"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























segunda-feira, 5 de maio de 2014

CINEMA: O ato de matar

“O ato de matar” é um documento impressionante e de dificílima digestão que nos obriga a pensar, da mais séria e dura forma, sobre os limites da (des)humanidade e, inevitavelmente, sem vislumbre de arrependimento, sobre a possibilidade de perdão. O filme interessa sobretudo pelos dois tipos de reflexão que oferece: uma, certamente a mais óbvia e terrível, sobre o conteúdo; e outra, menos evidente mas igualmente importante, sobre a sua forma. No que respeita a esta última, vale a pena ter em atenção que, no cinema, um realizador atua sempre. Mesmo por omissão. Pois a forma como câmara e sujeito se encontram é sempre sua opção. E sabe, desde logo, que um encontro entre duas pessoas não é o mesmo que um encontro entre alguém e uma câmara. É nesse sentido que a liberdade conferida aos testemunhos que aqui se apresentam, com a particularidade de cada um representar a sua memória e a relação de consentimento com os seus tenebrosos atos de forma própria, pode (e deveria) ser, mais que estética, eticamente discutida. Continuar a ler…

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