"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























quinta-feira, 30 de março de 2017

ESPIRITUALIDADE: A oração «é a melhor arma que temos para enfrentar a vida»

«O primado da oração vai para a escuta. Bastam poucas palavras ditas com discrição, como nos ensinou Jesus no Pai-nosso. Poucos pedidos, os essenciais: pão e misericórdia. Não precisamos de mais nada.» Em entrevista ao jornal do Vaticano, "L'Osservatore Romano", o prior da comunidade monástica italiana de Bose, Enzo Bianchi, fala do que mudou na oração ao longo dos séculos e daquilo que se mantém imutável, dos seus enigmas e dificuldades, da sua imprescindibilidade e do primado da escuta. Para saber mais, clicar AQUI.

quarta-feira, 29 de março de 2017

REFLEXÃO/ATENCÃO/MEDITAÇÃO: O dom da fragilidade e Conselhos para a felicidade: mas como se permite?

O dom da fragilidade
Lidar com a «fragilidade humana» não é algo de especialmente próprio de certos trabalhos, mas o modo comum de as pessoas se relacionarem: todos nós nos relacionamos com as nossas fragilidades, pois todos somos frágeis e não há modo algum de afastar as fragilidades quando partimos para qualquer relação, humana ou outra, por exemplo, com o próprio Deus. Não é a comum fragilidade humana que é problemática, pois é transcendental, isto é, comum a toda a humanidade, mas certas formas de especial fragilidade humana. No seio destas, especialmente as que põem em causa, mediata ou imediatamente, quer a vida humana quer o sentido humano. para saber mais, clicar AQUI.
Conselhos para a felicidade: mas como se permite?
Um dos géneros literários que desde sempre me tem deixado mais perplexo é o dos conselhos para se ser feliz, para se estar em paz consigo próprio e com o mundo à volta. Com que autoridade, a partir de que experiência há quem se permita dizer que coisas fazer para se ser feliz? E que ideia de felicidade está por trás e se quer comunicar? Para saber mais, clicar AQUI.

terça-feira, 28 de março de 2017

FILME&CINEMA: "São Jorge"

O realizador Marco Martins quis mostrar como os pobres e os excluídos passaram pelo período de intervenção da troika a partir de 2011. Para isso, recorre a gente real que a sentiu na pele. “São Jorge" quer ser um documento da crise financeira que se tornou também numa crise social e humana. Para saber mais, clicar AQUI.



segunda-feira, 27 de março de 2017

LIVRO&LEITURA: "Peregrinação - Testemunhos que nos unem" e "Jesus vulnerável"

Alexandra Lucas Coelho, Ana Zanatti, Helena Roseta, Inês Pedrosa, Jaime Nogueira Pinto, João Botelho, João Canijo, João Tordo, Lia Gama, Lídia Jorge, Margarida Rebelo Pinto, Maria Antónia Palla, Maria do Céu Guerra, Maria Teresa Horta, Mário Zambujal, Patrícia Reis, Rui Tavares, Rui Zink, Tozé Brito e Vitorino Salomé são algumas das sete dezenas de personalidades do meio artístico, cultural e académico português que aceitaram contar à jornalista e escritora Leonor Xavier, «uma mulher de fé», as ressonâncias afetivas, literárias e espirituais da peregrinação. Para saber mais, clicar AQUI.


«Uma meditação sobre a fragilidade que todos levamos no mais íntimo de nós mesmos. Fragilidade que Jesus assumiu plenamente, fazendo-se humano como nós.» Esta é a proposta do novo livro "Jesus vulnerável", de Jean Vanier, que vive «há mais de cinquenta anos numa comunidade que acolhe pessoas com deficiências físicas e mentais, naturalmente frágeis e vulneráveis e, por isso, profundamente humanas». Para saber mais, clicar AQUI.

domingo, 26 de março de 2017

PALAVRA DE DOMINGO: Contextual​izá-la para bem a entender e melhor vivê-la: EUCARISTIA, LITURGIA & VIDA!

Considerando:
1. "Três qualidades essenciais de uma homilia: Positiva, concreta, profética" AQUI
2. "A Palavra de Deus no quotidiano da vida eclesial" AQUI
3. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Para saber mais, clicar AQUI
4. "Os leitores mais atentos poderão confirmar se o Papa Francisco é coerente quando exige qualidade nas homilias como fez na exortação apostólica "A alegria do Evangelho" e a sua prática nas missas que celebra em Santa Marta. Basta ler o livro que reproduz muitas daquelas saborosas homilias feriais" - Pe. Rui Osório in JN de 11/1/2015 - "A verdade é um encontro" AQUI
5. Pregação «não é um sermão sobre um tema abstrato»: Vaticano apresenta diretório sobre homilias. Para saber mais clicar, AQUI
6. Diretório homilético: Para falar de fé e beleza mesmo quando não se é «grande orador». Ver AQUI





Então:
Tema do 4º Domingo da Quaresma
As leituras deste Domingo propõem-nos o tema da “luz”. Definem a experiência cristã como “viver na luz”.
No Evangelho, Jesus apresenta-se como “a luz do mundo”; a sua missão é libertar os homens das trevas do egoísmo, do orgulho e da auto-suficiência. Aderir à proposta de Jesus é enveredar por um caminho de liberdade e de realização que conduz à vida plena. Da acção de Jesus nasce, assim, o Homem Novo – isto é, o Homem elevado às suas máximas potencialidades pela comunicação do Espírito de Jesus.
Na segunda leitura, Paulo propõe aos cristãos de Éfeso que recusem viver à margem de Deus (“trevas”) e que escolham a “luz”. Em concreto, Paulo explica que viver na “luz” é praticar as obras de Deus (a bondade, a justiça e a verdade).
A primeira leitura não se refere directamente ao tema da “luz” (o tema central na liturgia deste domingo). No entanto, conta a escolha de David para rei de Israel e a sua unção: é um óptimo pretexto para reflectirmos sobre a unção que recebemos no dia do nosso Baptismo e que nos constituiu testemunhas da “luz” de Deus no mundo.
EVANGELHOJo 9,1-41
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo,
Jesus encontrou no seu caminho um cego de nascença.
Os discípulos perguntaram-Lhe:
«Mestre, quem é que pecou para ele nasceu cego?
Ele ou os seus pais?
Jesus respondeu-lhes:
«Isso não tem nada que ver com os pecados dele ou dos pais;
mas aconteceu assim
para se manifestarem nele as obras de Deus.
É preciso trabalhar, enquanto é dia,
nas obras d’Aquele que Me enviou.
Vai cegar a noite, em que ninguém pode trabalhar.
Enquanto Eu estou no mundo, sou a luz do mundo».
Dito isto, cuspiu em terra,
fez com a saliva um pouco de lodo e ungiu os olhos do cego.
Depois disse-lhe:
«Vai lavar-te à piscina de Siloé»; Siloé quer dizer «Enviado».
Ele foi, lavou-se e ficou a ver.
Entretanto, perguntavam os vizinhos
e os que antes o viam a mendigar:
«Não é este o que costumava estar sentado a pedir esmola?»
Uns diziam: «É ele».
Outros afirmavam: «Não é. É parecido com ele».
Mas ele próprio dizia: «Sou eu».
Perguntaram-lhe então:
«Como foi que se abriram os teus olhos?»
Ele respondeu:
«Esse homem, que se chama Jesus, fez um pouco de lodo,
ungiu-me os olhos e disse-me:
‘Vai lavar-te à piscina de Siloé’.
Eu fui, lavei-me e comecei a ver».
Perguntaram-lhe ainda: «Onde está Ele?»
O homem respondeu: «Não sei».
Levaram aos fariseus o que tinha sido cego.
Era sábado esse dia em que Jesus fizeram lodo
e lhe tinha aberto os olhos.
Por isso, os fariseus perguntaram ao homem
como tinha recuperado a vista.
Ele declarou-lhes: «Jesus pôs-me lodo nos olhos;
depois fui lavar-me e agora vejo».
Diziam alguns dos fariseus:
«Esse homem não vem de Deus, porque não guarda o sábado».
Outros observavam:
«Como pode um pecador fazer tais milagres?»
E havia desacordo entre eles.
Perguntaram então novamente ao cego:
«Tu que dizias d’Aquele que te deu a vista?»
O homem respondeu: «É um profeta».
Os judeus não quiseram acreditar
que ele tinha sido cego e começara a ver.
Chamaram então os pais dele e perguntaram-lhes:
«É este o vosso filho? É verdade que nasceu cego?
Como é que agora vê?»
Os pais responderam:
«Sabemos que este é o nosso filho e que nasceu cego;
mas não sabemos como é que ele agora vê,
nem sabemos quem lhe abriu os olhos.
Ele já tem idade para responder: perguntai-lho vós».
Foi por medo que eles deram esta resposta,
porque os judeus tinham decidido expulsar da sinagoga
quem reconhecesse que Jesus era o Messias.
Por isso é que disseram:
«Ele já tem idade para responder; perguntai-lho vós».
Os judeus chamaram outra vez o que tinha sido curado
e disseram-lhe: «Dá glória a Deus.
Nós sabemos que esse homem é pecador».
Ele respondeu: «Se é pecador, não sei.
O que sei é que eu era cego e agora vejo».
Perguntaram-lhe então:
«Que te fez Ele? Como te abriu os olhos?»
O homem replicou:
«Já vos disse e não destes ouvidos.
Porque desejais ouvi-lo novamente?
Também quereis fazer-vos seus discípulos?»
Então insultaram-no e disseram-lhe:
«Tu é que és seu discípulo; nós somos discípulos de Moisés;
mas este, nem sabemos de onde é».
O homem respondeu-lhes:
«Isto é realmente estranho: não sabeis de onde Ele é,
mas a verdade é que Ele me deu a vista.
Ora, nós sabemos que Deus não escuta os pecadores,
mas escuta aqueles que O adoram e fazem a sua vontade.
Nunca se ouviu dizer que alguém tenha aberto os olhos
a um cego de nascença.
Se Ele não viesse de Deus, nada podia fazer».
Replicaram-lhe então eles:
«Tu nasceste inteiramente em pecado e pretendes ensinar-nos?»
E expulsaram-no.
Jesus soube que o tinham expulsado
e, encontrando-o, disse-lhe:
«Tu acreditas no Filho do homem?»
Ele respondeu-Lhe:
«Senhor, quem é Ele, para que eu acredite?»
Disse-lhe Jesus;
«Já O viste: é Quem está a falar contigo».
O homem prostrou-se diante de Jesus e exclamou:
«Eu creio, Senhor».
Então Jesus disse-lhe:
«Eu vim para exercer um juízo:
os que não vêem ficarão a ver;
os que vêem ficarão cegos».
Alguns fariseus que estavam com Ele, ouvindo isto,
perguntaram-Lhe:
«Nós também somos cegos?»
Respondeu-lhes Jesus:
«Se fôsseis cegos, não teríeis pecado.
Mas como agora dizeis: ‘Não vemos’,
o vosso pecado permanece».
AMBIENTE
Já vimos, na semana passada, que o Evangelho segundo João procura apresentar Jesus como o Messias, Filho de Deus, enviado pelo Pai para criar um Homem Novo. Também vimos que, no chamado “Livro dos Sinais” (cf. Jo 4,1-11,56), o autor apresenta – recorrendo aos “sinais” da água (cf. Jo 4,1-5,47), do pão (cf. Jo 6,1-7,53), da luz (cf. Jo 8,12-9,41), do pastor (cf. Jo 10,1-42) e da vida (cf. Jo 11,1-56) – um conjunto de catequeses sobre a acção criadora do Messias.
O nosso texto é, exactamente, a terceira catequese (a da luz) do “Livro dos Sinais”: através do “sinal” da “luz”, o autor vai descrever a acção criadora e vivificadora de Jesus. A catequese sobre a “luz” é colocada no contexto da “Festa de Sukkot” (a festa das colheitas); um dos ritos mais populares dessa festa era, exactamente, a iluminação dos quatro grandes candelabros do átrio das mulheres, no Templo de Jerusalém.
No centro do quadro aparece-nos (além de Jesus) um cego. Os “cegos” faziam parte do grupo dos excluídos da sociedade palestina de então. As deficiências físicas eram consideradas – pela teologia oficial – como resultado do pecado (os rabbis da época chegavam a discutir de onde vinha o pecado de alguém que nascia com uma deficiência: se o defeito era o resultado de um pecado dos pais, ou se era o resultado de um pecado cometido pela criança no ventre da mãe).
Segundo a concepção da época, Deus castigava de acordo com a gravidade da culpa. A cegueira era considerada o resultado de um pecado especialmente grave: uma doença que impedisse o homem de estudar a Lei era considerada uma maldição de Deus por excelência. Pela sua condição de impureza notória, os cegos eram impedidos de servir de testemunhas no tribunal e de participar nas cerimónias religiosas no Templo.
MENSAGEM
O nosso texto não é uma reportagem jornalística sobre a cura de um cego; mas é uma catequese, na qual se apresenta Jesus como a “luz” que veio iluminar o caminho dos homens. O “cego” da nossa história é um símbolo de todos os homens e mulheres que vivem na escuridão, privados da “luz”, prisioneiros dessas cadeias que os impedem de chegar à plenitude da vida. A reflexão apresenta-se em vários quadros.
No primeiro quadro (vers. 2-5), Jesus apresenta-se como “a luz do mundo”. Jesus e os discípulos estão diante de um cego de nascença. De acordo com a teologia da época, o sofrimento era sempre resultado do pecado; por isso, os discípulos estavam preocupados em saber se foi o cego que pecou ou se foram os seus pais. Jesus desmonta esta perspectiva e nega qualquer relação entre pecado e sofrimento. No entanto, a ocasião é propícia para ir mais além; e Jesus aproveita-a para mostrar que a missão que o Pai lhe confiou é ser “a luz do mundo” e encher de “luz” a vida dos que vivem nas trevas.
No segundo quadro (vers. 6-7), Jesus passa das palavras aos actos e prepara-se para dar a “luz” ao cego. Começa por cuspir no chão, fazer lodo com a saliva e ungir com esse lodo os olhos do cego. O gesto de fazer lodo reproduz, evidentemente, o gesto criador de Deus de Gn 2,7 (quando Deus amassou o barro e modelou o homem). A saliva transmitia, pensava-se, a própria força ou energia vital (equivale ao sopro de Deus, que deu vida a Adão – cf. Gn 2,7). Assim, Jesus juntou ao barro a sua própria energia vital, repetindo o gesto criador de Deus. A missão de Jesus é criar um Homem Novo, animado pelo Espírito de Jesus.
No entanto, a cura não é imediata: requer-se a cooperação do enfermo. “Vai lavar-te na piscina de Siloé” – diz-lhe Jesus. A disponibilidade do cego em obedecer à ordem de Jesus é um elemento essencial na cura e sublinha a sua adesão à proposta que Jesus lhe faz. A referência ao banho na piscina do “enviado” (o autor deste texto tem o cuidado de explicar que Siloé significa “enviado”) é, evidentemente, uma alusão à água de Jesus (o enviado do Pai), essa água que torna os homens novos, livres das trevas/escravidão. A comunidade joânica pretenderá, certamente, fazer aqui uma catequese sobre o baptismo: quem quiser sair das trevas para viver na luz, como Homem Novo, tem de aceitar a água do baptismo – isto é, tem de optar por Jesus e acolher a proposta de vida que Ele oferece.
Depois, o autor do texto coloca em cena várias personagens; essas personagens vão assumir representar vários papéis e assumir atitudes diversas diante da cura do cego.
Os primeiros a ocupar a cena são os vizinhos e conhecidos do cego (vers. 8-12). A imagem do cego, dependente e inválido, transformado em homem livre e independente, leva os seus concidadãos a interrogar-se. Percebem que de Jesus vem o dom da vida em plenitude; talvez anseiem pelo encontro com Jesus, mas não se atrevem a dar o passo definitivo (ir ao encontro de Jesus) para ter acesso à “luz”. Representam aqueles que percebem a novidade da proposta que Jesus traz, que sabem que essa proposta é libertadora, mas que vivem na inércia, no comodismo e não estão dispostos a sair do seu “cantinho”, do seu mundo limitado, para ir ao encontro da “luz”.
Um outro grupo que aparece em cena é o dos fariseus (vers. 13-17). Eles sabem perfeitamente que Jesus oferece a “luz”; mas recusam-na liminarmente. Para eles, interessa continuar com o esquema das “trevas”. Representam aqueles que têm conhecimento da novidade de Jesus, mas não estão dispostos a acolhê-la. Sentem-se mais confortáveis nos seus esquemas de escravidão e auto-suficiência e não estão dispostos a renunciar às “trevas”. Mais: opõem-se decididamente à “luz” que Jesus oferece e não aceitam que alguém queira sair da escravidão para a liberdade. Quando constatam que o homem curado por Jesus não está disposto a voltar atrás e a regressar aos esquemas de escravidão, expulsam-no da sinagoga: entre as “trevas” (que os dirigentes querem manter) e a “luz” (que Jesus oferece), não pode haver compromisso.
Depois, aparecem em cena os pais do cego (vers. 18-23). Eles limitam-se a constatar o acontecimento (o filho nasceu cego e agora vê), mas evitam comprometer-se. Na sua atitude, transparece o medo de quem é escravo e não tem coragem de passar das “trevas” para a “luz”. O texto explica, inclusive, que eles “tinham medo de ser expulsos da sinagoga”. A “sinagoga” designava o local do encontro da comunidade israelita; mas designava, também, a própria comunidade do Povo de Deus. Ser expulso da “sinagoga” significava a excomunhão, o risco de ser declarado herege e apóstata, de perder os pontos de referência comunitários, o cair na solidão, no ridículo, no descrédito e na marginalidade. Preferem a segurança da ordem estabelecida – embora injusta e opressora – do que os riscos da vida livre. Representam todos aqueles que, por medo, preferem continuar na escravidão, não provocar os dirigentes ou a opinião pública, do que correr o risco de aceitar a proposta transformadora de Jesus.
Finalmente, reparemos no “percurso” que o homem curado por Jesus faz. Antes de se encontrar com Jesus, é um homem prisioneiro das “trevas”, dependente e limitado. Depois, encontra-se com Jesus e recebe a “luz” (do encontro com Jesus resulta sempre uma proposta de vida nova para o homem). O relato descreve – com simplicidade, mas também de uma forma muito bela – a progressiva transformação que o homem vai sofrendo. Nos momentos imediatos à cura, ele não tem ainda grandes certezas (quando lhe perguntam por Jesus, responde: “não sei”; e quando lhe perguntam quem é Jesus, ele responde: “é um profeta”); mas a “luz” que agora brilha na sua vida vai-o amadurecendo progressivamente. Confrontado com os dirigentes e intimado a renegar a “luz” e a liberdade recebidas, ele torna-se, em dado momento, o homem das certezas, das convicções; argumenta com agilidade e inteligência, joga com a ironia, recusa-se a regressar à escravidão: mostra o homem adulto, maduro, livre, sem medo… É isso que a “luz” que Jesus oferece produz no homem. Finalmente, o texto descreve o estádio final dessa caminhada progressiva: a adesão plena a Jesus (vers. 35-38). Encontrando o ex-cego, Jesus convida-o a aderir ao “Filho do Homem” (“acreditas no Filho do Homem?” – vers. 35); a resposta do ex-cego é a adesão total: “creio, Senhor” (vers. 38). O título “Senhor” (“kyrios”) era o título com que a comunidade cristã primitiva designava Jesus, o Senhor glorioso. Diz, ainda, o texto, que o ex-cego se prostrou e adorou Jesus: adorar significa reconhecer Jesus como o projecto de Homem Novo que Deus apresenta aos homens, aderir a Ele e segui-l’O.
Neste percurso está simbolicamente representado o “caminho” do catecúmeno. O primeiro passo é o encontro com Jesus; depois, o catecúmeno manifesta a sua adesão à “luz” e vai amadurecendo a sua descoberta… Torna-se, progressivamente, um homem livre, sem medo, confiante; e esse “caminho” desemboca na adesão total a Jesus, no reconhecimento de que Ele é o Senhor que conduz a história e que tem uma proposta de vida para o homem… Depois disto, ao cristão nada mais interessa do que seguir Jesus.
A missão de Jesus é aqui apresentada como criação de um Homem Novo. Deus criou o homem para ser livre e feliz; mas o egoísmo, o orgulho, a auto-suficiência, dominaram o coração do homem, prenderam-no num esquema de “cegueira” e frustraram o projecto de Deus. A missão de Jesus consistirá em destruir essa “cegueira”, libertar o homem e fazê-lo viver na “luz”. Trata-se de uma nova criação… Assim, da acção de Jesus irá nascer um Homem Novo, liberto do egoísmo e do pecado, vivendo na liberdade, a caminho da vida em plenitude.
ACTUALIZAÇÃO
Considerar, na reflexão, as seguintes propostas:
• Nós, os crentes, não podemos fechar-nos num pessimismo estéril, decidir que o mundo “está perdido” e que à nossa volta só há escuridão… No entanto, também não podemos esconder a cabeça na areia e dizer que tudo está bem. Há, objectivamente, situações, instituições, valores e esquemas que mantêm o homem encerrado no seu egoísmo, fechado a Deus e aos outros, incapaz de se realizar plenamente. O que é que, no nosso mundo, gera escuridão, trevas, alienação, cegueira e morte? O que é que impede o homem de ser livre e de se realizar plenamente, conforme previa o projecto de Deus?
• A catequese que João nos propõe hoje garante-nos: a realização plena do homem continua a ser a prioridade de Deus. Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio ao encontro dos homens e mostrou-lhes a luz libertadora: convidou-os a renunciar ao egoísmo e auto-suficiência que geram “trevas”, sofrimento, escravidão e a fazerem da vida um dom, por amor. Aderir a esta proposta é viver na “luz”. Como é que eu me situo face ao desafio que, em Jesus, Deus me faz?
• O Evangelho deste domingo descreve várias formas de responder negativamente à “luz” libertadora que Jesus oferece. Há aqueles que se opõem decididamente à proposta de Jesus porque estão instalados na mentira e a “luz” de Jesus só os incomoda; há aqueles que têm medo de enfrentar as “bocas”, as críticas, que se deixam manipular pela opinião dominante, e que, por medo, preferem continuar escravos do que arriscar ser livres; há aqueles que, apesar de reconhecerem as vantagens da “luz”, deixam que o comodismo e a inércia os prendam numa vida de escravos… Eu identifico-me com algum destes grupos?
• O cego que escolhe a “luz” e que adere incondicionalmente a Jesus e à sua proposta libertadora é o modelo que nos é proposto. A Palavra de Deus convida-nos, neste tempo de Quaresma, a um processo de renovação que nos leve a deixar tudo o que nos escraviza, nos aliena, nos oprime – no fundo, tudo o que impede que brilhe em nós a “luz” de Deus e que impede a nossa plena realização. Para que a celebração da ressurreição – na manhã de Páscoa – signifique algo, é preciso realizarmos esta caminhada quaresmal e renascermos, feitos Homens Novos, que vivem na “luz” e que dão testemunho da “luz”. O que é que eu posso fazer para que isso aconteça?
• Receber a “luz” que Cristo oferece é, também, acender a “luz” da esperança no mundo. O que é que eu faço para eliminar as “trevas” que geram sofrimento, injustiça, mentira e alienação? A “luz” de Cristo que os padrinhos me passaram no dia em que fui baptizado brilha em mim e ilumina o mundo?
FONTE: http://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=1389
Para excluídos
É cego de nascimento. Nem ele nem os seus pais têm culpa alguma, mas o seu destino ficará marcado para sempre. Jesus olha-o de maneira diferente: Ele vem sempre ao encontro daqueles que não são acolhidos oficialmente pela religião. Não abandona a quem o procura e o ama, mesmo que sejam excluídos das comunidades e instituições religiosas. Os que não têm lugar nas nossas igrejas têm um lugar privilegiado no seu coração. Para saber mais, clicar AQUI.








 

EFEMÉRIDE/COMEMORAÇÃO/EVOCAÇÃO: "Populorum progressio": 50 anos da encíclica sobre o desenvolvimento dos povos

As sociedades que resultassem da urgente modernização não deveriam repetir os defeitos e os limites das sociedades do Primeiro Mundo: o consumismo, o atomismo individualista, a lógica puramente utilitária, o ativismo, o tecnicismo. «Qualquer crescimento é ambivalente. Embora necessário para permitir ao homem ser mais homem, torna-o contudo prisioneiro no momento em que se transforma no bem supremo que impede de ver mais além. (...) Se a procura do desenvolvimento pede um número cada vez maior de técnicos, exige cada vez mais sábios, capazes de reflexão profunda, em busca de humanismo novo, que permita ao homem moderno o encontro de si mesmo, assumindo os valores superiores do amor, da amizade, da oração e da contemplação». Para saber mais, clicar AQUI.

sábado, 25 de março de 2017

inPRENSA semanal: a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão.




Resolução do BES e do Banif engorda offshores
Mapeando o futuro da inteligência artificial
A América de Trump
Operação Marquês: Uma 'Never Ending Story' com novos capítulos adiados
Banco de Portugal acusa ex-presidente do Montepio por ajudas ao GES
Barroso diz que Sampaio foi "a primeira pessoa a saber" da Cimeira das Lajes
A versão de Cavaco Silva ou a verdade alternativa
Rendas da energia mais garantidas que a primavera
BCE quer ultimato a Portugal: mais reformas ou sanções
Donald Trump não conhece “pessoas reais”, afirma o Pulitzer Adam Johnson
Afinal, as empresas e o Estado é que viveram acima das possibilidades
Petição contra nome de Mário Soares no novo aeroporto já chegou ao Parlamento
Merkel preparou-se para o encontro com Trump lendo a Playboy
Stephen Hawking vai finalmente fazer a sua viagem ao Espaço
Triplica o número de migrantes mortos ou desaparecidos
Endividamento do Estado, famílias e empresas aumenta em janeiro
Djisselbloem no bordel
Pássaras do Sul
A Europa virou caserna
Resposta ao pequeno holandês
Partido Socialista Europeu com "vergonha" das declarações de Dijsselbloem
Banha da cobra? Não obrigado
"Prejuízo está determinado e vai ser imposto". Louçã e as contas públicas
Quem é Jeroen Dijsselbloem?
Banco de Portugal segurou Ricardo Salgado no BES recusando retirar-lhe a idoneidade
FBI acredita que equipa de Trump coordenou com a Rússia ataques a Hillary
O Papa aprovou o milagre. Francisco e Jacinta já são Santos
Promessa de Centeno cumprida: défice é o mais baixo da democracia
Cientistas australianos estão a um pequeno passo da droga anti-envelhecimento

sexta-feira, 24 de março de 2017

REFLEXÃO/MEDITAÇÃO/ATENÇÃO: Sabedoria popular

* Ainda está para nascer a pessoa que agrada a todos.


* Amigo de muitos, confidente de poucos.


* Ainda que o galo cante, a manhã nasce sempre.


* A amizade é um parentesco que se agarra aos ossos.


* Nunca é noite quando se ama.


* Se não sabes para onde vais, sabe ao menos de onde vens.


* Amigo fiel e prudente é melhor que parente.


* O peixe gosta de nadar três vezes: na água, no azeite e no vinho.


* Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada,, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.


* Não há sábado sem sol, domingo sem missa, nem segunda sem preguiça.


* O homem põe e Deus dispõe.


* Cada coisa no seu lugar, mas o matrimónio para toda a vida e Deus para toda a eternidade.


* A mulher discreta é a que, tendo muito para dizer, sabe guardar segredo.


* Um médico não pode ser um bom médico se antes não tiver estado doente.


* As maldições, como as procissões, regressam ao ponto de partida.


* Quem vive pobre para morrer rico, homem parece e é burrico.


* Se queres a cidade limpa, começa por varrer a porta da tua casa.


* Deus, não podendo estar em toda a parte, pôs no mundo as mães.


* Porque devemos dar valor às lágrimas, se como a chuva elas caem no chão? Devemos dar valor aos sorrisos, que como o amor, aquecem o coração.


* O único modo de evitar os erros é adquirindo experiência; mas a única maneira de adquirir experiência é cometendo erros.

HISTÓRIA/BIOGRAFIA/PERSONALIDADE: Oscar Romero, homem de Deus, da Igreja e dos pobres

O clima de perseguição era palpável. Mas Romero torna-se claramente o defensor dos pobres perante uma repressão cruel. Depois de dois anos de arcebispado em San Salvador, Romero conta 30 padres perdidos, entre mortos, expulsos ou chamados para fugir à morte. Os esquadrões da morte matam dezenas e dezenas de catequistas das comunidades de base e muitos fiéis dessas comunidades desaparecem. A Igreja era a principal imputada e por isso a maioritariamente atingida. Romero resiste e aceita dar a vida para defender o seu povo. Para saber mais, clicar AQUI.

quinta-feira, 23 de março de 2017

LIVROS&LEITURAS: "A vitalidade da bênção" & "O endereço de Deus - A busca da felicidade através da fé"

«A bênção transforma escolhos em passagens, desfiladeiros em caminhos», escreve Elmar Salmann, monge beneditino e teólogo alemão na introdução ao novo livro "A vitalidade da bênção", recentemente lançado pela Editorial A.O. «Num Ocidente esquecido de Deus, ao sacerdote, mais do que os grandes discursos, pede-se a humildade silenciosa da bênção, que torna a vida abençoada e vivível, mesmo nos espaços onde Deus parece já não ter lugar», refere o resumo da obra, que conta com prefácio do responsável máximo dos Jesuítas em Portugal, texto que reproduzimos. Para saber mais, clicar AQUI.

«Ao longo destas páginas, vou apresentar diversos relatos – todos verídicos – de pessoas que descobriram «o endereço de Deus» e se encontraram com o Senhor. Das mais simples e estranhas às mais complicadas e dramáticas situações, todas, à sua maneira, tiveram um encontro especial com Deus. A Luz brilhou no coração de cada uma e, mais do que nunca, sentiram a presença do divino nas suas vidas. E, a partir desse dia, tudo se modificou. Os seus pensamentos deixaram de ser os mesmos. Os seus desejos criaram um sentido novo. As suas expectativas tornaram-se outras.». Para saber mais, clicar AQUI.

quarta-feira, 22 de março de 2017

MÚSICA: Polifonias para a glória de Deus

«Cada época recriou, regenerou e chegou mesmo a degenerar os códigos harmónicos segundo novas e inéditas sintaxes. E então procuramos adaptar o ouvido aos modernos diferentes comprimentos de onda. Não nos forçamos logo ao desconcerto de um rap dos Public Enemy, dos Ice-T, Puff Daddy, ou ao "heavy metal" e ao vários filões do "hard" ou do "punk" rock. Há já, com efeito, "clássicos" inclusive na contemporaneidade musical.» Neste texto o presidente do Conselho Pontifício da Cultura escreve sobre Bach, Mozart, Dylan e Springsteen, entre outros. Para saber mais, clicar AQUI.

terça-feira, 21 de março de 2017

REFLEXÃO/MEDITAÇÃO/ATENÇÃO: Elogio das lágrimas & Perdi-te, mas procuro-te

«Ao recordar alguns acontecimentos ou ensinamentos recebidos na minha juventude, sou assolado pelo sentimento de ter vivido uma vida num mundo que não só deixou de existir, como me surge hoje como estranho, se não inverosímil. Assim nestes dias quaresmais, regressa à minha mente como então era frequenta a oração para obter o dom das lágrimas: sim, sim, orava-se para chorar! Hoje, pelo contrário, não vemos facilmente as pessoas chorar, porque as lágrimas são consideradas como um sinal de fragilidade, algo de que se envergonhar, que em todo o caso não é mostrado por ser julgado coisa de crianças ou de mulheres: os adultos sabem dominar as lágrimas e têm o dever de viver e comportar-se "siccis oculis", com os olhos secos.». Para saber mais, clicar AQUI.


Se conseguíssemos dizer às pessoas esta única poderosa e consoladora verdade: que na Igreja dás lágrimas e recebes remissão; que Cristo não se ocupa dos nossos pecados mas do nosso arrependimento. Se conseguíssemos dizer aos jovens para não hesitarem, qualquer que seja a maneira como viveram, a regressar à Igreja. Porque a Igreja é mãe e, quando a ela voltamos, não pergunta para saber o que fizemos, mas olha-nos nos olhos para ver o que sofremos, a que farrapos fomos reduzidos. A vida da Igreja e o seu amor por nós não dependem nem da nossa miséria nem da nossa santidade, mas de Cristo. Para saber mais, clicar AQUI.

segunda-feira, 20 de março de 2017

FILMES&CINEMA: Filmes para ver e refletir na Quaresma

«A Quaresma é um novo começo, um caminho que nos leva a um destino seguro: a Páscoa da ressurreição, a vitória de Cristo sobre a morte.» Com estas palavras o papa Francisco começa a sua mensagem para a Quaresma de 2017. À luz deste documento recomendo alguns filmes que, como parábolas, nos podem ajudar a refletir na nossa vida, como a estamos a viver e como podemos voltar a Deus e aos outros de todo o coração. Para saber mais, clicar AQUI.

ESPIRITULIDADE: "Quaresma"...

... pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura AQUI!
Santa e feliz Quaresma
Jejua de julgar os outros
Jejua de julgar os outros;
descobre Cristo que vive neles.
Jejua de palavras que ferem;
enche-te de frases que curam.
Jejua de descontentamento;
enche-te de gratidão.
Jejua de zangas;
enche-te de paciência.
Jejua de pessimismo;
enche-te de esperança cristã.
Jejua de preocupações;
enche-te de confiança em Deus.
Jejua de te lamentares;
enche-te de apreço pela maravilha que é a vida.
Jejua das pressões que não cessam;
enche-te de uma oração que não acabe.
Jejua da amargura;
enche-te de perdão.
Jejua de dar-te importância a ti mesmo;
enche-te de compaixão pelos outros.
Jejua de ansiedade sobre as tuas coisas;
compromete-te com a propagação do Reino.
Jejua de desânimo;
enche-te do entusiasmo da fé.
Jejua de pensamentos mundanos;
enche-te das verdades que fundamentam a santidade.
Jejua de tudo o que te separa de Jesus;
enche-te de tudo o que te aproxima dEle.

domingo, 19 de março de 2017

EFEMÉRIDE/EVOCAÇÃO/COMEMORAÇÃO: "DIA do PAI" & "DIA de SÃO JOSÉ"

"Escrevo para que outros filhos e outros pais não se esqueçam de que tudo passa, menos o amor. No coração de um pai ficam para sempre gravados todos os gestos de amor. No coração dos filhos também" - Laurinda Alves -sempre ela - AQUI.
"...Foi com o meu pai que comecei a dar notícias. E quantos aerogramas eu sei de cor! Muitos começavam assim: "Querido e saudoso pai!" E todos os dias eram dias dele, sem eu nunca lho ter dito." - Afonso Camões, director do JN, AQUI com "Meu pai havia de gostar".
"Dia do Pai" e "Dia de São José: o "porquê" AQUI.
E "São José não falhaAQUI e AQUI. Então, há que merecê-Lo e fazer-Lhe o pedido. 

PALAVRA DE DOMINGO: Contextual​izá-la para bem a entender e melhor vivê-la: EUCARISTIA, LITURGIA & VIDA!

Considerando:
1. "Três qualidades essenciais de uma homilia: Positiva, concreta, profética" AQUI
2. "A Palavra de Deus no quotidiano da vida eclesial" AQUI
3. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Para saber mais, clicar AQUI
4. "Os leitores mais atentos poderão confirmar se o Papa Francisco é coerente quando exige qualidade nas homilias como fez na exortação apostólica "A alegria do Evangelho" e a sua prática nas missas que celebra em Santa Marta. Basta ler o livro que reproduz muitas daquelas saborosas homilias feriais" - Pe. Rui Osório in JN de 11/1/2015 - "A verdade é um encontro" AQUI
5. Pregação «não é um sermão sobre um tema abstrato»: Vaticano apresenta diretório sobre homilias. Para saber mais clicar, AQUI
6. Diretório homilético: Para falar de fé e beleza mesmo quando não se é «grande orador». Ver AQUI


Então:
Tema do 3º Domingo da Quaresma
A Palavra de Deus que hoje nos é proposta afirma, essencialmente, que o nosso Deus está sempre presente ao longo da nossa caminhada pela história e que só Ele nos oferece um horizonte de vida eterna, de realização plena, de felicidade perfeita.
A primeira leitura mostra como Jahwéh acompanhou a caminhada dos hebreus pelo deserto do Sinai e como, nos momentos de crise, respondeu às necessidades do seu Povo. O quadro revela a pedagogia de Deus e dá-nos a chave para entender a lógica de Deus, manifestada em cada passo da história da salvação.
A segunda leitura repete, noutros termos, o ensinamento da primeira: Deus acompanha o seu Povo em marcha pela história; e, apesar do pecado e da infidelidade, insiste em oferecer ao seu Povo – de forma gratuita e incondicional – a salvação.
O Evangelho também não se afasta desta temática… Garante-nos que, através de Jesus, Deus oferece ao homem a felicidade (não a felicidade ilusória, parcial e falível, mas a vida eterna). Quem acolhe o dom de Deus e aceita Jesus como “o salvador do mundo” torna-se um Homem Novo, que vive do Espírito e que caminha ao encontro da vida plena e definitiva.
EVANGELHOJo 4,5-42
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo,
chegou Jesus a uma cidade da Samaria, chamada Sicar,
junto da propriedade que Jacob tinha dado a seu filho José,
onde estava a fonte de Jacob.
Jesus, cansado da caminhada, sentou Se à beira do poço.
Era por volta do meio dia.
Veio uma mulher da Samaria para tirar água.
Disse lhe Jesus: «Dá Me de beber».
Os discípulos tinham ido à cidade comprar alimentos.
Respondeu Lhe a samaritana:
«Como é que Tu, sendo judeu,
me pedes de beber, sendo eu samaritana?»
De facto, os judeus não se dão com os samaritanos.
Disse lhe Jesus:
«Se conhecesses o dom de Deus
e quem é Aquele que te diz: ‘Dá Me de beber’,
tu é que Lhe pedirias e Ele te daria água viva».
Respondeu Lhe a mulher:
«Senhor, Tu nem sequer tens um balde, e o poço é fundo:
donde Te vem a água viva?
Serás Tu maior do que o nosso pai Jacob,
que nos deu este poço, do qual ele mesmo bebeu,
com os seus filhos a os seus rebanhos?»
Disse Lhe Jesus:
«Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede.
Mas aquele que beber da água que Eu lhe der
nunca mais terá sede:
a água que Eu lhe der tornar se á nele uma nascente
que jorra para a vida eterna».
«Senhor, suplicou a mulher dá me dessa água,
para que eu não sinta mais sede
e não tenha de vir aqui buscá la».
Vejo que és profeta.
Os nossos pais adoraram neste monte
e vós dizeis que é em Jerusalém que se deve adorar».
Disse lhe Jesus:
«Mulher, podes acreditar em Mim:
Vai chegar a hora em que nem neste monte
nem em Jerusalém adorareis o Pai.
Vós adorais o que não conheceis;
nós adoramos o que conhecemos,
porque a salvação vem dos judeus.
Mas vai chegar a hora – e já chegou –
em que os verdadeiros adoradores
hão de adorar o Pai em espírito a verdade,
pois são esses os adoradores que o Pai deseja.
Deus é espírito
e os seus adoradores devem adorá l’O em espírito e verdade».
Disse Lhe a mulher:
«Eu sei que há de vir o Messias,
isto é, Aquele que chamam Cristo.
Quando vier há de anunciar nos todas as coisas».
Respondeu lhe Jesus:
«Sou Eu, que estou a falar contigo».
Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram em Jesus,
por causa da palavra da mulher.
Quando os samaritanos vieram ao encontro de Jesus,
pediram Lhe que ficasse com eles.
E ficou lá dois dias.
Ao ouvi l’O, muitos acreditaram e diziam à mulher:
«Já não é por causa das tuas palavras que acreditamos.
Nós próprios ouvimos
e sabemos que Ele é realmente o Salvador do mundo».

AMBIENTE
O Evangelho deste domingo situa-nos junto de um poço, na cidade samaritana de Sicar. A Samaria era a região central da Palestina – uma região heterodoxa, habitada por uma raça de sangue misturado (de judeus e pagãos) e de religião sincretista.
Na época do Novo Testamento, existia uma animosidade muito viva entre samaritanos e judeus. Historicamente, a divisão começou quando, em 721 a.C., a Samaria foi tomada pelos assírios e foi deportada cerca de 4% da população samaritana. Na Samaria instalaram-se, então, colonos assírios que se misturaram com a população local. Para os judeus, os habitantes da Samaria começaram, então, a paganizar-se (cf. 2 Re 17,29). A relação entre as duas comunidades deteriorou-se ainda mais quando, após o regresso do Exílio, os judeus recusaram a ajuda dos samaritanos (cf. Esd 4,1-5) para reconstruir o Templo de Jerusalém (ano 437 a.C.) e denunciaram os casamentos mistos. Tiveram, então, de enfrentar a oposição dos samaritanos na reconstrução da cidade (cf. Ne 3,33-4,17). No ano 333 a.C., novo elemento de separação: os samaritanos construíram um Templo no monte Garizim; no entanto, esse Templo foi destruído em 128 a.C. por João Hircano. Mais tarde, as picardias continuaram: a mais famosa aconteceu por volta do ano 6 d.C., quando os samaritanos profanaram o Templo de Jerusalém durante a festa da Páscoa, espalhando ossos humanos nos átrios.
Os judeus desprezavam os samaritanos por serem uma mistura de sangue israelita com estrangeiros e consideravam-nos hereges em relação à pureza da fé jahwista; e os samaritanos pagavam aos judeus com um desprezo semelhante.
A cena passa-se à volta do “poço de Jacob”, situado no rico vale entre os montes Ebal e Garizim, não longe da cidade samaritana de Siquém (em aramaico, Sicara – a actual Askar). Trata-se de um poço estreito, aberto na rocha calcária, e cuja profundidade ultrapassa os 30 metros. Segundo a tradição, teria sido aberto pelo patriarca Jacob… Os dados arqueológicos revelam que o “poço de Jacob” serviu os samaritanos entre o ano 1000 a.C. e o ano 500 d.C. (embora ainda hoje se possa extrair dele água).
O “poço” acaba por transformar-se, na tradição judaica, num elemento mítico. Sintetiza os poços abertos pelos patriarcas e a água que Moisés fez brotar do rochedo no deserto (primeira leitura de hoje); mas, sobretudo, torna-se figura da Lei (do poço da Lei brota a água viva que mata a sede de vida do Povo de Deus), que a tradição judaica considerava observada já pelos patriarcas, antes de ser dada ao Povo por Moisés.
O Evangelho segundo São João apresenta Jesus como o Messias, Filho de Deus, enviado pelo Pai para criar um Homem Novo. No chamado “Livro dos Sinais” (cf. Jo 4,1-11,56), o autor apresenta – recorrendo aos “sinais” da água (cf. Jo 4,1-5,47), do pão (cf. Jo 6,1-7,53), da luz (cf. Jo 8,12-9,41), do pastor (cf. Jo 10,1-42) e da vida (cf. Jo 11,1-56) – um conjunto de catequeses sobre a acção criadora do Messias.
O nosso texto é, exactamente, a primeira catequese do “Livro dos Sinais”: através do “sinal” da água, o autor vai descrever a acção criadora e vivificadora de Jesus.

MENSAGEM
No centro da cena, está o “poço de Jacob”. À volta do “poço” movimentam-se as personagens principais: Jesus e a samaritana.
A mulher (aqui apresentada sem nome próprio) representa a Samaria, que procura desesperadamente a água que é capaz de matar a sua sede de vida plena. Jesus vai ao encontro da “mulher”. Haverá neste episódio uma referência ao Deus/esposo que vai ao encontro do povo/esposa infiel para lhe fazer descobrir o amor verdadeiro? Tudo indica que sim (aliás, o profeta Oseias, o grande inventor desta imagem matrimonial para representar a relação Deus/Povo, pregou aqui, na Samaria).
O “poço” representa a Lei, o sistema religioso à volta do qual se consubstanciava a experiência religiosa dos samaritanos. Era nesse “poço” que os samaritanos procuravam a água da vida plena. No entanto: o “poço” da Lei correspondia à sede de vida daqueles que o procuravam? Não. Os próprios samaritanos tinham reconhecido a insuficiência do “poço” da Lei e haviam buscado a vida plena noutras propostas religiosas (por isso, Jesus faz referência aos “cinco maridos” que a mulher já teve: há aqui, provavelmente, uma alusão aos cinco deuses dos samaritanos de que se fala em 2 Re 17,29-41).
Estamos, pois, diante de um quadro que representa a busca da vida plena. Onde encontrar essa vida? Na Lei? Noutros deuses? A mulher/Samaria dá conta da falência dessas “ofertas” de vida: elas podem “matar a sede” por curtos instantes; mas quem procura a resposta para a sua realização plena nessas propostas voltará a ter sede.
É aqui que entra a novidade de Jesus. Ele senta-se “junto do poço”, como se pretendesse ocupar o seu lugar; e propõe à mulher/Samaria uma “água viva”, que matará definitivamente a sua sede de vida eterna (vers. 10-14). Jesus passa a ser o “novo poço”, onde todos os que têm sede de vida plena encontrarão resposta para a sua sede.
Qual é a água que Jesus tem para oferecer? É a “água do Espírito” que, no Evangelho de João, é o grande dom de Jesus. Na conversa com Nicodemos, Jesus já havia avisado que “quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” – Jo 3,5; e quando Jesus se apresenta como a “água viva” que matará a sede do homem, João tem o cuidado de explicar que Ele se referia ao Espírito, que iam receber aqueles que acreditassem n’Ele (cf. Jo 7,37-39). Esse Espírito, uma vez acolhido no coração do homem, transforma-o, renova-o e torna-o capaz de amar Deus e os outros.
Como é que a mulher/Samaria responde ao dom de Jesus? Inicialmente, ela fica confusa. Parece disposta a remediar a situação de falência de felicidade que caracteriza a sua vida, mas ainda não sabe bem como: essa vida plena que Jesus está a propor-lhe significa que a Samaria deve abandonar a sua especificidade religiosa e ceder às pretensões religiosas dos judeus, para quem o verdadeiro encontro com Deus só pode acontecer no Templo de Jerusalém e na instituição religiosa judaica (“nossos pais adoraram neste monte, mas vós dizeis que é em Jerusalém que se deve adorar”)?
No entanto, Jesus nega que se trate de escolher entre o caminho dos judeus e o caminho dos samaritanos. Não é no Templo de pedra de Jerusalém ou no Templo de pedra do monte Garizim que Deus está… O que se trata é de acolher a novidade do próprio Jesus, aderir a Ele e aceitar a sua proposta de vida (isto é, aceitar o Espírito que Ele quer comunicar a todos os homens).
Dessa forma – e só dessa forma – desaparecerá a barreira de inimizade que separa os povos – judeus e samaritanos. A única coisa que passa a contar é a vida do Espírito que encherá o coração de todos, que a todos ensinará o amor a Deus e aos outros e que fará de todos – sem distinção de raças ou de perspectivas religiosas – uma família de irmãos.
A mulher/Samaria responde à proposta de Jesus abandonando o cântaro (agora inútil), e correndo a anunciar aos habitantes da cidade o desafio que Jesus lhe faz. O texto refere, ainda, a adesão entusiástica de todos os que tomam conhecimento da proposta de Jesus e a “confissão da fé”: Jesus é reconhecido como “o salvador do mundo” – isto é, como Aquele que dá ao homem a vida plena e definitiva (vers. 28-41).
O nosso texto define, portanto, a missão de Jesus: comunicar ao homem o Espírito que dá vida. O Espírito que Jesus tem para oferecer desenvolve e fecunda o coração do homem, dando-lhe a capacidade de amar sem medida. Eleva, assim, esses homens que buscam a vida plena e definitiva à categoria de Homens Novos, filhos de Deus que fazem as obras de Deus. Do dom de Jesus nasce a nova comunidade.

ACTUALIZAÇÃO
Considerar, para a reflexão, os seguintes pontos:
A modernidade criou-nos grandes expectativas. Disse-nos que tinha a resposta para todas as nossas procuras e que podia responder a todas as nossas necessidades. Garantiu-nos que a vida plena estava na liberdade absoluta, numa vida vivida sem dependência de Deus; disse-nos que a vida plena estava nos avanços tecnológicos, que iriam tornar a nossa existência cómoda, eliminar a doença e protelar a morte; afirmou que a vida plena estava na conta bancária, no reconhecimento social, no êxito profissional, nos aplausos das multidões, nos “cinco minutos” de fama que a televisão oferece… No entanto, todas as conquistas do nosso tempo não conseguem calar a nossa sede de eternidade, de plenitude, dessa “mais qualquer coisa” que nos falta para sermos, realmente, felizes. A afirmação essencial que o Evangelho de hoje faz é: só Jesus Cristo oferece a água que mata definitivamente a sede de vida e de felicidade do homem. Eu já descobri isto, ou a minha procura de realização e de vida plena faz-se noutros caminhos? O que é preciso para conseguirmos que os homens do nosso tempo aprendam a olhar para Jesus e a tomar consciência dessa proposta de vida plena que Ele oferece a todos?
• Essa “água viva” de que Jesus fala faz-nos pensar no baptismo. Para cada um de nós, esse foi o começo de uma caminhada com Jesus… Nessa altura acolhemos em nós o Espírito que transforma, que renova, que faz de nós “filhos de Deus” e que nos leva ao encontro da vida plena e definitiva. A minha vida de cristão tem sido, verdadeiramente, coerente com essa vida nova que então recebi? O compromisso que então assumi é algo esquecido e sem significado, ou é uma realidade que marca a minha vida, os meus gestos, os meus valores e as minhas opções?
• Atentemos no pormenor do “cântaro” abandonado pela samaritana, depois de se encontrar com Jesus… O “cântaro” significa e representa tudo aquilo que nos dá acesso a essas propostas limitadas, falíveis, incompletas de felicidade. O abandono do “cântaro” significa o romper com todos os esquemas de procura de felicidade egoísta, para abraçar a verdadeira e única proposta de vida plena. Eu estou disposto a abandonar o caminho da felicidade egoísta, parcial, incompleta, e a abrir o meu coração ao Espírito que Jesus me oferece e que me exige uma vida nova?
• A samaritana, depois de encontrar o “salvador do mundo” que traz a água que mata a sede de felicidade, não se fechou em casa a gozar a sua descoberta; mas partiu para a cidade, a propor aos seus concidadãos a verdade que tinha encontrado. Eu sou, como ela, uma testemunha viva, coerente, entusiasmada dessa vida nova que encontrei em Jesus?
Fonte: http://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=1387


«Dá-me sempre desta água»: O encontro de Jesus com a samaritana
Espantada, a mulher pergunta a Jesus: «Como é que Tu, judeu, pedes de beber a mim, uma mulher samaritana?». Que abaixamento! É isto que a toca e acende uma dinâmica relacional, num face a face cordial, sem mais barreiras. Entre Jesus e a mulher caiu um muro de separação, melhor, dois: um devido à inimizade entre samaritanos e judeus, e outro cultural e religioso de injusta disparidade, que impedia um homem, em particular um rabi, de conversar com uma mulher. Mas se uma pessoa não pode ir a Deus, é Deus que a vai procurar, porque ninguém pode ser excluído do seu amor: é o que narra Jesus com o seu comportamento. Para saber mais, clicar AQUI.
Ele deu tudo por ti
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermões sobre o evangelho de S. João, n.º 15, 6-7

Jesus, cansado do caminho, sentou-Se à beira do poço. Era cerca da hora sexta. Aí começam os mistérios. Não é sem razão que Jesus está cansado, Ele que é a força de Deus. [...] Foi por ti que Jesus Se cansou no caminho. Encontramos um Jesus que é a própria força; encontramos um Jesus que é fraco; um Jesus forte e fraco. Forte, porque «no princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus». [...] Queres ver a força de Deus? «Tudo foi feito por Ele e sem Ele nada foi feito» (Jo 1,1-2), e tudo fez sem esforço. Quem há mais forte do que Aquele que fez todo o universo sem esforço? Queres conhecer a sua fraqueza? «O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós» (Jo 1,14).
A força de Cristo criou-te; a fraqueza de Cristo recriou-te. A força de Cristo deu existência ao que não era; a fraqueza de Cristo fez com que aquilo que era não perecesse. Ele criou-nos pela sua força e recuperou-nos pela sua fraqueza. É através da sua fraqueza que alimenta os que estão fracos, como a galinha alimenta os pintainhos: «Quantas vezes», diz Ele a Jerusalém, «quis reunir os teus filhos como a galinha recolhe os pintainhos debaixo das asas, e tu não o quiseste?» (Lc 13,34)
Esta é a imagem da fraqueza de Jesus cansado do caminho. O seu caminho é a carne que tomou para nós. Que outro caminho havia de tomar Aquele que está presente em toda a parte? Aonde vai e de onde vem, senão a habitar entre nós, pois para isso encarnou? Com efeito, Ele dignou-Se vir até nós para Se manifestar na forma de servo, e o caminho que escolheu foi o de tomar a nossa carne. Daí que a «fadiga do caminho» mais não seja do que a fraqueza da carne. Jesus é fraco na sua carne, mas tu não deves deixar-te enfraquecer. Permanece forte na sua fraqueza, pois «o que é fraqueza de Deus é mais forte do que os homens» ( 1Cor 1,25). A fraqueza de Cristo é a nossa força.

















  

MÚSICA: Morreu o músico Chuck Berry, o pai do rock 'n' roll...

... em véspera do "Dia do Pai". Isso é-nos relatado AQUI & AQUI, mas este tipo de GENTE nunca morre. Então e a memória? Não é eterna? AQUI para que conste, muitas das suas melhores músicas, duas das quais, "Maybellene", de 1955 e "You can never tell" de 1960, não fazem parte. No entanto pode vê-las & ouvi-las AQUI! - esta a minha reacção que não sou músico, mas apenas melómano. De músicos, a reacção de muitos que nele se inspiraram e foram beber, portanto seus "filhos", pode ser lida AQUI . No DN João Gobern traça-nos AQUI, um retrato mais completo da sua vida&músicas.  

sábado, 18 de março de 2017

inPRENSA semanal: a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão.


Núncio foi advogado da petrolífera que tirou dinheiro do BES durante “apagão” do Fisco
Núncio esteve ligado ao registo de cerca de 120 novas sociedades na Zona Franca da Madeira
Abre Núncio!
Apagão do fisco permitiu à Venezuela retirar fortuna no BES
É verdade, diz Trump: em apenas 50 dias, o desemprego baixou de 29% para 4,7%
Astrónomos da NASA conseguiram plantar batatas “em Marte”
Descoberta uma estátua de oito metros de Ramsés II no Egito
Guardiões do dinheiro
Espíritas alegam ter previsto Fátima, morte do rei e primeiro Presidente
Deus é o melhor ouvinte que existe e «só quem sabe calar, sabe escutar», diz papa
O mistério Trump
A perigosa força domesticadora da era de Costa
Mais controlo, e ainda bem
"Preocupação de Hitler foi gasolina para destruir o seu cadáver"
Por um grão de arroz
O grande abandono
VATICANO: quatro anos de Papa Francisco
23 milhões de euros separam José Sócrates do Ministério Público
http://www.dn.pt/portugal/interior/23-milhoes-de-euros-separam-jose-socrates-do-ministerio-publico-5720362.htmlUNICEF. “Nível de sofrimento sem precedentes. Milhões de crianças na Síria estão sob a ameaça”
É a “maior crise humanitária” desde a criação da ONU
Um hino pop para receber o Papa Francisco
Marcelo Rebelo de Sousa: “Desejo aguentar física e espiritualmente e não quebrar o ritmo”
Da idoneidade de Carlos Costa
Quem quer uma CGD fraca, debilitada e privada
http://geringonca.com/2016/04/18/marco-capitao-ferreira-no-pros-e-contras-da-rtp/
Cientistas criaram técnica que destrói proteínas do cancro
A guerra das túlipas
Partidarite
O dia em que fui enganado por Jaime Nogueira Pinto
Director voltava a cancelar conferência de Nogueira Pinto e explica porquê
Complicações no Médio Oriente
Estado arrisca perder 8,2 mil milhões de impostos de grandes devedores
"Assunção Cristas, acha normal?!"
A justiça tem de ser melhor que Sócrates
Os bancos, as empresas e os delírios perigosos
Um líder inesperado
Cidadãos globais, ócios nacionais
Francisco Veloso elogiado por nomeação "estratégica"
Portugal a voar mais longe
Humanos podem ter ajudado a criar deserto do Saara
Converter-se é aprender a fazer o bem com coisas concretas, não com palavras, afirma papa
Sobretudo um pastor: Prémio Nobel da Paz comenta quatro anos de Francisco
O descaramento de quem acusa
Uma oportunidade única para construir o futuro
“Artisticamente linda”, é o que diz Ricardo Salgado da reportagem “Assalto ao Castelo” (O cúmulo da ironia e da hipocrisia)
Schäuble: quem nos avisa nosso amigo é
Papa fala de «pecado gravíssimo» ao despedir por «manobras económicas» e diz que só Deus purifica o amor
"Cristas não tem condições para ser candidata à câmara"
Peregrinos chineses surpreendem Francisco com imagem de Nossa Senhora de Fátima
Portugal não tem "nenhuma possibilidade" de sustentar a dívida
Cientistas criaram retina artificial que poderá devolver a visão a milhões de pessoas
Há cada vez mais investigadores a quererem estudar o fenómeno de Fátima
Sarcasmo?
É normal sentir que um sem-abrigo faz tanto parte da cidade como uma estátua?, pergunta o papa
Transhumanismo e pós-humanismo (1)
Morreu o Nobel da Literatura Derek Walcott aos 87 anos