"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























segunda-feira, 19 de julho de 2021

ARENÇÃO/REFLEXÃO/MEDITAÇÃO: «Desça a vossa paz sobre ela»

Esta jornada em Assis ajudou-nos a ter mais consciência dos nossos compromissos religiosos. Mas também deu ao mundo, que nos olha através dos media, uma maior consciência da responsabilidade de cada religião pelos problemas da guerra e da paz. Talvez nunca na história tenha sido tão evidente para todos a relação intrínseca entre uma atitude religiosa autêntica e o grande bem que é a paz. Que peso terrível para os ombros humanos! Mas, ao mesmo tempo, que vocação maravilhosa e exaltante! Embora a oração já seja uma ação, não nos dispensa de trabalhar pela paz. Dessa forma, agimos como arautos da consciência moral da humanidade, que deseja a paz e precisa da paz.

Não há paz sem um amor apaixonado pela paz. Não há paz sem uma vontade feroz de realizar a paz. A paz espera os seus profetas. Juntos, enchemos os olhos de visões de paz, que libertam energias para uma nova linguagem de paz, para novos gestos de paz, que quebrem as correntes fatais das divisões herdadas da história ou geradas pelas ideologias modernas. A paz espera os seus construtores. Estendamos a mão aos nossos irmãos e às nossas irmãs, encorajando-os a construírem a paz sobre os quatro pilares da verdade, da justiça, do amor e da liberdade. A paz é um estaleiro aberto a todos e não apenas aos especialistas, aos sábios e aos estrategas. A paz é uma responsabilidade universal, que passa por mil pequenos atos da vida quotidiana: pela sua forma quotidiana de viverem com os outros, os homens fazem a sua escolha pela paz ou contra a paz. [...]

Devemos continuar a fazer em cada dia da nossa vida o que fizemos hoje em Assis: rezar e dar testemunho do nosso compromisso com a paz. Porque o que fizemos hoje é vital para o mundo. A oração é essencial para o mundo continuar a existir, para os homens e as mulheres nele sobreviverem.

São João Paulo II (1920-2005), papa, Alocução no encontro inter-religioso em Assis, 27/10/86 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

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