Será possível aliar beleza poética/criatividade e profundidade ética? Apreender as sensações vitais que paulatinamente se vão alojando na nossa memória, quase sempre sem uma nitidez absoluta, é condição de possibilidade para o despertar corpóreo. Isso significa dar corpo concreto às imagens presentes na memória porque se “Agora, vemos como num espelho, de maneira confusa; depois, veremos face a face. Agora, conheço de modo imperfeito; depois, conhecerei como sou conhecido” (1Cor 13,12). Há toda uma pedagogia de sensibilidade estética que não podemos descurar, antes situá-la no contexto do nosso quotidiano, e não como momento aprazível ou figuração estetizante decorativa. Se a arte não eleva espiritualmente o humano, distanciando de si mesmo, não é condição de fecundidade, de abertura, mas pura idolatria.
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