"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O mundo vai mesmo mudar!

Não se está a assistir a tudo isto? E desde quando?

Há cerca de 3 ou 4 meses começaram a dar-se alterações profundas, e
de nível global, em 10 dos principais factores que sustentam a
sociedade actual.
Num processo rápido e radical, que resultará em algo
novo, diferente e porventura traumático, com resultados visíveis
dentro de 6 a 12 meses... E que irá mudar as nossas sociedades e a
nossa forma de vida nos próximos 15 ou 25 anos!

... tal como ocorreu noutros períodos da história recente: no status
político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações
induzidas pelo Vietname/ Woodstock/ Maio de 68 (além e aquém
Atlântico), ou na crise do petróleo de 73.

Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos
"10 factores":


- A Crise Financeira Mundial : desde há 8 meses que o Sistema
Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se "bancarrota") e só
se tem aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais - a FED,
o BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado
(eufemismo que quer dizer: "emprestado virtualmente à taxa zero")
montantes astronómicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial,
sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda
ninguém sabe o que virá, ou como irá acabar esta história !...

- A Crise do Petróleo: Desde há 6 meses que o petróleo entrou na
espiral de preços. Não há a mínima ideia/teoria de como irá terminar.
Duas coisas são porém claras: primeiro, o petróleo jamais voltará aos
níveis de 2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva,
devido à visão estratégica da China e da Índia que o compram e
amealham!) e começarão rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos
custos de energia, de transportes, de serviços. Por exemplo, quem
utiliza frequentemente o avião, assistiu há 2 semanas a uma subida no
preço dos bilhetes de... 50% (leu bem: cinquenta por cento). É
escusado referir as enormes implicações sociais deste factor: basta
lembrar que por exemplo toda a indústria de férias e turismo de massas
para as classes médias (que, por exemplo, em Portugal ou Espanha
representa 15% do PIB) irá virtualmente desaparecer em 12 meses!
Acabaram as viagens de avião baratas (...e as férias massivas!), a
inflação controlada, etc...

- A Contracção da Mobilidade : fortemente afectados pelos preços do
petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer uma contracção
profunda e as trocas físicas comerciais (que implicam sempre
transporte) irão sofrer uma fortíssima retracção, com as óbvias
consequências nas indústrias a montante e na interpenetração económica
mundial.

- A Imigração : a Europa absorveu nos últimos 4 anos cerca de 40
milhões de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e
formação, num movimento incessante e anacrónico (os imigrantes são
precisos para fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente
a composição social de países-chave como a Alemanha, a Espanha, a
Inglaterra ou a Itália). Este movimento irá previsivelmente manter-se
nos próximos 5 ou 6 anos! A Europa terá em breve mais de 85 milhões de
imigrantes que lutarão pelo poder e melhor estatuto sócio-económico
(até agora, vivemos nós em ascensão e com direitos à custa das
matérias-primas e da pobreza deles)!

- A Destruição da Classe Média: quem tem oportunidade de circular
um pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das
classes médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e
à custa deste governo) está de facto a "varrer" o Velho Continente! Em
Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das
classes médias são comuns e (descontados alguns matizes e diferente
gradação) as pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, a perder
força social e capacidade de intervenção.

- A Europa Morreu : embora ainda estejam projectar o cerimonial do
enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já
não tem projecto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e
que já não consegue definir quaisquer objectivos num "caldo" de 27
países com poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão
Europeu acredita na "Europa", nem dela espera coisa importante para a
sua vida ou o seu futuro! O "Requiem" pela Europa e dos "seus valores"
foi chão que deu uvas: deu-se há dias na Irlanda!

- A China ao assalto! Contou-me um profissional do sector: a
construção naval ao nível mundial comunicou aos interessados a
incapacidade em satisfazer entregas de barcos nos próximos 2 anos,
porque TODOS os estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade
de construção ocupada por encomendas de navios.... da China. O gigante
asiático vai agora "atacar" o coração da Indústria europeia e
americana (até aqui foi just a joke...). Foram apresentados há dias no
mais importante Salão Automóvel mundial os novos carros chineses.
Desenhados por notáveis gabinetes europeus e americanos, Giuggiaro e
Pininfarina incluídos, os novos carros chineses são soberbos, réplicas
perfeitas de BMWs e de Mercedes (eu já os vi!) e vão chegar à Europa
entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando falamos de Indústria
Automóvel ou Aeroespacial europeia...helás! Estamos a falar de
centenas de milhar de postos de trabalhos e do maior motor económico,
financeiro e tecnológico da nossa sociedade. À beira desta ameaça, a
crise do têxtil foi uma brincadeira de crianças! (Os chineses estão
estrategicamente em todos os cantos do mundo a escoar todo o tipo de
produtos da China, que está a dar-lhes cada vez mais qualidade).

- A Crise do Edifício Social : As sociedades ocidentais terminaram
com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já
não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo
alucinante, as novas gerações não querem laços de projecto comum, os
jovens não querem compromissos, dificultando a criação de um espírito
de estratégias e actuação comum...

- O Ressurgir da Rússia/Índia : para os menos atentos: a Rússia e a
Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma
velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas,
em 5 anos ultrapassarão a Alemanha!

10º- A Revolução Tecnológica : nos últimos meses o salto dado pela
revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as
comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou
tudo o que estava previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior
à média dos últimos 5 anos!


Eis pois, a Revolução!
Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados
por um sinal de "vezes" e, no fim, têm um sinal de "igual". Mas o
resultado é ainda desconhecido e... imprevisível. Uma coisa é certa:
as nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as
mudanças marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos 10 ou 20 anos,
forçando-nos a ter carreiras profissionais instáveis, com muito menos
promoções e apoios financeiros, a ter estilos de vida mais modestos,
recreativos e ecológico.
Espera-nos o Novo! Como em todas as Revoluções!


Um conselho final: é importante estar aberto e dentro do Novo,
visionando e desfrutando das suas potencialidades! Da Revolução! Ir em
frente! Sem medo!
Afinal, depois de cada Revolução, o Mundo sempre mudou para melhor!... Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (Judia, fugida da revolução
russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920),
mostrando uma visão com conhecimento de causa:
"Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização
de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para
quem não negocia com bens, mas com favores; quando perceber que muitos
ficam ricos pelo suborno e por influência, mais do que pelo trabalho,
e que as leis não nos protegem deles, mas, antes pelo contrário, são
eles que estão protegidos de si; quando perceber que a corrupção é
recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então
poderá afirmar, sem temor de errar, que a sua sociedade está
condenada
"


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