"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























terça-feira, 17 de dezembro de 2013

CINEMA: "Mandela, longo caminho para a liberdade", "Redemption" e "Terra de ninguém" & "O som ao redor"

"Redemption" e "Terra de ninguém"
“Redemption”, curta metragem de Miguel Gomes, um dos mais aclamados realizadores portugueses da atualidade, estreia esta semana em complemento de “Terra de Ninguém”, longa metragem de Salomé Lamas. Duas obras nacionais que comportam profundas reflexões sobre a nossa identidade, nacional e europeia, com Miguel Gomes a pegar em pessoas reais e a transformá-las em personagens ficcionadas, com grandes interrogações para o nosso tempo. “Terra de Ninguém” é uma história de vida e de morte, uma perpassando a outra, narrada e construída ao longo de quase 80 minutos, em camadas que sobrepõem (e de onde às vezes caem) afirmações, interrogações, dúvidas, contradições. Será por aqui que, com tudo de diferente uma da outra, duas obras de dois realizadores nacionais que escrevem o nosso tempo se encontram: na possibilidade de redenção humana, na consciência de si e da sua história.
Mais em:
http://www.snpcultura.org/redemption_terra_de_ninguem.html

"Mandela, longo caminho para a liberdade"
Uma semana após a sua morte, estreou nas salas de cinema portuguesas o primeiro filme baseado na autobiografia de “Tata”: “Mandela. Longo caminho para a liberdade”. Um “timming” que tem tanto de pertinente como de arriscado, tendo em conta a envergadura do líder africano – também física mas sobretudo psicológica, espiritual e moral, a emoção geral provocada pela sua perda e a multiplicidade de informação que circula sobre a sua vida e obra, o que garantirá um público mais atento e crítico a esta versão. Uma espécie de “panorâmica”, útil e cativante para quem procure uma ilustração cinematográfica do que está já sobejamente disponível nos media e redes sociais, ou para os mais novos que ficarão com uma ideia geral de quem foi Nelson Mandela. Mais pela matéria que pela essência. Para todos os efeitos, para uma figura política fortemente empenhada no bem comum e apostada na defesa da paz, mesmo em modo panorâmico e nos tempos que correm, sobretudo para os mais novos, não será pouco…
Mais em:
http://www.snpcultura.org/mandela_longo_caminho_para_liberdade.html

O som ao redor
Crónica de uma atualidade brasileira que denuncia o enorme desequilíbrio social num país em crescimento económico, feito de desigualdades e injustiça, habituámo-nos a acompanhá-la no registo cinematográfico enérgico, vibrante e ruidoso de “Cidade de Deus” (Fernando Meirelles), “Cidade dos Homens” (Paulo Morelli) ou, mais recentemente, em “Tropa de Elite” (José Padilha). Aqui, no entanto, há um ritmo e uma gramática totalmente diferentes, apostados numa inteligente fluidez narrativa que o realizador, constituído como mero mas atento observador, desenrola aos nossos olhos e pensamento. Progressivamente, sob um hábil uso do som e do silêncio, bem como da câmara, espaço público e privado entrarão em conflito, um invadindo o outro, e a narrativa adensa-se, gritando, sem qualquer ruído, a complexidade das relações, desigualdades sociais, o aprisionamento, a solidão e o desejo, para alguns, de os vencer.
Mais em:
http://www.snpcultura.org/o_som_ao_redor.html

 

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