"Porquê?" & "Para quê?"

Impõe-se-me, como autor do blogue, dar uma explicação, ainda que breve, do "porquê" e do "para quê" da sua criação. O título já por si diz alguma coisa, mas não o suficiente. E será a partir dele, título, que construirei esse "suficiente". Vamos a isso! Assim:
Dito de dizer, escrever, noticiar, informar, motivar, explicar, divulgar, partilhar, denunciar, tudo aquilo que tenho e penso merecer sê-lo. Feito de fazer, actuar, concretizar, agir, reunir, construir. Um pressupõe e implica, necessariamente, o outro - «de palavras está o mundo cheio». Se muitos & bons discursos ditos, mas poucas ou nenhumas acções que tornem o mundo, um lugar, no mínimo, suportável para se viver, «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», então nada feito!!!

«Para bom entendedor meia palavra basta» - meu dito meu feito, palavras e motivo.





























quarta-feira, 29 de agosto de 2012

FÉRIAS (d)e VERÃO com CINEMA (28)

"Dos homens e dos deuses"
Em 1996, sete monges da Ordem Cisterciense da Estrita Observância são raptados e assasinados em Tibhirine, aldeia aninhada na região argelina do Magrebe. É o culminar da escalada de violência que opõe o Grupo Islâmico Armado (GIA), extremista, ao governo que acusa de corrupto. O impacto deste horrível desaparecimento, cujos contornos exatos estão ainda por esclarecer, extende-se até aos nossos dias, levado agora ao cinema sob direção do realizador francês Xavier Beauvois.
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Já agora, um comentário, entre muitos de ...
...Aura Miguel, in RR on-line 12-11-2010 09:21
 
Estreou ontem, nas salas de cinema, um filme extraordinário de Xavier Beauvois, sobre os monges cistercenses de Thibirine que, em 1996, foram mortos por fundamentalistas argelinos.
 O filme começa por mostrar a vida do mosteiro, perdido naquela longínqua aldeia do Atlas, e a profunda ligação que aqueles monges tinham com a população, que se manifestava em fortes laços de amizade.
 Os monges levavam uma vida simples, com estudo, trabalho manual para garantir a sua sobrevivência, e muita oração. Quando estala a violência, contra cristãos estrangeiros, surge a questão: partir ou ficar.
 O mais fascinante deste filme é ver como os monges franceses eram homens normais, frágeis como nós: claro que tinham medo e, numa primeira fase, queriam sair dali. Mas o superior da comunidade pediu-lhes tempo para reflectir e o resultado é um fascinante percurso de crescimento interior e humano que cada um desses homens cumpre, reforçado com a oração e o canto litúrgico. Humanamente, têm medo, mas tomam uma opção de amor e cada um decide ficar, sabendo que vai morrer.
 O que fascina é que, apesar da debilidade que tinham, tomaram a sua vida a sério e arriscaram amar até ao fim.
 O filme não exalta o martírio nem cai na mística publicitária da morte bela. Nada disso. O que brota deste magnífico filme é a beleza do humano, sempre que a vida é vivida como dom.

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