"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

REFLEXÃO/MEDITAÇÃO: Metamorfose do diálogo

Não nos faltará, todavia, um pouco daquela “admiratio/contemplatio” que outrora suscitava as grandes interrogações das origens? No fundo, encontramo-nos todos a tentar vislumbrar um novo horizonte que suscite o desejo de conhecer visceralmente: «o que é o homem para te lembrares dele, o filho do homem para com ele te preocupares?» (Sl 8,5). E «quem dizem os homens que eu sou?» (Mc 8); ou ainda pelo timbre de Álvaro Campos: «Tive um passado? Tenho um presente? Terei um futuro? Sem dúvida» (in “Poemas”), há aqui metafísica e oração quanto bastem! Em tem tudo isto prevalece uma intuição original sobre a bondade da procura e a gratuidade do tempo. Propor a metáfora como via de «propensão para o sentido» (Pedro Cabrita) e de educação dos sentidos afetivos – que é transversal a todos os discursos e modos de vida, à religião, à ciência, à arte, ao senso comum – é abrir um espaço para a compreensibilidade de mundivisões aparentemente distantes.

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