"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























terça-feira, 30 de dezembro de 2014

ESPIRITUALIDADE: A oração dos cinco dedos do papa Francisco

O anelar «é o nosso dedo mais fraco, como pode confirmar qualquer professor de piano»; ele «recorda-nos de rezar pelos mais fracos, por quem tem desafios a enfrentar, pelos doentes» que têm necessidade da «tua oração de dia e de noite», bem como pelos esposos. Por fim, o mindinho, o dedo mais pequeno, «como pequenos nos devemos sentir diante de Deus e do próximo», convida a rezar por nós próprios: «Depois de teres rezado por todos os outros, poderás compreender melhor quais são as tuas necessidades, olhando-as na justa perspetiva».
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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

HISTÓRIA: Sete perguntas sobre Jesus

. Jesus existiu?; 2. Os Evangelhos são “fiáveis”?; 3. Jesus nasceu no ano zero?; 4. Jesus tinha irmãos e irmãs?; 5. Jesus era um rabi como os outros?; 6. Jesus foi crucificado?; 7. O sudário de Turim é uma “fotografia” de Jesus?
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http://www.snpcultura.org/sete_perguntas_sobre_Jesus.html

domingo, 28 de dezembro de 2014

PALAVRAdeDOMINGO: contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la!

Considerando:
1. "Três qualidades essenciais de uma homilia: Positiva, concreta, profética"
2. "A Palavra de Deus no quotidiano da vida eclesial"
3. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Ler mais em:
Então:
Sagrada família
A Liturgia da Palavra deste domingo une-se ao tema que a Igreja nos propõe celebrar no domingo a seguir ao Natal: a família.
Todos nós temos noção de que as famílias, hoje, têm muitos contrastes. Estudos feitos nesta área falam-nos do decréscimo acentuado das taxas de fecundidade, com a consequente diminuição do número de filhos por casal e da dimensão média das famílias; do adiamento da idade ao nascimento do primeiro filho; do aumento do número de pessoas que vivem sós, das famílias monoparentais, dos casais sem filhos, dos núcleos reconstituídos e das famílias com idosos e constituídas só por idosos; da queda moderada das taxas de nupcialidade, com alterações na forma de celebração do casamento, nomeadamente pelo aumento do casamento civil em detrimento do religioso; do avanço da idade média do homem e da mulher aquando do primeiro casamento; da acentuada subida dos níveis do divórcio, do aumento significativo dos nascimentos fora do casamento e do aumento das uniões de facto, entre outros indicadores.
A partir da Palavra de Deus que escutámos, podemos realçar, por um lado, a importância da família na vida de Jesus e, por outro, o lugar da família na Igreja e no mundo.
E ainda a celebrar o nascimento de Jesus, o Filho de Deus, damo-nos conta de que a sua existência foi em tudo igual à nossa, até na experiência familiar: Jesus teve um pai e uma mãe, como nós todos tivemos. Jesus cresceu com o calor familiar de José e de Maria. E por isso a família torna-se ou devia tornar-se o lugar onde se pratica o amor. Se quiséssemos desdobrar este amor que se vive e pratica, poderíamos pegar na segunda leitura e incluir nesse amor todos os sentimentos que Paulo indica: misericórdia, bondade, humildade, mansidão, paciência, perdão, paz… E o espaço familiar torna-se então o lugar da felicidade, uma comunidade de amor.
No entanto, sabemos que nem sempre é assim. Às vezes a família é mais lugar de desamor: discussões, maus tratos, ausências, brigas, violências, separações… Então, também aqui a família de Jesus poderia ser luz, para que houvesse diálogo, harmonia e paz: entre esposos, entre irmãos, entre pais e entre familiares.
Diz-se, e bem, que a família é a base da sociedade. O P. Lacordaire dizia que «a família é o mais admirável dos governos». Poderíamos também dizer que é a base da Igreja. João Paulo II chamou-lhe até «igreja doméstica». E, por isso, ela não pode entregar a outras instituições sociais aquilo que lhe é próprio: a educação, a transmissão da fé, de valores para que quer a família quer a sociedade sejam mais justas e mais fraternas. Voltando a Lacordaire, dizia ele também que «a sociedade não é mais do que o desenvolvimento da família: se o homem sai da família corrupto, corrupto entrará na sociedade». A família não pode, portanto, eclipsar-se da sua missão de educar (que deriva do amor), educar para os valores da vida (evitando o desenvolvimento monstruoso de uma cultura de morte), educar para os verdadeiros valores humanos e, consequentemente, cristãos: a justiça, a honestidade, a solidariedade, a participação ativa na sociedade e na Igreja, o respeito pelas diferenças… E aqui vale a pena lembrar o que um dia Gandhi respondeu a quem lhe perguntava como ser feliz: «Tem sempre bons pensamentos porque os teus pensamentos se transformam nas tuas palavras. Diz palavras boas porque as tuas palavras se transformam nas tuas ações. Faz boas ações porque as tuas ações se transformam nos teus hábitos. Tem bons hábitos porque os teus hábitos se transformam nos teus valores. Tem bons valores porque os teus valores se transformam no teu próprio destino».
Nesta nossa Eucaristia, vamos pedir ao Senhor que as famílias sejam espaços de amor e de acolhimento, e que a família de Nazaré possa iluminar e ser modelo para as nossas famílias. Peçamos também pelas famílias que passam nestes dias maiores dificuldade de relação, para que possam encontrar na família de Jesus a força e o calor de que precisam para não desanimar.
Finalmente, peçamos ao Senhor que todas as famílias, mas sobretudo as famílias cristãs, ganhem a coragem de querer transformar o mundo e nele fazer transparecer o rosto de Deus.

sábado, 27 de dezembro de 2014

(in)PRENSA semanal: a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão
O milagre dos preços da eletricidade
Judiciária passa a pente fino quinta do pai de Menezes
Estrangeiros compram 50 casas por dia em Portugal
Amigo de Sócrates dominava contratos com autarquias do PS
"Só vejo aldrabões à nossa volta"
Portugal acagaçado
Estado Islâmico executou cem dos seus combatentes estrangeiros
Porque é que a maioria das pessoas usa a mão direita?
Reformar o "Deus mortal"
Roberto Benigni mostrou o que é a nova evangelização
Sócrates Preso por corrupção ou amizades bastante generosas?
Justiça analisa teia que une arguidos do 'caso Sócrates'
Do "Alzheimer espiritual" ao "terrorismo da má-língua", Papa denuncia 15 doenças da Cúria
Nenhum papa falou assim em tempos recentes: Comentário sobre o discurso de Francisco à cúria do Vaticano
Há um pequeno operador capaz de bater parceria Galp/Continente
"Queda do petróleo pode levar a crescimento de 2,5% a 3% em 2015"
Britânico acorda do coma a falar francês e convencido de que é o ator Matthew McConaughey
Natal, tempo para curar feridas
Quando a família Espírito Santo quis mudar Salgado - e depois recuou
Como o espião cubano preso engravidou a mulher com a ajuda dos EUA
Quase um quarto dos trabalhadores portugueses no Luxemburgo enfrenta risco de pobreza

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

EFEMÉRIDE/EVOCAÇÃO/COMEMORAÇÃO: NATAL

Para que serve o Natal?
Lembro-me de uma missa na catedral de S. João, há dois anos, onde renunciei à minha cruz para levar um bebé, Madeleine, que ainda não tinha 15 dias. Coloquei-o num presépio vivo. Que mistério a vinda de Deus! Ele tomou a forma de um pequenino, como a criança que levava nos meus braços, com uma imensa alegria.
http://www.snpcultura.org/para_que_serve_o_natal.html
Porquê dar presentes no Natal?
Saber oferecer, mas também saber receber. Num presente, tudo conta, cada um tem a sua linguagem. Algumas pessoas não gostam de os aceitar. E há toda uma arte de os receber: não esperar demasiado deles, deixá-los falar, deixá-los dizer o amor de que são portadores.
http://www.snpcultura.org/porque_dar_presentes_no_natal.html
O espírito do Natal
Numa tira de banda desenhada publicada recentemente, uma criança contava a uma amiga que, para este Natal, tinha pedido aos seus pais que não lhe oferecessem presentes, mas antes “espírito natalício”, e que eles tinham ficado desconcertados, sem entender nem saber o que fazer. A mensagem pareceu-me muito acutilante, e certamente coloca-nos a pergunta: o que é o espírito natalício? Dá a impressão de que para responder haveria que fazer uma corrida de obstáculos através de muitos impedimentos, entre outros os que nos impõe o acelerado consumismo de fim de ano.
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Para não andarmos à procura de um Deus que afinal está no meio de nós
O Natal tem dois mil anos acumulados de narrativas, expressões, culturas, adulterações, aproveitamentos. E apetece-nos, por vezes, rejeitar os adereços que cruzam pensares, dizeres e interesses alheios ao sobrenatural. Mas é nosso dever tentar, até à exaustão, descobrir os ritos que o mundo de hoje, muito fragmentariamente, oferece de simplicidade, beleza, solidariedade, compaixão, reconciliação, encontro de família, gestos de ternura, a que só falta um nome que aos cristãos compete explicitar: Jesus.
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http://www.snpcultura.org/para_nao_andarmos_a_procura_de_um_Deus_que_esta_entre_nos.html
O presépio do mosteiro
Mas porque está tão pesada a caixa… com uma figura tão pequena? Lembrou-se de que aquele menino pequeno a tinha carregado tantas vezes ao colo, aos ombros, e de tantas outras maneiras, que certamente esse peso tinha passado para a figura frágil daquele menino de barro… e sorriu baixinho. E lembrou-se igualmente de que aquele menino não tinha carregado somente o peso da sua vida, da sua alma, das suas desventuras, mas também o das outras irmãs… de todas as do mosteiro que faziam comunidade com ela… e de todas as que já tinham passado por lá… e de todas as que um dia lhe tinham entregue a sua vida e o desejo de se consagrarem a Ele… e de repente, a caixa com o menino Jesus ficou mais leve, e o coração também.
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http://www.snpcultura.org/o_presepio_do_mosteiro.html
«O que me espanta, diz Deus, é a esperança. E disso não me canso»
«A pequena esperança caminha entre as suas irmãs mais velhas/ e não lhe é dada a devida atenção./ No caminho da salvação, no caminho da carne,/ no caminho pedregoso da salvação, na estrada interminável,/ nessa estrada entre as suas duas irmãs,/ caminha a pequena esperança./ Entre as duas irmãs grandes./ Aquela que é casada, e aquela que é mãe./ E ninguém repara nela, o povo cristão só repara/ nas duas irmãs grandes./ A primeira e a última./ Que caminham com pressa./ Para o tempo presente./ No instante momentâneo que passa./ O povo cristão só vê as duas grandes irmãs./ Só olha para as duas irmãs grandes./ A da direita e a da esquerda./ E quase não repara na que caminha no meio.»
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http://www.snpcultura.org/luis_miguel_cintra_le_charles_peguy_1.html
A esperança «agarra no homem pelo coração»: Luís Miguel Cintra lê Charles Péguy (2)
«[A esperança] obriga-nos a recomeçar dezenas de vezes a mesma coisa./ Ou ir dezenas de vezes pelo mesmo caminho./ E que é normalmente o caminho da deceção./ (Terrena.)/ Mas para ela é igual. Ela é como uma criança./ Ela é uma criança./ Pouco lhe importa obrigar a gente adulta a fazer o caminho./ A sabedoria terrestre não é assunto dela./ Ela não calcula como nós calculamos./ Calcula, ou nem calcula, ela faz as contas sem se dar conta,/ tal qual uma criança./ Como alguém que tem a vida toda à sua frente./ E pouco lhe importa se nos obriga a caminhar./ Acha que somos todos iguais a ela./ Não tem em conta as nossas inquietações, os nossos trabalhos./ Limita-se a contar./ Acha que temos, como ela, a vida toda à nossa frente./ Como ela se engana! Como ela tem razão!/ Porque não temos a Vida toda à nossa frente./ A única que conta. A vida Eterna.»
http://www.snpcultura.org/luis_miguel_cintra_le_charles_peguy_2.html
Como viver o Natal em família?
Em família reservemos tempo para olhar para o ano que passou, para dar graças por esse crescimento individual, familiar e coletivo: os perdões possíveis, as reconciliações acolhidas, os medos ultrapassados, as alegrias familiares, dos amigos… e todos os projetos por concretizar.
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http://www.snpcultura.org/como_viver_o_natal_em_familia.html
Como viver o Natal de outra maneira?
Em vez de enviar os mesmos votos de Natal a todo o meu livro de endereços, posso reservar tempo para escrever uma carta personalizada a algumas pessoas que eu sei que vão passar o Natal sozinhas, ou telefonar mais demoradamente a alguém. Trata-se de apurar o meu olhar e a minha escuta.
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http://www.snpcultura.org/como_viver_o_natal_de_outra_maneira.html
Cantos tradicionais da Natividade
Este itinerário é proposto na recriação de diversos compositores e na vocalidade própria dos cantores amadores que constituem o Grupo Vocal Discantus (Coro da Sociedade 1º de Maio de Tires – Cascais).
«Visitar as diversas tradições musicais portuguesas, desenvolvidas no contexto das festas da natividade cristã, é descobrir um Natal vincadamente diferente daquele que vemos representado na cena mediática. Nas tradições portuguesas, encontramos o que se poderia apelidar de «mística do sul». Os imaginários e as narrativas centram-se na figura do Menino Jesus, na Sagrada Família, nos Pastores e nos chamados Reis Magos», escreve Alfredo Teixeira, que dirige o Grupo Vocal Discantus.
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http://www.snpcultura.org/cantos_tradicionais_da_natividade.html
Natal de Natais
Mesmo num calendário cristianizado, subsistiram muitos imaginários diferentes que, de forma plástica, se combinaram. Esses sedimentos têm agora uma difícil legibilidade nas nossas sociedades. O tempo liso do mercado parece não dar espaço à narrativa e à genealogia, achatando o espaço social da memória.
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http://www.snpcultura.org/natal_de_natais.html
Natal de Jesus no natal do papa Francisco
Onde é que vou procurar o Menino? O sinal que dá aos pastores é o de sempre. Como a eles, volta a dizer-te: procura-o num pesebre, num estábulo; o sinal é a mesma procura onde ninguém procura. Não procures entre as luzes das grandes cidades, não procures na aparência. Não procures nesses centros comerciais pagãos que se nos oferecem a cada esquina. Procura no insólito, no que te surpreende.
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http://www.snpcultura.org/natal_de_Jesus_no_natal_do_papa_francisco.html
Deus de nossa carne: Meditação sobre o Natal de Jesus
A santa caridade da boa-nova está longe da peçonha maniqueia e pagã da demonização da carne, impossível em termos cristãos, pois não há perfeito Cristo sem perfeita carne. Natal é a caridade e a caridade é o Natal, não apenas o Natal de Jesus, mas o nosso Natal de cada ato em cada ato de caridade, abençoada carne do amor.
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http://www.snpcultura.org/Deus_da_nossa_carne_meditacao_sobre_Natal.html
Para que os velhos votos de Natal sejam novos todos os dias
A vivência do Natal pode e deve ser a inteligente oportunidade para escrever um capítulo novo na história da sociedade, da vida pessoal e familiar. Esta tarefa é urgente, pois existe uma lista de intermináveis desafios a serem superados – da corrupção endémica (…), passando pelas disputas e manipulações que encobrem malfeitos e arrogâncias de todo o tipo, até a perda lamentável do encantamento e da ternura, que sustentam o respeito pelo outro, em todas as circunstâncias. Os votos de Natal produzem efeitos, particularmente, quando o coração humano os traduz em propósitos a serem verdadeiramente assumidos.
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http://www.snpcultura.org/para_que_os_velhos_votos_de_natal_se_tornem_novos_todos_os_dias.html

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

REFLEXÃO/ATENÇÃO/MEDITAÇÃO: Meditações para o caminho do Advento

«Nas mãos do oleiro/ o universo descobre-se/ inacabado»
Uma das formas fundamentais da sabedoria é a descoberta que cada um de nós vai fazendo, a ciclo e a contraciclo, a tempo e fora de tempo, na nossa vida. E numa vida adulta avançada, muitas vezes é isto que experimentamos: descobrimo-nos inacabados porque nos descobrimos nas mãos do oleiro.
É importante associar a experiência da vida em aberto e a experiência de estarmos a viver continuamente um processo de criação.
Este dia da nossa vida, em que parece que já não há nada para acontecer, em que parece que já vivemos tudo o que havia a viver, é um dia da criação.
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http://www.snpcultura.org/meditacoes_advento.html
«Estás sempre à minha frente/ quando penso que sim/ quando penso que não»
Nós levamos tanto tempo à procura de saber a razão, de saber o sentido, e, no fundo, é isso que nos move, e é isso que pensamos que nos faz felizes. E depois descobrimos que a bem-aventurança não é essa. A bem-aventurança não consiste em conhecer.
A bem-aventurança consiste em alguma coisa que vamos descobrir, alguma coisa que não nos está dito. Não basta a articulação do saber, os livros que lemos, as coisas que ouvimos.
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http://www.snpcultura.org/meditacoes_advento_2.html
«Queres saber o que rezo nas orações?/ troncos secos, gravetos/ cercas e barro vermelho»
Muitas vezes encontramos na nossa vida coisas, pessoas, situações, acontecimentos que são um riacho que desconhecemos onde termina. Passam por nós e continuam a sua viagem. Com que sabedoria olharemos para esse riacho? É fazendo o seu caminho assobiando, isto é, sem pressas, sem pretensões, sem querer explicar, mas saborear o momento.
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http://www.snpcultura.org/meditacoes_advento_3.html
«Primeiro dia de primavera:/ que distante me parece/ o inverno»
Os invernos são muitas vezes o retrato da nossa vida. Como Tchekhov dizia: a vida de um homem é um inverno gelado. Muitas vezes os invernos prolongam-se e não têm fim. E depois, de um dia para o outro, as coisas mudam. O drama das nossas vidas é pensarmos: «Isto vai ser sempre assim, nunca mais vai acabar, a partir de agora perco toda a esperança».
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http://www.snpcultura.org/meditacoes_advento_4.html

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

MÚSICA: Joe CocKer - os Grandes não morrem...

...continuam vivos. Eis a prova (uma verdadeira delícia para os apreciadores):



Apesar de hoje, 22 de Dezembro de 2014,
vésperas de comemorarmos, passe a comparação, o nascimento de outro grande, o nosso MENINO JESUS aqui tão esplendorasa e maravilhosamente tratado por outros dois grandes:



Votos sinceros de um BOM NATAL e, se não nos esquecermos d'ELE o ano 2015 será, de facto, um BOM ANO, porque deixaremos de chorar mártires das guerras quente da Síria&Iraque e fria do Mediterrâneo às favelas, passando pelos lares, desemprego&emprego, ... para celebrarmos a VIDA.

MÚSICA: "Sopro de vida - Maria"

«É uma simples flauta de bambu com um órgão, mas espero passar uma mensagem de fé e de esperança, de amor e caridade, através do som»: é com estas palavras que Rão Kyao apresenta o seu novo disco. A flauta de bambu, acompanhada ao órgão por Renato Silva Júnior, interpreta 21 temas litúrgicos e populares marianos no disco “Sopro de vida – Maria”.
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http://www.snpcultura.org/rao_kyao_sopro_de_vida_Maria.html

domingo, 21 de dezembro de 2014

PALAVRAdeDOMINGO: contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la!

Neste assunto tenho vindo a considerar&lembrar 2 razões pelas quais o faço. Ora a elas venho, desta feita, juntar uma terceira que, corroborando a intenção de longa data de, semanalmente, partilhar a palavra de domingo, me enche de satisfação, já que muito gratificante e bom, é saber que estou no bom caminho, caminhando em boa companhia, isto é, com alguém - e que alguém?! - que pensa como eu ou eu como ele, numa comunhão de pensamentos, ideias e ideais. Ei-la em toda a sua extensão e verdade:
Três qualidades essenciais de uma homilia: Positiva, concreta, profética
«Positiva e sadia»; «percetível, simples, adaptada e concreta, que não seja algo "daquele tempo", mas "deste tempo"»; que recorra a uma «linguagem profética, interpeladora, que ponha a Igreja a mexer, que inquiete a assembleia.»
Estas são as principais qualidades de uma homilia, considera o padre Nélio Pita, que esta sexta-feira interveio na 5.ª Jornada de Teologia Prática, que decorreu na Universidade Católica, em Lisboa.
«A Igreja é associada ao corpo de Cristo; se este corpo não se mexer, corre o risco de ficar obeso, incapaz de passar pela porta estreita», frisou o responsável pela paróquia de S. Tomás de Aquino, em Lisboa, em declarações à comunicação social.
O religioso da Congregação da Missão (Vicentinos) está convicto de que nas homilias «é preciso dizer o bem de uma forma bela»: «Há em nós uma sede muito grande para a beleza, e o discurso pronunciado de forma bela, isto é, que recorre à literatura ou tem em conta o mundo das artes, da música, do cinema, vai direto ao coração das pessoas».
«Se for uma mensagem muito racional, muito intelectual, fica apenas pela cabeça; ora, a mensagem de Jesus tem de chegar ao coração. Nesse sentido, o belo é o melhor caminho para chegar ao coração», realçou.
A preparação (de quem a escuta, mas também&sobretudo de quem a diz - acrescento eu que, por isso mesmo, a leio antes de cada eucaristia e envio) é essencial: «Sem estudo da Palavra, sem a rezar, sem a interiorizar, sem ser moldado por ela, é impossível que ela seja transmitida. Um pregador que não se prepara não é um homem sério, não é honesto, não é espiritual» ( ele que tem neste site uma preciosa ajuda - não há qualquer justificação para que tal aconteça.)
«Trata-se de um trabalho difícil, até porque preparar uma homilia traz uma boa dose de angústia, mas é a essência da nossa missão como sacerdotes: pegar na Palavra e transmiti-la aos irmãos que nos foram confiados», vincou Nélio Pita.
Oração e ciência devem estar unidas: «É fundamental ter o domínio da hermenêutica e da exegese bíblica, mas não se pode ficar por aí: é preciso rezar, assimilar, deixar-se transformar pela Palavra de Deus, e depois propor aos outros essa experiência que fazemos».
«Cada vez mais, como por exemplo em funerais e celebrações de 7.º ou 30.º dia, ou noutros momentos evocativos importantes, encontramos uma assembleia de pessoas que nunca, ou raramente entram, na igreja».
Nessas ocasiões, «o padre deve aproveitar para dizer a Boa Nova como ela é - uma Boa Nova, e não uma triste notícia, não como algo que nos aprisiona e amesquinha, mas algo que nos liberta e nos faz ser maiores».
«Queremos que a Igreja seja também o lugar do debate, da reflexão, mesmo quando essas proposições possam pôr em causa alguns esquemas, transmitidos pelas gerações passadas, que tenhamos interiorizado. Por isso é fundamental que a teologia tenha uma aplicação à realidade, à vida das pessoas. A homilia tem de ter esta vertente; se não, é um discurso que não interessa, ou que interessa pouco», sublinhou.
A conferência do padre Nélio Pita na Jornada de Teologia Prática inseriu-se no painel intitulado "As linguagens e os seus 'lugares': a homilia, o blogue, o quotidiano".
A homilia é considerada um dos elementos mais antigos da Liturgia da Palavra, uma das principais partes da missa, remontando ao judaísmo e, depois, às primeiras comunidades cristãs.
O termo, que deriva do grego "homilein", «ter uma prática familiar», aplica-se à intervenção que contribui para a assembleia entender as leituras bíblicas e concretizá-las na vida.
E as outras ditas 2 razões são:
1. «Que qualidade de anúncio da Palavra de Deus têm as homilias, que constituem o quadro mais básico, mas também o mais amplo da formação dos cristãos, da ideia que fazem de Deus, do modo como entendem as questões da fé, da maneira como veem o seu existir crente no mundo? Que importância estrutural, em termos de percepção de uma identidade vocacional, dão os nossos futuros ministros ordenados, a uma formação exigente em termos teológico-culturais que os capacite para serem autênticos mediadores da Palavra de Deus no serviço que a Igreja os chama a prestar?». Ler mais em:
2. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Ler mais em:
Então:
Tema do 4º Domingo do Advento
A liturgia deste último Domingo do Advento refere-se repetidamente ao projecto de vida plena e de salvação definitiva que Deus tem para oferecer aos homens. Esse projecto, anunciado já no Antigo Testamento, torna-se uma realidade concreta, tangível e plena com a Incarnação de Jesus.
A primeira leitura apresenta a “promessa” de Deus a David. Deus anuncia, pela boca do profeta Natã, que nunca abandonará o seu Povo nem desistirá de o conduzir ao encontro da felicidade e da realização plenas. A “promessa” de Deus irá concretizar-se num “filho” de David, através do qual Deus oferecerá ao seu Povo a estabilidade, a segurança, a paz, a abundância, a fecundidade, a felicidade sem fim.
A segunda leitura chama a esse projecto de salvação, preparado por Deus desde sempre, o “mistério”; e, sobretudo, garante que esse projecto se manifestou, em Jesus, a todos os povos, a fim de que a humanidade inteira integre a família de Deus.
O Evangelho refere-se ao momento em que Jesus encarna na história dos homens, a fim de lhes trazer a salvação e a vida definitivas. Mostra como a concretização do projecto de Deus só é possível quando os homens e as mulheres que Ele chama aceitam dizer “sim” ao projecto de Deus, acolher Jesus e apresentá-l’O ao mundo.
EVANGELHOLc 1,26-38
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo,
o Anjo Gabriel foi enviado por Deus
a uma cidade da Galileia chamada Nazaré,
a uma Virgem desposada com um homem chamado José.
O nome da Virgem era Maria.
Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo:
«Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo;
bendita és tu entre as mulheres».
Ela ficou perturbada com estas palavras
e pensava que saudação seria aquela.
Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria,
porque encontraste graça diante de Deus.
Conceberás e darás à luz um Filho,
a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo.
O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David;
e o seu reinado não terá fim».
Maria disse ao Anjo:
«Como será isto, se eu não conheço homem?»
O Anjo respondeu-lhe:
«O Espírito Santo virá sobre ti
e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra.
Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus.
E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice
porque a Deus nada é impossível».
Maria disse então:
«Eis a escrava do Senhor;
faça-se em mim segundo a tua palavra».
AMBIENTE
O texto que nos é hoje proposto pertence ao “Evangelho da Infância” na versão de Lucas. De acordo com os biblistas actuais, os textos do “Evangelho da Infância” pertencem a um género literário especial, chamado homologese. Este género não pretende ser um relato jornalístico e histórico de acontecimentos; mas é, sobretudo, uma catequese destinada a proclamar certas realidades salvíficas (que Jesus é o Messias, que Ele vem de Deus, que Ele é o “Deus connosco”). Desenvolve-se em forma de narração e recorre às técnicas do midrash haggádico (uma técnica de leitura e de interpretação do texto sagrado usada pelos rabbis judeus da época de Jesus). A homologese utiliza e mistura tipologias (factos e pessoas do Antigo Testamento encontram a sua correspondência em factos e pessoas do Novo Testamento) e aparições apocalípticas (anjos, aparições, sonhos) para fazer avançar a narração e para explicitar determinada catequese sobre Jesus. O Evangelho que nos é hoje proposto deve ser entendido a esta luz: não interessa, pois, estar aqui à procura de factos históricos; interessa, sobretudo, perceber o que é que a catequese cristã primitiva nos ensina, através destas narrações, sobre Jesus.
A cena situa-nos numa aldeia da Galileia, chamada Nazaré. A Galileia, região a norte da Palestina, à volta do Lago de Tiberíades, era considerada pelos judeus uma terra longínqua e estranha, em permanente contacto com as populações pagãs e onde se praticava uma religião heterodoxa, influenciada pelos costumes e pelas tradições pagãs. Daí a convicção dos mestres judeus de Jerusalém de que “da Galileia não pode vir nada de bom”. Quanto a Nazaré, era uma aldeia pobre e ignorada, nunca nomeada na história religiosa judaica e, portanto (de acordo com a mentalidade judaica), completamente à margem dos caminhos de Deus e da salvação.
Maria, a jovem de Nazaré que está no centro deste episódio, era “uma virgem desposada com um homem chamado José”. O casamento hebraico considerava o compromisso matrimonial em duas etapas: havia uma primeira fase, na qual os noivos se prometiam um ao outro (os “esponsais”); só numa segunda fase surgia o compromisso definitivo (as cerimónias do matrimónio propriamente dito)… Entre os “esponsais” e o rito do matrimónio, passava um tempo mais ou menos longo, durante o qual qualquer uma das partes podia voltar atrás, ainda que sofrendo uma penalidade. Durante os “esponsais”, os noivos não viviam em comum; mas o compromisso que os dois assumiam tinha já um carácter estável, de tal forma que, se surgia um filho, este era considerado filho legítimo de ambos. A Lei de Moisés considerava a infidelidade da “prometida” como uma ofensa semelhante à infidelidade da esposa (cf. Dt 22,23-27)… E a união entre os dois “prometidos” só podia dissolver-se com a fórmula jurídica do divórcio. José e Maria estavam, portanto, na situação de “prometidos”: ainda não tinham celebrado o matrimónio, mas já tinham celebrado os “esponsais”.
MENSAGEM
Depois da apresentação do “ambiente” do quadro, Lucas apresenta o diálogo entre Maria e o anjo.
A conversa começa com a saudação do anjo. Na boca deste, são colocados termos e expressões com ressonância vétero-testamentária, ligados a contextos de eleição, de vocação e de missão. Assim, o termo “ave” (em grego, “kaire”) com que o anjo se dirige a Maria é mais do que uma saudação: é o eco dos anúncios de salvação à “filha de Sião” – uma figura fraca e delicada que personifica o Povo de Israel, em cuja fraqueza se apresenta e representa essa salvação oferecida por Deus e que Israel deve testemunhar diante dos outros povos (cf. 2 Re 19,21-28; Is 1,8;12,6; Jer 4,31; Sof 3,14-17). A expressão “cheia de graça” significa que Maria é objecto da predilecção e do amor de Deus. A outra expressão, “o Senhor está contigo”, é uma expressão que aparece com frequência ligada aos relatos de vocação no Antigo Testamento (cf. Ex 3,12 – vocação de Moisés; Jz 6,12 – vocação de Gedeão; Jer 1,8.19 – vocação de Jeremias) e que serve para assegurar ao “chamado” a assistência de Deus na missão que lhe é pedida. Estamos, portanto, diante do “relato de vocação” de Maria: a visita do anjo destina-se a apresentar à jovem de Nazaré uma proposta de Deus. Essa proposta vai exigir uma resposta clara de Maria.
Qual é, então, o papel proposto a Maria no projecto de Deus?
A Maria, Deus propõe que aceite ser a mãe de um “filho” especial… Desse “filho” diz-se, em primeiro lugar, que Ele se chamará “Jesus”. O nome significa “Deus salva”. Além disso, esse “filho” é apresentado pelo anjo como o “Filho do Altíssimo”, que herdará “o trono de seu pai David” e cujo reinado “não terá fim”. As palavras do anjo levam-nos a 2 Sm 7 e à promessa feita por Deus ao rei David através das palavras do profeta Natã. Esse “filho” é descrito nos mesmos termos em que a teologia de Israel descrevia o “Messias” libertador. O que é proposto a Maria é, pois, que ela aceite ser a mãe desse “Messias” que Israel esperava, o libertador enviado por Deus ao seu Povo para lhe oferecer a vida e a salvação definitivas.
Como é que Maria responde ao projecto de Deus?
A resposta de Maria começa com uma objecção… A objecção faz sempre parte dos relatos de vocação do Antigo Testamento (cf. Ex 3,11;6,30; Is 6,5; Jer 1,6). É uma reacção natural de um “chamado”, assustado com a perspectiva do compromisso com algo que o ultrapassa; mas é, sobretudo, uma forma de mostrar a grandeza e o poder de Deus que, apesar da fragilidade e das limitações dos “chamados”, faz deles instrumentos da sua salvação no meio dos homens e do mundo.
Diante da “objecção”, o anjo garante a Maria que o Espírito Santo virá sobre ela e a cobrirá com a sua sombra. Este Espírito é o mesmo que foi derramado sobre os juizes (Oteniel – cf. Jz 3,10; Gedeão – cf. Jz 6,34; Jefté – cf. Jz 11,29; Sansão – cf. Jz 14,6), sobre os reis (Saul – cf. 1 Sm 11,6; David – cf. 1 Sm 16,13), sobre os profetas (cf. Maria, a profetisa irmã de Aarão – cf. Ex 15,20; os anciãos de Israel – cf. Nm 11,25-26; Ezequiel – cf. Ez 2,1; 3,12; o Trito-Isaías – cf. Is 61,1), a fim de que eles pudessem ser uma presença eficaz da salvação de Deus no meio do mundo. A “sombra” ou “nuvem” leva-nos também à “coluna de nuvem” (cf. Ex 13,21) que acompanhava a caminhada do Povo de Deus em marcha pelo deserto, indicando o caminho para a Terra Prometida da liberdade e da vida nova. A questão é a seguinte: apesar da fragilidade de Maria, Deus vai, através dela, fazer-se presente no mundo para oferecer a salvação a todos os homens.
O relato termina com a resposta final de Maria: “eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”. Afirmar-se como “serva” significa, mais do que humildade, reconhecer que se é um eleito de Deus e aceitar essa eleição, com tudo o que ela implica – pois, no Antigo Testamento, ser “servo do Senhor” é um título de glória, reservado àqueles que Deus escolheu, que Ele reservou para o seu serviço e que Ele enviou ao mundo com uma missão (essa designação aparece, por exemplo, no Deutero-Isaías – cf. Is 42,1;49,3;50,10;52,13;53,2.11 – em referência à figura enigmática do “servo de Jahwéh”). Desta forma, Maria reconhece que Deus a escolheu, aceita com disponibilidade essa escolha e manifesta a sua disposição de cumprir, com fidelidade, o projecto de Deus.
ACTUALIZAÇÃO
Para a reflexão e partilha, considerar os seguintes elementos:
• Também o Evangelho deste domingo (na linha das outras duas leituras) afirma, de forma clara e insofismável, que Deus ama os homens e tem um projecto de vida plena para lhes oferecer. Como é que esse Deus cheio de amor pelos seus filhos intervém na história humana e concretiza, dia a dia, essa oferta de salvação? A história de Maria de Nazaré (bem como a de tantos outros “chamados”) responde, de forma clara, a esta questão: é através de homens e mulheres atentos aos projectos de Deus e de coração disponível para o serviço dos irmãos, que Deus actua no mundo, que Ele manifesta aos homens o seu amor, que Ele convida cada pessoa a percorrer os caminhos da felicidade e da realização plena. Já pensámos que é através dos nossos gestos de amor, de partilha e de serviço que Deus Se torna presente no mundo e transforma o mundo?
• Neste domingo que precede o Natal de Jesus, a história de Maria mostra como é possível fazer Jesus nascer no mundo: através de um “sim” incondicional aos projectos de Deus. É preciso que, através dos nossos “sins” de cada instante, da nossa disponibilidade e entrega, Jesus possa vir ao mundo e oferecer aos nossos irmãos – particularmente aos pobres, aos humildes, aos infelizes, aos marginalizados – a salvação e a vida de Deus.
• Outra questão é a dos instrumentos de que Deus se serve para realizar os seus planos… Maria era uma jovem mulher de uma aldeia obscura dessa “Galileia dos pagãos” de onde não podia “vir nada de bom”. Não consta que tivesse uma significativa preparação intelectual, extraordinários conhecimentos teológicos, ou amigos poderosos nos círculos de poder e de influência da Palestina de então… Apesar disso, foi escolhida por Deus para desempenhar um papel primordial na etapa mais significativa na história da salvação. A história vocacional de Maria deixa claro que, na perspectiva de Deus, não são o poder, a riqueza, a importância ou a visibilidade social que determinam a capacidade para levar a cabo uma missão. Deus age através de homens e mulheres, independentemente das suas qualidades humanas. O que é decisivo é a disponibilidade e o amor com que se acolhem e testemunham as propostas de Deus.
• Diante dos apelos de Deus ao compromisso, qual deve ser a resposta do homem? É aí que somos colocados diante do exemplo de Maria… Confrontada com os planos de Deus, Maria responde com um “sim” total e incondicional. Naturalmente, ela tinha o seu programa de vida e os seus projectos pessoais; mas, diante do apelo de Deus, esses projectos pessoais passaram naturalmente e sem dramas a um plano secundário. Na atitude de Maria não há qualquer sinal de egoísmo, de comodismo, de orgulho, mas há uma entrega total nas mãos de Deus e um acolhimento radical dos caminhos de Deus. O testemunho de Maria é um testemunho questionante, que nos interpela fortementeQue atitude assumimos diante dos projectos de Deus: acolhemo-los sem reservas, com amor e disponibilidade, numa atitude de entrega total a Deus, ou assumimos uma atitude egoísta de defesa intransigente dos nossos projectos pessoais e dos nossos interesses egoístas?
É possível alguém entregar-se tão cegamente a Deus, sem reservas, sem medir os prós e os contras? Como é que se chega a esta confiança incondicional em Deus e nos seus projectos? Naturalmente, não se chega a esta confiança cega em Deus e nos seus planos sem uma vida de diálogo, de comunhão, de intimidade com Deus. Maria de Nazaré foi, certamente, uma mulher para quem Deus ocupava o primeiro lugar e era a prioridade fundamental. Maria de Nazaré foi, certamente, uma pessoa de oração e de fé, que fez a experiência do encontro com Deus e aprendeu a confiar totalmente n’Ele. No meio da agitação de todos os dias, encontro tempo e disponibilidade para ouvir Deus, para viver em comunhão com Ele, para tentar perceber os seus sinais nas indicações que Ele me dá dia a dia?
e:

sábado, 20 de dezembro de 2014

(in)PRENSA semanal: a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão.

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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

LEITURA: "Viver como crentes no mundo em mudança"

«A cultura torna-se, mais que «valores» a defender ou ideias a promover, um trabalho a empreender sobre todo o tecido da vida social, a fim de manter a máquina do consumo oleada. «Trata-se de uma sociedade feita de “homens que querem ter alguma coisa”, e cada vez menos de homens e mulheres que “querem ser alguém”.»...
Ler mais em:
 

domingo, 14 de dezembro de 2014

PALAVRAdeDOMINGO: contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la!

Considerando, por exemplo:
1. «Que qualidade de anúncio da Palavra de Deus têm as homilias, que constituem o quadro mais básico, mas também o mais amplo da formação dos cristãos, da ideia que fazem de Deus, do modo como entendem as questões da fé, da maneira como veem o seu existir crente no mundo? Que importância estrutural, em termos de percepção de uma identidade vocacional, dão os nossos futuros ministros ordenados, a uma formação exigente em termos teológico-culturais que os capacite para serem autênticos mediadores da Palavra de Deus no serviço que a Igreja os chama a prestar?» - Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura;
2. "A autora recorda sobretudo a homilia dessa eucaristia, que não fez “lembrar nada a imagem da Igreja” que tinha “de pequenina”, e que a fez afastar-se depois de fazer a “primeira comunhão”. Ler mais em:
Então:
Tema do 3º Domingo do Advento
As leituras do 3º Domingo do Advento garantem-nos que Deus tem um projecto de salvação e de vida plena para propor aos homens e para os fazer passar das “trevas” à “luz”.
Na primeira leitura, um profeta pós-exílico apresenta-se aos habitantes de Jerusalém com uma “boa nova” de Deus. A missão deste “profeta”, ungido pelo Espírito, é anunciar um tempo novo, de vida plena e de felicidade sem fim, um tempo de salvação que Deus vai oferecer aos “pobres”.
O Evangelho apresenta-nos João Baptista, a “voz” que prepara os homens para acolher Jesus, a “luz” do mundo. O objectivo de João não é centrar sobre si próprio o foco da atenção pública; ele está apenas interessado em levar os seus interlocutores a acolher e a “conhecer” Jesus, “aquele” que o Pai enviou com uma proposta de vida definitiva e de liberdade plena para os homens.
Na segunda leitura Paulo explica aos cristãos da comunidade de Tessalónica a atitude que é preciso assumir enquanto se espera o Senhor que vem… Paulo pede-lhes que sejam uma comunidade “santa” e irrepreensível, isto é, que vivam alegres, em atitude de louvor e de adoração, abertos aos dons do Espírito e aos desafios de Deus.
EVANGELHO - Jo 1,6-8.19-28
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João.
Veio como testemunha, para dar testemunho da luz,
a fim de que todos acreditassem por meio dele.
Ele não era a luz,
mas veio para dar testemunho da luz.
Foi este o testemunho de João,
quando os judeus lhe enviaram, de Jerusalém,
sacerdotes e levitas, para lhe perguntarem:
«Quem és tu?»
Ele confessou a verdade e não negou;
ele confessou:
«Eu não sou o Messias».
Eles perguntaram-lhe: «Então, quem és tu? És Elias?»
«Não sou», respondeu ele.
«És o Profeta?». Ele respondeu: «Não».
Disseram-lhe então: «Quem és tu?
Para podermos dar uma resposta àqueles que nos enviaram,
que dizes de ti mesmo?»
Ele declarou: «Eu sou a voz do que clama no deserto:
‘Endireitai o caminho do Senhor’,
como disse o profeta Isaías».
Entre os enviados havia fariseus que lhe perguntaram:
«Então, porque baptizas,
se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?»
João respondeu-lhes:
«Eu baptizo em água,
mas no meio de vós está Alguém que não conheceis:
Aquele que vem depois de mim,
a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias».
Tudo isto se passou em Betânia, além Jordão,
onde João estava a baptizar.

AMBIENTE
O Evangelho segundo João começa com uma composição que se convencionou chamar “prólogo” (cf. Jo 1,1-18). Trata-se, provavelmente, de um primitivo hino cristão conhecido da comunidade joânica, que o autor do Quarto Evangelho adaptou e onde se expressa a fé da comunidade em Cristo, Palavra viva de Deus, enviado ao mundo para concretizar o plano de salvação que Deus tinha para oferecer aos homens. Os primeiros três versículos do texto que hoje nos é proposto (cf. Jo 1,6-8) pertencem a esse “prólogo”.
Depois do “prólogo”, o autor do Quarto Evangelho desenvolve, em várias etapas, a sua catequese sobre Jesus. Na “secção introdutória” que se segue imediatamente ao “prólogo” (cf. Jo 11,19-3,36), ele procura dizer quem é Jesus e definir a sua missão, fazendo entrar sucessivamente em cena várias personagens cuja função é apresentar ao leitor a figura de Jesus. De entre estas personagens, sobressai a figura de João Baptista, o “apresentador” oficial de Jesus. Ele aparece no início (cf. Jo 1,19-37) e no fim (cf. Jo 3,22-36) dessa secção introdutória a dar testemunho sobre Jesus. O corpo central do texto evangélico que hoje nos é proposto apresenta, precisamente, um primeiro testemunho que João dá sobre Jesus, diante dos enviados das autoridades judaicas.
Para percebermos o alcance do diálogo entre João e os líderes judaicos, é preciso ter em conta o ambiente político, social e religioso da Palestina do século I… Dominado pelos romanos, humilhado e impossibilitado de definir o seu destino, afogado em impostos ruinosos, explorado por uma classe dirigente comodamente instalada nos seus privilégios, escravizado por um sistema religioso ritual e legalista, o Povo de Deus vivia na expectativa da chegada do Messias libertador, enviado por Deus para inaugurar uma nova era de liberdade, de alegria, de felicidade. Muitos israelitas estavam dispostos a aproveitar qualquer oportunidade de libertação e eram presa fácil dos falsos messias e dos vendedores de sonhos. As frequentes aventuras messiânicas falhadas só aumentavam a violência, a miséria, a pobreza e a frustração nacional.
A hierarquia religiosa judaica não gostava demasiado de ouvir falar na chegada do Messias. De facto, um dos objectivos do Messias, segundo a concepção corrente, deveria ser a reforma das instituições da hierarquia religiosa judaica, considerada indigna. Não admira, pois, que as autoridades se inquietassem diante da actividade de João.
MENSAGEM
Na primeira parte do nosso texto (vers. 6-8), apresenta-se João. Dele dizem-se duas coisas: que é “um homem” e que foi “enviado por Deus”. O agente principal nesta história é, naturalmente, Deus: é Deus que escolhe esse homem e o envia ao mundo com uma missão concreta. É, habitualmente, esse o “método” de Deus: chama homens, confia-lhes uma missão e, através deles, intervém no mundo. A missão de João é “dar testemunho da luz”. A “luz”, no Quarto Evangelho, representa essa realidade que vem de Deus e com a qual Deus se propõe construir para os homens um mundo novo de vida definitiva e de felicidade total. João não actua por sua própria iniciativa, mas em resposta à escolha divina e para concretizar uma missão que Deus lhe confiou.
Por outro lado, embora enviado por Deus, João não é “a luz” – isto é, ele não tem a capacidade de eliminar as trevas que escurecem e desfeiam a vida dos homens, porque não tem a capacidade de dar vida aos homens. João é apenas “a testemunha” que vem preparar os homens para acolher esse que vai chegar e que será “a luz/vida”.
Na segunda parte do nosso texto (vers. 19-28), temos o “testemunho” de João. A cena coloca-nos diante de uma comissão oficial, enviada de Jerusalém para investigar João e constituída por sacerdotes e levitas (encarregados, entre outras coisas, de vigiar a ortodoxia e a fidelidade à ordem religiosa judaica). No ambiente de messianismo exacerbado da época, a figura de João e o seu testemunho resultam inquietantes para os líderes religiosos judeus…
A comissão investigadora começa por interrogar João com uma pergunta aparentemente inócua: “quem és tu?”. Os interrogadores não tomam posição. Limitam-se a esperar que o próprio João declare a sua posição e as suas intenções. João descarta totalmente a hipótese de ser o Messias. Também não aceita identificar-se com Elias (de acordo com Mal 3,22-23, Elias devia vir preparar o “dia de Jahwéh” – que, no século I era o dia da vinda do Messias libertador, enviado por Deus para construir um mundo novo). Tampouco aceita assumir o título de “o profeta” (este título parece aludir a Dt 18,15 e significava, na época de Jesus, um “segundo Moisés” que deveria aparecer nos últimos tempos). Na verdade, João não aceita que lhe atribuam nenhuma função que possa centrar a atenção na sua própria pessoa. As suas três respostas são rotundas negativas. Ele não busca a sua glória ou a sua afirmação, nem vem em seu próprio nome; a sua missão é meramente dar testemunho da “luz” e é para essa “luz” que os holofotes devem ser apontados.
É dentro deste enquadramento que devemos entender a resposta de João, quando os seus interlocutores o convidam a definir-se: “eu sou uma voz”. “Voz” é um termo relacional que supõe ouvintes a quem é comunicada uma mensagem… A “voz” não tem rosto, é anónima e passa despercebida; o importante é o conteúdo da mensagem. É isso que João é: uma “voz” através da qual Deus passa aos homens uma mensagem. É à mensagem e não à “voz” que os homens devem dar atenção.
A mensagem que a “voz” veicula é: “endireitai o caminho do Senhor”. A expressão é tomada de Is 40,3, numa versão livre. Em Isaías, a expressão é usada no contexto da intervenção salvadora de Deus para fazer regressar à Terra da Liberdade os judeus cativos na Babilónia. Pedia que o Povo instalado e acomodado, desanimado e frustrado fizesse um esforço para acolher os desafios de Deus e aceitasse pôr-se a caminho com Deus em direcção a um futuro novo de vida e de esperança. É essa mesma realidade que João é chamado a acordar no coração do seu Povo.
As respostas negativas de João desconcertam a comissão… Se João não reivindica nenhum dos títulos tradicionais – “Messias”, “Elias”, “o profeta” – a que título é que ele baptiza?
O baptismo ou imersão na água era um símbolo relativamente frequente no judaísmo. Era usado como rito de purificação (por exemplo, para um enfermo curado da sua doença – cf. Lev 14,8) ou para significar a mudança de estado de vida (podia significar, por exemplo, a passagem de uma situação de escravidão a uma situação de liberdade; para os prosélitos, significava o abandono das práticas e crenças pagãs e a adesão ao judaísmo). O baptismo de João significava, provavelmente, a ruptura com a vida das trevas e o desejo de aderir a uma nova vida. Para João seria, apenas, um primeiro passo para acolher “a luz”.
João evita responder directamente à objecção que os fariseus lhe colocam. Ele prefere desvalorizar o seu baptismo com água e apontar para “aquele” que vem e a quem João não é digno “de desatar as correias das sandálias”. Esse é que é “a luz” que vai libertar o homem da escuridão, da cegueira, da mentira, do egoísmo, do pecado. É como se João dissesse: “não vos preocupeis com o baptismo com água que eu administro, pois ele é, apenas, um símbolo de transformação e de adesão a uma nova realidade; mas olhai antes para essa nova realidade que já está no meio de vós e que o Messias vos vai oferecer. É o baptismo do Messias (o baptismo no Espírito) que transformará totalmente os corações dos homens, os fará livres e lhes dará a vida definitiva. Esse que vem baptizar no Espírito já está presente, a fim de iniciar a sua obra libertadora. Procurai conhecê-lo – isto é, escutá-lo e acolher a sua proposta de vida e de libertação”.
A indicação de que os líderes não “conhecem” esse “alguém” que já chegou e do qual João apenas é “a voz” é, provavelmente, uma denúncia da situação em que se encontra a classe dirigente judaica, instalada nos seus privilégios, certezas e preconceitos e muito pouco aberta à novidade e aos desafios
de Deus.
ACTUALIZAÇÃO
Considerar, na reflexão, os seguintes dados:
• A “voz”, através da qual Deus fala, convida-nos a endireitar “o caminho do Senhor”. É, na linguagem do Evangelho segundo João, um convite a deixar “as trevas” e a nascer para “a luz”. Implica abandonar a mentira, os comportamentos egoístas, as atitudes injustas, os gestos de violência, os preconceitos, a instalação, o comodismo, a auto-suficiência, tudo o que desfeia a nossa vida, nos torna escravos e nos impede de chegar à verdadeira felicidade. Em termos pessoais, quais são as mudanças que eu tenho de operar na minha existência para passar das “trevas” para a “luz”? O que é que me escraviza e me impede de ser plenamente feliz? O que é que na minha vida gera desilusão, frustração, desencanto, sofrimento?
• A “voz”, através da qual Deus fala, convida-nos a olhar para Jesus, pois só Ele é “a luz” e só Ele tem uma proposta de vida verdadeira para apresentar aos homens. À nossa volta abundam os “vendedores de sonhos”, com propostas de felicidade “absolutamente garantida”. Atraem-nos, seduzem-nos, manipulam-nos, escravizam-nos e, quase sempre, deixam-nos decepcionados e infelizes, mais angustiados, mais perdidos, mais frustrados. João garante-nos: só Jesus é “a luz” que liberta os homens da escravidão e das trevas e lhes oferece a vida verdadeira e definitiva. A quem dou ouvidos: às propostas de Jesus, ou às propostas da moda, do politicamente correcto, das pessoas “in” que aparecem dia a dia nas colunas sociais e que ditam o que está certo e está errado à luz dos critérios do mundo? Que significado é que Jesus e a sua proposta assumem no meu dia a dia?
Jesus marca, realmente, a minha existência? Os valores que Ele veio propor têm peso e impacto nas minhas decisões e opções? Quando celebro o nascimento de Jesus, celebro um acontecimento do passado que deixou a sua marca na história, ou celebro o encontro com alguém que é “a luz” que ilumina a minha existência e que enche a minha vida de paz, de alegria, de liberdade?
• O “homem chamado João”, enviado por Deus “para dar testemunho da luz”, convida-nos a pensar sobre a forma de Deus actuar na história humana e sobre as responsabilidades que Deus nos atribui na recriação do mundo… Deus não utiliza métodos espectaculares e assombrosos para intervir na nossa história e para recriar o mundo; mas Ele vem ao encontro dos homens e do mundo para os envolver no seu amor através de pessoas concretas, com um nome e uma história, pessoas “normais” a quem Deus chama e a quem confia determinada missão. A todos nós, seus filhos, Deus confia uma missão no mundo – a missão de dar testemunho da “luz” e de tornar presente, para os nossos irmãos, a proposta libertadora de Jesus. Tenho consciência de que Deus me chama e me envia ao mundo? Como é que eu respondo ao chamamento de Deus: com disponibilidade e entrega, ou com preguiça, comodismo e instalação?
• A atitude simples e discreta com que João se apresenta é muito sugestiva: ele não procura atrair sobre si as atenções, não usa a missão para a sua glória ou promoção pessoal, não busca a satisfação de interesses egoístas; ele é apenas uma “voz” anónima e discreta que recorda, na sombra, as realidades importantes. João é uma tremenda interpelação para todos aqueles a quem Deus chama e envia… Com ele, o profeta (isto é, todo aquele a quem Deus chama e a quem confia uma missão) deve aprender a ficar na sombra, a ser discreto e simples, de forma a que as pessoas não o vejam a ele mas às realidades importantes que ele propõe.
• A atitude dos fariseus e dos líderes judaicos, cheios de preconceitos, preocupados em manter os seus esquemas de poder e instalação, instalados no seu comodismo e nos seus privilégios, impede-os de “conhecer” “a luz” que está a chegar. Trata-se de um aviso, para nós: quando nos instalamos no nosso comodismo, no nosso bem-estar, na nossa auto-suficiência, fechamos o coração à novidade e aos desafios que Deus nos faz… Dessa forma, não reconhecemos Jesus quando Ele vem ao nosso encontro e não O deixamos entrar na nossa vida. A liturgia convida-nos, neste Advento, à desinstalação, a fim de que o Senhor que vem possa nascer na nossa vida.
Fonte: http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_ver.asp?liturgiaid=335
João, a humilde testemunha da luz
Perguntam então a João Batista: «Quem és? Que coisas dizes de ti mesmo? Qual é a tua identidade?». E ele responde: «Sou apenas uma voz, uma voz emprestada a um outro, eco de uma palavra que não é minha». Mesmo este ser voz é fruto da obediência completa deste homem à palavra de Deus anunciada pelo profeta Isaías (cf. Isaías 40, 3; Marcos 1, 3 e paralelos). Apenas voz, que se sente, se escuta, mas não se pode ver, nem contemplar, nem deter. Em João nenhum protagonismo, nenhuma vontade de ocupar o centro, mas só de ser solidário com os outros.
Ler mais em:
http://www.snpcultura.org/joao_a_humilde_testemunha_da_luz.html

sábado, 13 de dezembro de 2014

(in)PRENSA semanal: a minha selecção!

Quem, por qualquer razão, não leu, não deve deixar de ler. Assim, não só fica a saber, mas também pode, com mais&melhor fundamento, opinar e, "a curto, médio ou longo prazo", optar e decidir, não deixando que outros o façam por si - se bem me faço entender eis a razão desta e de outras "(in)PRENSA semanal: a minha selecção!" que aí virão.

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