"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























terça-feira, 27 de novembro de 2018

CINEMA&FILME: "O Mistério do Padre Pio"

A cura milagrosa que serviu para que João Paulo II canonizasse o Padre Pio em junho de 2002 virou filme. Matteo Pio Colella, hoje com 27 anos idade, foi de San Giovanni Rotondo, na Itália (onde vive com sua família), até Madrid para a pré-estreia do filme “O Mistério do Padre Pio”, dirigido pelo escritor e cineasta José María Zavala, e concedeu uma entrevista exclusiva a ACI Digital falando da sua cura, a qual comparou ao episódio do Evangelho em que Jesus traz Lázaro de volta à vida. Para saber mais, clicar AQUI.

domingo, 25 de novembro de 2018

PALAVRA de DOMINGO: Contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la: EUCARISTIA, LITURGIA & VIDA!

Considerando:
1. "Três qualidades essenciais de uma homilia: Positiva, concreta, profética" AQUI
2. "A Palavra de Deus no quotidiano da vida eclesial" AQUI
3. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Para saber mais, clicar AQUI
4. "Os leitores mais atentos poderão confirmar se o Papa Francisco é coerente quando exige qualidade nas homilias como fez na exortação apostólica "A alegria do Evangelho" e a sua prática nas missas que celebra em Santa Marta. Basta ler o livro que reproduz muitas daquelas saborosas homilias feriais" - Pe. Rui Osório in JN de 11/1/2015 - "A verdade é um encontro" AQUI
5. Pregação «não é um sermão sobre um tema abstrato»: Vaticano apresenta diretório sobre homilias. Para saber mais clicar, AQUI
6. Diretório homilético: Para falar de fé e beleza mesmo quando não se é «grande orador». Ver AQUI
7. Papa mais,  pede aos padres para falarem ao «coração» e não fazerem «homilias demasiado intelectuais». Par saber mais, clicar AQUI.
8. Porquê ir à missa ao domingo? Ler AQUI.

Então:
Tema da Solenidade de Cristo, Rei do Universo - Ano B
No 34º Domingo do Tempo Comum, celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo. A Palavra de Deus que nos é proposta neste último domingo do ano litúrgico convida-nos a tomar consciência da realeza de Jesus; deixa claro, no entanto, que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos reis deste mundo: é uma realeza que se concretiza de acordo com uma lógica própria, a lógica de Deus. O Evangelho, especialmente, explica qual é a lógica da realeza de Jesus.
A primeira leitura anuncia que Deus vai intervir no mundo, a fim de eliminar a crueza, a ambição, a violência, a opressão que marcam a história dos reinos humanos. Através de um "filho de homem" que vai aparecer "sobre as nuvens", Deus vai devolver à história a sua dimensão de "humanidade", possibilitando que os homens sejam livres e vivam na paz e na tranquilidade. Os cristãos verão nesse "filho de homem" vitorioso um anúncio da realeza de Jesus.
Na segunda leitura, o autor do Livro do Apocalipse apresenta Jesus como o Senhor
do Tempo e da História, o princípio e o fim de todas as coisas, o "príncipe dos reis da terra", Aquele que há-de vir "por entre as nuvens" cheio de poder, de glória e de majestade para instaurar um reino definitivo de felicidade, de vida e de paz. É, precisamente, a interpretação cristã dessa figura de "filho de homem" de que falava a primeira leitura.
O Evangelho apresenta-nos, num quadro dramático, Jesus a assumir a sua condição de rei diante de Pontius Pilatus. A cena revela, contudo, que a realeza reivindicada por Jesus não assenta em esquemas de ambição, de poder, de autoridade, de violência, como acontece com os reis da terra. A missão "real" de Jesus é dar "testemunho da verdade"; e concretiza-se no amor, no serviço, no perdão, na partilha, no dom da vida.
EVANGELHO - Jo 18,33b-37
Naquele tempo,
disse Pilatos a Jesus:
«Tu és o Rei dos judeus?» Jesus respondeu-lhe:

«É por ti que o dizes,
ou foram outros que to disseram de Mim?» Disseram-Lhe Pilatos:
«Porventura eu sou judeu?
O teu povo e os sumos sacerdotes é que Te entregaram a mim. Que fizeste?»
Jesus respondeu:
«O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam
para que Eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui».
Disse-Lhe Pilatos:
«Então, Tu és Rei?» Jesus respondeu-lhe:
«É como dizes: sou Rei.
Para isso nasci e vim ao mundo,
a fim de dar testemunho da verdade.
Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».

AMBIENTE
 Evangelho da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, apresenta-nos uma cena do processo de Jesus diante de Pontius Pilatus, o governador romano da Judeia. Para trás havia já ficado o frente a frente de Jesus com os líderes judaicos, nomeadamente com Anás (sogro de Caifás, o sumo-sacerdote; Anás, apesar de ter deixado o cargo de sumo-sacerdote, continuava a ser um personagem muito influente e foi ele, provavelmente, quem liderou o processo contra Jesus - cf. Jo 18,12-14.19-24).
Pontius Pilatus, o interlocutor romano de Jesus, governou a Judeia e a Samaria entre os anos 26 e 36. As informações de Flávio Josefo e de Fílon apresentam-no como um governante duro e violento, obstinado e áspero, culpado de ordenar execuções de opositores sem um processo legal. As queixas de excessiva crueldade apresentadas contra ele pelos samaritanos no ano 35 levaram Vitélio, o legado romano na Síria, a tomar posição e a enviá-lo a Roma para se explicar diante do imperador. Pontius Pilatus foi deposto do seu cargo de governador da Judeia logo a seguir.
Curiosamente, o autor do Quarto Evangelho descreve Pontius Pilatus como um homem fraco, indeciso e volúvel, uma espécie de marioneta habilmente manobrada pelos líderes judaicos. Esta apresentação - que contradiz os dados deixados pelos historiadores da época - não deve ter grandes bases históricas: deve ser, apenas, uma tentativa de livrar os romanos de qualquer culpa no processo de Jesus. Na época em que o autor do Quarto Evangelho escreve (por volta do ano 100), não era conveniente para os cristãos acusar Roma, afirmando a sua responsabilidade no processo que levou Jesus à morte. Assim, os escritores cristãos da época preferiram branquear o papel do poder imperial e, por outro lado, fazer recair sobre as autoridades judaicas toda a culpa pela condenação de Jesus.

MENSAGEM
O interrogatório de Jesus começa com uma pergunta directa, posta por Pontius Pilatus (vers. 33b): «Tu és o Rei dos judeus?» Este início de interrogatório revela qual era a acusação apresentada pelas autoridades judaicas contra Jesus: Ele tinha pretensões messiânicas; pretendia restaurar o reino ideal de David e libertar Israel dos opressores. Esta linha de acusação vê em Jesus um agitador político empenhado em mudar o mundo pela força, que fundamenta as suas pretensões e a sua acção no poder das armas e na autoridade dos exércitos. Esta acusação tem fundamento? Jesus aceita-a?
A resposta de Jesus situa as coisas na perspectiva correcta. Ele assume-se como o messias que Israel esperava e confirma, claramente, a sua qualidade de rei; no entanto, descarta qualquer parecença com esses reis que Pontius Pilatus conhece (vers. 36). Os reis deste mundo apoiam-se na força das armas e impõem aos outros homens o seu domínio e a sua autoridade; a sua realeza baseia-se na prepotência e na ambição e gera opressão, injustiça e sofrimento… Jesus, em contrapartida, é um prisioneiro indefeso, traído pelos amigos, ridicularizado pelos líderes judaicos, abandonado pelo povo; não se impõe pela força, mas veio ao encontro dos homens para os servir; não cultiva os próprios interesses, mas obedece em tudo à vontade de Deus, seu Pai; não está interessado em afirmar o seu poder, mas em amar os homens até ao dom da própria vida… A sua realeza é de uma outra ordem, da ordem de Deus. É uma realeza que toca os corações e que, em vez de produzir opressão e morte, produz vida e liberdade. Jesus é rei e messias, mas não vai impor a ninguém o seu reinado; vai apenas propor aos homens um mundo novo, assente numa lógica de amor, de doação, de entrega, de serviço.
A declaração de Jesus causa estranheza a Pontius Pilatus. Ele não consegue entender que um rei renuncie ao poder e à força e fundamente a sua realeza no amor e na doação da própria vida. A expressão posta na boca de Pontius Pilatus «então, Tu és Rei» (vers. 37a) parece uma "deixa" de alguém para quem as declarações do seu interlocutor não são claras e que conserva a porta aberta a ulteriores explicações… Na sequência, Jesus confirma a sua realeza e define o sentido e o conteúdo do seu reinado.
A realeza de que Jesus Se considera investido por Deus consiste em «dar testemunho da verdade» (vers. 37b). Para o autor do Quarto Evangelho, a "verdade" é a realidade de Deus. Essa "verdade" manifesta-se nos gestos de Jesus, nas suas palavras, nas suas atitudes e, de forma especial, no seu amor vivido até ao extremo do dom da vida. A "verdade" (isto é, a realidade de Deus) é o amor incondicional e sem medida que Deus derrama sobre o homem, a fim de o fazer chegar à vida verdadeira e definitiva. Essa "verdade" opõe-se à "mentira", que é o egoísmo, o pecado, a opressão, a injustiça, tudo aquilo que desfeia a vida do homem e o impede de alcançar a vida plena. A "realeza" de Jesus concretiza-se, por um lado, na luta contra o egoísmo e o pecado que escravizam o homem e que o impedem de ser livre e feliz; por outro lado, a realeza de Jesus consuma-se na proposição de uma vida feita amor e entrega a Deus e aos irmãos. Esta meta não se alcança através de uma lógica de poder e de força (que só multiplicam as cadeia de mentira, de injustiça, de violência); mas alcança-se através do amor, da partilha, do serviço simples e humilde em favor dos irmãos. É esse "reino" que Jesus veio propor; é a esse "reino" que Ele preside.
A proposta de Jesus provoca uma resposta livre do homem. Quem escuta a voz de Jesus adere ao seu projecto e se compromete a segui-l’O, renuncia ao egoísmo e ao pecado e faz da sua vida um dom de amor a Deus e aos irmãos (vers. 37c). Passa, então, a integrar a comunidade do "Reino de Deus".

ACTUALIZAÇÃO
♦ As declarações de Jesus diante de Pontius Pilatus não deixam lugar a dúvidas: Ele é "rei" e recebeu de Deus, como diz a primeira leitura, "o poder, a honra e a realeza" sobre todos os povos da terra. Ao celebrarmos a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, somos convidados, antes de mais, a descobrir e interiorizar esta realidade: Jesus, o nosso rei, é princípio e fim da história humana, está presente em cada passo da caminhada dos homens e conduz a humanidade ao encontro da verdadeira vida. Os inícios do séc. XXI estão marcados por uma profunda crise de liderança a nível mundial. Os grandes líderes das nações são, frequentemente, homens com uma visão muito limitada do mundo, que não se preocupam com o bem da humanidade e que conduzem as suas políticas de acordo com lógicas de ambição pessoal ou de interesses particulares. Sentimo-nos, por vezes, perdidos e impotentes, arrastados para um beco sem saída por líderes medíocres, prepotentes e incapazes… Esta constatação não deve, no entanto, lançar-nos no desânimo: nós sabemos que Cristo é o nosso rei, que Ele preside à história e que, apesar das falhas dos homens, continua a caminhar connosco e a apontar-nos os caminhos da salvação e da vida.
♦ No entanto, a realeza de Jesus não tem nada a ver com a lógica de realeza a que o mundo está habituado. Jesus, o nosso rei, apresenta-Se aos homens sem qualquer ambição de poder ou de riqueza, sem o apoio dos grupos de pressão que fazem os valores e a moda, sem qualquer compromisso com as multinacionais da exploração e do lucro. Diante dos homens, Ele apresenta-se só, indefeso, prisioneiro, armado apenas com a força do amor e da verdade. Não impõe nada; só propõe aos homens que acolham no seu coração uma lógica de amor, de serviço, de obediência a Deus e aos seus projectos, de dom da vida, de solidariedade com os pobres e marginalizados, de perdão e tolerância. É com estas "armas" que Ele vai combater o egoísmo, a auto-suficiência, a injustiça, a exploração, tudo o que gera sofrimento e morte. É uma lógica desconcertante e incompreensível, à luz dos critérios que o mundo avaliza e enaltece. A lógica de Jesus fará sentido? O mundo novo, de vida e de felicidade plena para todos os homens nascerá de uma lógica de força e de imposição, ou de uma lógica de amor, de serviço e de dom da vida?
♦ Nós, os que aderimos a Jesus e optámos por integrar a comunidade do Reino de Deus, temos de dar testemunho da lógica de Jesus. Mesmo contra a corrente, a nossa vida, as nossas opções, a forma de nos relacionarmos com aqueles com quem todos os dias nos cruzamos, devem ser marcados por uma contínua atitude de serviço humilde, de dom gratuito, de respeito, de partilha, de amor. Como Jesus, também nós temos a missão de lutar - não com a força do ódio e das armas, mas com a força do amor - contra todas as formas de exploração, de injustiça, de alienação e de morte… O reconhecimento da realeza de Cristo convida-nos a colaborar na construção de um mundo novo, do Reino de Deus.
♦ A forma simples e despretensiosa como Jesus, o nosso Rei, Se apresenta, convida-nos a repensar certas atitudes, certas formas de organização e certas estruturas que criamos… A comunidade de Jesus (a Igreja) não pode estruturar-se e organizar-se com os mesmos critérios dos reinos da terra… Deve interessar-se mais por dar um testemunho de amor e de solidariedade para com os pobres e marginalizados do que em controlar as autoridades políticas e os chefes das nações; deve preocupar-se mais com o serviço simples e humilde aos homens do que com os títulos, as honras, os privilégios; deve apostar mais na partilha e no dom da vida do que na posse de bens materiais ou na eficiência das estruturas. Se a Igreja não testemunhar, no meio dos homens, essa lógica de realeza que Jesus apresentou diante de Pontius Pilatus, está a ser gravemente infiel à sua missão.




















 «Venha o teu Reino» (Mt 6, 10)
O reino do pecado é inconciliável com o reino de Deus. Portanto, se queremos que Deus reine sobre nós, «que o pecado não reine mais no vosso corpo mortal» (Rom 6,12). Mas «crucifiquemos os nossos membros no que toca à prática de coisas da terra» (Col 3,5), demos frutos do Espírito. Assim, como num paraíso espiritual, o Senhor passeará em nós (Gn 3,8), reinando sozinho com o seu Cristo. Este será entronado em nós «à direita do Todo-Poderoso» (Mt 26,64), que desejamos receber até que todos os seus inimigos presentes em nós «se tornem estrado para os seus pés» (Sl 110,1) e seja expulso para longe «todo o principado, toda a dominação e poder» (1Cor 15,24).
Tudo isto pode acontecer em cada um de nós até que seja destruído «o último inimigo [...]: a morte» (1Cor 15,26) e Cristo diga em nós: «Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» (1Cor 15,55) Por isso, desde agora, que tudo o que é «corruptível» em nós se torne santo e «se revista de incorruptibilidade» e o que é «mortal» [...] se «revista da imortalidade» (1Cor 15,53) do Pai. Assim, Deus reinará sobre nós e estaremos desde já na alegria do novo nascimento e da ressurreição.
Orígenes (c. 185-253)presbítero, teólogo
A oração, 25; GCS 3, 356

sábado, 24 de novembro de 2018

(in)PRENSA semanal: a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão.

Encontrado o submarino argentino ARA San Juan
Como estão os outros estádios da geração Euro 2004?
Parlamento gasta 83 milhões de euros em 2019 e dá 25,3 milhões aos partidos
Assembleia da República vai gastar 25 milhões com partidos em 2019
Escolas violam as suas próprias regras para inflacionar notas
Como é que as escolas inflacionam as notas?
Estado patrocina casamentos nulos
Casados à Primeira Vista: Saiba quem fica casado e quem se divorcia
“O casamento não é um jogo”
A Ciência determinou o pior ano da história da Humanidade
Centeno congelou mais despesa em três anos do que Passos em toda a legislatura
A vida de luta de um reformador
A Itália e o euro
https://rr.sapo.pt/artigo/131202/a_italia_e_o_euro
"Amar Pelos Dois", "Grândola" e "Foi Deus" no Cancioneiro da UE
Um Rochedo debaixo do sapato. Espanha não aprova acordo do Brexit
“A injustiça é a raiz perversa da pobreza”, diz o Papa
A travagem no consumo
Baleia encontrada morta com mais de 1000 objectos de plástico no estômago
Bonito gesto de Van Dijk para com o árbitro promete correr mundo
Tragédia arcaica
Yemen: 85,000 children may have died from starvation
Venezuela. Mais de 300 mil crianças precisam de proteção na Colômbia
Empresários Católicos: “Não somos responsáveis pelos números dos negócios, somos responsáveis por pessoas”
Empresários católicos. “O capitalismo está a criar e a promover sociopatas”
Para que serve o Estado?
O que é Gibraltar? Saiba porque é que o território é um problema para o Brexit
“Com o Papa Francisco começou uma nova época na Igreja”

domingo, 18 de novembro de 2018

quem conhece ESSES DESCONHECIDOS (92): Beato Domingos Jorge

... que merecem ser conhecidos - vida&obra - e eu mais em conhecê-los e dar a conhecer AQUI.

Perante isto, como me sinto tão pequenino.

PALAVRA de DOMINGO: Contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la: EUCARISTIA, LITURGIA & VIDA!

Considerando:
1. "Três qualidades essenciais de uma homilia: Positiva, concreta, profética" AQUI
2. "A Palavra de Deus no quotidiano da vida eclesial" AQUI
3. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Para saber mais, clicar AQUI
4. "Os leitores mais atentos poderão confirmar se o Papa Francisco é coerente quando exige qualidade nas homilias como fez na exortação apostólica "A alegria do Evangelho" e a sua prática nas missas que celebra em Santa Marta. Basta ler o livro que reproduz muitas daquelas saborosas homilias feriais" - Pe. Rui Osório in JN de 11/1/2015 - "A verdade é um encontro" AQUI
5. Pregação «não é um sermão sobre um tema abstrato»: Vaticano apresenta diretório sobre homilias. Para saber mais clicar, AQUI
6. Diretório homilético: Para falar de fé e beleza mesmo quando não se é «grande orador». Ver AQUI
7. Papa mais,  pede aos padres para falarem ao «coração» e não fazerem «homilias demasiado intelectuais». Par saber mais, clicar AQUI.
8. Porquê ir à missa ao domingo? Ler AQUI.

Então:
Tema do 33º Domingo do Tempo Comum - Ano B
A liturgia do 33º Domingo do Tempo Comum apresenta-nos, fundamentalmente, um convite à esperança. Convida-nos a confiar nesse Deus libertador, Senhor da história, que tem um projecto de vida definitiva para os homens. Ele vai - dizem os nossos textos - mudar a noite do mundo numa aurora de vida sem fim.
A primeira leitura anuncia aos crentes perseguidos e desanimados a chegada iminente do tempo da intervenção libertadora de Deus para salvar o Povo fiel. É esta a esperança que deve sustentar os justos, chamados a permanecerem fiéis a Deus, apesar da perseguição e da prova. A sua constância e fidelidade serão recompensadas com a vida eterna.
 No Evangelho, Jesus garante-nos que, num futuro sem data marcada, o mundo velho do egoísmo e do pecado vai cair e que, em seu lugar, Deus vai fazer aparecer um mundo novo, de vida e de felicidade sem fim. Aos seus discípulos, Jesus pede que estejam atentos aos sinais que anunciam essa nova realidade e disponíveis para acolher os projectos, os apelos e os desafios de Deus.
A segunda leitura lembra que Jesus veio ao mundo para concretizar o projecto de Deus no sentido de libertar o homem do pecado e de o inserir numa dinâmica de vida eterna. Com a sua vida e com o seu testemunho, Ele ensinou-nos a vencer o egoísmo e o pecado e a fazer da vida um dom de amor a Deus e aos irmãos. É esse o caminho do mundo novo e da vida definitiva.
EVANGELHO - Mc 13,24-32
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Naqueles dias, depois de uma grande aflição,
o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade;
as estrelas cairão do céu
e as forças que há nos céus serão abaladas.
Então, hão-de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens,
com grande poder e glória.
Ele mandará os Anjos,
para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais,
da extremidade da terra à extremidade do céu.
Aprendei a parábola da figueira:
quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas,
sabeis que o Verão está próximo.
Assim também, quando virdes acontecer estas coisas,
sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta.
Em verdade vos digo:
Não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
Passará o céu e a terra,
mas as minhas palavras não passarão.
Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece:
nem os Anjos do Céu, nem o Filho;

só o Pai».
AMBIENTE
O texto que nos é hoje proposto como Evangelho situa-nos em Jerusalém, pouco antes da paixão e morte de Jesus. É o terceiro dia da estadia de Jesus em Jerusalém, o dia dos "ensinamentos" e das polémicas mais radicais com os líderes judaicos (cf. Mc 11,20-13,1-2). No final desse dia, já no "Jardim das Oliveiras", Jesus oferece a um grupo de discípulos (Pedro, Tiago, João e André - cf. Mc 13,3) um amplo e enigmático ensinamento, que ficou conhecido como o "discurso escatológico" (cf. Mt 13,3-37).
A maior parte dos estudiosos do Evangelho segundo Marcos consideram que este discurso, apresentado com uma linguagem profético-apocalíptica, descreve a missão da comunidade cristã no período que vai desde a morte de Jesus até ao final da história humana. É um texto difícil, que emprega imagens e linguagens marcadas pelas alusões enigmáticas, bem ao jeito do género literário "apocalipse". Não seria tanto uma reportagem jornalística de acontecimentos concretos, mas antes uma leitura profética da história humana. O seu objectivo seria dar aos discípulos indicações acerca da atitude a tomar frente às vicissitudes que marcarão a caminhada histórica da comunidade, até ao momento em que Jesus vier para instaurar, em definitivo, o novo céu e a nova terra.
Os quatro discípulos referenciados no início do "discurso escatológico" representam a comunidade cristã de todos os tempos... Os quatro são, precisamente, os primeiros discípulos chamados por Jesus (cf. Mc 1,16-20) e, como tal, convertem-se em representantes de todos os futuros discípulos. O discurso escatológico de Jesus não seria, assim, uma mensagem privada destinada a um grupo especial, mas uma mensagem destinada a toda a comunidade crente, chamada a caminhar na história com os olhos postos no encontro final com Jesus e com o Pai.
A missão que Jesus (que está consciente de ter chegado a sua hora de partir ao encontro do Pai) confia à sua comunidade não é uma missão fácil... Jesus está consciente de que os seus discípulos terão que enfrentar as dificuldades, as perseguições, as tentações que "o mundo" vai colocar no seu caminho. Essa comunidade em marcha pela história necessitará, portanto, de estímulo e de alento. É por isso que surge este apelo à fidelidade, à coragem, à vigilância... No horizonte último da caminhada da comunidade, Jesus coloca o final da história humana e o reencontro definitivo dos discípulos com Jesus.
O "discurso escatológico" divide-se em três partes, antecedidas de uma introdução (cf. Mc 13,1-4). Na primeira parte (cf. Mc 13,5-23), o discurso anuncia uma série de vicissitudes que vão marcar a história e que requerem dos discípulos a atitude adequada: vigilância e lucidez. Na segunda parte, o discurso anuncia a vinda definitiva do Filho do Homem e o nascimento de um mundo novo a partir das ruínas do mundo velho (cf. Mc 13,24-27). Na terceira parte, o discurso anuncia a incerteza quanto ao "tempo" histórico dos eventos anunciados e insiste com os discípulos para que estejam sempre vigilantes e preparados para acolher o Senhor que vem (cf. Mc 13,28-37). O nosso texto apresenta-nos, precisamente, a segunda parte e alguns versículos da terceira parte do "discurso escatológico".

MENSAGEM
Os dois primeiros versículos do nosso texto referem-se - com imagens tiradas da tradição profética e apocalíptica - à queda desse mundo velho que se opõe a Deus e que persegue os crentes (vers. 24-25). Em Is 13,10, o obscurecimento do sol, da lua e das estrelas anuncia o dia da intervenção justiceira de Jahwéh para destruir o império babilónico e para libertar o Povo de Deus exilado numa terra estrangeira (cf. Is 34,4); em Jl 2,10, as mesmas imagens são usadas para descrever os acontecimentos do "dia do Senhor", o dia em que Jahwéh vai intervir na história para castigar os opressores e para salvar os seus eleitos. Ora, é esta linguagem que Marcos vai utilizar para descrever a falência dos impérios que lutam contra Deus e contra os seus santos. Trata-se de uma linguagem tradicional que, no entanto, é perfeitamente perceptível para leitores de Marcos. No mundo grego, por exemplo, o sol e a lua ("Élios", e "Selénê") eram adorados como deuses; e, no mundo romano, o imperador identificava-se como "o sol" (o imperador Nero, o primeiro perseguidor dos cristãos de Roma, fez erigir no palácio imperial uma estátua de bronze com trinta metros de altura que o representava como o deus "sol"). A mensagem é evidente: está para acontecer uma viragem decisiva na história; a velha ordem religiosa e política, os poderes que se opõem a Deus e que perseguem os santos, irão ser derrubados, a fim de darem lugar a um mundo novo, construído de acordo com os critérios e os valores de Deus. Marcos não se refere, aqui, àquilo que nós costumamos chamar "o fim do mundo"; mas refere-se, genericamente, à vitória de Deus sobre o mal que oprime e escraviza aqueles que optaram por Deus e pelas suas propostas.
A queda desse mundo velho aparece associada à vinda do Filho do Homem (vers. 26). A imagem leva-nos a Dn 7,13-14, onde se anuncia a vinda de um "Filho do Homem" "sobre as nuvens do céu" para afirmar a sua soberania sobre "todos os povos, todas as nações e todas as línguas". O "Filho do Homem, cheio de poder e de glória, que virá "reunir os seus eleitos" (vers. 27), não pode ser outro senão Jesus. Com esta imagem, Marcos assegura aos crentes o triunfo definitivo de Cristo sobre os poderes opressores e a libertação daqueles que, apesar das perseguições, continuaram a percorrer com fidelidade os caminhos de Deus.
A mensagem proposta por Marcos aos seus leitores é clara: espera-vos um caminho marcado pelo sofrimento e pela perseguição; no entanto, não vos deixeis afundar no desespero porque Jesus vem. Com a sua vinda gloriosa (de ontem, de hoje, de amanhã), cessará a escravidão insuportável que vos impede de conhecer a vida em plenitude e nascerá um mundo novo, de alegria e de felicidade plenas. O quadro destina-se, portanto, não a amedrontar, mas a abrir os corações à esperança: quando Jesus vier com a sua autoridade soberana, o mundo velho do egoísmo e da escravidão cairá e surgirá o dia novo da salvação/libertação sem fim.
Na segunda parte do nosso texto (vers. 28-32), Jesus responde à questão posta pelos discípulos em Mc 13,4: "Diz-nos quando tudo isto acontecerá e qual o sinal de que tudo está para acabar".
Para Jesus, mais importante do que definir o tempo exacto da queda do mundo velho é ter confiança na chegada do mundo novo e estar atento aos sinais que o anunciam. O aparecimento nas figueiras de novos ramos e de novas folhas acontece, sem falhas, cada ano e anuncia ao agricultor a chegada do Verão e do tempo das colheitas (vers. 28-29); da mesma forma, os crentes são convidados a esperar, com confiança, a chegada do mundo novo e a perceber, nos sinais de desagregação do mundo velho, o anúncio de que o tempo da sua libertação está a chegar. Certos da vinda do Senhor, atentos aos sinais que O anunciam, os crentes podem preparar o seu coração para O acolher, para aceitar os desafios que Ele traz, para agarrar as oportunidades que Ele oferece.
Não há uma data marcada para o advento dessa nova realidade (vers. 32). De uma coisa, no entanto, os crentes podem estar certos: as palavras de Jesus não são uma bela teoria ou um piedoso desejo; mas são a garantia de que esse mundo novo, de vida plena e de felicidade sem fim, irá surgir (vers. 31).

ACTUALIZAÇÃO
• Ver os telejornais ou escutar os noticiários é, com frequência, uma experiência que nos intranquiliza e que nos deprime. Os dramas dessa aldeia global que é o mundo entram em nossa casa, sentam-se à nossa mesa, apossam-se da nossa existência, perturbam a nossa tranquilidade, escurecem o nosso coração. A guerra, a opressão, a injustiça, a miséria, a escravidão, o egoísmo, a exploração, o desprezo pela dignidade do homem atingem-nos, mesmo quando acontecem a milhares de quilómetros do pequeno mundo onde nos movemos todos os dias. As sombras que marcam a história actual da humanidade tornam-se realidades próximas, tangíveis, que nos inquietam e nos desesperam. Feridos e humilhados, duvidamos de Deus, da sua bondade, do seu amor, da sua vontade de salvar o homem, das suas promessas de vida em plenitude. A Palavra de Deus que hoje nos é servida abre, contudo, a porta à esperança. Reafirma, uma vez mais, que Deus não abandona a humanidade e está determinado a transformar o mundo velho do egoísmo e do pecado num mundo novo de vida e de felicidade para todos os homens. A humanidade não caminha para o holocausto, para a destruição, para o sem sentido, para o nada; mas caminha ao encontro da vida plena, ao encontro desse mundo novo em que o homem, com a ajuda de Deus, alcançará a plenitude das suas possibilidades.
• Os cristãos, convictos de que Deus tem um projecto de vida para o mundo, têm de ser testemunhas da esperança. Eles não lêem a história actual da humanidade como um conjunto de dramas que apontam para um futuro sem saída; mas vêem os momentos de tensão e de luta que hoje marcam a vida dos homens e das sociedades como sinais de que o mundo velho irá ser transformado e renovado, até surgir um mundo novo e melhor. Para o cristão, não faz qualquer sentido deixar-se dominar pelo medo, pelo pessimismo, pelo desespero, por discursos negativos, por angústias a propósito do fim do mundo... Os nossos contemporâneos têm de ver em nós, não gente deprimida e assustada, mas gente a quem a fé dá uma visão optimista da vida e da história e que caminha, alegre e confiante, ao encontro desse mundo novo que Deus nos prometeu.
• É Deus, o Senhor da história, que irá fazer nascer um mundo novo; contudo, Ele conta com a nossa colaboração na concretização desse projecto. A religião não é ópio que adormece os homens e os impede de se comprometerem com a história... Os cristãos não podem ficar de braços cruzados à espera que o mundo novo caia do céu; mas são chamados a anunciar e a construir, com a sua vida, com as suas palavras, com os seus gestos, esse mundo que está nos projectos de Deus. Isso implica, antes de mais, um processo de conversão que nos leve a suprimir aquilo que, em nós e nos outros, é egoísmo, orgulho, prepotência, exploração, injustiça (mundo velho); isso implica, também, testemunhar em gestos concretos, os valores do mundo novo - a partilha, o serviço, o perdão, o amor, a fraternidade, a solidariedade, a paz.
• Esse Deus que não abandona os homens na sua caminhada histórica vem continuamente ao nosso encontro para nos apresentar os seus desafios, para nos fazer entender os seus projectos, para nos indicar os caminhos que Ele nos chama a percorrer. Da nossa parte, precisamos de estar atentos à sua proximidade e reconhecê-l'O nos sinais da história, no rosto dos irmãos, nos apelos dos que sofrem e que buscam a libertação. O cristão não pode fechar-se no seu canto e ignorar Deus, os seus apelos e os seus projectos; mas tem de estar atento e de notar os sinais através dos quais Deus Se dirige aos homens e lhes aponta o caminho do mundo novo.
• É preciso, ainda, ter presente que este mundo novo - que está permanentemente a fazer-se e depende do nosso testemunho - nunca será uma realidade plena nesta terra (a nossa caminhada neste mundo será sempre marcada pela nossa finitude, pelos nossos limites, pela nossa imperfeição). O mundo novo sonhado por Deus é uma realidade escatológica, cuja plenitude só acontecerá depois de Cristo, o Senhor, ter destruído definitivamente o mal que nos torna escravos.



 
Matar a morte
«É possível que a «morte morra?» A perspetiva cristã enfrenta este mistério de um modo que alguns consideram uma estratégia de negação da realidade, uma espécie de fuga para a frente. A finitude não é uma desgraça, antes pelo contrário, é uma experiência de libertação. O morrer, associado por vezes à dor terrível, é o pórtico para a comunhão plena com Deus.» Para saber mais clicar AQUI.
«Então, hão de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens, com grande poder e glória»
«[O Senhor disse a Josué:] Há ainda muita terra por conquistar» (Js 13,1). [...] Considerai a primeira vinda de Nosso Senhor, o Salvador, quando veio a este mundo semear a Palavra; pela simples força da sua sementeira, apoderou-Se de toda a terra, pondo em fuga as potências adversas e os anjos rebeldes que dominavam o espírito das nações, ao mesmo tempo que semeava a sua Palavra e expandia a sua Igreja. Assim foi a sua primeira tomada de posse de toda a terra.
Segui-me agora [...] pelas veredas subtis da Escritura e mostrar-vos-ei em que consiste a segunda conquista de uma terra sobre a qual foi dito a Josué/Jesus que faltava ainda conquistar uma grande parte. Escutai as palavras de Paulo: «É necessário que Ele reine até que tenha feito de todos os inimigos um estrado para os seus pés» (1Cor 15,25; Sl 109,1). É essa a terra da qual faltava submeter uma grande parte a seus pés, de modo que Ele tomasse para Si todos os povos como herança. [...] E vemos que há muitas coisas que não estão ainda submetidas aos pés de Jesus; ora, é preciso que Ele entre na posse de todas elas, uma vez que o fim do mundo não poderá advir sem que tudo Lhe tenha sido submetido. Assim, diz o profeta: «Todas as nações Lhe serão submetidas, das extremidades dos rios até às extremidades da terra, e diante d'Ele se prostrarão os etíopes» (Sl 71,8-9, Setenta); e também: «Do outro lado dos rios da Etiópia hão de trazer-Lhe ofertas» (Sof 3,10).
Daqui resulta que, na sua segunda vinda, Jesus dominará esta terra da qual muito resta por possuir. Mas bem-aventurados aqueles que tiverem sido seus súbditos desde a primeira vinda, pois serão verdadeiramente cumulados de favores, mau grado a resistência de tantos inimigos e os ataques de tantos adversários, e receberão [...] a sua parte da Terra Prometida. Mas quando, pela força, for alcançada a submissão, no dia em que necessariamente for destruído o último inimigo, que é a morte (1Cor 15,26), não haverá favores para aqueles que recusarem submeter-se-Lhe.
Orígenes (c. 185-253)presbítero, teólogo
Homilias sobre o Livro de Josué, 16, 3

sábado, 17 de novembro de 2018

inPRENSA semanal: a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão.


A política do iogurte
O testamento de Amália Rodrigues nunca foi cumprido
Com o cadáver da esperança às costas
Ribeiro e Castro defende que Portugal receba cristã paquistanesa Asia Bibi
JORGE MENDES INVESTIGADO EM CINCO PAÍSES
Rui Rio faz tudo para segurar Silvano
Refugiados no Canadá dançam na neve pela primeira vez. E Trudeau aplaudiu
O Estado dos diretos deixa de ser de Direito
O sobe e desce do petróleo
Papa convida três mil pessoas pobres para almoço
Da Venezuela para Portugal. Da crise para o paraíso
A outra vida de Jorge Coelho
O cheiro a pobre
Brexit: a crise esperada

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

ATENÇÃO/REFLEXÃO/MEDITAÇÃO: Pensamentos

* "Dormia e sonhava que a vida era alegria. Acordei e vi que a vida era serviço. Quis servir e vi que a vida era alegria." - T. Tagore




* "Considero a televisão muito educativa. Cada vez que alguém a liga, vou para o quarto ler um livro." - G. Marx




* "Os dias talvez sejam iguais para um relógio, mas não para um ser humano." - M. Proust




* "O serviço que prestamos aos outros é o aluguer que pagamos pelo lugar que ocupamos na terra." - W. Grenfell




* "Quando caminho, não te peço que me dês conselhos mas que me dês a mão." - R. Tagore




* "O mais triste é o facto do passarinho preso na gaiola se sentir feliz." - M. Quintana




* "Aquele que não tem um coração caridoso sofre a pior das doenças cardíacas." - Bob Hop


* "Lembra-te que, para uma pessoa, o seu nome é o som mais importante e mais doce em qualquer língua." - D. Carnegie


* "O casal deve combater sem tréguas o monstro que tudo devora: a rotina" - H. Balzac




* "Eu não tenho mensagens para comunicar. A minha mensagem é a minha vida." - M. Gandhi




* " O mundo inteiro é um palco e todos os homens e mulheres são simplesmente actores" - Shakespeare




* " Apanham-se mais moscas com uma gota de mel do que com um tonel de vinagre." - S. Francisco de Sales




* "Felizes os que têm música no coração e um sorriso nos lábios." - F. Shubert




* " Com a língua podem fazer-se feridas mais profundas do que com os dentes." - S. João Crisóstomo



terça-feira, 13 de novembro de 2018

ESPIRITUALIDADE: À saída do túnel

«Quanta estrada é preciso percorrer para chegar a Ele! Quantas barreiras a abater para chegar àquele sol que intuo na outra vida, a verdadeira vida! A verdadeira Luz à saída do túnel.» Para saber mais clicar AQUI e, do mesmo Card. Gianfranco Ravasi, mais AQUI.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

REFLEXÃO/ATENÇÃO/MEDITAÇÃO: Com o cadáver da esperança às costas

Por mais arrogante que se seja e se padeça do complexo da omnipotência, ninguém, a não ser que pense suicidar-se antes, pode dizer: Até amanhã, se eu quiser. Dada a constituição corpórea do ser humano e a sua consciência antecipadora, toda a pessoa adulta e consciente, que reflecte, sabe, embora com um saber paradoxal, pois ninguém se pode conceber a si mesmo morto, que é mortal e que a morte é o limite inultrapassável. Ninguém rouba a morte a ninguém, cada um morrerá na sua vez. E as sabedorias ancestrais e as religiões e as filosofias lembraram sempre a cada um: "lembra-te de que és mortal"; aos generais romanos vitoriosos, na corrida para a celebração do triunfo, havia um escravo que lhes ia sussurrando ao ouvido o dito, em latim: "memento mori" (lembra-te de que és mortal); "sic transit gloria mundi" (assim passa a glória mundana): lembrava ao Papa na sua coroação o mestre-de-cerimónias enquanto queimava uma mecha de estopa; os gregos definiam os humanos frente aos deuses, imortais, como "os mortais". Para saber mais, clicar AQUI.

domingo, 11 de novembro de 2018

PALAVRA de DOMINGO: Contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la: EUCARISTIA, LITURGIA & VIDA!

Considerando:
1. "Três qualidades essenciais de uma homilia: Positiva, concreta, profética" AQUI
2. "A Palavra de Deus no quotidiano da vida eclesial" AQUI
3. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Para saber mais, clicar AQUI
4. "Os leitores mais atentos poderão confirmar se o Papa Francisco é coerente quando exige qualidade nas homilias como fez na exortação apostólica "A alegria do Evangelho" e a sua prática nas missas que celebra em Santa Marta. Basta ler o livro que reproduz muitas daquelas saborosas homilias feriais" - Pe. Rui Osório in JN de 11/1/2015 - "A verdade é um encontro" AQUI
5. Pregação «não é um sermão sobre um tema abstrato»: Vaticano apresenta diretório sobre homilias. Para saber mais clicar, AQUI
6. Diretório homilético: Para falar de fé e beleza mesmo quando não se é «grande orador». Ver AQUI
7. Papa mais,  pede aos padres para falarem ao «coração» e não fazerem «homilias demasiado intelectuais». Par saber mais, clicar AQUI.
8. Porquê ir à missa ao domingo? Ler AQUI.

Então:
Tema do 32º Domingo do Tempo Comum - Ano B
A liturgia do 32º Domingo do Tempo Comum fala-nos do verdadeiro culto, do culto que devemos prestar a Deus. A Deus não interessam grandes manifestações religiosas ou ritos externos mais ou menos sumptuosos, mas uma atitude permanente de entrega nas suas mãos, de disponibilidade para os seus projectos, de acolhimento generoso dos seus desafios, de generosidade para doarmos a nossa vida em benefício dos nossos irmãos.
A primeira leitura apresenta-nos o exemplo de uma mulher pobre de Sarepta, que, apesar da sua pobreza e necessidade, está disponível para acolher os apelos, os desafios e os dons de Deus. A história dessa viúva que reparte com o profeta os poucos alimentos que tem, garante-nos que a generosidade, a partilha e a solidariedade não empobrecem, mas são geradoras de vida e de vida em abundância.
O Evangelho diz, através do exemplo de outra mulher pobre, de outra viúva, qual é o verdadeiro culto que Deus quer dos seus filhos: que eles sejam capazes de Lhe oferecer tudo, numa completa doação, numa pobreza humilde e generosa (que é sempre fecunda), num despojamento de si que brota de um amor sem limites e sem condições. Só os pobres, isto é, aqueles que não têm o coração cheio de si próprios, são capazes de oferecer a Deus o culto verdadeiro que Ele espera.
A segunda leitura oferece-nos o exemplo de Cristo, o sumo-sacerdote que entregou a sua vida em favor dos homens. Ele mostrou-nos, com o seu sacrifício, qual é o dom perfeito que Deus quer e que espera de cada um dos seus filhos. Mais do que dinheiro ou outros bens materiais, Deus espera de nós o dom da nossa vida, ao serviço desse projecto de salvação que Ele tem para os homens e para o mundo.
EVANGELHO - Mc 12,38-44
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo,
Jesus ensinava a multidão, dizendo:
«Acautelai-vos dos escribas,
que gostam de exibir longas vestes,
de receber cumprimentos nas praças,
de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas
e os primeiros lugares nos banquetes.
Devoram as casas das viúvas
com pretexto de fazerem longas rezas.
Estes receberão uma sentença mais severa».
Jesus sentou-Se em frente da arca do tesouro
a observar como a multidão deixava o dinheiro na caixa.
Muitos ricos deitavam quantias avultadas.
Veio uma pobre viúva
e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante.
Jesus chamou os discípulos e disse-lhes:
«Em verdade vos digo:
Esta pobre viúva deitou na caixa mais do que todos os outros.
Eles deitaram do que lhes sobrava,
mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha,
tudo o que possuía para viver».

AMBIENTE
O nosso texto situa-nos em Jerusalém, nos dias que antecedem a prisão, julgamento e morte de Jesus. Por esta altura, adensam-se as polémicas de Jesus com os representantes do Judaísmo oficial. A cada passo fica mais claro que o projecto do Reino (proposto por Jesus) é incompatível com a visão religiosa dos líderes judaicos. Num ambiente carregado de dramatismo, adivinha-se o inevitável choque decisivo entre Jesus e a instituição judaica e prepara-se o cenário da Cruz.
Jesus tem consciência de que os líderes da comunidade judaica tinham transformado a religião de Moisés - com os seus ritos, exigências legais, proibições e obrigações - numa proposta vazia e estéril. Mal-servida e manipulada pelos seus líderes religiosos, a comunidade judaica tinha-se transformado numa figueira seca (cf. Mc 11,12-14. 20-26), onde Deus não encontrava os frutos que esperava (o culto verdadeiro e sincero, o amor, a justiça, a misericórdia). O próprio Templo - o espaço onde se desenrolavam abundantes ritos cultuais e sumptuosas cerimónias litúrgicas - tinha deixado de ser o lugar do encontro de Deus com a comunidade israelita e tinha-se tornado um lugar de exploração e de injustiça, "um covil de ladrões" (cf. Mc 11,15-19)...
Jesus tem presente tudo isto quando ensina nos átrios do Templo, rodeado pelos discípulos. À sua volta desenrola-se esse folclore religioso, feito de ritos externos, de grandes gestos teatrais, frequentemente vazios de conteúdo. Os "doutores da Lei" (geralmente, do partido dos fariseus; estudavam e memorizavam as Escrituras e ensinavam aos seus discípulos as regras - ou "halakot" - que deviam dirigir cada passo da vida dos fiéis israelitas), com as suas vestes especiais e os traços característicos de quem se julgava com direito a todas as deferências, honras e privilégios, são mais um elemento no quadro desse culto de mentira que Jesus tem diante dos olhos.
Em contraponto, Jesus repara no "átrio das mulheres", onde uma viúva deposita, no tesouro do Templo, a sua humilde oferta (dons voluntários eram feitos com frequência, tendo por finalidade, por exemplo, cumprir votos). As viúvas, no ambiente palestino de então (sobretudo quando não tinham filhos que as protegessem e alimentassem), eram o modelo clássico do pobre, do explorado, do débil.

MENSAGEM
O nosso texto compõe-se, portanto, de duas partes. Na primeira parte (vers. 38-40), Jesus faz incidir a atenção dos seus discípulos sobre o grupo dos doutores da Lei. Aparentemente, os doutores da Lei são figuras intocáveis da comunidade, com uma atitude religiosa irrepreensível. São estimados, admirados e adulados pelo povo, que os tem em alto conceito. Contudo, o olhar avaliador de Jesus não se detém nas aparências, mas penetra na realidade das coisas... Uma análise mais cuidada mostra que esses doutores da Lei são hipócritas e incoerentes: fazem as coisas, não por convicção, mas para serem considerados e admirados pelo povo; procuram os primeiros lugares, preocupam-se em afirmar a sua superioridade diante dos outros, exibem uma devoção de fachada, fazem do cumprimento dos ritos e regras da Lei um espectáculo para os outros aplaudirem... A sua vida é, portanto, um imenso repertório de mentira, de incoerência, de hipocrisia... Como se isso não bastasse, estes doutores da Lei aproveitam-se, frequentemente, da sua posição e da confiança que inspiram - como intérpretes autorizados da Lei de Deus - para explorar os mais pobres (aqueles que são os preferidos de Deus); servem-se da religião para satisfazer a sua avareza, não têm escrúpulos em aproveitar-se boa-fé das pessoas para aumentar os seus proveitos; exploram as viúvas, que lhes confiam a administração dos próprios bens, alinham em esquemas de corrupção e de exploração...
Os doutores da Lei, com os seus comportamentos hipócritas, mostram que os ritos externos, os gestos teatrais, o cumprimento das regras religiosamente correctas não chegam para aproximar os homens de Deus e da santidade de Deus. Ao olhar para a atitude dos doutores da Lei, os discípulos de Jesus têm de estar conscientes de que este não é o comportamento que Deus pede àqueles que querem fazer parte da sua família.
Na segunda parte (vers. 41-44), Jesus convida os discípulos a perceber a essência do verdadeiro culto, da verdadeira atitude religiosa. Em profundo contraste com o quadro dos doutores da Lei, Jesus aponta aos discípulos a figura de uma pobre viúva, que se aproxima de um dos treze recipientes situados no átrio do Templo, onde se depositavam as ofertas para o tesouro do Templo. A mulher deposita aí duas simples moedas (dois "leptá", diz o texto grego. O "leptá" era uma moeda de cobre, a mais pequena e insignificante das moedas judaicas); contudo, aquela quantia insignificante era tudo o que a mulher possuía. Ninguém, excepto Jesus, repara nela ou manifesta admiração pelo seu gesto. Apenas Jesus - que lê os factos com os olhos de Deus e sabe ver para além das aparências - percebe naquelas duas insignificantes moedas oferecidas a marca de um dom total, de um completo despojamento, de uma entrega radical e sem medida. O encontro com Deus, o culto que Deus quer passa por gestos simples e humildes, que podem passar completamente despercebidos, mas que são sinceros, verdadeiros, e expressam a entrega generosa e o compromisso total. O verdadeiro crente não é o que cultiva gestos teatrais e espampanantes, que impressionam as multidões e que são aplaudidos pelos homens; mas é o que aceita despojar-se de tudo, prescindir dos seus interesses e projectos pessoais, para se entregar completa e gratuitamente nas mãos de Deus, com humildade, generosidade, total confiança, amor verdadeiro. É este o exemplo que os discípulos de Jesus devem imitar; é esse o culto verdadeiro que eles devem prestar a Deus.

ACTUALIZAÇÃO
• Qual é o verdadeiro culto que Deus espera de nós? Qual deve ser a nossa resposta à sua oferta de salvação? A forma como Jesus aprecia o gesto daquela pobre viúva não deixa lugar a qualquer dúvida: Deus não valoriza os gestos espectaculares, cuidadosamente encenados e preparados, mas que não saem do coração; Deus não se deixa impressionar por grandes manifestações cultuais, por grandes e impressionantes manifestações religiosas, cuidadosamente preparadas, mas hipócritas, vazias e estéreis... O que Deus pede é que sejamos capazes de Lhe oferecer tudo, que aceitemos despojar-nos das nossas certezas, das nossas manifestações de orgulho e de vaidade, dos nossos projectos pessoais e preconceitos, a fim de nos entregarmos confiadamente nas suas mãos, com total confiança, numa completa doação, numa pobreza humilde e fecunda, num amor sem limites e sem condições. Esse é o verdadeiro culto, que nos aproxima de Deus e que nos torna membros da família de Deus. O verdadeiro crente é aquele que não guarda nada para si, mas que, dia a dia, no silêncio e na simplicidade dos gestos mais banais, aceita sair do seu egoísmo e da sua auto-suficiência e colocar a totalidade da sua existência nas mãos de Deus.
• Como na primeira leitura, também no Evangelho temos um exemplo de uma mulher pobre (ainda mais, uma viúva, que pertence à classe dos abandonados, dos débeis, dos mais pobres de entre os pobres), que é capaz de partilhar o pouco que tem. Na reflexão bíblica, os pobres, pela sua situação de carência, debilidade e necessidade, são considerados os preferidos de Deus, aqueles que são objecto de uma especial protecção e ternura por parte de Deus. Por isso, eles são olhados com simpatia e até, numa visão simplista e idealizada, são retractados como pessoas pacíficas, humildes, simples, piedosas, cheias de "temor de Deus" (isto é, que se colocam diante de Deus com serena confiança, em total obediência e entrega). Este retrato, naturalmente um pouco estereotipado, não deixa de ter um sólido fundo de verdade: só quem não vive para as riquezas, só quem não tem o coração obcecado com a posse dos bens (falamos, naturalmente, do dinheiro, da conta bancária; mas falamos, igualmente, do orgulho, da auto-suficiência, da vontade de triunfar a todo o custo, do desejo de poder e de autoridade, do desejo de ser aplaudido e admirado) é capaz de estar disponível para acolher os desafios de Deus e para aceitar, com humildade e simplicidade, os valores do Reino. Esses são os preferidos de Deus. O exemplo desta mulher garante-nos que só quem é "pobre" - isto é, quem não tem o coração demasiado cheio de si próprio - é capaz de viver para Deus e de acolher os desafios e os valores do Reino.
• A figura dos doutores da Lei está em total contraste com a figura desta mulher pobre. Eles têm o coração completamente cheio de si; estão dominados por sentimentos de egoísmo, de ambição e de vaidade, apostam tudo nos bens materiais, mesmo que isso implique explorar e roubar as viúvas e os pobres... Na verdade, no seu coração não há lugar para Deus e para os outros irmãos; só há lá lugar para os seus interesses mesquinhos e egoístas. Eles são a antítese daquilo que os discípulos de Jesus devem ser; não apreciam os valores do Reino e, dessa forma, não podem integrar a comunidade do Reino. Podem ter atitudes que, na aparência, são religiosamente correctas, ou podem mesmo ser vistos como autênticos pilares da comunidade do Povo de Deus; mas, na verdade, eles não fazem parte da família de Deus. Nunca é demais reflectirmos sobre este ponto: quem vive para si e é incapaz de viver para Deus e para os irmãos, com verdade e generosidade, não pode integrar a família de Jesus, a comunidade do Reino.
• Jesus ensina-nos, neste episódio, a não julgarmos as pessoas pelas aparências. Muitas vezes é precisamente aquilo que consideramos insignificante, desprezível, pouco edificante, que é verdadeiramente importante e significativo. Muitas vezes Deus chega até nós na humildade, na simplicidade, na debilidade, nos gestos silenciosos e simples de alguém em quem nem reparamos. Temos de aprender a ir ao fundo das coisas e a olhar para o mundo, para as situações, para a história e, sobretudo, para os homens e mulheres que caminham ao nosso lado, com o olhar de Deus. É precisamente isso que Jesus faz.
• Uma das críticas que Jesus faz aos doutores da Lei é que eles se servem da religião, da sua posição de intérpretes oficiais e autorizados da Lei, para obter honras e privilégios. Trata-se de uma tentação sempre presente, ontem como hoje... Em nenhum caso a nossa fé, o nosso lugar na comunidade, a consideração que as pessoas possam ter por nós ou pelas funções que desempenhamos podem ser utilizadas, de forma abusiva, para "levar a água ao nosso moinho" e para conseguir privilégios particulares ou honras que não nos são devidas. Utilizar a religião para fins egoístas é um comércio ilícito e abominável, e constitui um enorme contra-testemunho para os irmãos que nos rodeiam.
FONTE: http://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=2272


 
Dar tudo
«No Templo, em Jerusalém, junto à arca do tesouro, Jesus configura o olhar dos discípulos. Pede-lhes que observem a partir do olhar divino, que vejam para além das aparências, que não se iludam com o espetáculo mediático que, a cada instante, os ricos proporcionam para gáudio geral. A viúva oferece tudo a «fundo perdido» e confia a sua subsistência a Deus.» Para saber mais, clicar AQUI.
«Ofereceu tudo o que tinha»
No reino dos Céus, todos os homens em conjunto, como se fossem um só, serão um só rei com Deus, pois todos quererão uma só coisa e a sua vontade cumprir-se-á. Eis o bem que, do alto do Céu, Deus declara pôr à venda.
Se alguém perguntar por que preço, eis a resposta: aquele que oferece um reino no Céu não precisa de moeda terrena. Ninguém pode dar a Deus o que já Lhe pertence, porque tudo o que existe é d'Ele. E, no entanto, Deus não dá coisas importantes sem que o preço correspondente seja estimado: Ele não as dará a quem não as apreciar. De facto, ninguém dá coisas que lhe são queridas a quem não demonstrar ter apreço por elas. Assim, e porque Deus não precisa dos teus bens, não te dará coisa alguma de relevo se desdenhares amá-l'O: Ele apenas reclama amor, e sem amor nada O obrigará a dar. Por isso, ama, e receberás o reino. Ama, e possui-l'O-ás [...]. Ama a Deus mais do que a ti mesmo, e começarás a ter o que queres possuir em plenitude no Céu.
Santo Anselmo (1033-1109)
monge, bispo, doutor da Igreja
Carta 112, a Hugo, o cativo

sábado, 10 de novembro de 2018

inPRENSA semanal: a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão.


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Muito longe da espuma dos dias
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Juiz Ivo Rosa não quis pôr traficante de armas em prisão preventiva e ele fugiu
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Há 14 concorrentes à construção de uma base espacial nos Açores
e
Web Summit. Números que não param de supreender
Guterres na Web Summit. Mundo deve banir “máquinas com poder para matar pessoas”
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