Há sem dúvida neste filme uma economia pascal, de corpos trans-figurados, “de quem ama o infinito” (F. Pessoa). De mulheres que vivem apaixonadas pela beleza dos gestos, que geram vida amando, não obstante a “absoluta opacidade da morte” (Vergílio Ferreira). Mulheres que rezam, trabalham, protegem, acarinham e dignificam a vida comunitária, tantas vezes obscurecido pelo exercício ministerial patriarcal absoluto. É nelas que reside a condição de possibilidade da convivência pacífica ou a luta fratricida entre humanos por causa das diferenças religiosas. A figuração simbólica exerce aqui uma presença de primeira linha. Essa figuração permite estabelecer a reconciliação comunitária ou a vingança expiatória mas sem redenção. Figuras simbólicas cuja função será de pacificar os corações exaltados dos homens.
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