"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























terça-feira, 18 de março de 2014

LEITURA: "Entre-tanto", "Ao lado dos pobres" & "A noite do confessor"

"Entre-tanto"
«No centro está a fronteira, lugar de passos e de passagens, de perdas e de paixão. Se nos custa reconhecer como a fé se tornou irrelevante para tantos e como, por vezes, faltam às comunidades cristãs a força dos gestos e a unção das palavras que sejam capazes de dar um corpo vivo à graça do Evangelho, poderemos chegar a receber esta experiência de prova como bênção de um tempo favorável. A pobreza do momento instaurará coisas novas. O custo do caminho revelará a surpresa d’O sempre presente. Talvez de outros modos, apontando noutras direções. A fronteira que nos tirou do centro poderá ser o lugar que nos convém como casa, a nós, discípulos de Jesus que não teve lugar onde reclinar a cabeça. E, porém, amou todo o mundo como sua casa e todos os homens como seus irmãos.» A Paulinas Editora lança esta segunda-feira nas livrarias o mais recente livro do padre José Frazão Correia, recentemente eleito superior da Companhia de Jesus em Portugal, intitulado “Entre-tanto – A difícil bênção da vida e da fé”.
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http://www.snpcultura.org/entre_tanto.html

"Ao lado dos pobres"
Em minha opinião, o movimento eclesial e teológico que, depois do Concílio Vaticano II, na América Latina, sob o nome de «Teologia da Libertação», encontrou eco mundial, inclui-se entre as mais significativas correntes da teologia católica no século XX. (…) O teólogo profissional, como perito em religião, não se contrapõe aos fiéis ou aos não especialistas. Ele entende-se, tal como todos os discípulos, como ouvinte e aprendiz diante do único Mestre e Palavra de Deus, isto é, Cristo. Desse modo, ele penetra no contexto da experiência da fé e da religiosidade da vida do povo, ou seja, da comunidade daqueles que professam a fé em Jesus Cristo e ousam percorrer o caminho do seu seguimento na existência – para os outros. Participa dos seus sofrimentos e das suas esperanças. Desse modo, Teologia da Libertação, no melhor sentido da palavra, é teologia contextual, amadurecida a partir da comunidade. Assim também se supera a fissura entre uma teologia universitária erudita e uma reflexão da fé a partir das experiências concretas das comunidades.
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Desde o início, na Teologia da Libertação, tiveram-se em consideração as diversas dimensões da pobreza. Dizendo-o com outras palavras – como o faz a Bíblia –, prestou-se atenção a não reduzir a pobreza ao seu aspeto económico, certamente fundamental. Isso levou à afirmação de que o pobre é o «insignificante», aquele que é considerado como uma «não pessoa», alguém a quem não se reconhece a plenitude dos seus direitos na condição de ser humano. Pessoas sem peso social ou individual, que contam pouco na sociedade e na Igreja. Assim são vistos, ou mais exatamente não são vistos, porque são bem mais invisíveis na medida em que são excluídos dos nossos dias. As razões disso são diversas: as carências de ordem económica, sem dúvida, mas tam bém a cor da pele, ser mulher, pertencer a uma cultura desprezada (ou considerada interessante somente pelo seu exotismo, o que equivale ao mesmo). A pobreza é, com efeito, um assunto complexo e multifacetado; há decénios, ao falar dos «direitos dos pobres», referíamo-nos a esse conjunto de dimensões da pobreza.
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http://www.snpcultura.org/ao_lado_dos_pobres_gustavo_gutierrez.html

"A noite do confessor"
«Uma fé minúscula não tem de ser necessariamente apenas o fruto da pecaminosa falta de fé. Por vezes, a «pouca fé» pode conter mais vida e confiança do que a «grande fé». Será que não podemos aplicar à fé aquilo que Jesus disse na parábola acerca da semente, que tem de morrer a fim de produzir grandes benefícios, porque desapareceria e não prestaria para nada se permanecesse imutável? Será que a fé não tem de passar também por um tempo de morte e de radical diminuição na vida do homem e ao longo da história? E se nós apreendermos esta situação segundo o espírito da lógica paradoxal do Evangelho, em que o pequeno prevalece sobre o grande, a perda é lucro e a diminuição ou redução significa abertura ao avanço da obra de Deus, não será porventura esta crise o «tempo da visitação», o momento oportuno?» Oferecemos em pré-publicação um excerto de “A noite do confessor”, correspondente ao segundo capítulo, intitulado «Dá-nos um pouco de fé».
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