Uma exposição como a do World Press Photo exalta a força que uma imagem pode ter. Mas ao mesmo tempo, ela denuncia que algo está doente na nossa comunicação visual. Ao ver aquele retrato de 2012 fiquei com a impressão que ali me estava a ser mostrado um ano diferente daquele que quotidianamente me foi dado a ver através dos media. O modo acelerado e inquieto com que hoje os media tendem a fazer passar diante de nós as imagens deste nosso tempo em vez de gerar proximidade, parece criar indiferença. De tanto estimulados, os nossos olhos como que se defendem não levando muito a sério o que vêem. A multiplicação nervosa de imagens não é pois garantia de um olhar mais atento e sensível ao real.
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