Ir ao encontro dos outros e dialogar com os que não partilham a mesma fé e as mesmas crenças tem sido uma proposta do papa Francisco, desde o início do seu pontificado. Esta atitude foi uma vez mais manifestada numa carta que endereçou ao jornalista fundador do diário “La Reppublica”, um dos mais importantes jornais de Itália. «Pergunta-me se o Deus dos cristãos perdoa àqueles que não creem e não procuraram a fé», escreve o papa, que coloca como premissa o facto de que «a misericórdia de Deus não tem limites, se uma pessoa se Lhe dirige com coração sincero e contrito». «Entre a Igreja e a cultura de inspiração cristã, de um lado, e a cultura moderna de inspiração iluminista, de outro, instaurou-se a incomunicabilidade. Chegou o tempo, e o Vaticano II inaugurou esta nova estação, de um diálogo aberto e sem preconceitos capaz de reabrir as portas para um verdadeiro e fecundo encontro», frisa Francisco.
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«A fé é um ato pessoal: “eu creio”, eu respondo pessoalmente a Deus que se faz conhecer e quer estabelecer amizade comigo. Mas eu recebo a fé dos outros, numa família, numa comunidade que me ensina a dizer “eu creio”, “nós cremos”. Um cristão não é uma ilha! Nós não nos tornamos cristãos em laboratório, nós não nos tornamos cristãos sozinhos e com as nossas forças, mas a fé é um presente, é um dom de deus que nos é dado na Igreja e através da Igreja.» «Amamos a Igreja como se ama a própria mãe, sabendo também compreender os seus defeitos? Todas as mães têm defeitos, todos nós os temos. Mas quando se fala dos defeitos da mãe, nós protegemo-la, amamo-la… E a Igreja também tem os seus defeitos. Amo-a, como à minha mãe? Ajudamo-la a ser mais bela, mais autêntica, mais de acordo com o Senhor?» Excertos da intervenção do papa Francisco na audiência geral.
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