"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























quarta-feira, 30 de abril de 2014

CINEMA: Os 1001 filmes que deve ver antes de morrer

O cineasta Jonathan Keogh passou um ano da sua vida a selecionar os 1001 filmes que todas as pessoas deveriam ver antes de morrer. As escolhas foram compiladas num vídeo com dez minutos e há gostos para tudo.
Ler mais em:
http://www.noticiasaominuto.com/cultura/190760/os-1001-filmes-que-deve-ver-antes-de-morrer?utm_source=vision&utm_medium=email&utm_campaign=daily#/615/0

terça-feira, 29 de abril de 2014

POLÍTICA/ECONOMIA/FINANÇAS: a verdadeira e a falsa dívida externa.

" Um discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de ascendência indígena, sobre o pagamento da dívida externa do seu país, o México, embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade Europeia.
A Conferência dos Chefes de Estado da União Europeia, Mercosul e Caribe, em Madrid, viveu um momento revelador e surpreendente: os Chefes de Estado europeus ouviram perplexos e calados um discurso irónico, cáustico e historicamente exacto.

Eis o discurso :
"Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" há 500... O irmão europeu da alfândega pediu-me um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmão financeiro europeu pede ao meu país o pagamento, com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse. Outro irmão europeu explica-me que toda a dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros, sem lhes pedir consentimento. Eu também posso reclamar pagamento e juros.
Consta no "Arquivo da Companhia das Índias Ocidentais" que, somente entre os anos de 1503 a 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.

Teria aquilo sido um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento!

Teria sido espoliação? Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão.

Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a actual civilização europeia se devem à inundação dos metais preciosos tirados das Américas.

Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas uma indemnização por perdas e danos.

Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva

Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano "MARSHALL MONTEZUMA", para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra e de outras conquistas da civilização.
Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar: Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos?

Não. No aspecto estratégico, delapidaram-nos nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias outras formas de extermínio mútuo.
No aspecto financeiro, foram incapazes - depois de uma moratória de 500 anos - tanto de amortizar capital e juros, como de se tornarem independentes das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo.

Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar, o que nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos para cobrar. Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo.

Limitar-nos-emos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, concedendo-lhes 200 anos de bónus. Feitas as contas a partir desta base e aplicando a fórmula europeia de juros compostos, concluimos, e disso informamos os nossos descobridores, que nos devem não os 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, mas aqueles valores elevados à potência de 300, número para cuja expressão total será necessário expandir o planeta Terra.

Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue?
Admitir que a Europa, em meio milénio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para estes módicos juros, seria admitir o seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas.

Tais questões metafísicas, desde já, não nos inquietam a nós, índios da América. Porém, exigimos a assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente na obrigação do pagamento da dívida, sob pena de privatização ou conversão da Europa, de forma tal, que seja possível um processo de entrega de terras, como primeira prestação de dívida histórica..."
 
Quando terminou seu discurso diante dos chefes de Estado da Comunidade Europeia, Guaicaípuro Guatemoc não sabia que estava expondo uma tese de Direito Internacional.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

BD: Hulk é de verdade católico?

Bastará um rosário apertado numa mão para definir católica uma pessoa? É, seguramente, suficiente para qualificar o credo religioso de um super-herói de banda desenhada como Hulk, conforme o parecer qualificado do primeiro sítio americano especializado no tema. Mas este não é o único indício do personagem em questão: Bruce Banner, o incrível homem verde, casou-se com a amada Betty Ross numa igreja e o rito foi oficiado por um sacerdote católico. E ainda outros sinais disseminados entre as centenas de tiras a ele dedicadas revelam inequivocamente a sua fé. No final desta viagem, interessante e sumária, cabe perguntar se tudo isto tem valor. Seguramente também o mundo de hoje parece ter necessidade de heróis positivos, impávidos e justos, que na eterna luta entre o bem e o mal sabem sempre escolher de que parte estar. E se por detrás desta escolha estão, de forma mais ou menos explícita, motivações religiosas, tanto melhor, visto que não raramente a religião é usada para justificar injustiças e violências.
Ler mais em:

domingo, 27 de abril de 2014

PALAVRA de DOMINGO: contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la!

EVANGELHO – Jo 20,19-31
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana,
estando fechadas as portas da casa
onde os discípulos se encontravam,
com medo dos judeus,
veio Jesus, colocou Se no meio deles e disse lhes:
«A paz esteja convosco».
Dito isto, mostrou lhes as mãos e o lado.
Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor.
Jesus disse lhes de novo:
«A paz esteja convosco.
Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós».
Dito isto, soprou sobre eles e disse lhes:
«Recebei o Espírito Santo:
àqueles a quem perdoardes os pecados ser lhes ão perdoados;
e àqueles a quem os retiverdes serão retidos».
Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo,
não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram lhe os outros discípulos:
«Vimos o Senhor».
Mas ele respondeu lhes:
«Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos,
se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado,
não acreditarei».
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa
e Tomé com eles.
Veio Jesus, estando as portas fechadas,
apresentou Se no meio deles e disse:
«A paz esteja convosco».
Depois disse a Tomé:
«Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
aproxima a tua mão e mete a no meu lado;
e não sejas incrédulo, mas crente».
Tomé respondeu Lhe:
«Meu Senhor e meu Deus!»
Disse lhe Jesus:
«Porque Me viste acreditaste:
felizes os que acreditam sem terem visto».
Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos,
que não estão escritos neste livro.
Estes, porém, foram escritos
para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus,
e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.

AMBIENTE
Continuamos na segunda parte do Quarto Evangelho, onde nos é apresentada a comunidade da Nova Aliança. A indicação de que estamos no “primeiro dia da semana” faz, outra vez, referência ao tempo novo, a esse tempo que se segue à morte/ressurreição de Jesus, ao tempo da nova criação.
A comunidade criada a partir da acção de Jesus está reunida no cenáculo, em Jerusalém. Está desamparada e insegura, cercada por um ambiente hostil. O medo vem do facto de não terem ainda feito a experiência de Cristo ressuscitado.

MENSAGEM
O texto que nos é proposto divide-se em duas partes bem distintas.
Na primeira parte (vers. 19-23), descreve-se uma “aparição” de Jesus aos discípulos. Depois de sugerir a situação de insegurança e de fragilidade em que a comunidade estava (o “anoitecer”, as “portas fechadas”, o “medo”), o autor deste texto apresenta Jesus “no centro” da comunidade (vers. 19b). Ao aparecer “no meio deles”, Jesus assume-se como ponto de referência, factor de unidade, videira à volta da qual se enxertam os ramos. A comunidade está reunida à volta d’Ele, pois Ele é o centro onde todos vão beber essa vida que lhes permite vencer o “medo” e a hostilidade do mundo.
A esta comunidade fechada, com medo, mergulhada nas trevas de um mundo hostil, Jesus transmite duplamente a paz (vers. 19 e 21: é o “shalom” hebraico, no sentido de harmonia, serenidade, tranquilidade, confiança, vida plena). Assegura-se, assim, aos discípulos que Jesus venceu aquilo que os assustava (a morte, a opressão, a hostilidade do mundo); e que, doravante, os discípulos não têm qualquer razão para ter medo.
Depois (vers. 20a), Jesus revela a sua “identidade”: nas mãos e no lado trespassado, estão os sinais do seu amor e da sua entrega. É nesses sinais de amor e de doação que a comunidade reconhece Jesus vivo e presente no seu meio. A permanência desses “sinais” indica a permanência do amor de Jesus: Ele será sempre o Messias que ama e do qual brotarão a água e o sangue que constituem e alimentam a comunidade.
Em seguida (vers. 22), Jesus “soprou” sobre os discípulos reunidos à sua volta. O verbo aqui utilizado é o mesmo do texto grego de Gn 2,7 (quando se diz que Deus soprou sobre o homem de argila, infundindo-lhe a vida de Deus). Com o “sopro” de Gn 2,7, o homem tornou-se um ser vivente; com este “sopro”, Jesus transmite aos discípulos a vida nova que fará deles homens novos. Agora, os discípulos possuem o Espírito, a vida de Deus, para poderem – como Jesus – dar-se generosamente aos outros. É este Espírito que constitui e anima a comunidade de Jesus.
Na segunda parte (vers. 24-29), apresenta-se uma catequese sobre a fé. Como é que se chega à fé em Cristo ressuscitado?
João responde: podemos fazer a experiência da fé em Cristo vivo e ressuscitado na comunidade dos crentes, que é o lugar natural onde se manifesta e irradia o amor de Jesus. Tomé representa aqueles que vivem fechados em si próprios (está fora) e que não faz caso do testemunho da comunidade, nem percebe os sinais de vida nova que nela se manifestam. Em lugar de se integrar e participar da mesma experiência, pretende obter (apenas para si próprio) uma demonstração particular de Deus.
Tomé acaba, no entanto, por fazer a experiência de Cristo vivo no interior da comunidade. Porquê? Porque no “dia do Senhor” volta a estar com a sua comunidade. É uma alusão clara ao Domingo, ao dia em que a comunidade é convocada para celebrar a Eucaristia: é no encontro com o amor fraterno, com o perdão dos irmãos, com a Palavra proclamada, com o pão de Jesus partilhado, que se descobre Jesus ressuscitado.
A experiência de Tomé não é exclusiva das primeiras testemunhas; todos os cristãos de todos os tempos podem fazer esta mesma experiência.

ACTUALIZAÇÃO
Ter em conta, na reflexão, os seguintes desenvolvimentos:
• A comunidade cristã gira em torno de Jesus, constrói-se à volta de Jesus e é d’Ele que recebe vida, amor e paz. Sem Jesus, estaremos secos e estéreis, incapazes de encontrar a vida em plenitude; sem Ele, seremos um rebanho de gente assustada, incapaz de enfrentar o mundo e de ter uma atitude construtiva e transformadora; sem Ele, estaremos divididos, em conflito, e não seremos uma comunidade de irmãos… Na nossa comunidade, Cristo é verdadeiramente o centro? É para Ele que tudo tende e é d’Ele que tudo parte?
• A comunidade tem de ser o lugar onde fazemos verdadeiramente a experiência do encontro com Jesus ressuscitado. É nos gestos de amor, de partilha, de serviço, de encontro, de fraternidade, que encontramos Jesus vivo, a transformar e a renovar o mundo. É isso que a nossa comunidade testemunha? Quem procura Cristo, encontra-O em nós?
Não é em experiências pessoais, íntimas, fechadas e egoístas que encontramos Jesus ressuscitado; mas encontramo-l’O no diálogo comunitário, na Palavra partilhada, no pão repartido, no amor que une os irmãos em comunidade de vida. O que é que significa, para mim, a Eucaristia?

LEITURA: "Vivi com um santo" e "O bom papa João"

Canonização motiva lançamento de livros sobre vida e obra poética
A canonização de João Paulo II, que decorrerá com a de João XXIII no dia 27 de abril, o primeiro domingo após a Páscoa, está na origem de dois novos livros sobre a vida e a obra poética do papa polaco. “L’uomo, il pontifice, il santo” (“O homem, o pontífice, o santo”), da editora italiana Fmr, é um volume de tiragem limitada com 62 imagens de Giuliano Vangi que é publicado em parceria com o Pontifício Conselho da Cultura, revela o portal de notícias do Vaticano. No ensaio introdutório, o presidente do Conselho, cardeal Gianfranco Ravasi, realça que o livro se insere na grande tradição dos códices miniaturizados do passado, nos quais à glória dos textos se unia o esplendor das imagens. Através dos ensaios que constituem a base desta obra e a iconografia de Giuliano Vangi, permanece a vontade de transmitir uma mensagem e uma lembrança por imagens que perdure no tempo, sublinha o biblista italiano. Por seu lado, a Livraria Editora Vaticano (LEV) apresentou esta segunda-feira a reedição da obra poética completa de Karol Wojtyla, organizada pelo sacerdote, jornalista, escritor e consultor cinematográfico, Santino Spartà.
Ler mais em:

«Como sinal distintivo de Wojtyla, homem justo, eu escolherei, sem dúvida, o da mansidão, que na tradição bíblica significava algo bem diferente de falta de coragem. Karol Wojtyla era de facto um manso no mais pleno sentido evangélico. Era um manso, recordava eu, porque encontrava a sua força na verdade em que acreditava, na sua fé profunda. Porque era um pacífico, um construtor da paz, mas não um pacifista, e se opunha decididamente a tudo aquilo que é violência, injustiça, ofensa à dignidade humana. E depois, exatamente porque era um manso, realizava em si a dupla relação do facto de ser cristão: a relação com Deus, o Criador, e a relação com o outro, com o próximo.» Oito anos depois da morte de João Paulo II, o cardeal Stanislao Dziwisz, seu secretário pessoal, percorre a vida do papa polaco à procura dos traços distintivos da sua santidade, que vai ser proclamada solenemente a 27 de abril. Lançado em Portugal no mês de março, a obra “Vivi com um santo”, de que apresentamos um excerto, transcreve a conversa que o prelado manteve com o jornalista Gian Franco Svidersoschi, ex-subdiretor do jornal “L’Osservatore Romano”.
Ler mais em:
http://www.snpcultura.org/vivi_com_um_santo.html

«O Papa, que teve de valorizar o consenso eclesial para superar as resistências encontradas pelas suas iniciativas de renovamento, tinha posto em movimento um fenómeno de proporções planetárias. A sua piedosa morte foi voluntariamente transformada em ato público pelo povo, na ânsia de sancionar que nada podia ser disperso daquilo que, com ele, cada homem e a Igreja tinham encontrado. A harmoniosa fusão de virtudes privadas e públicas culminou naquele Pentecostes, em que os indivíduos e a Igreja tiveram uma ocasião histórica para se compreenderem em profundidade, para intuírem a direção na qual a humanidade está a mover-se. Aquela morte é património da Igreja, do Concílio e da humanidade: na singular coincidência de sacrifício de um justo que era simultaneamente chefe e mestre.» O livro “O bom papa João”, de Giuseppe Alberigo, apresenta-se como uma biografia de João XXIII (1881-1963) «redigida por um dos maiores estudiosos da sua figura e a partir do espólio epistolar disponibilizado, no início dos anos 90, aquando da instauração do processo da sua canonização». Da obra recentemente lançada pela Paulinas Editora apresentamos um excerto do último capítulo, «Um cristão Santo e Papa», seguido do índice. Continuar a ler…

sábado, 26 de abril de 2014

(in)PRENSA semanal: a minha selecção!

Para quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão.
Faculdade suspeita de desviar 10 milhões de fundos europeus
http://www.noticiasaominuto.com/economia/205992/faculdade-suspeita-de-desviar-10-milhoes-de-fundos-europeus?utm_source=vision&utm_medium=email&utm_campaign=daily
Intervenção veemente contra o «deus dinheiro» marca celebração da Paixão presidida pelo papa Francisco
"Não vejo racionalidade nenhuma nos mercados"
"Fiquei dececionada com os 10 anos de Barroso na CE"
Escolas pedem dinheiro para material e visitas de estudo
Está a precisar de uma sesta? O Google Naps ajuda...
Portugal entre campeões mundiais com 4ª melhor rede de estradas
Os "três grandes disparates do Governo esta semana"
Numa semana Estado despendeu quatro milhões (só) em assessorias
Jovem viaja cinco horas escondido em trem de aterragem
É possível deter um cidadão num lugar público para o identificar
Que protecção social têm os desempregados?
Existe um direito ao ensino gratuito em Portugal?
Pode uma empresa ler os e-mails pessoais do trabalhador
Oito mil processos em atraso à conta de uma única juíza
Deputada bloquista rejeita receber reforma
Hungria rompe com FMI
Mais de 176 mil empresas 'caçadas' graças à Fatura da Sorte
Caso BPN Quem votasse contra propostas de Oliveira e Costa era demitido
700 m2 de Bertone irritam o Papa Francisco
"Nunca foi dado uso à casa", lembra Rui Moreira
FMI diz que a carga fiscal vai tornar a subir
Eurodeputados com direito a subsídio e pensão vitalícia
Francisco é o Papa das surpresas"
"União Europeia desaparece se não for reformada"

sexta-feira, 25 de abril de 2014

MÚSICA portuguesa:"Os Dias Cantados",,,

... nos 40 anos (25 de Abril de 1974 - 25 de Abril de 2014) de ABRIL:
http://www.rtp.pt/play/p1430/e146146/os-dias-cantados

EFEMÉRIDE/COMEMORAÇÃO/EVOCAÇÃO: 25 de ABRIL, um quarentão com "a ternura dos quarenta" & mágoas mil!

25 de Abril - 40 anos de democracia
http://www.publico.pt/25abril
40 anos – e para quê?
http://pagina1.sapo.pt/detalhe.aspx?fid=59&did=145539&number=1318
25 de Abril: o que foi? De quem é?
http://expresso.sapo.pt/25-de-abril-o-que-foi-de-quem-e=f865425#ixzz2z3Gq8pnD
Portugal 1974-1976: o nascimento de uma democracia
http://www.publico.pt/politica/noticia/portugal-19741976-o-nascimento-de-uma-democracia-1632346?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoPolitica+%28Publico.pt+-+Pol%C3%ADtica%29
Os dias em que tudo era possível
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3820874&seccao=Paulo%20Baldaia&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco
Os Crimes de Abril
https://www.youtube.com/watch?v=FwIlDhZUiJk
25 de abril (1): "D" de democracia 
http://expresso.sapo.pt/25-de-abril-1-d-de-democracia=f866495
25 de abril (2): "D" de descolonização
http://expresso.sapo.pt/25-de-abril-2-d-de-descolonizacao=f866649
25 de abril (3): "D" de descolonizar Portugal 
http://expresso.sapo.pt/25-de-abril-3-d-de-descolonizar-portugal=f866735#ixzz2zq2yQLOG
25 de abril (4): "D" de desenvolvimento, onde tudo se joga.
http://expresso.sapo.pt/25-de-abril-4-d-de-desenvolvimento-onde-tudo-se-joga=f866925#ixzz2zsgweTzu
Começar de Novo
http://www.rtp.pt/play/p1019/comecar-de-novo
40 anos depois
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3830847&seccao=Anselmo Borges&tag=Opini%E3o - Em Foco&page=-1

quinta-feira, 24 de abril de 2014

REFLEXÃO/ATENÇÃO/MEDITAÇÃO: Agradecer o que não nos dão.

O mais comum é agradecer o que nos foi dado. E não nos faltam motivos de gratidão. Há, é claro, imensas coisas que dependem do nosso esforço e engenho, coisas que fomos capazes de conquistar ao longo do tempo, contrariando mesmo o que seria previsível, ou que nos surgiram ao fim de um laborioso e solitário processo. Mas isso em nada apaga o essencial: as nossas vidas são um recetáculo do dom. Hoje, porém, dei comigo a pensar também na importância do que não nos foi dado. E a provocação chegou-me por uma amiga que confidenciou: «Gosto de agradecer a Deus tudo o que Ele me dá, e é sempre tanto que nem tenho palavras para descrever. Sinto, contudo, que lhe tenho de agradecer igualmente o que Ele não me dá, as coisas que seriam boas e que eu não tive, o que até pedi e desejei muito, mas não encontrei. O facto de não me ter sido dado obrigou-me a descobrir forças que não sabia que tinha e, de certa maneira, permitiu-se ser eu». Isto é tão verdadeiro. Mas exige uma transformação radical da nossa atitude interior. Tornar-se adulto por dentro não é propriamente um parto imediato ou indolor. No entanto, enquanto não agradecermos a Deus, à vida ou aos outros o que não nos deram, parece que a nossa prece permanece incompleta. Continuar a ler…

terça-feira, 22 de abril de 2014

CINEMA: "Por aqueles em perigo"

De origem escocesa, e evocando sempre algo de biográfico nos seus filmes, Paul Wright tem manifestado, na sua ainda curta carreira de realizador e argumentista, particular interesse por temas que sondam a busca do sentido da vida, mesmo em registos diferentes com referências peculiares à existência de um deus peculiar e marcante na sua filmografia. Com todas as suas poucas obras reconhecidas quer em festivais quer por prémios do cinema, como os prestigiados BAFTA, da Academia Britânica de Cinema, Locarno, Berlim ou Miami, Wright estreia nos ecrãs nacionais, em distribuição moderada, com “Por Aqueles em Perigo”. Por dentro de uma viagem de luto, reconciliação e descoberta, o filme explora razoavelmente as potencialidades do cinema, quer pela envolvência visual que nos oferece, quer pela intimidade conseguida entre protagonista e espetador. Continuar a ler…

segunda-feira, 21 de abril de 2014

LEITURA: Francisco - vida e revolução

Celia Dalila Díaz tem trinta e cinco anos e vive na Villa 1-11-14. A 5 de abril de 2012, Quinta-feira Santa, Bergoglio aparece no Hogar de Cristo, criado pelos padres da paróquia, dedicado à reabilitação de toxicodependentes. Celia não consome droga há um ano e meio e agora é voluntária do Hogar Santa Maria, também criado pelos padres. «Sabia que viria um cardeal, mas não fazia ideia, não sabia quem seria. [Bergoglio] chegou com os padres, como uma pessoa qualquer, no meio de todos nós. Convidei-o para tomar um mate e começámos a conversar. Dei-me conta de que era muito humilde pela forma de se expressar, por tomar do mesmo mate que os toxicodependentes: não é qualquer um que o faria. Durante o pouco tempo em que conversámos a sós, cerca de meia hora, perguntou-me há quanto tempo estava aqui, como me chamava e como estava. Contei-lhe que os padres me tinham tirado da rua, o que lhe agradou muito. De repente, disse-me: “Não queres que eu te lave os pés?” Eu não percebia nada, não sabia o que era isso, e respondi-lhe: “Desculpe, eu consigo lavar os pés sozinha.” Ele replicou: “Não, não, eu quero benzer-te os pés.” “Está bem, então força”, anuí… Não sabia que me ia pôr no meio de toda a gente, que ia ter de tirar os ténis … fiquei cheia de vergonha. É muito estranho que de repente venha alguém, te lave os pés e os beije… Mas depois senti-me aliviada … Nesse dia [o cardeal] também batizou o meu filho», recorda. Continuar a ler…

 

domingo, 20 de abril de 2014

PALAVRA de DOMINGO: contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la!

EVANGELHOJo 20,1-9Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro
e viu a pedra retirada do sepulcro.
Correu então e foi ter com Simão Pedro
e com o discípulo predilecto de Jesus
e disse-lhes:
«Levaram o Senhor do sepulcro,
e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo
e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos,
mas o outro discípulo antecipou-se,
correndo mais depressa do que Pedro,
e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira.
Entrou no sepulcro
e viu as ligaduras no chão
e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo
que chegara primeiro ao sepulcro:
viu e acreditou.
Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura,
segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.

AMBIENTE
Na primeira parte do Quarto Evangelho (cf. Jo 4,1-19,42), João descreve a actividade criadora e vivificadora do Messias (o último passo dessa actividade destinada a fazer surgir o Homem Novo é, precisamente, a morte na cruz: aí, Jesus apresenta a última e definitiva lição – a lição do amor total, que não guarda nada para si, mas faz da sua vida um dom radical ao Pai e aos irmãos); na segunda parte (cf. Jo 20,1-31), João apresenta o resultado da acção de Jesus: a comunidade de Homens Novos, recriados e vivificados por Jesus, que com Ele aprenderam a amar com radicalidade. Trata-se dessa comunidade de homens e mulheres que se converteram e aderiram a Jesus e que, em cada dia – mesmo diante do sepulcro vazio – são convidados a manifestar a sua fé n’Ele.
MENSAGEM
O texto começa com uma indicação aparentemente cronológica, mas que deve ser entendida sobretudo em chave teológica: “no primeiro dia da semana”. Significa que começou um novo ciclo – o da nova criação, o da Páscoa definitiva. Aqui começa um novo tempo, o tempo do homem novo, que nasce a partir da doação de Jesus.
A primeira personagem em cena é Maria Madalena: ela é a primeira a dirigir-se ao túmulo de Jesus, ainda o sol não tinha nascido, na manhã do “primeiro dia da semana”. Ela representa a nova comunidade que nasceu da acção criadora e vivificadora do Messias; essa nova comunidade, testemunha da cruz, acredita – inicialmente – que a morte triunfou e vai procurar Jesus no sepulcro: é uma comunidade perdida, desorientada, insegura, desamparada, que ainda não conseguiu descobrir que a morte foi derrotada; mas, diante do sepulcro vazio, a nova comunidade apercebe-se de que a morte não venceu e que Jesus continua vivo.
Na sequência, João apresenta uma catequese sobre a dupla atitude dos discípulos diante do mistério da morte e da ressurreição de Jesus. Essa dupla atitude é expressa no comportamento de dois discípulos que, na manhã da Páscoa, correm ao túmulo de Jesus: Simão Pedro e um “outro discípulo” não identificado (mas que parece ser esse “discípulo amado”, apresentado no Quarto Evangelho como modelo ideal do discípulo).
João coloca, aliás, estas duas figuras lado a lado em várias circunstâncias (na última ceia, é o “discípulo amado” que percebe quem está do lado de Jesus e quem O vai trair – cf. Jo 13,23-25; na paixão, é ele que consegue estar perto de Jesus no átrio do sumo sacerdote, enquanto Pedro O trai – cf. Jo 18,15-18.25-27; é ele que está junto da cruz quando Jesus morre – cf. Jo 19,25-27); é ele quem reconhece Jesus ressuscitado nesse vulto que aparece aos discípulos no lago de Tiberíades – cf. Jo 21,7). Nas outras vezes, o “discípulo amado” levou sempre vantagem sobre Pedro. Aqui, isso irá acontecer outra vez: o “outro discípulo” correu mais e chegou ao túmulo primeiro que Pedro (o facto de se dizer que ele não entrou logo pode querer significar a sua deferência e o seu amor, que resultam da sua sintonia com Jesus); e, depois de ver, “acreditou” (o mesmo não se diz de Pedro).
Provavelmente, o autor do Quarto Evangelho quis descrever, através destas figuras, o impacto produzido nos discípulos pela morte de Jesus e as diferentes disposições existentes entre os membros da comunidade cristã. Em geral Pedro representa, nos Evangelhos, o discípulo obstinado, para quem a morte significa fracasso e que se recusa a aceitar que a vida nova passe pela humilhação da cruz (Jo 13,6-8.36-38; 18,16.17.18.25-27; cf. Mc 8,32-33; Mt 16,22-23). Ao contrário, o “outro discípulo” é o “discípulo amado”, que está sempre próximo de Jesus, que faz a experiência do amor de Jesus; por isso, corre ao seu encontro de forma mais decidida e “percebe” – porque só quem ama muito percebe certas coisas que passam despercebidas aos outros – que a morte não pôs fim à vida.
Esse “outro discípulo” é, portanto, a imagem do discípulo ideal, que está em sintonia total com Jesus, que corre ao seu encontro com um total empenho, que compreende os sinais e que descobre (porque o amor leva à descoberta) que Jesus está vivo. Ele é o paradigma do Homem Novo, do homem recriado por Jesus.

ACTUALIZAÇÃO
A reflexão pode partir dos seguintes dados:
• A lógica humana vai na linha da figura representada por Pedro: o amor partilhado até à morte, o serviço simples e sem pretensões, a entrega da vida, só conduzem ao fracasso e não são um caminho sólido e consistente para chegar ao êxito, ao triunfo, à glória; da cruz, do amor radical, da doação de si, não pode resultar realização, felicidade, vida plena. É verdade que é esta a perspectiva da cultura dominante; é verdade que é esta a perspectiva de muitos cristãos (representados na figura de Simão Pedro). Como me situo face a isto?• A ressurreição de Jesus prova, precisamente, que a vida plena, a vida total, a transfiguração total da nossa realidade finita e das nossas capacidades limitadas passa pelo amor que se dá, com radicalidade, até às últimas consequências. Tenho consciência disso? É nessa direcção que conduzo a caminhada da minha vida?• Pela fé, pela esperança, pelo seguimento de Cristo e pelos sacramentos, a semente da ressurreição (o próprio Jesus) é depositada na realidade do homem/corpo. Revestidos de Cristo, somos nova criatura: estamos, portanto, a ressuscitar, até atingirmos a plenitude, a maturação plena, a vida total (quando ultrapassarmos a barreira da morte física). Aqui começa, pois, a nova humanidade.
A figura de Pedro pode também representar, aqui, essa velha prudência dos responsáveis institucionais da Igreja, que os impede de ir à frente da caminhada do Povo de Deus, de arriscar, de aceitar os desafios, de aderir ao novo, ao desconcertante, ao incompreensível. O Evangelho de hoje sugere que é, precisamente aí que, tantas vezes, se revela o mistério de Deus e se encontram ecos de ressurreição e de vida nova.
A ressurreição de Jesus é a consequência de uma vida gasta a “fazer o bem e a libertar os oprimidos”. Isso significa que, sempre que alguém – na linha de Jesus – se esforça por vencer o egoísmo, a mentira, a injustiça e por fazer triunfar o amor, está a ressuscitar; significa que, sempre que alguém – na linha de Jesus – se dá aos outros e manifesta, em gestos concretos, a sua entrega aos irmãos, está a construir vida nova e plena. Eu estou a ressuscitar (porque caminho pelo mundo fazendo o bem e libertando os oprimidos), ou a minha vida é um repisar os velhos esquemas do egoísmo, do orgulho, do comodismo?• A ressurreição de Jesus significa, também, que o medo, a morte, o sofrimento, a injustiça, deixam de ter poder sobre o homem que ama, que se dá, que partilha a vida. Ele tem assegurada a vida plena – essa vida que os poderes do mundo não podem destruir, atingir ou restringir. Ele pode, assim, enfrentar o mundo com a serenidade que lhe vem da fé. Estou consciente disto, ou deixo-me dominar pelo medo, sempre que tenho de agir para combater aquilo que rouba a vida e a dignidade, a mim e a cada um dos meus irmãos?• Aos discípulos pede-se que sejam as testemunhas da ressurreição. Nós não vimos o sepulcro vazio; mas fazemos, todos os dias, a experiência do Senhor ressuscitado, que está vivo e que caminha ao nosso lado nos caminhos da história. A nossa missão é testemunhar essa realidade; no entanto, o nosso testemunho será oco e vazio se o nosso testemunho não for comprovado pelo amor e pela doação (as marcas da vida nova de Jesus).
 
 
 
 

sábado, 19 de abril de 2014

(in)PRENSA semanal: a minha selecção!

Para quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão.
A dra Assunção não tem iniciativa nem jeito; o coronel Vasco não tem calma
http://expresso.sapo.pt/a-dra-assuncao-nao-tem-iniciativa-nem-jeito-o-coronel-vasco-nao-tem-calma=f865147#ixzz2ymchTzgR
120 mil crianças sofrem com falta de comida
Sondagem Políticos da ditadura eram mais sérios e honestos do que os atuais
Sucata é a 'próxima paragem' de novas locomotivas da CP
Reformas chorudas dão direito a acesso facilitado em lares sociais
Quem sou eu diante de Deus?
Descoberta portuguesa “2 em 1” na luta contra a doença de Alzheimer
Inconseguimos
Assunção Esteves, a “Miss Prada” do Parlamento
A linguagem muito particular de Assunção Esteves
Clara Murteira, professora universitária, autora de "A economia das pensões", explica o que está a acontecer às mesmas!
Os deputados têm medo de um reformado com 70 anos?
O estranho anel negro que pairou sobre o Reino Unido
Governo cheio de medo
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“Eu não vou acabar na terra, vou ressuscitar em Cristo”
António Barreto deixa fundação da 'família Pingo Doce'
Mario Draghi disposto a atacar o euro forte
Tribunal liberta Duarte Lima de domiciliária
[Vídeo] Bono Vox revela acreditar em milagres e diz que Jesus é o Filho de Deus: “Foi crucificado por isso”; Assista
Como acreditar na ressurreição hoje?
Ciclo de debates "Eis o Homem" contraria desmotivação com especialistas em arquitetura, educação, psicologia e empreendedorismo
"Governo tirou da cartola um placebo"
Cortes de Passos conseguidos à custa de submarinos de Portas
Tratar 80 doentes ou poupar 4,5 milhões... eis a questão
Entre o que primeiro-ministro disse e o que (de facto) quis dizer
Papa lavou pés de 12 deficientes
"Bem, mas agora fala o senhor ministro das Obras Públicas"
Um planeta como a Terra a 500 anos-luz de distância
O cacete e a cenoura
"Estamos fartos de aldrabões e de vendedores de ilusões"
O suicídio da Europa

sexta-feira, 18 de abril de 2014

EFEMÉRIDE/COMEMORAÇÃO/EVOCAÇÃO: Paixão e morte de Jesus Cristo

O mistério do sofrimento
A linguagem realista e vibrante do profeta obriga-nos a fazer face ao sofrimento de Cristo por causa dos nossos pecados: é por nós que Ele sofreu, a sua dor é o preço da nossa paz. É o Cristo de Grünewald, o corpo batido, torturado, que somos obrigados a olhar – e não gostamos. Eu, pelo menos, não gosto. Suporto mal ver o sofrimento de outra pessoa, sobretudo de um ser amado, como Cristo. Forma-se em mim um sentimento de indignação, e mesmo, por vezes, um sentimento de revolta contra Deus, porque é a justiça de Deus que exige que este homem seja torturado. Com Job, sou tentado a perguntar o que é que os nossos pecados miseráveis, as nossas pequenas falhas, podem fazer a Deus, que é tão grande, tão transcendente, tão imutável. E se há ofensa, não será Ele mais magnânimo, mais nobre, para perdoar sem nada exigir? Não é Ele o Amor? Porque há de vingar-se sobre os homens, sobretudo neste homem, que é totalmente inocente? Porquê vingar-se? Continuar a ler…
Em frente a Jesus, com o centurião
O centurião viu o amor florir no deserto da desumanidade. Entre a ebulição dos insultos e das mentiras, aquele homem, Jesus, pronunciava palavras de fidelidade e de verdade. De todo o lado a multidão gritava «não» a Jesus, mas o centurião ouviu de Jesus apenas «sim» ao Pai, «sim» ao próximo», «sim» à sua missão. Naquela horrível cruz de ódio e de violência, o centurião reconheceu o amor, um amor firme que se recusa a morrer, que é forte como o aço contra o mal, mas terno diante do amado. Jesus permaneceu fiel à sua missão. Assim a sua morte se transformou em vida. Quando adoramos o Deus-Trindade em louvor do sacrifício de Jesus, somos chamados a chorar pelas vítimas da indiferença da humanidade pecadora e da impotência de Deus. Mas choramos também de gratidão pela experiência do amor puro que é derramado num mundo ferido. A cruz, emblema da culpa dos criminosos, confirmou a inocência de Jesus, o verdadeiro adorador de Deus. Continuar a ler…

ESPIRITUALIDADE: Se queres rezar, começa por escutar.

A oração cristã é antes de tudo escuta para chegar ao acolhimento de uma presença, a presença de Deus Pai, Filho e Espírito Santo. A operação é simples mas não é por isso que é fácil, antes é laboriosa e requer capacidade de silêncio interior e exterior, sobriedade, luta contra os múltiplos ídolos que nos ameaçam. Deus fala: esta é a afirmação fundamental que atravessa toda a Escritura, sem a qual não poderemos ter qualquer relação pessoal com Ele. Com decisão absoluta, com iniciativa livre e gratuita, Deus dirigiu-se aos seres humanos para entrar em relação com eles, para instaurar um diálogo finalizado na comunhão. Sim, a escuta é oração e tem um primado absoluto enquanto reconhece a iniciativa de Deus, o facto de Deus ser o sujeito do nosso encontro com Ele: não é passividade, mas resposta ativa, ação por excelência da criatura diante do seu Criador e Senhor. Fica claro, portanto, que a oração autêntica brota onde está a escuta. «Fala, Senhor, que o teu servo escuta» (1 Samuel 3, 9): este é o primeiro ato da oração, que nós – infelizmente – somos constantemente tentados a subverter em: «Escuta, Senhor, que o teu servo fala». Continuar a ler…

ESPIRITUALIDADE: AmanheCER

Não abdicou nunca da Não-Violência... Mas também não abdicou nunca da Luta que o Reino de Deus implica! A Cruz é o maior sinal disso.
 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

LEITURAS várias

Onde estás, Senhor?
“Onde estás, Senhor?”, do biblista e presidente do Pontifício Conselho da Cultura, cardeal Gianfranco Ravasi, parte de uma reflexão sobre o símbolo para refletir sobre um tema que percorre as Escrituras: o espaço.
Com efeito, escreve o prelado italiano na introdução, «a Bíblia é permeada pela perceção do espaço: alguns dos seus lugares tornaram-se familiares a culturas inteiras; em muitos deles articula-se aquele complexo entrelaçado de relações que constitui a história da salvação: Deus e o homem encontram-se num espaço, habitam-no e imprimem nele as marcas da sua presença».
Por isso, «decifrar essas marcas significa reconhecer nelas o sinal luminoso, em constante mutação, de uma realidade diferente e mais complexa, que ainda não está completa, mas que deve ser aguardada na esperança e na fé».
O volume explora a riqueza da simbologia bíblica partindo «metaforicamente de “baixo” para “cima”: começando pelo «espaço habitado, moldado pela perícia do homem que o fez vergar frente às suas próprias necessidades, mas que por vezes abriu nele uma janela, escancarando-a sobre o horizonte sem fim do divino».
Ler mais em:
Voltas que a vida dá
Das histórias aparentemente simples nascem oportunidades que mudam rumos. De que doença adoeceu aos 18 anos, em concreto, é muito pouco importante detalhar. O que interessa é que disso decorreu o imprevisível, dir-se-ia o impossível – uma viragem para onde ninguém podia imaginar, nem ela mesma; um sonho que se veio a concretizar, mas que, se nada tivesse acontecido, nunca teria passado de sonho. É frequente acharmos, neste mundo de tão fácil acesso, que já se sabe quase tudo, até o que previsivelmente seremos e para onde iremos caminhar. O inesperado, por sê-lo, apanha-nos sempre desprevenidos e, no que de nós depende, podemos chegar a ser impotentes para o defrontar, mas nunca pensamos nisso. Parece impossível que alguém ainda esteja sujeito a este tipo de «súbitos» difíceis de diagnosticar e compreender, sobretudo naquela idade. Agora no casal: há momentos em que as conversas profundas são uma espécie de viagem de carrossel – sabem muito bem, mas não servem para nada. Não perdem tempo a dar lugar a medos. Esta parece ser a grande chave capaz de abrir a porta da felicidade que conquistam todos os dias.
Ler mais em:

domingo, 13 de abril de 2014

PALAVRA de DOMINGO: contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la!

EVANGELHOMt 26,14 - 27,66
N Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
N Naquele tempo,
um dos doze, chamado Judas Iscariotes,
foi ter com os príncipes dos sacerdotes e disse-lhes:
R «Que estais dispostos a dar-me para vos entregar Jesus?»
N Eles garantiram-lhe trinta moedas de prata.
E a partir de então,
Judas procurava uma oportunidade para O entregar.
No primeiro dia dos Ázimos,
os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe:
R «Onde queres que façamos os preparativos
para comer a Páscoa?»
N Ele respondeu:
J «Ide à cidade, a casa de tal pessoa, e dizei-lhe:
‘O Mestre manda dizer:
O meu tempo está próximo.
É em tua casa que eu quero celebrar a Páscoa
com os meus discípulos’».
N Os discípulos fizeram como Jesus lhes tinha mandado,
e prepararam a Páscoa.

N Ao cair da noite, sentou-Se à mesa com os Doze.
Enquanto comiam, declarou:
J «Em verdade vos digo:
Um de vós há-de entregar-Me».
N Profundamente entristecidos,
começou cada um a perguntar-Lhe:
R «Serei eu, Senhor?»
N Jesus respondeu:
J «Aquele que meteu comigo a mão no prato
é que há-de entregar-Me.
O Filho do homem vai partir,
como está escrito acerca d’Ele.
Mas ai daquele por quem o Filho do homem vai ser entregue!
Melhor seria para esse homem não ter nascido».
N Judas, que O ia entregar, tomou a palavra e perguntou:
R «Serei eu, Mestre?»
N Respondeu Jesus:
J «Tu o disseste».

N Enquanto comiam,
Jesus tomou o pão, recitou a bênção,
partiu-o e deu-o aos discípulos, dizendo:
J «Tomai e comei: Isto é o meu Corpo».
N Tomou em seguida um cálice,
deu graças e entregou-lho, dizendo:
J «Bebei dele todos,
porque este é o meu Sangue, o Sangue da aliança,
derramado pela multidão,
para remissão dos pecados.
Eu vos digo que não beberei mais deste fruto da videira,
até ao dia em que beberei convosco
o vinho novo no reino de meu Pai».

N Cantaram os salmos
e seguiram para o Monte das Oliveiras.

N Então, Jesus disse-lhes:
J «Todos vós, esta noite, vos escandalizareis por minha causa,
como está escrito:
‘Ferirei o pastor e dispersar-se-ão as ovelhas do rebanho’.
Mas, depois de ressuscitar,
preceder-vos-ei a caminho da Galileia».
N Pedro interveio, dizendo:
R «Ainda que todos se escandalizem por tua causa,
eu não me escandalizarei».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Em verdade te digo:
Esta mesma noite, antes do galo cantar,
Me negarás três vezes».
N Pedro disse-lhe:
R «Ainda que tenha de morrer contigo, não Te negarei».
N E o mesmo disseram todos os discípulos.

N Então, Jesus chegou com eles a uma propriedade,
chamada Getsémani
e disse aos discípulos:
J «Ficai aqui, enquanto Eu vou além orar».
N E, tomando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu,
começou a entristecer-Se e a angustiar-Se.
Disse-lhes então:
J «A minha alma está numa tristeza de morte.
Ficai aqui e vigiai comigo».
N E adiantando-Se um pouco mais, caiu com o rosto por terra,
enquanto orava e dizia:
J «Meu Pai, se é possível, passe de Mim este cálice.
Todavia, não se faça como Eu quero,
mas como Tu queres».
N Depois, foi ter com os discípulos,
encontrou-os a dormir e disse a Pedro:
J «Nem sequer pudestes vigiar uma hora comigo!
Vigiai e orai, para não cairdes em tentação.
O espírito está pronto, mas a carne é fraca».

N De novo Se afastou, pela Segunda vez, e orou, dizendo:
J «Meu Pai,
se este cálice não pode passar sem que Eu o beba,
faça-se a tua vontade».
N Voltou novamente e encontrou-os a dormir,
pois os seus olhos estavam pesados de sono.
Deixou-os e foi de novo orar, pela terceira vez,
repetindo as mesmas palavras.
Veio então ao encontro dos discípulos e disse-lhes:
J «Dormi agora e descansai.
Chegou a hora em que o Filho do homem
vai ser entregue às mãos dos pecadores.
Levantai-vos, vamos.
Aproxima-se aquele que Me vai entregar».
N Ainda Jesus estava a falar,
quando chegou Judas, um dos Doze,
e com ele uma grande multidão, com espadas e varapaus,
enviada pelos príncipes dos sacerdotes
e pelos anciãos do povo.
O traidor tinha-lhes dado este sinal:
R «Aquele que eu beijar, é esse mesmo. Prendei-O».
N Aproximou-se imediatamente de Jesus e disse-Lhe:
R «Salve, Mestre!».
N E beijou-O.
Jesus respondeu-lhe:
J «Amigo, a que vieste?».
N Então avançaram, deitaram as mãos a Jesus
e prenderam-n’O.
Um dos que estavam com Jesus levou a mão à espada,
desembainhou-a e feriu um servo do sumo sacerdote,
cortando-lhe uma orelha.
Jesus disse-lhe:
J «Mete a tua espada na bainha,
pois todos os que puxarem da espada morrerão à espada.
Pensas que não posso rogar a meu Pai
que ponha já ao meu dispor mais de doze legiões de Anjos?
Mas como se cumpririam as Escrituras,
segundo as quais assim tem de acontecer?».
N Voltando-Se depois para a multidão, Jesus disse:
J «Viestes com espadas e varapaus para Me prender
como se fosse um salteador!
Eu estava todos os dias sentado no templo a ensinar
e não Me prendestes...
Mas, tudo isto aconteceu
para se cumprirem as Escrituras das profetas».
N Então todos os discípulos O abandonaram e fugiram.

N Os que tinham prendido Jesus
levaram-n’O à presença do sumo sacerdote Caifás,
onde os escribas e os anciãos se tinham reunido.
Pedro foi-O seguindo de longe,
até ao palácio do sumo sacerdote.
Aproximando-se, entrou e sentou-se com os guardas,
para ver como acabaria tudo aquilo.
Entretanto, os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio
procuravam um testemunho falso contra Jesus
para O condenarem à morte,
mas não o encontravam,
embora se tivessem apresentado muitas testemunhas falsas.
Por fim, apresentaram-se duas que disseram:
R «Este homem afirmou:
‘Posso destruir o templo de Deus
e reconstruí-lo em três dias’».
N Então, o sumo sacerdote levantou-se e disse a Jesus:
R «Não respondes nada?
Que dizes ao que depõem contra Ti?»
N Mas Jesus continuava calado.
Disse-Lhe o sumo sacerdote:
«Eu Te conjuro pelo Deus vivo,
que nos declares se és Tu o Messias, o Filho de Deus».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Tu o disseste.
E Eu digo-vos:
vereis o Filho do homem
sentado à direita do Todo-poderoso,
vindo sobre as nuvens do céu».
N Então, o sumo sacerdote rasgou as vestes, dizendo:
R «Blasfemou.
Que necessidade temos de mais testemunhas?
Acabais de ouvir a blasfémia. Que vos parece?»
N Eles responderam:
R «É réu de morte».
N Cuspiram-Lhe então no rosto e deram-Lhe punhadas.
Outros esbofeteavam-n’O, dizendo:
R «Adivinha, Messias: quem foi que Te bateu?»

N Entretanto, Pedro estava sentado no pátio.
Uma criada aproximou-se dele e disse-lhe:
R «Tu também estavas com Jesus, o galileu».
N Mas ele negou diante de todos, dizendo:
R «Não sei o que dizes».
N Dirigindo-se para a porta,
foi visto por outra criada que disse aos circunstantes:
R «Este homem estava com Jesus de Nazaré».
N E, de novo, ele negou com juramento:
R «Não conheço tal homem».
N Pouco depois, aproximaram-se os que ali estavam
e disseram a Pedro:
R «Com certeza tu és deles, pois até a fala te denuncia».
N Começou então a dizer imprecações e a jurar:
R «Não conheço tal homem».
N E, imediatamente, um galo cantou.
Então, Pedro lembrou-se das palavras que Jesus dissera:
«Antes do galo cantar, tu Me negarás três vezes».
E, saindo, chorou amargamente.

Ao romper da manhã,
todos os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo
se reuniram em conselho contra Jesus,
para Lhe darem a morte.
Depois de Lhe atarem as mãos,
levaram-n’O e entregaram-n’O ao governador Pilatos.

Então Judas, que entregara Jesus,
vendo que Ele tinha sido condenado,
tocado pelo remorso, devolveu as trinta moedas de prata
aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo:
R «Pequei, entregando sangue inocente».
N Mas eles replicaram:
R «Que nos importa? É lá contigo».
N Então, arremessou as moedas para o santuário,
saiu dali e foi-se enforcar.
Mas os príncipes dos sacerdotes
apanharam as moedas e disseram:
R «Não se podem lançar no tesouro,
porque são preço de sangue».
N E, depois de terem deliberado,
compraram com elas o Campo do Oleiro.
Por este motivo se tem chamado àquele campo,
até ao dia de hoje, «Campo de Sangue».
Cumpriu-se então o que fora dito pelo profeta:
«Tomaram trinta moedas de prata,
preço em que foi avaliado
Aquele que os filhos de Israel avaliaram
e deram-nas pelo Campo do Oleiro,
como o Senhor me tinha ordenado».

N Entretanto, Jesus foi levado à presença do governador,
que lhe perguntou:
R «Tu és o Rei dos judeus?»
N Jesus respondeu:
J «É como dizes».
N Mas, ao ser acusado pelos príncipes dos sacerdotes
e pelos anciãos, nada respondeu.
Disse-Lhe então Pilatos:
R «Não ouves quantas acusações levantam contra Ti?»
N Mas Jesus não respondeu coisa alguma,
a ponto de o governador ficar muito admirado.

Ora, pela festa da Páscoa,
o governador costumava soltar um preso,
à escolha do povo.
Nessa altura, havia um preso famoso, chamado Barrabás.
E, quando eles se reuniram, disse-lhes:
R «Qual quereis que vos solte?»
Barrabás, ou Jesus, chamado Cristo?»
N Ele bem sabia que O tinham entregado por inveja.
Enquanto estava sentado no tribunal,
a mulher mandou-lhe dizer:
R «Não te prendas com a causa desse justo,
pois hoje sofri muito em sonhos por causa d’Ele».

N Entretanto, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos
persuadiram a multidão a que pedisse Barrabás
e fizesse morrer Jesus.
O governador tomou a palavra e perguntou-lhes:
R «Qual dos dois quereis que vos solte?»
N Eles responderam:
R «Barrabás».
N Disse-lhes Pilatos:
R «E que hei-de fazer de Jesus, chamado Cristo?»
N Responderam todos:
R «Seja crucificado».
N Pilatos insistiu:
R «Que mal fez Ele?»
N Mas eles gritavam cada vez mais:
R «Seja crucificado».
N Pilatos insistiu:
R «Que mal fez Ele?»
N Mas eles gritavam cada vez mais:
R «Seja crucificado».
N Pilatos, vendo que não conseguia nada
e aumentava o tumulto,
mandou vir água
e lavou as mãos na presença da multidão, dizendo:
R «Estou inocente do sangue deste homem.
Isso é lá convosco».
N E todo o povo respondeu:
R «O seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos».
N Soltou-lhes então Barrabás.
E, depois de ter mandado açoitar Jesus,
entregou-lh’O para ser crucificado.
Então os soldados do governador
levaram Jesus para o pretório
e reuniram à volta d’Ele toda a coorte.
Tiraram-Lhe a roupa e envolveram-n’O num manto vermelho.
Teceram uma coroa de espinhos e puseram-Lha na cabeça
e colocaram uma cana na sua mão direita.
Ajoelhando diante d’Ele, escarneciam-n’O, dizendo:
R «Salve, rei dos judeus!»
N Depois, cuspiam-Lhe no rosto
e, pegando na cana, batiam-Lhe com ela na cabeça.
Depois de O terem escarnecido,
tiraram-Lhe o manto, vestiram-Lhe as suas roupas
e levaram-n’O para ser crucificado.

N Ao saírem,
encontraram um homem de Cirene, chamado Simão,
e requisitaram-no para levar a cruz de Jesus.
Chegados a um lugar chamado Gólgota,
que quer dizer lugar do Calvário,
deram-Lhe a beber vinho misturado com fel.
Mas Jesus, depois de o provar, não quis beber.
Depois de O terem crucificado,
repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte,
e ficaram ali sentados a guardá-l’O.
Por cima da sua cabeça puseram um letreiro,
indicando a causa da sua condenação:
«Este é Jesus, o rei dos judeus».

Foram crucificados com Ele dois salteadores,
um à direita e outro à esquerda.
Os que passavam insultavam-n’O
e abanavam a cabeça, dizendo:
R «Tu, que destruías o templo e o reedificavas em três dias,
salva-Te a Ti mesmo;
Se és Filho de Deus, desce da cruz».
N Os príncipes dos sacerdotes,
juntamente com os escribas e os anciãos,
também troçavam d’Ele, dizendo:
R «Salvou os outros e não pode salvar-Se a Si mesmo!
Se é o Rei de Israel,
desça agora da cruz e acreditaremos n’Ele.
Confiou em Deus:
Ele que O livre agora, se O ama,
porque disse: ‘Eu sou Filho de Deus’».
N Até os salteadores crucificados com Ele o insultavam.

Desde o meio-dia até às três horas da tarde,
as trevas envolveram toda a terra.
E, pelas três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte:
J «Eli, Eli, lema sabachtani!»,
N que quer dizer:
«Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?»
Alguns dos presentes, ouvindo isto, disseram:
R «Está a chamar por Elias».
N Um deles correu a tomar uma esponja,
embebeu-a em vinagre,
pô-la na ponta duma cana e deu-Lhe a beber.
Mas os outros disseram:
R «Deixa lá. Vejamos se Elias vem salvá-l’O».
N E Jesus, clamando outra vez com voz forte, expirou.

N Então, o véu do templo rasgou-se em duas partes,
de alto a baixo;
a terra tremeu e as rochas fenderam-se.
Abriram-se os túmulos
e muitos dos corpos de santos que tinham morrido
ressuscitaram;
e, saindo do sepulcro, depois da ressurreição de Jesus,
entraram na cidade santa e apareceram a muitos.
Entretanto, o centurião e os que com ele guardavam Jesus,
ao verem o tremor de terra e o que estava a acontecer,
ficaram aterrados e disseram:
R «Este era verdadeiramente Filho de Deus».

N Estavam ali, a observar de longe, muitas mulheres
que tinham seguido Jesus desde a Galileia, para O servirem.
Entre elas encontrava-se Maria Madalena,
Maria, mãe de Tiago e de José,
e a mãe dos filhos de Zebedeu.
Ao cair da tarde,
veio um homem rico de Arimateia, chamado José,
que também se tinha tornado discípulo de Jesus.
Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus.
E Pilatos ordenou que lho entregassem.
José tomou o corpo, envolveu-o num lençol limpo
e depositou-o no seu sepulcro novo
que tinha mandado escavar na rocha.
Depois rolou uma grande pedra para a entrada do sepulcro,
e retirou-se.
Entretanto, estavam ali Maria Madalena e a outra Maria,
sentadas em frente do sepulcro.

No dia seguinte, isto é, depois da Preparação,
os príncipes dos sacerdotes e os fariseus
foram ter com Pilatos e disseram-lhe:
R «Senhor, lembrámo-nos do que aquele impostor disse
quando ainda era vivo:
‘Depois de três dias ressuscitarei’.
Por isso, manda que o sepulcro seja mantido em segurança
até ao terceiro dia,
para que não venham os discípulos roubá-lo
e dizer ao povo: ‘Ressuscitou dos mortos’.
E a última impostura seria pior do que a primeira».
N Pilatos respondeu:
R «Tendes à vossa disposição a guarda:
ide e guardai-o como entenderdes».
N Eles foram e guardaram o sepulcro,
selando a pedra e pondo a guarda.
AMBIENTE
O Evangelho segundo Mateus começa por apresentar Jesus (cf. Mt 1,1-4,22). Descreve, depois, o anúncio central de Jesus: nas suas palavras e nos seus gestos, Jesus anuncia esse mundo novo a que Ele chama “o Reino dos céus” (cf. Mt 4,23-9,35). Do anúncio do “Reino” nasce a comunidade dos discípulos – isto é, nasce um grupo que assimila as propostas de Jesus (cf. Mt 9,36-12,50). Os discípulos são a “comunidade do Reino”: instruídos por Jesus, formados na mentalidade do “Reino”, os discípulos recebem a missão de testemunhar o “Reino”, após a partida de Jesus (cf. Mt 13,1-17,27). Na parte final do seu Evangelho, Mateus descreve a ruptura final de Jesus com o judaísmo (cf. Mt 18,1-25,46) e o final do caminho de Jesus: a paixão, morte e ressurreição (cf. Mt 26,1-28,15).
A leitura que hoje nos é proposta é o relato da paixão de Jesus. Descreve como o anúncio do Reino choca com a mentalidade da opressão e, portanto, conduz à cruz e à morte; no entanto, não podemos dissociar os acontecimentos da paixão daqueles que celebraremos no próximo domingo: a ressurreição é a prova de que Jesus veio de Deus e tinha um mandato do Pai para tornar realidade no mundo o “Reino dos céus”.
MENSAGEM
A morte de Jesus tem de ser entendida no contexto daquilo que foi a sua vida. Desde cedo, Jesus apercebeu-Se de que o Pai O chamava a uma missão: anunciar esse mundo novo, de justiça, de paz e de amor para todos os homens. Para concretizar este projecto, Jesus passou pelos caminhos da Palestina “fazendo o bem” e anunciando a proximidade de um mundo novo, de vida, de liberdade, de paz e de amor para todos. Ensinou que Deus era amor e que não excluía ninguém, nem mesmo os pecadores; ensinou que os leprosos, os paralíticos, os cegos, não deviam ser marginalizados, pois não eram amaldiçoados por Deus; ensinou que eram os pobres e os excluídos os preferidos de Deus e aqueles que tinham um coração mais disponível para acolher o “Reino”; e avisou os “ricos” (os poderosos, os instalados), de que o egoísmo, o orgulho, a auto-suficiência, o fechamento só podiam conduzir à morte.
O projecto libertador de Jesus entrou em choque – como era inevitável – com a atmosfera de egoísmo, de má vontade, de opressão que dominava o mundo. As autoridades políticas e religiosas sentiram-se incomodadas com a denúncia de Jesus: não estavam dispostas a renunciar a esses mecanismos que lhes asseguravam poder, influência, domínio, privilégios; não estavam dispostas a arriscar, a desinstalar-se e a aceitar a conversão proposta por Jesus. Por isso, prenderam Jesus, julgaram-n’O, condenaram-n’O e pregaram-n’O numa cruz.
A morte de Jesus é a consequência lógica do anúncio do “Reino”: resultou das tensões e resistências que a proposta do “Reino” provocou entre os que dominavam o mundo.
Podemos, também, dizer que a morte de Jesus é o culminar da sua vida; é a afirmação última, porém, mais radical e mais verdadeira (porque marcada com sangue), daquilo que Jesus pregou com palavras e com gestos: o amor, o dom total, o serviço.
Na cruz, vemos aparecer o Homem Novo, o protótipo do homem que ama radicalmente e que faz da sua vida um dom para todos. Porque ama, este Homem Novo vai assumir como missão a luta contra o pecado – isto é, contra todas as causas objectivas que geram medo, injustiça, sofrimento, exploração e morte. Assim, a cruz mantém o dinamismo de um mundo novo – o dinamismo do “Reino”.
Para além da reflexão geral sobre o sentido da paixão e morte de Jesus, convém ainda notar alguns dados que são exclusivos da versão mateana da paixão.

• Ao longo do relato da paixão, Mateus insiste no facto de os acontecimentos estarem relacionados com o cumprimento das Escrituras (cf. Mt 26,24.30.54.56;27,9). Mesmo quando não refere explicitamente o cumprimento das Escrituras, Mateus liga os acontecimentos da paixão de Jesus com figuras e factos do Antigo Testamento, a fim de demonstrar que a paixão e morte de Jesus faz parte do projecto de Deus, previsto desde sempre. A explicação para esta insistência no cumprimento das Escrituras deve ser buscada no seguinte facto: Mateus escreve para cristãos que vêm do judaísmo; Ele vai, portanto, fazer referência a citações e promessas do Antigo Testamento – conhecidas de cor por todos os judeus – a fim de demonstrar que Jesus era esse Messias anunciado pelos profetas e cujo destino passava pelo dom da vida.

• Também Marcos (cf. Mc 14,47) e Lucas (cf. Lc 22,50-51) contam como, no Getsemani, na altura em que Jesus foi preso, um dos elementos do grupo de Jesus agrediu com uma espada um servo do sumo-sacerdote. No entanto, só Mateus apresenta Jesus a condenar explicitamente o gesto, explicando que o projecto do Pai não passa pela violência, mesmo contra os agressores (cf. Mt 26,51-54). O caminho do Pai passa pelo amor e pelo dom da vida; por isso, os discípulos de Jesus não podem recorrer à violência, mesmo que se trate de defender uma causa justa. Este ensinamento tem, neste contexto, uma força especial: é quando Jesus é vítima inocente da violência que Ele afirma de forma clara a recusa absoluta da violência: o “Reino” de Deus nunca passará por esquemas de violência, de imposição, de poder e de prepotência. Na lógica do “Reino”, os fins nunca justificarão os meios.

• Só no Evangelho segundo Mateus aparece o relato da morte de Judas (cf. Mt 27,3-10. Temos uma outra versão do acontecimento em Act 1,18-19). O episódio deixa clara a iniquidade do processo e a inocência de Jesus. A forma como Mateus sublinha o desespero e o arrependimento de Judas deixa clara a inocência de Jesus, por um lado e, por outro, o desnorte dos responsáveis pelo processo, empenhados em “sacudir a água do capote” e em declinar responsabilidades.

• São exclusivos de Mateus o sonho da mulher de Pilatos (cf. Mt 27,19) e a lavagem das mãos por parte do procurador romano (cf. Mt 27,24). Estes pormenores aparecem aqui com uma dupla finalidade: por um lado, Mateus quer deixar claro que Jesus é inocente e que os próprios romanos reconhecem o facto; por outro, Mateus sugere que não foi o império romano, mas sim o próprio judaísmo que rejeitou Jesus e a sua proposta de “Reino”. Os pagãos reconhecem a inocência de Jesus; mas o seu próprio Povo rejeita-O. A frase que, no contexto do julgamento de Jesus, Mateus atribui ao Povo (“o seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos” – Mt 27,25) deve também ser entendida neste enquadramento. Mateus explica dessa forma – aos cristãos que vêm do judaísmo – porque é que o judaísmo como conjunto está fora do “Reino”: o judaísmo rejeitou Jesus e quis eliminar a sua proposta.

• Também é exclusiva de Mateus a descrição dos factos que acompanharam a morte de Jesus: “o véu do Templo rasgou-se em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu e as rochas fenderam-se. Abriram-se os túmulos e muitos dos corpos de santos que tinham morrido ressuscitaram; e, saindo do sepulcro, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade e apareceram a muitos” (Mt 27,51-53). Através destes elementos, Mateus quer sublinhar a importância do momento. É o tipo de sinais que, segundo a tradição apocalíptica, precederiam a manifestação de Deus, no final dos tempos. Estes sinais mostram que, apesar do aparente fracasso de Jesus, Deus está ali, a manifestar-Se como o salvador e libertador do seu Povo.

• Finalmente, só Mateus narra o episódio da “guarda” do sepulcro (cf. Mt 27,62-66). Provavelmente, o relato de Mateus tem uma finalidade apologética… Para os cristãos, o sepulcro vazio era a evidência de que Jesus tinha ressuscitado; mas alguns grupos judeus puseram a circular o rumor de que o corpo de Jesus tinha sido roubado pelos discípulos. Mateus trata de explicar a origem do rumor e de negá-lo veementemente.
ACTUALIZAÇÃO
A reflexão pode partir dos seguintes dados:
• Celebrar a paixão e a morte de Jesus é abismar-se na contemplação de um Deus a quem o amor tornou frágil… Por amor, Ele veio ao nosso encontro, assumiu os nossos limites e fragilidades, experimentou a fome, o sono, o cansaço, conheceu a mordedura das tentações, tremeu perante a morte, suou sangue antes de aceitar a vontade do Pai; e, estendido no chão, esmagado contra a terra, atraiçoado, abandonado, incompreendido, continuou a amar. Desse amor resultou vida plena, que Ele quis repartir connosco “até ao fim dos tempos”: esta é a mais espantosa história de amor que é possível contar; ela é a boa notícia que enche de alegria o coração dos crentes.

Contemplar a cruz, onde se manifesta o amor e a entrega de Jesus, significa assumir a mesma atitude e solidarizar-se com aqueles que são crucificados neste mundo: os que sofrem violência, os que são explorados, os que são excluídos, os que são privados de direitos e de dignidade… Olhar a cruz de Jesus significa denunciar tudo o que gera ódio, divisão, medo, em termos de estruturas, valores, práticas, ideologias; significa evitar que os homens continuem a crucificar outros homens; significa aprender com Jesus a entregar a vida por amor… Viver deste jeito pode conduzir à morte; mas o cristão sabe que amar como Jesus é viver a partir de uma dinâmica que a morte não pode vencer: o amor gera vida nova e introduz na nossa carne os dinamismos da ressurreição.
FONTE: http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_ver.asp?liturgiaid=401

Quem abraça a cruz, tem a força da ressurreição
A cruz é a imagem mais pura e mais elevada que Deus deu se si mesmo. «Para saber quem é Deus, devo apenas ajoelhar-me aos pés da Cruz» – não é um simples devoto que o disse, mas Karl Rahner, um dos maiores teólogos do século XX. E vejo um homem nu cravado e moribundo. Um homem com os braços totalmente abertos num abraço que não renegará pela eternidade. Vejo um homem que nada pede para si, não grita: lembrai-vos de mim, procurai entender, defendei-me… Até ao fim esquece-se de si próprio e preocupa-se por quem morre ao seu lado: hoje, comigo, estarás no paraíso. Estavam lá muitas mulheres, que observavam de longe. Pequeno rebanho assustado e corajoso: a Igreja nasce da contemplação do rosto de Deus crucificado (C.M. Martini), a Igreja nasce naquelas mulheres, que têm para Jesus o mesmo olhar de amor e de dor que Deus tem sobre o mundo. As primeiras «pedras vivas» são mulheres. Para nos tornarmos Igreja, devemos também nós permanecer com estas mulheres junto às infinitas cruzes do mundo, onde Cristo está ainda hoje crucificado nos nossos irmãos, desprezados, humilhados, rejeitados, naufragados. Continuar a ler…

Domingo de Ramos: Da Cruz avista-se a manhã de Páscoa
A festa hoje é a Ressurreição mas com uma multidão que aclama um Homem humilhado, aparentemente submetido ao poder da morte e aos poderes deste mundo. Fazer do fracasso um êxito, converter a Cruz em esperança foi o que fizeram os primeiros cristãos, isto é, aqueles que reconheceram em Cristo o seu estandarte, o seu caminho, a sua Cruz. Esta festa coloca-nos nos antípodas dum cristianismo militante, também chamado social, e que traz com ele a tentação de esquecer a Cruz para restaurar uma imagem carnavalesca de um Cristo Rei dominador. Para esquecer a fragilidade de Deus e o escândalo que marca o Cristianismo, impedindo que nele se revelasse o invisível. A festa de Ramos traz consigo a inquietante questão: «Onde está o teu Deus?», e as contradições que a nossa vida conhece: nós somos os crucificados pascais, marcados pela assinatura da alegria-triste que está em tudo, pela treva luminosa em que se faz a vida. Continuar a ler…