"Um mundo que falta fazer", antologia de crónicas de frei Bento Domingues
«Uma das coisas que impressiona em frei Bento Domingues é, precisamente, a sua capacidade de perscrutar sinais do porvir no presente que nos envolve. desde há muito que a sua voz lúcida, livre e bem‐humorada nos habituou a esse exercício – seja nas suas crónicas semanais, seja em livros ou em intervenções públicas. O seu modo de fazer teologia na praça pública há muito que o converteu numa voz original e incontornável na sociedade portuguesa e na Igreja Católica, em particular. Seria, assim, uma lacuna grave para a cultura portuguesa e a teologia cristã se não pudéssemos voltar a reler muitas das crónicas que, desde há mais de vinte anos e de mil semanas completadas neste final de 2013, frei Bento Domingues nos dá a ler no Público, domingo a domingo.» A editora Temas & Debates lança esta sexta-feira, 7 de março, nas livrarias o livro “Um mundo que falta fazer”. Do novo livro avançamos em pré-publicação a introdução, além de uma das crónicas e o índice.
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http://www.snpcultura.org/um_mundo_que_falta_fazer.html
Despediu os ricos de mãos vazias
As Vésperas terminam com um hino revolucionário, cantado ou rezado, atribuído por São Lucas a Maria de Nazaré quando, grávida de Jesus, foi visitar a sua prima Isabel, grávida de João Batista. Deste encontro a quatro resultou um poema conhecido, na tradução latina, como o Magnificat. A Bíblia de Jerusalém chama-lhe a «esperança dos pobres», mas apresenta-se também como a desgraça dos ricos: «Derrubou os poderosos de seus tronos/ e exaltou os humildes. // aos famintos encheu de bens/ e aos ricos despediu de mãos vazias». Este poema inquietante, amortecido pela repetição diária, faz parte do evangelho de Jesus Cristo que é uma boa notícia, precisamente porque anuncia não só aquilo a que é urgente dizer sim e aquilo que é preciso recusar, mas sobretudo porque mostra como é possível a todos começar já a mudar a vida. Os Fariseus, amigos do dinheiro, riam-se do lirismo das propostas paradoxais de Jesus sobre as relações entre felicidade e riquezas. Não podiam, por isso, entender as razões e o sentido da sua dureza com os ricos, os abençoados da divindade. Jesus não suportava uma cultura e uma religião que tinham como bênção divina um sistema de privilégios que mantinha e alimentava um abismo entre criaturas humanas.
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http://www.snpcultura.org/despediu_os_ricos_de_maos_vazias.html
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Despediu os ricos de mãos vazias
As Vésperas terminam com um hino revolucionário, cantado ou rezado, atribuído por São Lucas a Maria de Nazaré quando, grávida de Jesus, foi visitar a sua prima Isabel, grávida de João Batista. Deste encontro a quatro resultou um poema conhecido, na tradução latina, como o Magnificat. A Bíblia de Jerusalém chama-lhe a «esperança dos pobres», mas apresenta-se também como a desgraça dos ricos: «Derrubou os poderosos de seus tronos/ e exaltou os humildes. // aos famintos encheu de bens/ e aos ricos despediu de mãos vazias». Este poema inquietante, amortecido pela repetição diária, faz parte do evangelho de Jesus Cristo que é uma boa notícia, precisamente porque anuncia não só aquilo a que é urgente dizer sim e aquilo que é preciso recusar, mas sobretudo porque mostra como é possível a todos começar já a mudar a vida. Os Fariseus, amigos do dinheiro, riam-se do lirismo das propostas paradoxais de Jesus sobre as relações entre felicidade e riquezas. Não podiam, por isso, entender as razões e o sentido da sua dureza com os ricos, os abençoados da divindade. Jesus não suportava uma cultura e uma religião que tinham como bênção divina um sistema de privilégios que mantinha e alimentava um abismo entre criaturas humanas.
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