"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Bye, Bye 2019. Good luck 2020!

Se acha que o ano passou a correr, há que parar um minuto para ver este vídeo AQUI. Em 2020 continuaremos juntos para todas as crianças. Crianças&Jovens que caminhando por AQUI e por AQUI, farão, sim, que tenhamos&vejamos amanhãs que cantam.
2020 será o início de uma nova década? Segu(i)ndo isto AQUI , não é, mas AQUI é à vontade do "freguês" - digamos assim. Numa antevisão, será o ano do superavite, mas também dos transportes, em especial dos comboios. O que vai acontecer ao turismo, a bancos como o Novo Banco ou o Montepio ou aos juros são algumas das 50 questões escolhidas pelo Expresso AQUI ou no anexo. 

Afinal, a ser provado e a acreditar nisto AQUI e AQUI ou seu anexo, Zeinal Bava, Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial Classe Comercial, Doutor Honoris Causa pela Universidade da Beira Interior, o melhor CEO em Portugal e melhor CEO do setor de telecomunicações da Europa, quer dizer, o génio, o mago, o craque, o crânio da gestão, pelos vistos, era-o mas da corrupção, qual aldrabão - rima e é verdade (?). Entretanto o que é infelizmente verdade: 
Ricos mais ricos, pobres mais pobres, classe média a aguentar-se. Isto AQUI ou no anexo é, em traços gerais, a grande conclusão que se retira da análise a 4 décadas (4x10= ternura dos 40 anos) de distribuição de rendimentos em Portugal. Sublinhe-se e sublinhado está, pois 40 anos não são 4 anões ou 4 an(j)inhos.´

FELIZ ANO NOVO!!! - desejo meu. E quem o não o quer assim? Só que o segredo está em não cometer "o grande erro de confundir o prazer com felicidade". Então, leia-se isto AQUI (faz batot😕 quem não o ler até ao fim) porque vale mesmo a pena. A não perder!!! - conselho meu. E mais outro ainda:
Que tal começá-lo com um super fácil exercício mental que sempre faz bem? Vamos lá! Basta um simples clique AQUI!

AGRADECER, CORRIGIR E DESEJAR AQUI.

domingo, 29 de dezembro de 2019

PALAVRA de DOMINGO: Contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la: EUCARISTIA, LITURGIA & VIDA!

Considerando:
1. "Três qualidades essenciais de uma homilia: Positiva, concreta, proféticaAQUI
2. "A Palavra de Deus no quotidiano da vida eclesialAQUI
3. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Para saber mais, clicar AQUI
4. "Os leitores mais atentos poderão confirmar se o Papa Francisco é coerente quando exige qualidade nas homilias como fez na exortação apostólica "A alegria do Evangelho" e a sua prática nas missas que celebra em Santa Marta. Basta ler o livro que reproduz muitas daquelas saborosas homilias feriais" - Pe. Rui Osório in JN de 11/1/2015 - "A verdade é um encontroAQUI
5Pregação «não é um sermão sobre um tema abstrato»: Vaticano apresenta diretório sobre homilias. Para saber mais clicar, AQUI
6Diretório homilético: Para falar de fé e beleza mesmo quando não se é «grande orador». Ver AQUI
7Papa mais,  pede aos padres para falarem ao «coração» e não fazerem «homilias demasiado intelectuais». Par saber mais, clicar AQUI.
8Porquê ir à missa ao domingo? Ler AQUI.
9. O que é que se faz para que a Eucaristia dominical seja algo de vital, de verdadeiramente comunitário, capaz de permitir o reconhecimento recíproco e uma autêntica fraternidade para quantos nela participam? Ler&saber AQUI.
108 conselhos dos santos para amar a Eucaristia AQUI.  

Então:
Tema da Festa da Sagrada Família - Ano A
A liturgia deste domingo propõe-nos a família de Jesus, como exemplo e modelo das nossas comunidades familiares… As leituras fornecem indicações práticas para nos ajudar a construir famílias felizes, que sejam espaços de encontro, de partilha, de fraternidade, de amor verdadeiro.

O Evangelho apresenta uma catequese sobre Jesus e a missão que o Pai lhe confiou; mas, sobretudo, propõe-nos o quadro de uma família exemplar – a família de Nazaré. Nesse quadro há duas coordenadas que são postas em relevo: trata-se de uma família onde existe verdadeiro amor e verdadeira solidariedade entre os seus membros; e trata-se de uma família que escuta Deus e que segue, com absoluta confiança, os caminhos por Ele propostos.
A segunda leitura sublinha a dimensão do amor que deve brotar dos gestos dos que vivem “em Cristo” e aceitaram ser Homem Novo. Esse amor deve atingir, de forma muito especial, todos os que connosco partilham o espaço familiar e deve traduzir-se em determinadas atitudes de compreensão, de bondade, de respeito, de partilha, de serviço.
A primeira leitura apresenta, de forma muito prática, algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais… É uma forma de concretizar esse amor de que fala a segunda leitura.
EVANGELHOMt 2,13-15.19-23
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Depois de os Magos partirem,

o Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe:
«Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe e foge para o Egipto
e fica lá até que eu te diga,
pois Herodes vai procurar o Menino para O matar».
José levantou-se de noite,
tomou o Menino e sua Mãe e partiu para o Egipto
e ficou lá até à morte de Herodes,
para se cumprir o que o Senhor anunciara pelo profeta:
«Do Egipto chamei o meu filho».
Quando Herodes morreu,
o Anjo apareceu em sonhos a José no Egipto e disse-lhe:
«Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe
e vai para a terra de Israel,
pois aqueles que atentavam contra a vida do Menino
já morreram».
José levantou-se, tomou o Menino e sua Mãe,
e voltou para a terra de Israel.
Mas, quando ouviu dizer que Arquelau reinava na Judeia,
em lugar de seu pai, Herodes,
teve receio de ir para lá.
E, avisado em sonhos, retirou-se para a região da Galileia
e foi morar numa cidade chamada Nazaré,
para se cumprir o que fora anunciado pelos Profetas:
«Há-de chamar-Se Nazareno».
AMBIENTE
O interesse fundamental dos primeiros cristãos não se centrou na infância de Jesus, mas na sua mensagem e proposta; por isso, conservaram especialmente as recordações sobre a vida pública e a paixão do Senhor.

Só num estádio posterior houve uma certa curiosidade acerca dos primeiros anos da vida de Jesus. Coligiram-se, então, algumas escassas informações históricas sobre a infância de Jesus e amassou-se esse material com reflexões e com a catequese que a comunidade fazia acerca de Jesus. O chamado “Evangelho da Infância” (de que faz parte o texto que nos é hoje proposto) assenta nessa base; parte de algumas indicações históricas e desenvolve uma reflexão teológica para explicar quem é Jesus. Nesta secção do Evangelho (cf. Mt 1-2), Mateus está muito mais interessado em dizer quem é Jesus, do que em fazer uma reportagem histórica sobre a sua infância.
Para compor o “Evangelho da Infância”, Mateus serviu-se de motivos e recursos literários que se utilizavam na literatura judia e helenística para contar a infância de heróis: misteriosos relatos de anunciação, ameaças contra a sua vida, intervenção de Deus, sinais extraordinários. Mateus serviu-se, ainda, de um recurso muito utilizado pelos escritores judaicos – o “midrash haggádico” (que consistia em comentar um texto da Escritura através de um pequeno relato). A diferença entre Mateus e os escritores judaicos é que, enquanto estes partiam de um texto da Escritura, o evangelista parte da figura de Jesus.
O nosso texto não deve, portanto, ser visto como uma informação histórica, mas como uma construção artificiosa, destinada a responder à questão: “quem é Jesus?”.
MENSAGEM
Na base do relato que nos é proposto, estão citações do Antigo Testamento… Mateus parte daí para apresentar uma reflexão cujo objectivo final é dizer quem é Jesus. Escrevendo para cristãos vindos do judaísmo, que conhecem bem o Antigo Testamento, Mateus recorre às antigas profecias para explicar quem é Jesus e qual a sua missão. Ao mesmo tempo, mostra como Jesus cumpriu plenamente essas antigas profecias.

Uma parte significativa do nosso texto (cf. Mt 2,13-15) está construída sobre Os 11,1 (“do Egipto chamei o meu filho”).
Mateus apresenta um conjunto de detalhes, a propósito deste episódio, que recordam os inícios da vida de Moisés: o massacre das crianças de Belém pelo rei Herodes (cf. Mt 2,16-18) recorda a ordem do faraó de atirar ao Nilo os bebés hebreus do sexo masculino (cf. Ex 1,22); a fuga do menino Jesus através do deserto (cf. Mt 2,14) recorda a fuga do jovem Moisés através do deserto para salvar a vida (cf. Ex 2,15); o regresso de Jesus do Egipto quando já tinham morrido aqueles que queriam matá-lo (cf. Mt 2,15) recorda o regresso de Moisés ao Egipto quando já tinham morrido aqueles que queriam matá-lo (cf. Ex 4,19)… Através destas referências, Jesus aparece como um novo Moisés, que libertará o novo Povo de Deus e que dará a nova Lei a esse Povo (cf. Mt 5-7).
Por outro lado, Mateus põe também em paralelo o caminho de Jesus e o caminho do Povo de Israel. A fuga de José com Maria e o menino recorda a ida para o Egipto da família de Jacob, que emigrou para o Egipto por desígnio de Deus (cf. Gn 46,1-7); como aconteceu com Israel, também Jesus sairá daí, chamado por Deus (cf. Mt 2,19-20), a fim de iniciar o novo e definitivo êxodo. Finalmente, o regresso de Jesus à terra de Canaan repete o caminho percorrido por Israel nos seus inícios… É uma forma de ensinar que, com Jesus, tem início um novo Povo de Deus e que Jesus será o libertador (ou o novo Moisés) que conduzirá esse Povo da terra da escravidão para a terra da liberdade.
Não é clara qual a citação profética que está na base da parte final do nosso texto (“será chamado nazoraios” – Mt 2,23), embora ela possa fazer referência a Jz 13,5 (“esse menino será nazireu de Deus desde o seio de sua mãe) e a Is 11,1 (“brotará um ramo do tronco de Jessé, um rebento – em hebraico: “neçer” – brotará das suas raízes”). Embora nem a citação de Juízes nem a citação de Isaías tenham nada a ver com Nazaré, Mateus usou-as pela semelhança fonética; o seu objectivo era mostrar aos judeus que, ao instalar-se em Nazaré (apesar de ter nascido em Belém), Jesus estava a cumprir as Escrituras e os desígnios de Deus.
Fica, portanto, aqui definida a catequese que revela quem é Jesus e qual a sua missão… A presença constante de Deus conduzindo a história, enviando o seu mensageiro, comunicando com José através dos sonhos, revela que este menino vem de Deus e que tem uma missão de Deus. Qual é essa missão? É dar início a um novo Povo de Deus e, como Moisés, conduzir esse Povo da terra da escravidão para a terra da liberdade.
Neste dia em que celebramos a Sagrada Família, convém também determo-nos um pouco sobre esta família de Nazaré. É uma família unida e solidária, que não hesita em afrontar os perigos do deserto e as incomodidades do exílio numa terra estrangeira, quando um dos membros corre riscos. Na família de Nazaré manifesta-se, desta forma, esse amor até ao extremo que supera todos os egoísmos e que se faz dom ao outro. Por outro lado, é uma família que escuta a Palavra de Deus, que está atenta aos sinais de Deus e que procura cumprir à risca os projectos de Deus.
José – que continua a ser o protagonista desta história, o representante dessa dinastia davídica que leva a cabo o projecto salvador de Deus – desempenha um papel muito belo… É o homem permanentemente atento às indicações de Deus, que sabe discernir o que Deus quer, que acata na obediência a vontade de Deus, que tudo arrisca e sacrifica em defesa da vida daquele menino que Deus lhe confiou.
ACTUALIZAÇÃO
A reflexão pode fazer-se a partir das seguintes questões:
• Este episódio do “Evangelho da Infância” apresenta-nos uma família – a Sagrada Família – que, como qualquer família de ontem, de hoje ou de amanhã, se defronta com crises, dificuldades e contrariedades (essas dificuldades que, em tantos outros casos, acabam por minar a unidade e a solidariedade familiar). No entanto, esta é uma família onde cada membro está solidário com o outro e está disposto a partilhar os riscos que o outro corre; esta é uma família onde cada membro aceita renunciar ao comodismo e sacrificar-se para que o outro possa viver; esta é uma família onde os problemas de um são os problemas de todos e onde todos estão dispostos a arriscar, quando se trata de defender o outro… Por isso, é uma família que se mantém unida e solidária. É assim a nossa família? Na nossa família há solidariedade? Sentimos os problemas do outro e empenhamo-nos seriamente em ajudá-lo a superar as dificuldades? Aquilo que acontece a um é sentido por todos? A nossa família é, apenas, um hotel onde temos (por um preço módico) casa, mesa e roupa lavada ou um verdadeiro espaço de encontro, de partilha, de fraternidade, de solidariedade, de amor?
• A Sagrada Família é também uma família onde se escuta a Palavra de Deus e onde se aprende a ler os sinais de Deus… É na escuta da Palavra que esta família consegue encontrar as soluções para vencer as contrariedades e para ajudar os membros a vencer os riscos que correm; é na escuta de Deus que esta família consegue descobrir os caminhos a percorrer, a fim de assegurar a cada um dos seus membros a vida e o futuro. A nossa família é uma família onde se escuta a Palavra de Deus, onde se procuram ler os sinais de Deus, onde se procura perceber o que Deus diz? Encontramos tempo para reunir a família à volta da Palavra de Deus e para partilhar, em família, a Palavra de Deus? A nossa família é uma família que reza?
• A Sagrada Família é, ainda, uma família que obedece a Deus… Diante das indicações de Deus, não discute nem argumenta; mas cumpre à risca os desígnios de Deus… E é precisamente o cumprimento obediente dos projectos de Deus que assegura a esta família um futuro de vida, de tranquilidade e de paz. A nossa família aceita com serenidade os esquemas e a lógica de Deus e percorre, com confiança, os caminhos de Deus?
• Neste tempo de Natal convém não esquecermos o tema central à volta do qual se constrói o Evangelho que hoje nos é proposto: Jesus é o Deus que vem ao nosso encontro, a fim de cumprir o projecto de salvação que o Pai tem para os homens… A sua missão passa por constituir um novo Povo de Deus, dar-lhe uma Lei (a Lei do “Reino”) e conduzi-lo para a terra da liberdade, para a vida definitiva. Estamos dispostos a acolher Jesus como o nosso libertador e a embarcar com Ele nessa caminhada da terra da escravidão para a terra da liberdade?


e/ou no vídeo AQUI.

S. José: Sonhar, caminhar, cuidar
O que faz José? Sonha, estreita junto de si a sua família, e põe-se a caminho. Três ações: seguir um sonho, caminhar e cuidar. Três verbos decisivos para cada família e para cada indivíduo; mais, para o destino do mundo. Sonhar é o primeiro verbo. É o verbo de quem não se contenta com o mundo tal como é. Um grão de sonho, caído dentro das engrenagens da história, é suficiente para mudar-lhe o curso. José, no seu sonho, não vê imagens, escuta palavras, é um sonho de palavras. É o mesmo que é concedido a cada um de nós, nós todos temos o Evangelho que nos habita com o seu sonho de novos Céus e nova Terra. Para saber mais, clicar AQUI.


«Os que atentavam contra a vida do Menino» 
 Um anjo apareceu em sonhos a São José, e avisou-o de que Herodes andava à procura do Menino Jesus para Lhe tirar a vida: «Levanta-te, toma contigo o Menino e sua Mãe e foge para o Egito». Ainda mal nasceu, já Jesus é perseguido de morte. [...] José obedece sem demora à voz do anjo: acordando sua santa esposa, pega em algumas ferramentas que pudesse levar consigo, a fim de exercer a sua profissão no Egito e ter com que sustentar a família. Maria, por seu turno, reúne as roupas necessárias a seu divino Filho; e depois, aproximando-se do berço onde Ele repousava, ajoelha-se, beija os pés de seu querido Filho e, por entre lágrimas de ternura, diz-Lhe: «Meu Filho e meu Deus, que vieste ao mundo para salvar os homens; ainda mal nasceste e já os homens vêm à tua procura para Te dar a morte!» Pega ele e, continuando a chorar, os dois santos esposos fecham a porta e põem-se a caminho de noite. [...]

Meu bem-amado Jesus, Tu és o Rei do Céu e vejo-Te errar como fugitivo sob a aparência de uma criança. Que procuras?, diz-me. A tua pobreza e o teu abaixamento emocionam-me de compaixão; mas aquilo que me aflige mais é a negra ingratidão com que Te vejo tratado por aqueles que vieste salvar. Tu choras, e também eu choro, por ter sido um daqueles que Te desprezaram e Te perseguiram; a partir de agora, porém, preferirei a tua graça a todos os reinos do mundo. 
 Perdoa-me todos os ultrajes que Te fiz; permite-me que, na viagem desta vida para a eternidade, Te leve no meu coração, a exemplo de Maria, que Te levou nos seus braços durante a fuga para o Egito. Meu Redentor bem-amado, foram muitas as vezes em que Te expulsei da minha alma, mas tenho confiança, agora que voltaste a tomar conta dela. E suplico-Te que a prendas a Ti pelas doces cadeias do teu amor.


Santo Afonso-Maria de Ligório (1696-1787)
bispo, doutor da Igreja
Meditações sobre a Oitava da Epifania, n.° 3

As lições da Sagrada Família

A família atual só poderá se reencontrar e salvar a sociedade se souber olhar para a Sagrada Família e copiar o seu modo de vida. Para saber mais clicar AQUI.





sábado, 28 de dezembro de 2019

inPRENSA semanal (22 a 28-12-2019): a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão.     

Consumidores pagam dívidas de 6 milhões de euros de empresas de electricidade falidas
União homossexual é uma “expressão legítima do ser humano”, reconhece Vaticano
Revelado o arquiteto-mistério da famosa Torre de Pisa. Tinha vergonha da sua obra
ADRIANA ESTÁ A AJUDAR A REESCREVER A HISTÓRIA DOS REFUGIADOS
BPN já consumiu o dobro do que o Estado gasta em pensões de sobrevivência
Ricciardi: “Posição do BES na EDP foi um pedido de Sócrates”
Ambientalistas alertaram em 2018 para risco de cheias no Mondego. "Lamentavelmente, não serviu de nada"
Marcelo visita (com direito a “selfies”) tropas portuguesas em Cabul. "Portugal não se defende só nas fronteiras"
Cardeal D. José Tolentino Mendonça recebe Medalha de Mérito da Madeira
Papa à Cúria. "Já não estamos na cristandade!"
Processo de destituição e eleições
Aura Miguel convida Germano Silva
O cardeal que não gosta de segredos
Figuras e acontecimentos de 2019: na votação online em curso, Ventura e Trump mantêm liderança nas escolhas dos leitores
Figura internacional do ano: Greta Thunberg, a miúda que pôs os holofotes na crise climática
Acontecimento Internacional do Ano. Protestos em Hong Kong, em defesa da democracia
A força do Natal
A Rússia desligou-se da Internet mundial com sucesso
David Wallace-Wells: “O século XXI será definido pelas alterações climáticas”
“Por favor, ajude-nos”: alerta para o trabalho forçado num cartão de Natal
O impressionante relato de um ex-funcionário da Huawei: uma entrevista que está a dar que falar
Brincadeira de Crianças?
O balonista e o comentador
Públicas preparam melhor para a universidade
OUTROS ACONTECIMENTOS NACIONAIS
OUTRAS FIGURAS NACIONAIS
O cardeal que não gosta de segredos
OUTROS ACONTECIMENTOS INTERNACIONAIS 
As nossas escolhas de 2019
Quando a política dá vontade de fugir
Opus, maçonaria e tiques autoritários
 A SOLIDÃO DO NATAL
Um Orçamento para contar os dias
O valor de um elogio
Estará o crescimento ultrapassado?
Costumes católicos do Natal: uma arca de tesouros espirituais, culturais e até gastronómicos!
Aura Miguel convida Viriato Soromenho Marques
Papa: "Nós mudamos, a Igreja muda, a história muda, quando começamos a querer mudar, não os outros, mas a nós mesmos"
O que disse o Papa Francisco ao mundo? Análise da Mensagem Urbi et Orbi e da Homilia de Natal
Zeinal Bava queria pagar 77 mil euros para travar investigação a bónus de 8,8 milhões
 Crédito Agrícola pagava dois mil euros a mulher do presidente para garantir “estabilidade emocional”
O problema militar
Centeno tira dinheiro do Banco de Portugal (e chama a si liquidez do Estado)
Há 50% de probabilidade de que Notre Dame não possa ser salva
O Papa não pode fazer tudo sozinho
Jean-Paul Sartre e o Natal
Vikings não só matavam e saqueavam (também ajudaram a espalhar o cristianismo)
Carimbo de escola de Sintra ajudou a financiar o Estado Islâmico
Governo só aprovará venda das barragens da EDP se ficarem a pagar impostos em Portugal

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

ESPIRITUALIDADE: Papa apresenta carta sobre o presépio

O Papa assinou no dia 1 de Dezembro esta carta apostólica ‘Admirabile Signum’ (sinal admirável) AQUI, sobre o significado e valor do presépio, a representação do nascimento de Jesus, um “acontecimento único e extraordinário que mudou o curso da história”. Francisco destaca mensagem sobre «pobreza» e «despojamento», que deve inspirar celebração do Natal e faz um apelo: “quero apoiar a bonita tradição das nossas famílias de prepararem o presépio, nos dias que antecedem o Natal, e também o costume de o armarem nos lugares de trabalho, nas escolas, nos hospitais, nos estabelecimentos prisionais, nas praças”.

O presente do “Cara-Feia”


urso corações m



A mãe estava sentada na cadeira de imitação de cabedal, no consultório médico, a mexer nas unhas com nervosismo. Rugas de preocupação sulcavam-lhe a testa, enquanto olhava para Kenny, de cinco anos, sentado no tapete à frente dela.
«Ele é pequeno para a idade e muito magro», pensou. O cabelo louro do menino caía-lhe macio e liso sobre as orelhas. Ligaduras de gaze branca envolviam-lhe a cabeça, tapando-lhe os olhos e prendendo-lhe as orelhas.
No regaço fazia saltar um ursinho de peluche estragado. Era o orgulho da sua vida, embora lhe faltassem um braço e um olho. A mãe tentara por duas vezes deitar fora o urso para o substituir por um novo, mas ele ficara tão nervoso que ela desistira. Inclinou a cabeça um pouco para o lado e sorriu-lhe. «De facto, é tudo o que tem», disse para si mesma, suspirando.
Uma enfermeira apareceu à porta.
— Kenny Ellis — anunciou ela, e a jovem mãe pegou no filho e seguiu a enfermeira até à sala de observação. O corredor cheirava a anti-sépticos e a ligaduras. Desenhos a lápis, feitos por crianças, revestiam as paredes.— O médico virá daqui a pouco — disse a enfermeira, com um sorriso eficiente. — Sente-se, por favor.
A mãe colocou Kenny sobre a mesa de observação.
— Tem cuidado, querido, para não caíres.
— Estou muito alto, mãe?
— Não, querido, mas tem cuidado.
Kenny apertou o ursinho com mais força.
— Também não quero que o Cara-Feia caia.
A mãe sorriu. O sorriso curvou-lhe os cantos da boca, transformando-se num esgar de preocupação. Afastou o cabelo do rosto do filho e acariciou-lhe a face, suave como veludo, com as costas da mão. Quando a música do consultório mudou para uma versão atual de Noite Feliz, recordou o acidente pela milésima vez.
Há anos que cozinhava nos bicos de trás. Mas lá estava, mesmo à frente, a água a ferver para a papa de aveia.
O telefone tocou na sala de estar. Era mais uma daquelas chamadas com «ofertas» caríssimas. No momento em que pousava o telefone na mesa, Kenny, na cozinha, soltou um grito, um grito horrível de dor, capaz de gelar as veias de uma mãe.
Estremeceu de novo com a recordação e limpou uma lágrima que lhe corria pela face. Tinham esperado seis semanas por aquele dia. «Poderemos tirar as ligaduras na semana antes do Natal», dissera o médico.
A porta da sala abriu-se repentinamente e o Dr. Harris entrou.
— Bom dia, Sr.ª Ellis — disse ele, prazenteiramente. — Como se sente hoje?
— Bem, obrigada — disse ela. Mas estava demasiado apreensiva para conversas banais.
O Dr. Harris debruçou-se na banca e lavou cuidadosamente as mãos. Era cauteloso com os doentes, mas descuidado consigo próprio. Raramente arranjava tempo para cortar o cabelo, e o cabelo preto e liso chegava-lhe ao colarinho. A gravata desapertada permitia que o colarinho ficasse aberto no pescoço.
— Então — disse ele, sentando-se num banco — vamos lá dar uma vista de olhos.
Suavemente, cortou a ligadura com uma tesoura e desprendeu-a da cabeça de Kenny. A ligadura caiu, deixando dois quadrados lisos de gaze, presos com adesivo, sobre os olhos de Kenny. Devagar, o Dr. Harris levantou as pontas do adesivo, esforçando-se por não ferir a pele fina do menino.
Kenny abriu lentamente os olhos, pestanejou várias vezes como se a claridade súbita o ferisse. Em seguida, olhou para a mãe e sorriu.
— Olá, mamã! — disse.
Sufocando e incapaz de falar, a mãe lançou os braços à volta do pescoço de Kenny. Durante vários minutos, não pôde dizer nada, enquanto abraçava o filho e chorava de gratidão. Por fim, olhou para o médico com os olhos rasos de água.
— Não sei como lhe poderei pagar — disse ela.
— Já falámos disso — interrompeu o médico, acenando com a mão. — Sei qual é a sua situação, e a do Kenny. Ainda bem que pude ajudar.
A mãe passou um lenço puído nos olhos, levantou-se e pegou na mão de Kenny. Mas, quando se virou para a porta, Kenny soltou-se e ficou parado um longo momento, a olhar indeciso para o médico. Em seguida pegou no braço do urso e estendeu-o ao médico.
— Aqui tem — disse. — Fique com o meu Cara-Feia. Deve valer muito dinheiro.
O Dr. Harris pegou no urso estragado com ambas as mãos.
— Obrigado, Kenny. Vale muito mais do que os meus serviços.
Os últimos dias, antes do Natal, foram particularmente bons para Kenny e para a mãe. Sentavam-se nas longas noites, a olhar para as luzes da árvore de Natal, que acendiam e apagavam. As ligaduras tinham tapado os olhos de Kenny durante seis semanas, por isso o menino parecia ainda relutante em os fechar para dormir. O fogo que dançava na lareira, os flocos de neve que se colavam às janelas do quarto, os dois pequenos embrulhos por debaixo da árvore – todas as luzes e cores da festa o fascinavam!
Na véspera de Natal tocaram e a mãe de Kenny foi abrir a porta da rua. Não estava lá ninguém, mas havia uma caixa grande, embrulhada em papel dourado com uma fita vermelha, larga e com um laço. Uma etiqueta presa ao laço identificava a caixa como destinada a Kenny Ellis.
Com um sorriso, Kenny tirou a fita, levantou a tampa e retirou um ursinho – o seu querido Cara-Feia. Só que agora tinha um braço novo de bombazine castanha, e dois olhos, feitos de botões, que brilhavam na luz suave do Natal. Kenny não pareceu importar-se por o braço novo não condizer com o outro. Abraçou o ursinho e riu.
No meio do papel de seda dentro da caixa, a mãe encontrou um cartão. «Querido Kenny», dizia, «às vezes consigo curar os meninos e as meninas, mas a Sr.ª Harris ajudou a consertar o Cara-Feia. É melhor médica do que eu. Feliz Natal! Dr. Harris.»
— Olha, mãe — Kenny sorriu, apontando para os olhos de botões. — O Cara-Feia vê outra vez, tal como eu!
Garry Swanson

EFEMÉRIDE/RECORDAÇÃO/COMEMORAÇÃO: É NATAL!

Recentemente, alguns cristãos assumiram a organização de refeições para os pobres e para quem está só, recolhendo-os em salões paroquiais ou em igrejas. Boas ações, certamente, mas eu sonho que nestes dias das festas cada família, cada núcleo de convivência, chame à sua mesa alguém que esteja só entre os imigrantes, os pobres, os velhos sós: sim, à sua mesa! Para saber mais, clicar AQUI.

A modernidade pode ser lida também como insurreição do Evangelho contra a religião, porque Deus quer o homem livre, e porque nada nos obriga a acreditar num Deus que se revelou na cruz em Jesus Cristo, na humildade e na pobreza humana. Um Deus sobre a cruz não nos ameaça, mas deixa-nos a liberdade de crer e de não crer, enquanto outras imagens de Deus, forjadas por crentes nele, durante muito tempo o tornaram perverso, vingativo, fazendo dele um dominador omnipotente que reclamava glória e honra. Para saber mais clicar AQUI.

«No termo da estrada não está a estrada, mas a meta. No termo da escalada não está a escalada, mas o cume. No termo da noite não está a noite, mas a aurora. No termo do inverno não está o inverno, mas a primavera. No termo da morte não está a morte, mas a vida. No termo da humanidade não está o homem, mas o Homem-Deus. No termo do Advento não está o Advento, mas o Natal. A espera não deve desfazer-se numa inquietude infinita.». Para saber mais clicar AQUI.

Perante a maravilha do Deus – deus mítico para os não-crentes, mas deus poético, ainda assim – que se faz carne de forma não-mágica, respeitando os algoritmos da cósmica combinatória genética, sendo gerado em humana carne, parido por humana carne, aleitado por humano seio, invoque-se a beleza dos meios do amor divino e humano. Admire-se o esplendor real da santa maravilha da carne humana de Deus. Sem magia. O Natal não é mágico: é maravilhoso. Paras saber mais clicar AQUI.


A SOLIDÃO DO NATAL. É PRECISO ABRAÇAR A ESCURIDÃO E O SILÊNCIO DA CONDIÇÃO HUMANA PARA COMPREENDER O ADMIRÁVEL SINAL QUE EMERGE ESPANTOSAMENTE VIZINHO A NÓS. Para saber mais clicar AQUI.

- Dois Poemas de Natal de David Mourão-Ferreira (1948 - 1988) AQUI.


- Costumes católicos do Natal: uma arca de tesouros espirituais, culturais e até gastronómicos AQUI.

- É véspera de Natal e a turminha se desentende até para ver quem canta a melhor música natalina. Será que eles vão se contagiar com o espírito de paz da data ou vão continuar a competir? Assista AQUI.

- O verdadeiro sentido do Natal! (MotiveAção 44) Padre Chrystian Shankar AQUI.

Presépio dos nossos dias..


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