Sendo impossível travar a tendência que conduz aos desastres, devemos pensar que as grandes transformações começam com uma inovação, uma nova mensagem marginal, modesta, tantas vezes invisível… Será preciso, no fundo, ao mesmo tempo, mundializar e desmundializar, crescer e decrescer, desenvolver e envolver, conservar e transformar. As reformas políticas, económicas, educativas ou da vida, só por si, estarão votadas à insuficiência e ao fracasso. Edgar Morin chama-nos, por isso, a atenção para a compreensão da complexidade. A evolução das ciências sociais e humanas obriga a entendermos a atual crise como uma via de repensamento – não apenas das circunstâncias económicas e financeiras, mas também das implicações sociais e axiológicas. Alguém perguntava: será possível regressarmos às ilusões de há uma ou duas décadas? A resposta é claramente negativa, e se tal acontecesse seria muito grave, pois significaria que continuaríamos a partir do pressuposto de que é indiferente viver-se em qualquer uma das fases do ciclo: a criação e a especulação. Só o reencontro com a inovação e a criatividade permitirá ultrapassar a presente situação.
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