"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

LEITURAS várias

"Somos pobres mas somos muitos"
De repente, naquela figura simplesmente vestida com o fato oficial sem adornos nem atavios de circunstância, estava uma alma franciscana, no corpo de um jesuíta, vestido de dominicano! Quem ali tínhamos diante de nós e o que ali tínhamos diante de nós, não era uma perso­nagem de palco para consumo público – e para consumo do público – para responder a uma urgência de comunicação mediática, mas um homem igual a si próprio, igual ao que sempre tinha sido no seu ser padre, bispo e cardeal de Buenos Aires, que nunca teve tiques nem ademanes de poder nem de vaidade, mas que sempre havia pautado a sua vida por uma normalidade normal de relações, das tais solidárias dos afetos redimidos. Como que em jeito de «ícone» reencontrado, naquele homem Bergoglio / Francisco que se apresentava à cidade e ao mundo, estavam reunidas três tradições fundamentais na vida e na missão da Igreja: a alma de Francisco de Assis na sua simplicidade de ser, a capacidade de comunicar com palavras inteligíveis de Domingos de Gusmão, e a tenacidade missionária de Francisco Xavier. Mais em:
http://www.snpcultura.org/somos_pobres_mas_somos_muitos.html
"Entre possibilidades e limites": uma teologia moral em demanda
«O contexto de possibilidades e limites exige à teologia moral a sua fundamental tarefa de inquirição, em fidelidade aberta e paciente, sobre temas e problemas que hoje se levantam; e reivindica igualmente a sua fundamental finalidade de formação das consciências», refere a nota de apresentação de “Entre possibilidades e limites”. Com coordenação de Sergio Bastaniel, o volume inclui textos de Donatella Abignente, Giulio Parnofiello, Vidas Balčius, Paolo Benanti, Miguel Yáñez e do português José Manuel Pereira de Almeida, ex-secretário da Comissão Episcopal da Pastoral Social, coordenador nacional da Pastoral da Saúde e assistente religioso da Cáritas. Leia a introdução. Mais em:
http://www.snpcultura.org/entre_possibilidades_e_limites.html
“A papoila e o monge”
O escritor Pedro Mexia considera que «o silêncio é uma presença muito forte» em “A papoila e o monge” (ed. Assírio & Alvim), livro de “haikus” (poemas de três versos com origem no Japão) de José Tolentino Mendonça. Na sessão de apresentação da mais recente obra do diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, que decorreu esta quinta-feira, em Lisboa, o crítico literário afirmou que «muitos versos» do volume sublinham que «não se deve confundir o silêncio com o vazio». Para Pedro Mexia, a depuração da poesia oriental adequa-se à «interioridade» dos poemas de um livro que tem a «capacidade de ultrapassar certas palavras e conceitos que perturbam o caminho», como a «constante utilização da palavra “solidão” no sentido positivo, o que foge ao seu uso comum».
Mais em:
- http://www.assirio.pt/livros/ficha/a-b-pap-b-oila-e-o-monge?id=15252159
"A esperança do perdão"
«A história que os homens contam de si mesmos é mais do que um episódio sofrido do mal. É a história de uma busca intensa pela regeneração de uma vida. Essa é uma busca permanente e sempre inacabada. No final, não há final. Há apenas recomeço. Reinvenção. Porque o perdão diz-se nas palavras da esperança. O encontro em que se abraçam a vítima e o seu algoz constrói-se numa renúncia absoluta à autojustificação, à autopreferência e ao narcisismo, sem a certeza do acolhimento do outro. O perdão é, assim, renúncia de toda a certeza. Mas renúncia que se abre em esperança. Porque o coração humano, o thumos, é ainda habitado por uma radical aspiração a ser, e a ser plenamente, a ser regenerado. É essa aspiração que define a pessoa humana. Porque no coração humano, como Kant percebeu perfeitamente, o bem é mais original do que o mal.»
Mais em:
http://www.snpcultura.org/a_esperanca_do_perdao.html
"Os rostos de Jesus": Subversivo há 2013 anos
Para o texto de abertura de “Os rostos de Jesus”, Duarte Belo convidou José Tolentino Mendonça, poeta, padre e teólogo, deixando-o livre para o registo que preferisse. Tolentino escreveu sobre os vários rostos de Jesus que emergem das interpretações contemporâneas. É uma súmula surpreendente para uma não-crente como eu: na intersecção de todas as leituras, vejo sobretudo um enigma subversivo. O que me fica deste elenco de hipóteses é a figura de um inconformista, claramente um não-conservador, abrindo-se a todos sem exclusão, alguém que busca a mudança de forma mais ou menos radical, entregando para isso a vida. Como a partir desta figura se construíram e constroem até hoje, no amplo interior do cristianismo, estruturas tão conservadoras, repressivas e excludentes é um mistério exclusivamente humano. Jesus, em qualquer das hipóteses enunciadas por Tolentino, parece-me aquele que não baixa a cabeça. O seu lugar é o contrapoder, aspiração permanente à liberdade. Teologia da Libertação é quase uma redundância: como é que a teologia pode não ser de libertação?
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