"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























domingo, 14 de abril de 2019

ESPIRITUALIDADE: a Semana Santa

Os dias supremos da história, da fé e do nosso destino
Dos Ramos à Páscoa, o tempo muda de ritmo: a liturgia abranda, toma outro passo, multiplica os momentos nos quais se acompanha com calma, quase hora a hora, os últimos dias de vida de Jesus: da entrada em Jerusalém à corrida de Madalena na manhã de Páscoa, quando ainda a pedra do sepulcro se reveste de anjos e de luz. São os dias supremos, os dias do nosso destino. A leitura do Evangelho da Paixão é de uma beleza que me transtorna: um Deus que me lavou os pés e não lhe chegou, que deu o seu corpo a comer e não lhe chegou; vejo-o, pendente, nu e desonrado, e tenho de virar a cara. Depois volto a olhar a cruz, e vejo alguém de braços abertos que me grita: amo-te. Precisamente a mim? Para saber mais clicar AQUI.
Consequência do amor
Quer estejamos ou não conscientes, nós, cristãos, somos uma consequência da Paixão de Cristo. Disponhamos por isso o nosso coração a acolhê-la uma vez mais. A Paixão de Jesus atesta a verdade fundamental do seu amor, que não é abstrato ou sem destinatário. É um amor real, que podemos experimentar sempre. Jesus vive a sua Paixão como um ato de compaixão sem medida a nosso favor. Jesus abraça a nossa condição, a nossa inconsistência, abraça aquilo que em nós nos agrada e que não nos agrada, abraça aquilo que nos entristece ter acontecido ou simplesmente não ter acontecido. Para saber mais clicar AQUI.
Cuca Roseta, João Só e D. José Tolentino Mendonça meditam Tríduo Pascal
«Na Quinta-Feira Santa, 18 de abril, recordando a Última Ceia e o gesto do lava-pés, D. José Tolentino Mendonça diz-nos que “Jesus nos convida a estar à mesa”, lembrando que “a mesa é a extensão da vida”, “o lugar da resposta positiva às necessidades mais elementares e também àquelas que o nosso coração, sedento de amor, exprime”.» Para o dia seguinte, em que se assinala a crucificação e morte de Jesus, o arquivista e bibliotecário da Santa Sé salienta a atitude de esquecimento pessoal de si próprio: «Para poder dar aos outros a vida, tens de aceitar gastar e perder a tua». Para saber mais clicar AQUI e AQUI.
Poemas quaresmais de Frei Agostinho da Cruz
«Divinas mãos, e pés, peito rasgado,/ Chagas em brandas carnes empremidas,/ Meu Deos, que por salvar almas perdidas,/ Por elas quereis ser crucificado:// Outra fé, outro amor, outro cuidado,/ Outras dores às vossas são devidas,/ Outros corações limpos, outras vidas,/ Outro querer no vosso transformado:// Em vós se encerrou toda a piedade,/ Ficou no mundo só toda a crueza;/ Por isso cada um deu do que tinha:// Claros sinais de amor, ah saudade!/ Minha consolação, minha firmeza,/ Chagas de meu Senhor, redenção minha.» Para saber mais clicar AQUI.
Jesus ressuscitado por amor
Forte como a morte é só o amor, mais forte do que a morte foi o amor vivido por Jesus Cristo: é isto que nós, cristãos, deveremos anunciar, com humildade e discrição, a todos os homens e mulheres. Afirmar simplesmente que «Jesus ressuscitou» é uma bela notícia, mas demasiado breve para ser verdadeiramente Evangelho para todos os seres humanos: como poderemos vê-la? Talvez inclusive os não crentes estejam interessados em percorrer um caminho no qual se parta do pressuposto de que o amor é capaz de combater a morte, até vencê-la. Eis o sentido profundo da ressurreição de Jesus, eis como este acontecimento pode falar a todos os nossos irmãos e irmãs em humanidade. Para saber mais clicar AQUI.
A árvore verde e a árvore seca
No interior da narração da paixão de Cristo segundo Lucas, retalhamos uma cena especificamente feminina. Jesus avança, já esgotado, ao longo do caminho que o conduz ao Calvário. Na multidão curiosa, como sempre, pelas desventuras alheias, só Lucas assinala a presença de uma espécie de confraria feminina votada à assistência aos condenados à morte, aos quais – de acordo com o Talmude, a grande recolha antiga de tradições judaicas – ofereciam bebidas anestésicas. É, portanto, realizado por mulheres o único gesto de compaixão que Jesus recebe durante o martírio. A elas dirige, no entanto, uma mensagem forte, até severa. Por outras palavras declara-lhes: mais do que terdes compaixão de mim, devereis preocupar-vos por vós mesmas e pelo vosso povo. Para saber mais clicar AQUI.
Refundador da humanidade
Para colher da melhor maneira os textos sagrados que a tradição cristã nos fará de novo ler ao longo desta que é a mais santa das semanas, é importante ter presente que foram escritos quando Jesus era totalmente insignificante para o mundo e para a cultura. Para saber mais clicar AQUI.

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