"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























domingo, 30 de junho de 2019

PALAVRA de DOMINGO: Contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la: EUCARISTIA, LITURGIA & VIDA!

Considerando:
1. "Três qualidades essenciais de uma homilia: Positiva, concreta, proféticaAQUI
2. "A Palavra de Deus no quotidiano da vida eclesialAQUI
3. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Para saber mais, clicar AQUI
4. "Os leitores mais atentos poderão confirmar se o Papa Francisco é coerente quando exige qualidade nas homilias como fez na exortação apostólica "A alegria do Evangelho" e a sua prática nas missas que celebra em Santa Marta. Basta ler o livro que reproduz muitas daquelas saborosas homilias feriais" - Pe. Rui Osório in JN de 11/1/2015 - "A verdade é um encontroAQUI
5Pregação «não é um sermão sobre um tema abstrato»: Vaticano apresenta diretório sobre homilias. Para saber mais clicar, AQUI
6Diretório homilético: Para falar de fé e beleza mesmo quando não se é «grande orador». Ver AQUI
7Papa mais,  pede aos padres para falarem ao «coração» e não fazerem «homilias demasiado intelectuais». Par saber mais, clicar AQUI.
8Porquê ir à missa ao domingo? Ler AQUI.
9. O que é que se faz para que a Eucaristia dominical seja algo de vital, de verdadeiramente comunitário, capaz de permitir o reconhecimento recíproco e uma autêntica fraternidade para quantos nela participam? Ler&saber AQUI.
108 conselhos dos santos para amar a Eucaristia AQUI.  

Então:
Tema do 13º Domingo do Tempo Comum - Ano C

A liturgia de hoje sugere que Deus conta connosco para intervir no mundo, para transformar e salvar o mundo; e convida-nos a responder a esse chamamento com disponibilidade e com radicalidade, no dom total de nós mesmos às exigências do "Reino".

A primeira leitura apresenta-nos um Deus que, para actuar no mundo e na história, pede a ajuda dos homens; Eliseu (discípulo de Elias) é o homem que escuta o chamamento de Deus, corta radicalmente com o passado e parte generosamente ao encontro dos projectos que Deus tem para ele.
O Evangelho apresenta o "caminho do discípulo" como um caminho de exigência, de radicalidade, de entrega total e irrevogável ao "Reino". Sugere, também, que esse "caminho" deve ser percorrido no amor e na entrega, mas sem fanatismos nem fundamentalismos, no respeito absoluto pelas opções dos outros.
A segunda leitura diz ao "discípulo" que o caminho do amor, da entrega, do dom da vida, é um caminho de libertação. Responder ao chamamento de Cristo, identificar-se com Ele e aceitar dar-se por amor, é nascer para a vida nova da liberdade.
EVANGELHO - Lc 9,51-62
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Aproximando-se os dias de Jesus ser levado deste mundo,
Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém
e mandou mensageiros à sua frente.
Estes puseram-se a caminho
e entraram numa povoação de samaritanos,
a fim de Lhe prepararem hospedagem.
Mas aquela gente não O quis receber,
porque ia a caminho de Jerusalém.
Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram a Jesus:
«Senhor,
queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?»
Mas Jesus voltou-Se e repreendeu-os.
E seguiram para outra povoação.
Pelo caminho, alguém disse a Jesus:
«Seguir-Te-ei para onde quer que fores».
Jesus respondeu-lhe:
«As raposas têm as suas tocas
e as aves do céu os seus ninhos;
mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça».
Depois disse a outro: «Segue-Me».
Ele respondeu:
«Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai».
Disse-lhe Jesus:
«Deixa que os mortos sepultem os seus mortos;
tu, vai anunciar o reino de Deus».
Disse-Lhe ainda outro:
«Seguir-Te-ei, Senhor;
mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família».
Jesus respondeu-lhe:
«Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás
não serve para o reino de Deus».

AMBIENTE
Aqui começa, precisamente, a segunda parte do Evangelho segundo Lucas. Até agora, Lucas situou Jesus na Galileia (1ª parte); mas, a partir de 9,51, Lucas põe Jesus a caminhar decididamente para Jerusalém. A "caminhada" que Jesus aqui inicia com os discípulos é mais teológica do que geográfica: não se trata tanto de fazer um diário da viagem ou de fazer a lista dos lugares por onde Jesus vai passar até chegar a Jerusalém; trata-se, sobretudo, de apresentar um itinerário espiritual, ao longo do qual Jesus vai mostrando aos discípulos os valores do "Reino" e os vai presenteando com a plenitude da revelação de Deus. Todo este percurso que aqui se inicia converge para a cruz: ela vai trazer a revelação suprema que Jesus quer apresentar aos discípulos e nela vai irromper a salvação definitiva. Os discípulos são exortados a seguir este "caminho", para se identificarem plenamente com Jesus... Lucas propõe aqui à sua comunidade o itinerário que os autênticos crentes devem percorrer.
MENSAGEM
Lucas começa por apresentar as "exigências" do "caminho". O nosso texto apresenta, nitidamente, duas partes, dois desenvolvimentos.
Na primeira parte (vers. 51-56), o cenário de fundo situa-nos no contexto da hostilidade entre judeus e samaritanos. Trata-se de um dado histórico: a dificuldade de convivência entre os dois grupos era tradicional; os peregrinos que iam a Jerusalém para as grandes festas de Israel procuravam evitar a passagem pela Samaria, utilizando preferencialmente o "caminho do mar" (junto da orla costeira), ou o caminho que percorria o vale do rio Jordão, a fim de evitar "maus encontros".
A primeira lição de Jesus ao longo desta "caminhada" vai para a atitude que os discípulos devem assumir face ao "ódio" do mundo. Que fazer quando o mundo tem uma atitude de rejeição face à proposta de Jesus? Tiago e João pretendem uma resposta agressiva, "musculada", que retribua na mesma moeda, face à hostilidade manifestada pelos samaritanos (a referência ao "fogo do céu" leva-nos ao castigo que Elias infligiu aos seus adversários - cf. 2 Re 1,10-12); mas Jesus avisa-os que o seu "caminho" não passa nem passará nunca pela imposição da força, pela resposta violenta, pela prepotência (no seu horizonte próximo continua a estar apenas a cruz e a entrega da vida por amor: é no dom da vida e não na prepotência e na morte que se realizará a sua missão). Isto é algo que os discípulos nunca devem esquecer, se estão interessados em percorrer o "caminho" de Jesus.
Na segunda parte (vers. 57-62), Lucas apresenta - através do diálogo entre Jesus e três candidatos a discípulos - algumas das condições para percorrer, com Jesus, esse "caminho" que leva a Jerusalém, isto é, que leva ao acontecer pleno da salvação. Que condições são essas?
O primeiro diálogo sugere que o discípulo deve despojar-se totalmente das preocupações materiais: para o discípulo, o Reino tem de ser infinitamente mais importante do que as comodidades e o bem-estar material.
O segundo diálogo sugere que o discípulo deve despegar-se desses deveres e obrigações que, apesar da sua relativa importância (o dever de sepultar os pais é um dever fundamental no judaísmo), impedem uma resposta imediata e radical ao Reino.
O terceiro diálogo sugere que o discípulo deve despegar-se de tudo (até da própria família, se for necessário), para fazer do Reino a sua prioridade fundamental: nada - nem a própria família - deve adiar e demorar o compromisso com o Reino.
Não podemos ver estas exigências como normativas: noutras circunstâncias, Ele mandou cuidar dos pais (cf. Mt 15,3-9); e os discípulos - nomeadamente Pedro - fizeram-se acompanhar das esposas durante as viagens missionárias (cf. 1 Cor 9,5)... O que estes ensinamentos pretendem dizer é que o discípulo é convidado a eliminar da sua vida tudo aquilo que possa ser um obstáculo no seu testemunho quotidiano do Reino.

ACTUALIZAÇÃO
Na reflexão, considerar os seguintes elementos:
¨ A nós, discípulos de Jesus, é proposto que O sigamos no "caminho" de Jerusalém, nesse "caminho" que conduz à salvação e à vida plena. Trata-se de um "caminho" que implica a renúncia a nós mesmos, aos nossos interesses, ao nosso orgulho, e um compromisso com a cruz, com a entrega da vida, com o dom de nós próprios, com o amor até às últimas consequências. Aceitamos ser discípulos, isto é, embarcar com Jesus no "caminho de Jerusalém"?
¨ Jesus recusa, liminarmente, responder à oposição e à hostilidade do mundo com qualquer atitude de violência, de agressividade, de vingança. No entanto, a Igreja de Jesus, na sua caminhada histórica, tem trilhado caminhos de violência, de fanatismo, de intolerância (as cruzadas, as conversões à força, os julgamentos da "santa" Inquisição, as exigências que criam em tantas consciências escravidão e sofrimento...). Diante disto, resta-nos reconhecer que, infelizmente, nem sempre vivemos na fidelidade aos caminhos de Jesus e pedir desculpa aos nossos irmãos pela nossa falta de amor. É preciso, também, continuar a anunciar o Evangelho com fidelidade, com firmeza e com coragem, mas no respeito absoluto por aqueles que querem seguir outros caminhos e fazer outras opções.
¨ O "caminho do discípulo" é um caminho exigente, que implica um dom total ao "Reino". Quem quiser seguir Jesus, não pode deter-se a pensar nas vantagens ou desvantagens materiais que isso lhe traz, nem nos interesses que deixou para trás, nem nas pessoas a quem tem de dizer adeus... O que é que, na nossa vida quotidiana, ainda nos impede de concretizar um compromisso total com o "Reino" e com esse caminho do dom da vida e do amor total?


e/ou no vídeo AQUI.
«Segue-Me» 
O Salvador precedeu-nos no caminho da pobreza. Todos os bens do Céu e da Terra Lhe pertenciam. Não constituíam perigo para Ele: podia usá-los mantendo o seu coração inteiramente livre. Mas Ele sabia que era impossível um ser humano possuir bens sem se subordinar a eles e se tornar seu escravo. Por isso, abandonou tudo, mostrando--nos com o seu exemplo, mais do que com palavras, que só possui tudo aquele que nada possui. 
 O nascimento num estábulo e a fuga para o Egito mostravam já que o Filho do homem não haveria de ter onde repousar a cabeça. Quem quiser segui-l'O deve portanto saber que não temos aqui em baixo morada permanente. Quanto mais vivamente tomarmos consciência disto, mais ardentemente tenderemos para a nossa morada futura e exultaremos com o pensamento de que temos direito de cidadania no Céu.
Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942)
carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
Meditação para a festa da Exaltação da Cruz

sábado, 29 de junho de 2019

inPRENSA semanal: a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão. 


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“Petróleo branco” debaixo de Reserva Natural cria problema ao Governo. “É declaração de morte”
Revelados os segredos do quadro “Os Girassóis” de Van Gogh
Se caíres, levanta-te logo: a determinação está na mente e não no punho
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e
e
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CUIDADO COM OS NÚMEROS COMEÇADOS POR 707
E aplicar uma taxa à demagogia?
Telma e as ginastas fazem Portugal subir ao pódio três vezes no primeiro dia
Casa do Cinema Manoel de Oliveira "faz justiça" ao cineasta, ao cinema e ao Porto
Mundo em vias de enfrentar um “apartheid climático”, avisa responsável da ONU
Afinal, o plástico que “reciclamos” é terrível para o ambiente
Vários enjoos “anormais” a bordo dos novos aviões da TAP
 S&P: Governos vão impedir que a Libra seja uma alternativa ao dinheiro
"Vou trabalhar como sempre". Cristina volta à corticeira que a despediu duas vezes
Cientista revela por que os mosquitos só picam algumas pessoas
Mapa perdido não permite que a CGD recupere 18 milhões de euros
Militar na comitiva de Bolsonaro preso com 39 kg de cocaína em Sevilha
Está a nascer uma "aldeia para Deus" no Nordeste Transmontano
Livre propõe que Parlamento atribua Prémio de Direitos Humanos a Miguel Duarte
Relatório internacional: Portugal volta a fazer má figura na prevenção da corrupção
Os 0,4% não são um milagre, são a vida das pessoas
11 medalhas. Esta já é a melhor participação de Portugal nos Jogos Europeus
Rui Pinto terá pirateado também o Estado português
Dezenas de igrejas alemãs atacadas e incendiadas em dois meses
Tribunal arresta apartamentos a Berardo avaliados em quatro milhões
Estudo. Dívida portuguesa levanta “questões de sustentabilidade”
O Estado está “capturado” por redes de corrupção e compadrio, diz Marques Vidal
Colégios GPS. Um milhão de euros em ouro escondido em banheira de hidromassagem
A Internet está a mudar (literalmente) o nosso cérebro
"Rui Pinto pode ser um delinquente, mas os grandes criminosos estão aí à solta"
Refugiados: alemã de 31 anos torna-se símbolo do antipopulismo

quinta-feira, 27 de junho de 2019

EDUCAÇÃO&FORMAÇÃO: «Obsessão por uma educação para o sucesso» vai conduzir-nos a uma «república de bárbaros»

Hoje fala-se mais de Sophia de Mello Breyner, por ocasião dos 100 anos do seu nascimento, e de Natália Correia, evocada numa série televisiva recente. «Mas, e Fiamma Hasse Pais Brandão? E Luiza Neto Jorge? E Irene Lisboa?» E Sylvia Plath, Susan Sontag, Leonor Xavier, Clarice Lispector, Maria Teresa Horta? «Ficávamos sempre em boa companhia, em vez de obrigarmos as nossas crianças e adolescentes a estudar complementos oblíquos, modificadores verbais, e outros absurdos que secam completamente a alma humana.» «Como é que podemos querer formar um país que faça sentido, se estamos a negar às nossas crianças e adolescentes o acesso à cultura letrada, à cultura literária, ao património literário que lhes pertence?». Para saber mais clicar AQUI.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

CINEMA&FILME: Franco Zeffirelli aproximou os jovens de Francisco e da fé

Com “Irmão sol, irmã lua”, Zeffirelli dá uma dimensão universal à mensagem franciscana através do sábio uso da fotografia: segundo alguns, traiu a essencialidade indizível, mas só praticável, da mensagem do santo de Assis; para outros, conseguiu tornar fruível a todos, também graças à banda sonora, e criando uma verdadeiro ícone universal (música, fé, natureza, beleza da simplicidade), que aproximou muitos, sobretudo jovens, da fé. Em “Jesus de Nazaré” o cineasta quis propor uma resposta, não necessariamente polémica, ao já celebrado “Evangelho segundo Mateus”, de Pier Paolo Pasolini. Para saber mais clicar AQUI. E AQUI os melhores filmes de Franco Zeffirelli.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

VERÃO, FÉRIAS & LAZER: O descanso começa por dentro

O verão está a chegar. Para muitos é tempo de férias. Mas descansar é muito mais do que uma ocupação que se põe na agenda. É uma atitude. Um estilo. Uma arte. Para saber mais clicar AQUIAQUI e AQUI.


domingo, 23 de junho de 2019

PALAVRA de DOMINGO: Contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la: EUCARISTIA, LITURGIA & VIDA!

Considerando:
1. "Três qualidades essenciais de uma homilia: Positiva, concreta, proféticaAQUI
2. "A Palavra de Deus no quotidiano da vida eclesialAQUI
3. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Para saber mais, clicar AQUI
4. "Os leitores mais atentos poderão confirmar se o Papa Francisco é coerente quando exige qualidade nas homilias como fez na exortação apostólica "A alegria do Evangelho" e a sua prática nas missas que celebra em Santa Marta. Basta ler o livro que reproduz muitas daquelas saborosas homilias feriais" - Pe. Rui Osório in JN de 11/1/2015 - "A verdade é um encontroAQUI
5Pregação «não é um sermão sobre um tema abstrato»: Vaticano apresenta diretório sobre homilias. Para saber mais clicar, AQUI
6Diretório homilético: Para falar de fé e beleza mesmo quando não se é «grande orador». Ver AQUI
7Papa mais,  pede aos padres para falarem ao «coração» e não fazerem «homilias demasiado intelectuais». Par saber mais, clicar AQUI.
8Porquê ir à missa ao domingo? Ler AQUI.
9. O que é que se faz para que a Eucaristia dominical seja algo de vital, de verdadeiramente comunitário, capaz de permitir o reconhecimento recíproco e uma autêntica fraternidade para quantos nela participam? Ler&saber AQUI.
10. 8 conselhos dos santos para amar a Eucaristia AQUI.

Então:
Tema do 12º Domingo do Tempo Comum - Ano C
A liturgia deste domingo coloca no centro da nossa reflexão a figura de Jesus: quem é Ele e qual o impacto que a sua proposta de vida tem em nós? A Palavra de Deus que nos é proposta impele-nos a descobrir em Jesus o “messias” de Deus, que realiza a libertação dos homens através do amor e do dom da vida; e convida cada “cristão” à identificação com Cristo – isto é, a “tomar a cruz”, a fazer da própria vida um dom generoso aos outros.
O Evangelho confronta-nos com a pergunta de Jesus: “e vós, quem dizeis que Eu sou?” Paralelamente, apresenta o caminho messiânico de Jesus, não como um caminho de glória e de triunfos humanos, mas como um caminho de amor e de cruz. “Conhecer Jesus” é aderir a Ele e segui-l’O nesse caminho de entrega, de doação, de amor total.
A primeira leitura apresenta-nos um misterioso profeta “trespassado”, cuja entrega trouxe conversão e purificação para os seus concidadãos. Revela, pois, que o caminho da entrega não é um caminho de fracasso, mas um caminho que gera vida nova para nós e para os outros. João, o autor do Quarto Evangelho, identificará essa misteriosa figura profética com o próprio Cristo.
A segunda leitura reforça a mensagem geral da liturgia deste domingo, insistindo que o cristão deve “revestir-se” de Jesus, renunciar ao egoísmo e ao orgulho e percorrer o caminho do amor e do dom da vida. Esse caminho faz dos crentes uma única família de irmãos, iguais em dignidade e herdeiros da vida em plenitude.
EVANGELHOLc 9,18-24
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Um dia, Jesus orava sozinho,
estando com Ele apenas os discípulos.
Então perguntou-lhes:
«Quem dizem as multidões que Eu sou?»
Eles responderam:
«Uns, João Baptista; outros, que és Elias;
e outros, que és um dos antigos
profetas que ressuscitou».
Disse-lhes Jesus:
«E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Pedro tomou a palavra e respondeu:
«És o Messias de Deus».
Ele, porém, proibiu-lhes severamente
de o dizerem fosse a quem fosse
e acrescentou:
«O Filho do homem tem de sofrer muito,
ser rejeitado pelos anciãos,
pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas;
tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia».
Depois, dirigindo-Se a todos, disse:
«Se alguém quiser vir comigo,
renuncie a si mesmo,
tome a sua cruz todos os dias e siga-Me.
Pois quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la;
mas quem perder a sua vida por minha causa,

salvá-la-á».

AMBIENTE
Estamos na fase final da etapa da Galileia. Jesus passou algum tempo a apresentar o seu programa e a levar a Boa Nova aos pobres, aos marginalizados, aos oprimidos (cf. Lc 4,16-21). À volta d’Ele, foi-se formando um grupo de “testemunhas”, que apreciaram a sua actuação e que se juntaram a esse sonho de criar um mundo novo, de justiça, de liberdade e de paz para todos. Agora, antes de começar a etapa decisiva da sua caminhada nesta terra (o “caminho” para Jerusalém, onde Jesus vai concretizar a sua entrega de amor), os discípulos são convidados a tirar as suas conclusões acerca do que viram, ouviram e testemunharam. Quem é este Jesus, que se prepara para cumprir a etapa final de uma vida de entrega, de dom, de amor partilhado? E os discípulos estarão dispostos a seguir esse mesmo caminho de doação e de entrega da vida ao “Reino”?
MENSAGEM
A cena de hoje começa com a indicação da oração de Jesus (vers. 18). É um dado típico de Lucas que põe sempre Jesus a rezar antes de um momento fundamental (cf. Lc 5,16; 6,12; 9,28-29; 10,21; 11,1; 22,32.40-46; 23,34). A oração é o lugar do reencontro de Jesus com o Pai; depois de rezar, Jesus tem sempre uma mensagem importante – uma mensagem que vem do Pai – para comunicar aos discípulos. A questão importante que, no contexto do episódio de hoje, Jesus tem a comunicar, tem a ver com a questão: “quem é Jesus?”
A época de Jesus foi uma época de crise profunda para o Povo de Deus; foi, portanto, uma época em que o sofrimento gerou uma enorme expectativa messiânica. Asfixiado pela dor que a opressão trazia, o Povo de Deus sonhava com a chegada desse libertador anunciado pelos profetas – um grande chefe militar que, com a força das armas, iria restaurar o império de seu pai David e obrigar os romanos opressores a levantar o jugo de servidão que pesava sobre a nação. Na época apareceram, aliás, várias figuras que se assumiram como “enviados de Deus”, criaram à sua volta um clima de ebulição, arrastaram atrás de si grupos de discípulos exaltados e acabaram, invariavelmente, chacinados pelas tropas romanas. Jesus é também um destes demagogos, em quem o Povo vê cristalizada a sua ânsia de libertação?
Aparentemente, Jesus não é considerado pelas multidões “o messias”: o Povo identifica-o, preferentemente, com Elias, o profeta que as lendas judaicas consideravam estar junto de Deus, reservado para o anúncio do grande momento da libertação do Povo de Deus (vers. 19); talvez a sua postura e a sua mensagem não correspondessem àquilo que se esperava de um rei forte e vencedor.
Os discípulos, no entanto, companheiros de “caminho” de Jesus, deviam ter uma perspectiva mais elaborada e amadurecida. De facto, é isso que acontece; por isso, Pedro não tem dúvidas em afirmar: “Tu és o messias de Deus” (vers. 20). Pedro representa aqui a comunidade dos discípulos – essa comunidade que acompanhou Jesus, testemunhou os seus gestos e descobriu a sua ligação com Deus. Dizer que Jesus é o “messias” significa reconhecer nele esse “enviado” de Deus, da linha davídica, que havia de traduzir em realidade essas esperanças de libertação que enchiam o coração de todos.
Jesus não discorda da afirmação de Pedro. Ele sabe, no entanto, que os discípulos sonhavam com um “messias” político, poderoso e vitorioso e apressa-se a desfazer possíveis equívocos e a esclarecer as coisas: Ele é o enviado de Deus para libertar os homens; no entanto, não vai realizar essa libertação pelo poder das armas, mas pelo amor e pelo dom da vida (vers. 22). No seu horizonte próximo não está um trono, mas a cruz: é aí, na entrega da vida por amor, que Ele realizará as antigas promessas de salvação feitas por Deus ao seu Povo.
A última parte do texto (vers. 23-24) contém palavras destinadas aos discípulos: aos de ontem, de hoje e de amanhã. Todos são convidados a seguir Jesus, isto é, a tomar – como Ele – a cruz do amor e da entrega, a derrubar os muros do egoísmo e do orgulho, a renunciar a si mesmo e a fazer da vida um dom. Isto não deve acontecer em circunstâncias excepcionais, mas na vida quotidiana (“tome a sua cruz todos os dias”). Desta forma fica definida a existência cristã.

ACTUALIZAÇÃO
Para a reflexão, considerar os seguintes elementos:
¨ O Evangelho de hoje define a existência cristã como um “tomar a cruz” do amor, da doação, da entrega aos irmãos. Supõe uma existência vivida na simplicidade, no serviço humilde, na generosidade, no esquecimento de si para se fazer dom aos outros. É esse o “caminho” que eu procuro percorrer?
¨ Na sociedade em geral e na Igreja em particular, encontramos muitos cristãos para quem o prestígio, as honras, os postos elevados, os tronos, os títulos são uma espécie de droga de que não prescindem e a que não podem fugir. Frequentemente, servem-se dos carismas e usam as tarefas que lhe são confiadas para se auto-promover, gerando conflitos, rivalidades, ciúmes e mal-estar. À luz do “tomar a cruz e seguir Jesus”, que sentido é que isto fará? Como podemos, pessoal e comunitariamente, lidar com estas situações? Podemos tolerá-las – em nós ou nos outros? Como é possível usar bem os talentos que nos são confiados, sem nos deixarmos tentar pelo prestígio, pelo poder, pelas honras? Tem alguma importância, à luz do que Jesus aqui ensina, que a Igreja apareça em lugar proeminente nos acontecimentos sociais e mundanos e que exija tratamentos de privilégio?
¨ Quem é Jesus, para nós? É alguém que conhecemos das fórmulas do catecismo ou dos livros de teologia, sobre quem sabemos dizer coisas que aprendemos nos livros? Ou é alguém que está no centro da nossa existência, cujo “caminho” tem um real impacto no nosso dia a dia, cuja vida circula em nós e nos transforma, com quem dialogamos, com quem nos identificamos e a quem amamos?
¨ É na oração que eu procuro perceber a vontade de Deus e encontrar o caminho do amor e do dom da vida? Nos momentos das decisões importantes da minha vida, sinto a necessidade de dialogar com Deus e de escutar o que Ele tem para me dizer?


e/ou em vídeo AQUI.

«Tome a sua cruz todos os dias e siga-Me»
O peso da cruz que Cristo carregou é o peso da decadência humana, com o seu cortejo dos pecados e sofrimentos que atingem a humanidade. O sentido do caminho da cruz é libertar o mundo desse fardo. […] Sendo a nossa felicidade a união com Cristo e sendo a progressão em direção a essa união a nossa bênção nesta Terra, o amor à cruz não entra de modo nenhum em contradição com a alegria de ser filho de Deus. Ajudar Cristo a levar a cruz proporciona uma alegria pura e profunda. Aqueles a quem é dada essa possibilidade e essa força — os construtores do Reino de Deus — são mais autenticamente filhos de Deus. 
 A predileção pelo caminho da cruz também não significa ter pena por ver passada a Sexta-feira Santa e concluída a obra de redenção; pois só os seres que foram salvos, os filhos da graça, podem carregar a cruz de Cristo. Só a sua união ao divino Mestre confere ao sofrimento humano uma força penitencial. […
Permanecer de pé e avançar pelos sendeiros rudes e lamacentos desta Terra, estando com Cristo à direita do Pai; rir e chorar com os filhos do mundo e cantar sem cessar os louvores do Senhor com o coro dos anjos — tal é a vida do cristão, até que nasça a manhã da eternidade.
Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942
carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
«O amor à cruz», meditação de 24/11/1934

                                                                                                                                                                                                                                                                                           

sábado, 22 de junho de 2019

inPRENSA semanal: a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão.   


Dívida externa angolana financiou “enriquecimento ilícito de uma elite”
Encontrada a primeira carta que relatava o regresso de Cristóvão Colombo depois de descobrir a América
Troféus feitos de crânios podem explicar o fim da civilização Maia
 Há cada vez mais israelitas a viver no interior de Portugal
Lava Jato: uma justiça militante, promíscua e frágil
Dúvidas no inquérito à CGD porque Vara não sabe quem nasceu primeiro: se o ovo ou a galinha
Operação Rota Final. Maioria das câmaras alvo de buscas são do PSD
A batalha do PIB
Dorothy Day. A história de conversão da mulher que quis resolver “os problemas da pessoa que está ao lado”
42 anos depois, bispo do Funchal revoga suspensão do padre Martins Júnior
Contradições italianas
A culpa mudou Pedrógão
Marcelo responde a críticas de Mário Nogueira. "Há coisas que são incompreensíveis na vida"
Ex-gestores da Caixa dizem que Constâncio tinha margem para actuar no caso Berardo
Cabral dos Santos apresenta carta a desmentir Berardo sobre créditos na CGD
17 de junho: Dois anos depois do “holocausto” que assolou Portugal
Piscinas, viadutos, cemitérios. Estado gastou milhões em obras inúteis
Maior manifestação de sempre em Hong Kong. Governo pede desculpa
Novo laser ataca e mata células cancerígenas da corrente sanguínea em tempo real
Os humanos podem ter sido destinados a reinar sobre a Terra (e já sabemos porquê)
Constâncio regressa esta terça-feira à comissão de inquérito sobre a Caixa. Para quê?
Tanto sábio para ser Bolsonaro
Constâncio esteve presente na reunião que formalizou não oposição a Berardo
Michel Platini detido por corrupção em França
A propósito da polémica das beatas
Constâncio: Reunião com Berardo foi “bizarra e divertida”
Em direto: Constâncio sobre reunião com Berardo: “Vou analisar essas mentiras”
Berardo mostra-se incrédulo com falta de memória de Constâncio
Nova moeda virtual. Facebook garante ao Expresso que “não vai partilhar dados financeiros dos clientes” com a rede social  Facebook Twitter E-Mail
Juros da dívida em mínimos. Será que Portugal também vai ter taxas negativas a 10 anos?
Miguel Duarte e o nosso muro
Descoberta bactéria que pode ajudar a criar uma vacina para o stress. Estava escondida na terra
É um remédio natural: passar duas horas por semana ao ar livre faz bem
As razões de Teixeira dos Santos – e aquilo que nunca soube
Economia-chefe da OCDE: "É melhor subir investimento público do que cortar impostos" em Portugal
Papa presenteado com “Missa de Santo António”, do maestro Vitorino d’Almeida
Boris, o Trump britânico?
Para que serve a União?
O estranho caso das sapatilhas Nike que estão a dar à costa nos Açores
O dilema que faz de nós cristãos
General preso em casa por alegadamente esconder segredos de José Eduardo dos Santos
A monogamia foi inventada pelas mulheres (e o casamento, pelos homens)
Crânio ganha novo osso devido ao uso de telemóveis? Especialistas desconfiam
Live. Como não se deixar apanhar pelas armadilhas dos supermercados