"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























quinta-feira, 11 de julho de 2019

EFEMÉRIDE/RECORDAÇÃO/CELEBRAÇÃO: 11 de Julho, dia de S. Bento,

Nasceu na Itália, em 480. Bento foi mandado para Roma pela sua família, para que se aprofundasse nos estudos. Porém, ele se decepcionou com a decadência da população da cidade e se isolou do mundo, indo morar em uma gruta. Com o tempo, muitas pessoas passaram a procurá-lo para pedir conselhos sobre a vida espiritual!
Após se decepcionar com a população, São Bento fugiu do lugar e iniciou uma jornada em busca de respostas para suas dúvidas. Conheceu um monge que lhe deu um hábito de frade e depois escolheu a isolada gruta para viver. Quando abandonou o local, passou a defender regras rígidas para uma vida voltada para a religião e para a reflexão. Foi chamado para liderar alguns monges. Porém, suas duras regras desagradaram alguns destes homens que tentaram envenená-lo, colocando substâncias perigosas em seu vinho. Porém, antes de beber, Bento estendeu a mão e abençoou as taças. Ao fazer isso, a taça envenenada estourou. Ele então se afastou do local e partiu em busca de homens dispostos a servirem à Deus à maneira de São Bento!
São Bento foi convidado a ser líder de um mosteiro. Porém, a rigidez de suas normas, desagradaram alguns dos homens que lá viviam e estes tentaram assassinar Bento, colocando veneno em sua taça de vinho. Antes de ingerir a bebida, São Bento estendeu a mão para abençoar as taças e justamente o cálice que continha a bebida envenenada, explodiu diante de todos. Após mais esta decepção. Bento partiu do local e foi habitar um antigo e abandonado mosteiro. Reuniu novos frades e iniciou sua ordem religiosa! 
Naquela época na Europa, existiam muitas ruínas de mosteiros e catedrais abandonadas. Bento então reúne novos homens que desejavam seguir a vida religiosa e inicia a restauração destes locais e simultaneamente, monta um esquema para a auto sustentação dos mesmos. Segundo as normas de São Bento, cada mosteiro teria 12 monges. Estes teriam que trabalhar para que o local tivesse plantações e equipamentos de cozinha para alimentar todos que lá viviam. Os monges se entregariam somente ao trabalho e as orações. Novamente, a determinação de Bento provocou inimizades e um padre de uma igreja próxima tenta envenená-lo. Bento abandona a região e segue para o Monte Cassino. Por volta de 529 funda o primeiro mosteiro de sua ordem.
APÓS SOFRER UM ATENTADO CONTRA SUA VIDA, SÃO BENTO REUNIU UM NOVO GRUPO DE HOMENS FIÉIS, PASSOU A RESTAURAR ANTIGAS RUÍNAS QUE TRANSFORMOU EM MOSTEIROS E IMPÔS SUAS REGRAS PARA ESTES LUGARES. CADA MOSTEIRO SERIA AUTO SUSTENTÁVEL, COM 12 MONGES, QUE VIVERIAM APENAS DO TRABALHO E ORAÇÕES. SEU ALIMENTO E SUAS ROUPAS SERIAM FABRICADOS POR ELES PRÓPRIOS E ISSO CAUSOU MAIS UMA DESAVENÇA!
As normas impostas por São Bento mais uma vez desagradaram outros sacerdotes. Por esta razão, novamente São Bento sofreu uma tentativa de assassinato. Após o ocorrido, Bento parte rumo a região de Monte Cassino, aonde funda oficialmente o primeiro mosteiro de sua ordem. Que futuramente se chamaria Ordem dos Beneditinos. A inveja mais uma vez se fez presente e novamente Bento passaria por uma decepção e pela sua coragem e perseverança.
Após fundar o primeiro mosteiro de sua ordem, outros sacerdotes novamente ficaram tomados pela inveja e novamente atentaram contra a vida dele. Recebeu como presente um pão envenenado. Mas da mesma forma que Deus o livrou do mal quando Bento foi tomar uma taça de vinho envenenada e ao abençoar os cálices o que tinha veneno explodiu, desta vez, entregou o pão para um corvo que constantemente vinha comer de sua mão e pediu que o animal levasse o alimento envenenado para longe. Existe uma história que logo após a este fato, o homem que lhe enviou aquele pão estava em uma sacada que desabou o levando a morte. Um dos seguidores de Bento teria comemorado o fato e foi fortemente repreendido por ele, que chorou pela morte do homem e também por um de seus fiéis comemorar este fato. No ano de 534 escreveu as regras para seus mosteiros, chamadas de Regras de São Bento.

O monaquismo beneditino deu grande contribuição no âmbito alimentar à cultura ocidental, influenciando ao longo dos séculos as tradições e os hábitos que ainda hoje se seguem à mesa. Alguns dos produtos que são símbolo da tradição gastronómica foram originariamente elaborados nas cozinhas monásticas. A mesa da Regra de S. Bento é simples e sóbria, onde se come de modo saudável e equilibrado, sem excessos e sem desperdícios, com respeito e reconhecimento por quem produziu os alimentos e por quem amorosamente os preparou e cozinhou. Para saber mais clicar AQUI.
São Bento e a evangelização da Europa
Enquanto o mundo envelhecia no vício, enquanto a Itália e a Europa ostentavam o tremendo espetáculo de um campo de batalha para os povos em conflito, e as instituições monásticas [...] eram menos fortes que o necessário para conseguirem resistir [...], Bento testemunhou, através da sua notável ação e da sua santidade, a eterna juventude da Igreja. Pela palavra e pelo exemplo da disciplina dos costumes, restaurou a vida religiosa e rodeou-a de uma muralha de leis eficazes e santificadoras. Mais ainda: ele próprio e os seus discípulos fizeram passar os povos bárbaros, de um género de vida selvagem, a uma cultura humana e cristã. Convertendo-os à virtude, ao trabalho, às ocupações pacíficas das artes e das letras, uniram-nos entre si pelos laços das relações sociais e da caridade fraterna. [...]
No Monte Cassino brilhou uma nova luz que, alimentada pelos ensinamentos e a civilização dos antigos, e principalmente aquecida pela doutrina cristã, iluminou os povos e as nações que erravam sem destino, congregando-os e dirigindo-os para a verdade e para o bom caminho. [...]
Foi aí que Bento levou a instituição monástica a um género de perfeição que se esforçava há muito por alcançar pessoalmente, através da oração, da meditação e da experiência. Parece ter sido esse, com efeito, o papel especial e essencial que lhe foi confiado pela Divina Providência: não tanto levar o ideal da vida monástica do Oriente para o Ocidente, quanto harmonizá-lo e adaptá-lo com alegria ao temperamento, às necessidades e aos hábitos dos povos de Itália e de toda a Europa. Foi, pois, através dos seus cuidados que, à serena doutrina ascética que florescia nos mosteiros do Oriente, veio juntar-se a prática de uma atividade incessante, que permitia «comunicar aos outros as verdades contempladas», e que, para além de tornar férteis terras incultas, produzia frutos espirituais pelo trabalho do apostolado.

Venerável Pio XII (1876-1958)
papa
Encíclica «Fulgens radiatur», de 21/03/1947

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