"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

LEITURA: "Nascemos e jamais morreremos"

Quem é Chiara Corbella Petrillo? Porquê tanta atenção à sua volta? O que é que ela fez?
Desportista adulada? Estrela de cinema "Óscar(izada)"? Cançonetista-compositora "Grammy Award"? Modelo fotogénica? Apresentadora telegénica? Concursista afamada, leia-se mal-formada? Política da moda (in)corruptível ou (in)corrupta? Uma funcionária "golden"? Empresária e/ou Banqueira "D.D.T.", i.é, "Dona Disto Tudo"? E "afins" por aí fora?
Nãããããooo, nãããããooo!
Uma MULHER? Um EXEMPLO desafiante, interpelante - no gerúndio é outra coisa - e a seguir? Uma demonstração de força do que FÉ&AMOR são capazes?
Sim, sim e sim!!!
Informação, directamente da fonte em
http://www.snpcultura.org/nascemos_e_jamais_morreremos.html
«Chiara Corbella Petrillo morreu com 28 anos, em Junho de 2012, vítima de cancro, por ter posto a vida da criança que trazia no ventre à frente da sua. Antes do nascimento deste filho, Francesco, em Maio de 2011, já Chiara e o seu marido Enrico tinham acompanhado no seu nascimento para o Céu os seus dois primeiros filhos, Maria Grazia Letizia, nascida em 2009, e Davide Giovanni, em 2010.». A Editorial A.O. apresenta a 28 de novembro, em Lisboa, e no dia 30, no Porto, a obra "Nascemos e jamais morreremos - A vida de Chiara Corbella Petrillo», sessões que contam com a presença de Enrico, marido de Chiara, do seu filho Francesco, e do casal autor do livro, Simone Troisi e Cristiana Paccini... «"Como podem dizer que morreu, quem permanece tão vivo no meu coração?”, interrogava-se Santo Agostinho. Esta interrogação faz sentido para os que conhecemos e amamos, mas com este livro percebi que também faz sentido mesmo quando nunca chegamos a conhecer as pessoas em vida. «Misteriosamente Chiara nasceu no meu coração muito depois de ter morrido e sinto que ficará viva para sempre. A sua alegria, a sua entrega, a sua liberdade interior, a sua fé e o seu grande amor pela família e pela vida, são agora também pilares da minha fortaleza interior», escreve a jornalista Laurinda Alves, responsável pela apresentação do livro em Lisboa, às 21h00, no auditório do Colégio S. João de Brito. Por seu lado, Carmo e Bento Amaral, que farão o lançamento do volume no auditório da paróquia de Cedofeita, no Porto, às 16h30, sublinham: «A história deste casal ensina-nos que a Vida está cheia de pequenos momentos de felicidade, mesmo nas alturas de maior sofrimento. Ensina-nos que o sofrimento não é a inexistência de felicidade, mas pode ser o lugar onde se descobre a verdadeira felicidade».
Extractos (Prefácio à edição portuguesa e Introdução) do livro em pré-publicação:
A vida de Chiara Corbella Petrillo tinha que ser trazida à luz – «Não se acende uma candeia para a colocar debaixo do alqueire» (Mt 5, 15) ... Disso quiseram dar testemunho, neste livro, o seu marido, Enrico Petrillo, e os seus amigos Simone Troisi e Cristiana Paccini ... Foi necessário percorrer este caminho de cruz, para poder receber livremente de Deus a sua última e exigente missão: dar a vida por Francesco, o filho tão esperado e, finalmente, destinado a viver junto deles. Entre a sua vida ameaçada por uma doença agressiva e fatal e a vida que traz dentro de si, escolhe a última. Porque é dom de Deus, e não pertença sua. Generosamente, vai-se retirando para que o filho não sofra com o corte da relação com aquela que o trouxe à vida. Amar não é possuir. É querer o bem do outro ... Finalmente, vive o sofrimento de uma doença terminal e mutilante com a Serenidade ... Há muitas histórias de sofrimento idênticas à de Chiara ... O sofrimento sem sentido fecha-nos dentro de nós mesmos. Mata a relação que nos realiza enquanto seres humanos. Fomos criados por Amor, para amar e ser amados. O Amor está impresso no coração de todos os homens, mesmo daqueles que não acreditam que a fonte desse Amor é Deus. Todos sem excepção somos carentes de Amor! ... Chiara mostra que é possível viver bem a situação de doença. Até ao fim. Vence o medo e a aridez espiritual abrindo o coração para acolher o amor de Deus e de quantos dela se aproximam ... Dando-lhes a possibilidade de amar, ama-os, e o sofrimento, em vez de morte, gera vida, alegria interior e comunhão. Aceita a doença. Vive o “hoje” como condição necessária para poder enfrentar a vida, saboreando e agradecendo as pequenas alegrias que cada dia lhe traz, animando todos os que, como ela, estão fragilizados. Não perde a oportunidade de verbalizar o quanto ama cada pessoa que a acompanhou ao longo da sua vida. Para crentes e não crentes, a forma como viveu e deu sentido ao sofrimento faz do seu testemunho uma mensagem de esperança ... Ao longo destas páginas, em que Simone e Cristiana nos fazem comungar da grandeza do Amor, é impossível não estabelecer o paralelismo entre as vidas de Chiara e de Jesus. A permanente comunhão com o Pai, através da oração. O serviço aos mais frágeis. O esquecimento de si. A experiência de sentir-se abandonada logo seguida do acolhimento da vontade de Deus. E, finalmente, a entrega radical da vida, por Amor ... Quem vê Chiara, vê Jesus, vê o Pai – diz o seu director espiritual. Como acontece diante de Jesus na cruz, confrontados com esta história de santificação, somos compelidos a dizer: «o quanto amou»! Na vasilha que foi o mais íntimo do seu coração, e que encheu na fonte da Vida sob o olhar de Maria, Chiara transformou a dor em Amor, Paz e Alegria. Esse foi o milagre da sua vida ...Com Chiara, somos levados ao Céu, à comunhão com o Amor. À Eternidade. Onde nunca mais morreremos.
«Chamo-me Chiara, tenho 25 anos, sou casada há um ano e alguns meses com o Enrico. Nesta noite, se conseguir, partilho convosco a história da nossa filha, Maria Grazia Letizia, que nasceu no dia 10 de Junho deste ano». Estamos no dia 19 de Novembro de 2009. Chiara está a dar um testemunho na igreja de Santa Francesca Romana, no Ardeatino, em Roma. As suas palavras naquela noite abrem os corações de muitas pessoas. Uma história exemplar, partilhada de modo simples, com toda a naturalidade. Não é possível interpretar mal o que ela diz. Tal como é impossível não compreender a verdade que, diz Chiara, «Deus coloca dentro de cada um de nós». Chiara e Enrico tinham decidido levar até ao fim a gravidez de uma menina anencéfala. A menina nasceu, foi baptizada e meia hora depois subiu para o Pai. Agora eles, cinco meses depois de um funeral em que Chiara tocou violino e Enrico cantou as suas canções, estavam ali a partilhar a misteriosa alegria que os tinha acompanhado. Apenas três anos depois, muitos dos que tinham conhecido Chiara naquela ocasião participaram no seu funeral. E era algo verdadeiramente especial sentir-se a fazer parte de tal acontecimento. Naquela ocasião, o Padre Vito, director espiritual dos Petrillo, convidou os presentes a deixarem-se interrogar por esta família que, entretanto, tinha acolhido um outro filho, também este morto logo após o nascimento, e tinha vivido com confiança e paz a doença de Chiara durante a sua terceira gravidez. Quem quisesse conhecer a história de Chiara e Enrico teria encontrado, entre familiares e amigos, testemunhas desta vida extraordinária disponíveis para contar como tudo aconteceu. Aqui estamos. Nós estamos entre as testemunhas. Incrivelmente, estivemos com eles nos momentos mais decisivos. Este livro nasce graças aos pedidos de quem se aproximou de Chiara, mesmo só por ter ouvido falar. Por dom de Deus, vivemos com eles este caminho de graça, de maravilhas belíssimas como um arco-íris depois de um grande temporal. E foram grandes e muitos os dilúvios. Quem é Chiara? Porquê tanta atenção à sua volta? O que é que ela fez? À primeira vista, a sua é uma história dramática de uma mãe que morre de cancro, deixando sozinhos o marido e o filho. Provavelmente, uma história semelhante a tantas outras (permita-se-me abrir aqui um parêntesis para lembrar o caso, por exemplo, de Gianna Beretta Molla, ir, p.f., ao link http://pt.wikipedia.org/wiki/Gianna_Beretta_Molla) . Mas nesta há algo diferente. Tudo foi vivido na alegria e transformou-se em vida para os outros. Como uma criança que segue o cheiro de um bolo que acabou de sair do forno, tantos seguiram o perfume destes dois esposos que reconhecem no sofrimento a sua dança, que sorriem enfrentando as provas mais duras e descobrem uma felicidade à qual todos nós, na verdade, somos chamados. Um perfume inebriante, perturbador, que se agarra a ti, mesmo que, assustado, inicialmente o tenhas combatido. Que coisa ou quem levou Chiara a morrer assim? Escutámos aqueles que a amaram com um amor único, mais forte do que qualquer tempestade. Fizemos memória de todos os momentos que o Senhor nos concedeu poder partilhar com ela. Porque esta história contém uma mensagem. É um anúncio sólido e credível de algo que aconteceu há dois mil anos e que continua a acontecer em cada dia, desde então. «A quantos O receberam, aos que n’Ele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus». Uma pessoa morre como viveu. Chiara morreu de uma maneira incrível, sorrindo diante da morte. Muito mais do que serena: feliz. Estar a seu lado foi ver o viver e o morrer de um filho de Deus. Existe uma fotografia de Chiara e Enrico em que eles se afastam, de costas, abraçados. Foi tirada no dia 4 de Abril de 2012, menos de uma hora depois do veredicto dos médicos. Estávamos numa das pontes que ligam a Ilha Tiberina e o Fatebenefratelli, o hospital romano que Chiara e Enrico deixavam pela enésima vez, sempre da mesma maneira, abraçados. Como sempre, sem que o soubéssemos, tínhamos chegado ao hospital na hora certa. (...) Nós fomos espectadores e protagonistas de cada acontecimento da sua história. Frequentemente, com Chiara, perguntávamo-nos o porquê disto. Talvez o descubramos somente quanto morrermos, quando o amor nos explica todas as coisas. A seu lado não custava nada acreditar na vida eterna. Parecia que a podias tocar, davas-te conta de estar já mergulhado nela. Um dos maiores dons que eles nos deram foi mostrar-nos que aquilo que temos é o hoje. E neste presente podes ser feliz, muito mais do que terias a coragem de imaginar. É nas coisas comuns que o extraordinário de Deus pode intervir. E eles aprenderam de modo admirável a dar espaço à graça, que não vê a hora de te mostrar as maravilhas de que é capaz. O engano maior é pensar que isto seja um privilégio reservado aos Petrillo, é acreditar que eles foram «especiais». Pelo contrário, Deus é Pai de todos, da mesma maneira. Muitas vezes, olhando para eles, pensámos que, se Deus ajuda desta forma, também nós poderemos levar a nossa cruz. O seu casamento foi a estrutura de tudo isto. Neste sacramento, a graça multiplicava-se. Diante dos nossos olhos, eles transformavam-se em altar. Vimo-los, pouco a pouco, restituir tudo: Maria Grazia Letizia e Davide Giovanni, o pequenino Francesco, os seus projectos de jovem casal. Mas sobretudo o seu amor, a parte mais dura. Não nos lembramos de um só dia de desespero. Pelo contrário, a sua alegria crescia. Reconheciam cada coisa como um dom e eram muito conscientes que esta terra não é a nossa pátria e nós não somos o ponto de chegada. Entretanto, também o nosso paladar mudava: «Aquilo que me parecia amargo foi transformado em doçura de alma e de corpo». O corpo é feito para amar, é este o seu objectivo. É através do corpo que o mal, a frustração, a dor nos atingem na nossa história e nos nossos dias. Mas a boa notícia é que precisamente através de um outro Corpo chegarão a consolação e a salvação. Chiara e Enrico mostraram-nos isso com a sua história; viveram o casamento como um caminho seguro para a santidade, como uma vocação plena. Se por milagre se entende uma cura física, então este livro não contém milagres. Nenhuma cura. O milagre que contamos é outro: uma alegria desarmante, simples e transparente. Um tesouro a descobrir. A perfeita alegria de Francisco de Assis (ou misteriosa alegria, como diria Enrico) que transforma o mal em bem, que alarga o coração e o horizonte. (...) Talvez a história de Chiara esteja destinada a isto, a mostrar a beleza do matrimónio que, com as suas urgências, os seus dons e as suas dificuldades, é realmente um caminho que santifica. Os esposos, de facto, revelam ao mundo como Deus ama. «Nós não nos sentimos corajosos», disse uma vez Chiara, «porque na realidade a única coisa que fizemos foi dizer SIM, passo a passo». Esta frase é um pequeno tesouro. Contém tudo aquilo que é preciso saber. A oração e a fraternidade foram fundamentais. Sem a oração, diziam, não teriam sido capazes de fazer nada. Tantas pessoas, não só os mais próximos, rezaram por eles, um pouco por todo o mundo. Juntaram-se, pouco a pouco, novos companheiros de viagem. Cada um chegando na hora certa, cada um sinal daquela Providência que proporcionava toda esta maravilha. Foram apoio para eles, e nas fases mais duras eram aquela pequena chama que iluminava a escuridão. Junto ao nosso, estão também aqui os seus testemunhos: dos familiares, amigos e médicos que percorreram toda ou parte desta estrada. Nestes anos, vimos como a história de Chiara se difundiu de maneira inesperada. Entrou nas casas, nos hospitais e em tantas outras histórias. Para relatar os seus efeitos seria necessário um outro livro. Logo a após a sua morte, o interesse por ela subiu até às estrelas (em todos os sentidos), deixando-nos estupefactos e gratos. «Toda esta luz», disse Enrico, «está a difundir-se sem que eu faça nada. Telefonou-me o Cardeal Vallini e disse-me, naquela manhã, que viria ao funeral da Chiara... sempre nos maravilhámos por tanto amor à nossa volta». Em resumo, porquê escrever um livro? Porque muitos querem conhecer Chiara. Perceber como fez para viver (e morrer) assim. Muitos sabem simplesmente que é uma jovem mulher, que morreu depois de ter adiado os tratamentos para que pudesse nascer o seu filho, mas é muito mais do que isso. Por detrás de tudo está um casamento lindíssimo, vivido plenamente e na alegria. Um amor tão verdadeiro que os levou juntos à cruz. Aquilo que vimos, vos narramos agora. A beleza salvará o mundo, escreveu Dostoevskij. Sim, mas que beleza? A de um rosto feliz no sofrimento. A do rosto de Jesus. Uma beleza que também Chiara nos mostrou.
Vídeo legendado e comentado, directamente da fonte:
 


Chiara Corbella Petrillo morreu com 28 anos, em Junho de 2012, vítima de cancro, por ter posto a vida da criança que trazia no ventre à frente da sua. Esta história comoveu centenas de milhares de pessoas em Itália, que quiseram saber mais sobre esta jovem mãe, testemunha de uma profunda confiança em Deus e, sobretudo, do poder do amor materno. Antes do nascimento do seu terceiro filho, Francesco, em maio de 2011, já Chiara e o seu marido Enrico tinham acompanhado no seu nascimento para o Céu os seus dois primeiros filhos, Maria Grazia Letizia, nascida em 2009 e Davide Giovanni, em 2010. Ambos sofriam de deficiências graves que lhes provocaram a morte poucos minutos depois do parto. Nos dois casos, Chiara e Enrico decidiram levar até ao fim a gravidez, dando aquilo que Chiara chamava “os pequenos passos possíveis” que Deus ia pedindo a este jovem casal. Um testemunho de fé e de vida que manifesta o que há de mais sagrado e forte no casamento e na maternidade, a entrega da própria vida por amor. Porque “o importante na vida não é fazer grandes coisas, mas nascer e deixar-se amar”.
SIM, a esta "Visita de Estudo" e/ou "Acção de Formação", mesmo num domingo à tarde, faça sol, faça chuva, ou "chovam picaretas" eu, um "Zaqueu" à sua beira, obviamente e porque sim, FUI!

P.S. Sublinhados, "bold's" e "amarelados" da minha responsabilidade.

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