"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























quinta-feira, 13 de março de 2014

CINEMA: "A grande beleza"

Longe de ser consensual, o que se estende ao público, a opinião sobre os filmes de Paolo Sorrentino reflete bem a forma peculiar como os cria e nos quais, goste-se ou não da forma e resultado, explora as potencialidades do cinema com a mesma amplitude e destemor, por vezes quase “desaforo” com que o faz na observação do humano. O mais belo e o mais “feio”, o mais vazio e o mais significativo, expondo fragilidades que não são gratuitas, mesmo quando o aparentam. “A Grande Beleza” bebe da fonte de Fellini no seu estilo barroco e imersivo, no seu humor particular e no fascínio com que olha o hedonismo, numa sociedade sôfrega de eterna juventude. Cinematograficamente complexo, cuidado na escolha dos planos e laboriosamente montado, o filme é um estudo de personagem bem assumido pelo ator Toni Servillo, na pele de um homem estranho ao mundo que habita, insatisfeito consigo e com os outros, capaz de identificar o que lhe falta mas incapaz de encontrar o sentimento de pertença. A si e aos demais.
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