Os famosos e os duendes da morte
Em 1965, o cantor norte americano Bob Dylan compôs e interpretou “Mr. Tambourine Man”, um tema escrito na sequência de uma passagem pelo Carnaval de Nova Orleães e de que se diz ser visível, ou melhor, audível, tal influência na letra e na melodia vivas e expansivas.
Não imaginaria o cantor com então 24 anos de idade e cinco álbuns editados que, décadas mais tarde, o tema servisse primeiro de mote ao escritor brasileiro Ismael Caneppele para escrever o seu romance “Os Famosos e os Duendes da Morte”, e depois a Esmir Filho para levar por diante a adaptação cinematográfica homónima, que agora estreia entre nós.
O filme conta a história de um adolescente, que dá precisamente pelo nome de Mr. Tambourine, e que nutre uma enorme admiração por Bob Dylan. Desejoso por partir errante para parte alguma, como na música, Tambourine, aspira a evadir-se da sua realidade e sobretudo das dúvidas, das dores e das tormentas próprias da passagem da infância à idade adulta. A perda do pai, o alheamento da mãe e a paixão obsessiva por uma namorada com uma carga depressiva assinalável vêm agravar a condição do rapaz.
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