"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























domingo, 12 de janeiro de 2014

PALAVRA de DOMINGO: contextualizá-la para bem a entender e melhor vivê-la!

LEITURA IIActos 10,34-38Leitura dos Actos dos Apóstolos
Naqueles dias,
Pedro tomou a palavra e disse:
«Na verdade,
eu reconheço que Deus não faz acepção de pessoas,
mas, em qualquer nação,
aquele que O teme e pratica a justiça é-Lhe agradável.
Ele enviou a sua palavra aos filhos de Israel,
anunciando a paz por Jesus Cristo, que é o Senhor de todos.
Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia,
a começar pela Galileia,
depois do baptismo que João pregou:
Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré,
que passou fazendo o bem
e curando todos os que eram oprimidos pelo Demónio,
porque Deus estava com Ele».

AMBIENTE
Os “Actos dos Apóstolos” são uma catequese sobre a “etapa da Igreja”, isto é, sobre a forma como os discípulos assumiram o continuaram o projecto salvador do Pai e o levaram – após a partida de Jesus deste mundo – a todos os homens.
O livro divide-se em duas partes. Na primeira (cf. Act 1-12), a reflexão apresenta-nos a difusão do Evangelho dentro das fronteiras palestinas, por acção de Pedro e dos Doze; a segunda (cf. Act 13-28) apresenta-nos a expansão do Evangelho fora da Palestina (até Roma), sobretudo por acção de Paulo.
O nosso texto de hoje está integrado na primeira parte dos “Actos”. Insere-se numa perícopa que descreve a actividade missionária de Pedro na planície do Sharon (cf. Act 9,32-11,18) – isto é, na planície junto da orla mediterrânica palestina. Em concreto, o texto propõe-nos o testemunho e a catequese de Pedro em Cesareia, em casa do centurião romano Cornélio. Convocado pelo Espírito (cf. Act 10,19-20), Pedro entra em casa de Cornélio, expõe-lhe o essencial da fé e baptiza-o, bem como a toda a sua família (cf. Act 10,23b-48). O episódio é importante porque Cornélio é o primeiro pagão a cem por cento a ser admitido ao cristianismo por um dos Doze: significa que a vida nova que nasce de Jesus se destina a todos os homens.

MENSAGEM
No seu discurso, Pedro começa por reconhecer que a proposta de salvação oferecida por Deus e trazida por Cristo é universal e se destina a todas as pessoas, sem distinção de qualquer tipo (vers. 34-36). Israel foi, na verdade, o primeiro receptor privilegiado da Palavra de Deus; mas Cristo veio trazer a “boa nova da paz” (salvação) a todos os homens; e agora, por intermédio das testemunhas de Jesus, essa proposta de salvação que o Pai faz chega “a qualquer nação que o teme e põe em prática a justiça” – ou seja, a todo o homem e mulher, sem distinção de raça, de cor, de estatuto social, que aceita a proposta e adere a Jesus.
Depois de definir os contornos universais da proposta salvadora de Deus, Pedro apresenta uma espécie de resumo da fé primitiva (vers. 37-38). É, nem mais nem menos, do que o pôr em acto a missão fundamental dos discípulos: anunciar Jesus e testemunhar essa salvação que deve chegar a todos os homens. A leitura que nos é proposta conserva apenas a parte inicial do “kerigma” primitivo e resume a actividade de Jesus que “passou pelo mundo fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo demónio, porque Deus estava com Ele” (vers. 38). No entanto, o anúncio de Pedro continua (embora a nossa leitura de hoje não o refira) com a catequese sobre a morte (vers. 39), sobre a ressurreição (vers. 40) e sobre a dimensão salvífica da vida de Jesus (vers. 43).

ACTUALIZAÇÃO
Na reflexão e partilha, considerar os seguintes elementos:
• Jesus de Nazaré “passou pelo mundo fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo demónio”. Nos seus gestos de bondade, de misericórdia, de perdão, de solidariedade, de amor, os homens encontraram o projecto libertador de Deus em acção… Esse projecto continua, hoje, em acção no mundo? Nós, cristãos, comprometidos com Cristo e com a sua missão desde o nosso baptismo, testemunhamos, em gestos concretos, a bondade, a misericórdia, o perdão e o amor de Deus pelos homens? Empenhamo-nos em libertar todos os que são oprimidos pelo demónio do egoísmo, da injustiça, da exploração, da solidão, da doença, do analfabetismo, do sofrimento?• “Reconheço que Deus não faz acepção de pessoas” – diz Pedro no seu discurso em casa de Cornélio. E nós, filhos deste Deus que ama a todos da mesma forma e que a todos oferece igualmente a salvação, aceitamos todos os irmãos da mesma forma, reconhecendo a igualdade fundamental de todos os homens em direitos e dignidade? Que sentido fazem, então, as discriminações por causa da cor da pele, da raça, do sexo, da orientação sexual ou do estatuto social?
• A história do “Servo” mostra-nos, desde já, que Deus actua através de instrumentos a quem Ele confia a transformação do mundo e a libertação dos homens. Tenho consciência de que cada baptizado é um instrumento de Deus na renovação e transformação do mundo? Estou disposto a corresponder ao chamamento de Deus e a assumir os meus compromissos quanto a esta questão, ou prefiro fechar-me no meu canto e demitir-me da minha responsabilidade profética? Os pobres, os oprimidos, todos os que “jazem nas trevas e nas sobras da morte” podem contar com o meu apoio e empenho?
FONTE: http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_ver.asp?liturgiaid=384

Cada um de nós é filho predileto de Deus: Meditação sobre o Evangelho do Domingo do Batismo do Senhor
Jesus coloca-se na fila com os pecadores, ele que era o puro de Deus, na fila, como o último de todos. E entra no mundo desde o lugar mais raso, para que ninguém o sinta distante, para que ninguém se sinta excluído. E eis que se abriram os céus e vê-se o Espírito de Deus – que é a plenitude do amor, da energia, da vida de Deus – descer como uma pomba sobre Ele. Este acontecimento excecional, que ocorre num lugar comum, e não no espaço do sagrado, o rasgar dos céus com a declaração de amor de Deus e o voo de asas abertas do Espírito, aconteceu também para nós; o que o Pai dá a Jesus, é dado a todos. No nosso Batismo, exatamente como no rio Jordão, uma voz repetiu: Filho, tu assemelhas-te a mim, eu amo-te, tu dás-me alegria. Tens dentro de ti a respiração do céu, o sopro de Deus que te envolve, te modela, transforma pensamentos, afetos, esperanças, te faz semelhante a mim.
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