"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























terça-feira, 21 de agosto de 2012

FÉRIAS (d)e VERÃO com um convite à REFLEXÃO/MEDITAÇÃO/ATENÇÃO (21)...

... para, neste tempo da vida, preparar outro tempo, o Outono-Inverno da vida que se segue.
E se "o tempo voa", eles estão já aí!


Conta-me a tua vida fantástica
«Conta-me a história da tua vida fantástica, Ackley - disse eu.
- E se apagasses a luz? Tenho de me levantar cedo.»
Este é um diálogo do emblemático romance de Salinger, “Uma agulha no palheiro”. Calha-me pensar muitas vezes naquela pergunta acerca da nossa vida fantástica, até por que estamos normalmente muito pouco disponíveis para falar disso. Preferimos viver de luz apagada. Tornou-se uma espécie de desporto nacional a lamuria, a propósito de tudo e de nada. Na hora de relatar a vida, o que vem à tona são mais as dificuldades, os medos avulsos, para não dizer os ressentimentos. Mais do que a gratidão pela vida vamos mantendo um irremediável conflito de interesses que nos faz achar que nunca é suficiente o que temos ou o que nos acontece. E neste desencontro interior perdemos a capacidade de contemplar e acolher o milagre que constantemente nos rodeia. Talvez precisemos de uma cura de simplicidade, que nos reoriente para o essencial: a hospitalidade e a comunicação do dom. «Conta-me a história da tua vida fantástica.» No fundo, estamos todos preparados para isso.

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