"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























quarta-feira, 5 de março de 2014

ESPIRITUALIDADE: Quaresma

Quaresma, tempo para renascer
«O ser humano é uma casa de hóspedes; cada manhã, um novo recém-chegado, uma alegria, uma tristeza, uma maldade, que vem como um visitante inesperado. Diz-lhes que são bem-vindos, e recebe-os a todos, ainda se são um coro de penúrias que esvaziam a tua casa violentamente. Trata cada hóspede com todas as honras; ele pode estar a criar-te um espaço para uma nova delícia. O pensamento obscuro, a vergonha, a malícia, recebe-os à porta sorrindo e convida-os a entrar. Agradece a quem quer que venha, porque cada um foi enviado como um guia do Além.» A Quaresma não são 40 dias para tentarmos fazer rituais mais ou menos arcaicos. A Quaresma é um tempo de revitalização, um tempo para nos colocarmos as perguntas-chave que vão favorecer o renascimento do que somos. E Deus sabe como cada um de nós precisa de renascer. Por isso este é o tempo de voltar a si.
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Quaresma: História e espiritualidade
A Quaresma é o tempo do ano litúrgico preparatório da Páscoa, a grande celebração da salvação operada pela morte e ressurreição de Jesus Cristo. Começa na Quarta-Feira de Cinzas e termina na Quinta-Feira Santa, excluindo a Missa da Ceia do Senhor, que já pertence ao Tríduo Pascal. A Quaresma surgiu no séc. IV, a seguir à paz do imperador romano Constantino, quando multidões de pagãos quiseram entrar na Igreja. Duas venerandas instituições a ela estão ligadas, a penitência pública e o catecumenado, preparação para o Batismo, o primeiro dos sete sacramentos. Daí o seu duplo caráter penitencial e batismal. Haja ou não catecúmenos, os fiéis de cada comunidade são convidados a viver a Quaresma em espírito catecumenal, preparando-se para a renovação das promessas do Batismo na Vigília Pascal. Fazem esta experiência recorrendo às tradicionais práticas do jejum, da esmola e da oração, entendendo-as num sentido amplo de ascese cristã (luta contra as más inclinações, seduções mundanas e tentações, e exercício das virtudes cristãs), de caridade fraterna (pela prática das obras de misericórdia) e de intimidade com Deus (escutando a palavra de Deus e dando-se às várias formas de oração).
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Da Quaresma à Páscoa
Neste tempo da Quaresma ecoa a profecia que convida insistentemente para um encontro com Deus, de todo o coração. É um processo de reconfiguração qualificada da própria vida que inclui todas as circunstâncias do tecido da sociedade. O ápice da qualificação de qualquer vida pessoal é a consistência da própria interioridade como fonte sustentadora da paixão pela verdade, o gosto pela solidariedade e a coragem de lutar pela justiça. É cultivar a honestidade na palavra dada, no respeito aos outros e, particularmente, na condução da coisa pública e do bem comum. Quem percorre o caminho quaresmal escutando a Palavra de Deus, falando menos, contemplando mais, sensibilizando-se sob o impulso da caridade fraterna, alcança uma qualificação ancorada na força de valores. Fazem a diferença no que são, onde estão e no exercício de suas responsabilidades.
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O jejum que me agrada
Não se trata da partilha do que me sobra, mas daquilo que é fundamental para a manutenção da vida. O jejum, enquanto experiência sentida no corpo, toca zonas muito profundas da existência. Abre-nos, por isso, ao que pode ser o sentido mais autêntico da solidariedade. A minha carência aproxima-me do outro na sua carência. Só o homem ou a mulher pobre que existe em mim pode encontrar o outro na sua pobreza. O jejum não induz em mim uma experiência artificial, ao contrário: cria um espaço que amplia a capacidade de visão, liberta-me da irrealidade das máscaras, permitindo um encontro com a minha nudez. O que é artificial é viver na ausência de contacto com o que efetivamente somos. O encontro com o outro, e o outro que é pobre, convoca-me para o encontro com a minha pobreza. O jejum é um instrumento possível ao serviço de um olhar mais consciente sobre nós próprios. O mesmo se pode dizer da oração, das vigílias e de outros instrumentos da arte espiritual: estão ao serviço de um despertar interior. Desbravam caminhos.
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http://www.snpcultura.org/o_jejum_que_me_agrada.html
Sermão de Quarta-feira de Cinzas do Padre António Vieira, lido por Luís Miguel Cintra
Esta é a melhor devoção e mais útil penitência, e mais agradável a Deus, que podeis fazer nesta quaresma. Tomar uma hora cada dia, em que só por só com Deus e connosco cuidemos na nossa morte e na nossa vida. E porque espero da vossa piedade e do vosso juízo que aceitareis este bom conselho, quero acabar deixando-vos quatro pontos de consideração para os quatro quartos desta hora. Primeiro: quanto tenho vivido? Segundo: como vivi? Terceiro: quanto posso viver? Quarto: como é bem que viva? Torno a dizer para que vos fique na memória: Quanto tenho vivido? Como vivi? Quanto posso viver? Como é bem que viva?
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http://www.snpcultura.org/pedras_angulares_sermao_4a_feira_cinzas.html
Nesta Quaresma aprende a ser pobre
Se nos perguntarem «hoje, o que é que te tocou?», ficamos por vezes sem saber o que responder, porque nada nos tocou. Vivemos muita coisa mas nada nos tocou. Porquê? E somos capazes de viver assim durante dias, semanas e meses. Falta-nos a disponibilidade de entrarmos em diálogo, de sermos simples, de aprendermos como as crianças, que quando dão a mão a alguém têm o coração e o espírito livre para saborear o caminho, que para elas não é, como para nós, um corredor noturno e sonâmbulo em que só se vê uma coisa: a meta. E quem só vê a meta, não caminha. «Agradece a quem quer que venha, porque cada um foi enviado como um guia do Além.» Agradecer, agradecer, agradecer. É esta a pobreza de coração. É estar grato por aquilo que vem, que brota, que germina.
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http://www.snpcultura.org/nesta_quaresma_aprende_a_ser_pobre.html
Mensagem do Papa para a Quaresma
http://www.fundacao-ais.pt/cms/view/id/4181/
Nesta Quaresma, não deixemos que a habituação ao mal nos deixe indiferentes ao sofrimento
Uma das coisas mais desgastantes que nos pode acontecer é cair nas garras da habituação. Tanto ao bem como ao mal. Quando o marido ou a mulher se habituam ao carinho e à família, então deixa-se de valorizar, de dar graças e de cuidar delicadamente do que se tem. Quando nos acostumamos ao dom da fé, a vida cristã torna-se rotina, repetição, não dá sentido à vida, deixa de ser fermento. A habituação é um travão que aprisiona o coração. Estamos em risco! Como sociedade, habituámo-nos pouco a pouco a ouvir e a ver, através dos meios de comunicação, a crónica negra de cada dia; e o que ainda é pior, também nos habituámos a tocá-la e a senti-la à nossa volta sem que nos produza nada ou, quanto muito, um comentário superficial e descomprometido. A habituação diz-nos sedutoramente que não faz sentido tratar de mudar algo, que não podemos fazer nada frente a esta situação, que foi sempre assim e, todavia, sobrevivemos. Através da habituação deixamos de resistir, permitindo que as coisas “sejam o que são”, ou que alguns decidiram que “sejam”.
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http://www.snpcultura.org/nao_deixemos_que_habituacao_mal_nos_deixe_indiferentes_sofrimento.html

 

 

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