"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























quarta-feira, 18 de maio de 2016

LIVRO&LEITURA: Livro de Qohélet

O livro de Qohélet foi escrito em Israel, durante a conquista grega, quando um grande império estava a impor a sua língua e a sua cultura. Alguns intelectuais hebreus estavam fascinados com aquele novo mundo e com os seus valores de procura da felicidade, do lucro, dos bonitos corpos, do prazer e da juventude. Porém, havia entre os seus contemporâneos quem via nesta “globalização” a crise profunda da cultura de Israel. Qohélet estava entre estes últimos e, por isso, a leitura do seu livro é meditação utilíssima, bastante necessária, para quem, hoje, numa nova idade de globalização e de uniformização de valores, quer pensar, em profundidade, na natureza do novo mundo e dos seus dogmas. Qohélet é um inestimável companheiro de viagem para quem procura olhar de modo não ideológico e impiedoso os dogmas e os cultos enganadores dos impérios que chegam, para nos dominar. A grande força deste livro antigo está, portanto, na sua capacidade única de olhar, na sua nudez, o que parece novo e fascinante, sem ceder um centímetro moral à necessidade de consolação frente ao mundo tal qual é. Este autor anónimo antigo teve a força e a coragem ética e espiritual de colocar perguntas radicais ao seu mundo em crise, que conseguem falar com uma força e profundidade imensas, também hoje, também a nós. Desperta o desejo de pensar sem medo e com coragem aos próprios impérios e aos servidores dos ídolos do prazer e do dinheiro. Saber mais clicando AQUI.

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