«Para meditar não importa sentir-se bem ou mal, contente ou triste, esperançado ou desiludido. Qualquer estado de alma que se tenha é o melhor estado de alma possível nesse momento para fazer meditação, pois é precisamente o que se tem. Graças à meditação, aprende-se a não querer ir a nenhum lugar diferente daquele em que se está; quer-se estar onde se está, mas plenamente. Para explorá-lo. Para ver o que nos oferece de si.» «A nós, seres humanos, caracteriza-nos um desmedido afã por possuir coisas, ideias, pessoas… Somos insaciáveis! Quanto menos somos, mais queremos ter. Ao contrário, a meditação ensina que, quando nada se possui, mais oportunidades se dão ao ser.» «Fazer meditação é colocar-se justamente nesse preciso instante: tens sido um vagabundo, mas podes converter-te num peregrino. Queres?»
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http://www.snpcultura.org/a_biografia_do_silencio.htmlA meditação fortalece a necessária desconfiança no mundo exterior e a incompreensível confiança no nosso verdadeiro mundo, que costumamos desconhecer. Quando meditamos, as nossas feições suavizam-se e a nossa expressão transfigura-se. Continuamos aqui, nesta terra, mas é como se já nem lhe pertencêssemos. Moramos noutro país, pouco frequentado, e atravessamos os campos de batalha sem ser feridos. Embora as flechas se cravem em nós e as balas penetrem nas nossas carnes, essas balas não nos derrubam nem essas flechas fazem com que brote sangue… Saímos desses campos de batalha crivados, mas vivos; caminhando e sorrindo porque não sucumbimos e demonstrámos a nossa eternidade. Meditamos para sermos mais fortes do que a morte.
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http://www.snpcultura.org/porque_apresentar_a_vida_como_ato_de_combate_em_vez_de_ato_amor.html
«É comum as biografias traduzirem as res gestae dos humanos, de atos quase heroicos, das palavras marcantes, das paixões que a memória maturada no final da vida procura legar para a posteridade. Mas uma biografia do silêncio? Do não dito, do não tocado, do impensado, do invisível, da não-correspondência, do incorpóreo, dos não-lugares, dos espaços impossíveis e inenarráveis? Meditar silenciosamente é revelar-se a alguém e ser recebido noutro silêncio, em sinal de profunda comunhão corpórea. É um lugar de interlocução, de atividade e passividade, lugar para buscar e ser escutado. Este movimento que vai da dádiva ao acolhimento é escuta do profundo, de si e dos outros. A passividade do silêncio é ação pura. Aprender a silenciar-se, a sentir-se como alteridade, é respeitar a gestualidade e a transcendência do nosso corpo. Para Pablo d’Ors «o amor – como a arte ou a meditação – é pura e simplesmente confiança. E prática, evidentemente, porque também a confiança se exercita». Nesse sentido, o silêncio é um fenómeno erótico profundo. É a gestualidade pura dos amantes maturados na sua relação sacramental.» Posfácio de “A biografia do silêncio”.Ler mais em:
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http://www.snpcultura.org/corpo_silente.html
«É comum as biografias traduzirem as res gestae dos humanos, de atos quase heroicos, das palavras marcantes, das paixões que a memória maturada no final da vida procura legar para a posteridade. Mas uma biografia do silêncio? Do não dito, do não tocado, do impensado, do invisível, da não-correspondência, do incorpóreo, dos não-lugares, dos espaços impossíveis e inenarráveis? Meditar silenciosamente é revelar-se a alguém e ser recebido noutro silêncio, em sinal de profunda comunhão corpórea. É um lugar de interlocução, de atividade e passividade, lugar para buscar e ser escutado. Este movimento que vai da dádiva ao acolhimento é escuta do profundo, de si e dos outros. A passividade do silêncio é ação pura. Aprender a silenciar-se, a sentir-se como alteridade, é respeitar a gestualidade e a transcendência do nosso corpo. Para Pablo d’Ors «o amor – como a arte ou a meditação – é pura e simplesmente confiança. E prática, evidentemente, porque também a confiança se exercita». Nesse sentido, o silêncio é um fenómeno erótico profundo. É a gestualidade pura dos amantes maturados na sua relação sacramental.» Posfácio de “A biografia do silêncio”.Ler mais em:
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