcultura.org/redemption_terra_de_ninguem.html

"Mandela, longo caminho para a liberdade"
Uma semana após a sua morte, estreou nas salas de cinema portuguesas o primeiro filme baseado na autobiografia de “Tata”: “Mandela. Longo caminho para a liberdade”. Um “timming” que tem tanto de pertinente como de arriscado, tendo em conta a envergadura do líder africano – também física mas sobretudo psicológica, espiritual e moral, a emoção geral provocada pela sua perda e a multiplicidade de informação que circula sobre a sua vida e obra, o que garantirá um público mais atento e crítico a esta versão. Uma espécie de “panorâmica”, útil e cativante para quem procure uma ilustração cinematográfica do que está já sobejamente disponível nos media e redes sociais, ou para os mais novos que ficarão com uma ideia geral de quem foi Nelson Mandela. Mais pela matéria que pela essência. Para todos os efeitos, para uma figura política fortemente empenhada no bem comum e apostada na defesa da paz, mesmo em modo panorâmico e nos tempos que correm, sobretudo para os mais novos, não será pouco…
Mais em:
http://www.snpcultura.org/mandela_longo_caminho_para_liberdade.html

O som ao redor
Crónica de uma atualidade brasileira que denuncia o enorme desequilíbrio social num país em crescimento económico, feito de desigualdades e injustiça, habituámo-nos a acompanhá-la no registo cinematográfico enérgico, vibrante e ruidoso de “Cidade de Deus” (Fernando Meirelles), “Cidade dos Homens” (Paulo Morelli) ou, mais recentemente, em “Tropa de Elite” (José Padilha). Aqui, no entanto, há um ritmo e uma gramática totalmente diferentes, apostados numa inteligente fluidez narrativa que o realizador, constituído como mero mas atento observador, desenrola aos nossos olhos e pensamento. Progressivamente, sob um hábil uso do som e do silêncio, bem como da câmara, espaço público e privado entrarão em conflito, um invadindo o outro, e a narrativa adensa-se, gritando, sem qualquer ruído, a complexidade das relações, desigualdades sociais, o aprisionamento, a solidão e o desejo, para alguns, de os vencer.
Mais em:
http://www.snpcultura.org/o_som_ao_redor.html

 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

REFLEXÃO/MEDITAÇÃO/ATENÇÃO: Uma conversa com Deus.

O mistério revela-se para lá de qualquer conhecimento, para lá mesmo de qualquer ignorância. Guarda isto para ti: há um momento decisivo em que a experiência crente se constrói necessariamente num intransigente, desconcertante e ardente oximoro, que é a sua figura por excelência: a fé é sede que dessedenta, fome que sacia, vazio que enche de plenitude, escuridão que brilha. Só mãos estendidas e vazias se avizinham ao mistério. (…) Não se esqueçam que todo o coração é uma soleira, uma porta entreaberta. O grande obstáculo não é a fragilidade, mas a rigidez. Não é a vulnerabilidade, mas o seu contrário: o orgulho, a autossuficiência, a autojustificação, o isolamento, a violência, o delírio de poder. «Os homens quando nascem são tenros e frágeis. A morte torna-os duros e rijos. As ervas e as árvores quando nascem são tenras e frágeis. A morte torna-as esquálidas e ressequidas. O duro e o rígido conduzem à morte. O fraco e o flexível conduzem à vida.
Mais em:

domingo, 15 de dezembro de 2013

prá HISTÓRIA: até sempre NELSON MADIBA MANDELA!

África do Sul acordou a chorar morte de Nelson Mandela
O homem que ensinou a perdoar
O mundo de luto. Adeus Madiba
Mandela e o milagre que evitou um banho de sangue
"Luz maior. Gigante da justiça". Reacções à perda de Mandela http://vmais.rr.sapo.pt/default.aspx?fil=599844
Frases que mudaram o mundo
Nelson Mandela, um líder político e moral do nosso tempo
Nelson Madiba Mandela 1918-2013
A força do exemplo de vida, dos superiores valores personalizados em Mandela só pode desaguar em ambientes, à priori impossíveis, como estes:
1. Mandela Graça e Winnie selam adeus a Madiba com simbólico beijo
2. O dia em que EUA e Cuba apertaram a mão por Mandela
Mandela e o mundo impiedoso
Não matem de novo Mandela
Último adeus a Mandela
 
 

PALAVRA de DOMINGO: contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la!

EVANGELHOMt 11,2-11
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
João Baptista ouviu falar, na prisão, das obras de Cristo
e mandou-Lhe dizer pelos discípulos:
«És Tu Aquele que há-de vir ou devemos esperar outro?»
Jesus respondeu-lhes:
«Ide contar a João o que vedes e ouvis:
os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são curados,
os surdos ouvem, os mortos ressuscitam
e a boa nova é anunciada aos pobres.
E bem-aventurado aquele que não encontrar em Mim
motivo de escândalo».
Quando os mensageiros partiram,
Jesus começou a falar de João às multidões:
«Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento?
Então que fostes ver? Um homem vestido com roupas delicadas?
Mas aqueles que usam roupas delicadas
encontram-se nos palácios dos reis.
Que fostes ver então? Um profeta?
Sim – Eu vo-lo digo – e mais que profeta.
É dele que está escrito:
‘Vou enviar à tua frente o meu mensageiro,
para te preparar o caminho’.
Em verdade vos digo:
Entre os filhos de mulher,
não apareceu ninguém maior do que João Baptista.
Mas o menor no reino dos Céus é maior do que ele».
AMBIENTE
Na secção precedente do Evangelho (cf. Mt 4,17-11,1), Mateus apresentou de forma sistemática o anúncio do “Reino”, manifestado nas palavras e nos gestos de Jesus, e difundido pelos seus discípulos… Agora, começa outra secção, em que todo o interesse do evangelista é mostrar as atitudes que as distintas pessoas ou grupos vão assumir diante de Jesus (cf. Mt 11,2-12,50). A narração é retomada com a pergunta dos enviados de João Baptista (que está na prisão, por ordem de Herodes Antipas, a quem o Baptista havia criticado por viver maritalmente com a cunhada – cf. Mt 14,1-5): Jesus é mesmo “o que está para vir”?
A pergunta não é ociosa… João esperava um Messias que viesse lançar fogo à terra, castigar os maus e os pecadores, dar início ao “juízo de Deus” (cf. Mt 3,11-12); e, ao contrário, Jesus aproximou-Se dos pecadores, dos marginais, dos impuros, estendeu-lhes a mão, mostrou-lhes o amor de Deus, ofereceu-lhes a salvação (cf. Mt 8-9). João e os seus discípulos estão, pois, desconcertados: Jesus será o Messias esperado, ou é preciso esperar um outro que venha actuar de uma forma mais decidida, mais lógica e mais justiceira?
Mateus tem um interesse especial pela figura de João Baptista. Para ele, João é o precursor, que veio preparar os homens para acolher Jesus. É provável que, ao fazer esta apresentação, o evangelista se queira dirigir aos discípulos de João que ainda continuavam activos na época em que o Evangelho foi escrito… Mateus pretende clarificar as coisas e “piscar o olho” aos discípulos de João, no sentido de que eles adiram à proposta cristã e entrem na Igreja de Jesus.
MENSAGEM
O nosso texto divide-se em duas partes… Na primeira, Jesus responde à pergunta de João e dá a entender que Ele é o Messias (vers. 2-6); na segunda, temos a apreciação que o próprio Jesus faz da figura e da acção profética de João (vers. 7-11).
Jesus tem consciência de ser o Messias? A resposta é obviamente positiva; para dá-la, Jesus recorre a um conjunto de citações de Isaías que definem, na perspectiva dos profetas, a acção do Messias enviado de Deus: dar vida aos mortos (cf. Is 26,19), curar os surdos (cf. Is 29,18), dar vista aos cegos, dar liberdade de movimentos aos coxos (cf. Is 35,5-6), anunciar a Boa Nova aos pobres (cf. Is 61,1). Ora, se Jesus realizou estas obras (cf. Mt 8-9), é porque Ele é o Messias, enviado por Deus para libertar os homens e para lhes trazer o “Reino”. A sua mensagem e os seus gestos contêm uma proposta libertadora que Deus faz aos homens.
Na segunda parte, temos a declaração de Jesus sobre o Baptista. Mateus utiliza um recurso retórico muito conhecido: uma série de perguntas que convidam os ouvintes a dar uma resposta concreta. A resposta às duas primeiras questões é, evidentemente, negativa: João não é um pregador oportunista cuja mensagem segue as modas, nem um elegante convencido que vive no luxo. A resposta à terceira é positiva: João é um profeta e mais do que um profeta. A declaração, que começa com uma referência à Escritura (cf. Ex 23,20; Mal 3,1) pretende clarificar qual a relação entre ambos e o lugar de João no “Reino”: João é o precursor do Messias; é “Elias”, aquele que tinha de vir antes, a fim de preparar o caminho para o Messias (cf. Mal 3,23-24)… No entanto, aqueles que entraram no “Reino” através do seguimento de Jesus são mais do que Ele.
ACTUALIZAÇÃO
A reflexão deste texto pode partir das seguintes questões:
• O nosso texto identifica Jesus com a presença salvadora e libertadora de Deus no meio dos homens. Neste tempo de espera, somos convidados a aguardar a sua chegada, com a certeza de que Deus não nos abandonou, mas continua a vir ao nosso encontro e a oferecer-nos a salvação.
• Os “sinais” que Jesus realizou enquanto esteve entre nós têm de continuar a acontecer na história; agora, são os discípulos de Jesus que têm de continuar a sua missão e de perpetuar no mundo, em nome de Jesus, a acção libertadora de Deus. Os que vivem amarrados ao desespero de uma doença incurável encontram em nós um sinal vivo do Cristo libertador que lhes traz a salvação? Os “surdos”, fechados num mundo sem comunicação e sem diálogo, encontram em nós a Palavra viva de Deus que os desperta para a comunhão e para o amor? Os “cegos”, encerrados nas trevas do egoísmo ou da violência, encontram em nós o desafio que Deus lhes apresenta de abrir os olhos à luz? Os “coxos”, privados de movimento e de liberdade, escondidos atrás das grades em que a sociedade os encerra, encontram em nós a Boa Nova da liberdade? Os “pobres”, marginalizados, sem voz nem dignidade, sentem em nós o amor de Deus?
• Mais uma vez, somos interpelados e questionados pela figura vertical e coerente de João… Ele não é um pregador da moda, cujas ideias variam conforme as flutuações da opinião pública ou os interesses dos poderosos; nem é um charlatão bem vestido, que prega para ganhar dinheiro, para defender os seus interesses, ou para ter uma vida cómoda e sem grandes exigências… Mas é um profeta, que recebeu de Deus uma missão e que procura cumpri-la, com fidelidade e sem medo. A minha vida e o meu testemunho profético cumprem-se com a mesma verticalidade e honestidade, ou estou disposto e vender-me a interesses menos próprios, se isso me trouxer benefícios?
• A “dúvida” de João acerca da messianidade de Jesus não é chocante, mas é sinal de uma profunda honestidade… Devemos ter mais medo daqueles que têm certezas inamovíveis, que estão absolutamente certos das suas verdades e dos seus dogmas, do que daqueles que procuram, honestamente, as respostas às questões que a vida todos os dias põe. Sou um fundamentalista, que nunca se engana e raramente tem dúvidas, ou alguém que sabe que não tem o monopólio da verdade, que ouve os irmãos, e que procura, com eles, descobrir o caminho verdadeiro?
 
FONTE: http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_ver.asp?liturgiaid=388

É sempre possível recomeçar
Por muito grandes que sejam os nossos limites e a nossa desorientação, não nos é consentido ser fracos e vacilantes diante das dificuldades e das nossas próprias fragilidades. Pelo contrário, somos convidados a robustecer as mãos, a tornar firmes os joelhos, a ter coragem a não temer, porque o nosso Deus mostra-nos sempre a grandeza da sua misericórdia. Ele dá-nos a força para avançar. Ele está sempre connosco para nos ajudar a avançar. É um Deus que nos quer muito bem, que nos ama, e por isso está connosco, para nos ajudar, para nos fortalecer e fazer andar para a frente. Coragem! Sempre para a frente! Graças à sua ajuda, podemos sempre recomeçar do princípio. Como? Recomeçar do princípio? Alguém me pode dizer: «Não, padre, não posso fazer tanto… Sou um grande pecador, uma grande pecadora… Não posso recomeçar do princípio!». É um engano! Tu podes recomeçar do princípio! Porquê? Porque Ele te espera, Ele está próximo de ti, Ele ama-te, Ele é misericordioso, Ele perdoa-te, Ele dá-te força para recomeçar do princípio! A todos!
Mais em:
http://www.snpcultura.org/e_sempre_possivel_recomecar.html