Na Igreja, é comum os mais sensíveis à pastoral juvenil perguntarem-se: “O que pedem os jovens à Igreja?” É uma pergunta sem grande sentido. A esmagadora maioria dos jovens nada pede à Igreja. Cresceram num mundo onde tudo é comprado e onde o mérito das propostas de felicidade se mede pela rapidez e pelo baixo custo. Alguns setores eclesiais respondem a este estado de coisas tentando “jogar” segundo as regras da cultura dominante, sem coragem de pôr em causa este modelo consumista e relativista. E fazem uma pastoral juvenil que é mais uma mercadoria de consumo: consumo de socialização (grupos de jovens sem rumo que se resumem a ser umas meras sociedades recreativas), consumo de eventos, consumo de emoções e estética (ainda que mascarada de oração). É uma forma de fazer pastoral juvenil que, em nome duma mal-entendida inculturação, reduz o Evangelho a um produto descafeinado, que não tem coragem de falar das exigências do Evangelho (a nível sexual, económico ou político). É uma caricatura de pastoral juvenil com “tiques de seita”.
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