Texas, 1985. Na sequência de um acidente que o obriga a internamento hospitalar, Ron Woodroof recebe a notícia de que é seropositivo, com um negro prognóstico de 30 dias de vida. Inicialmente incrédulo, o eletricista homofóbico acaba por aceitar a dolorosa notícia e decide não se deixar derrotar. Retomando os temas da homossexualidade e da homofobia, Valléé combina-os em “O Clube de Dallas” com questões associadas ao poder e contrapoder da indústria farmacêutica, da investigação sobre o e do recurso a medicinas alternativas. Com fleuma, o filme resulta numa evocação sensível, forte e pouco sentimentalista de um homem que, à margem do seu contexto social, lutou pela sua vida e pela dos que até então considerava seus dissemelhantes, de quem se aproximou. A evolução do protagonista em gentileza e humanidade, e a relação que estabelece com Rayon, o travesti, mesmo sem dispensar alguns lugares comuns e algum humor negro, são as mais-valias deste filme, que vinga também pelos desempenhos e pelos temas que dele brotam.
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