Hanna Arendt: um pensamento situado
Paolo Terenzi, na introdução à obra “Hannah Arendt. Il pensiero secondo. Pagine scelte”, que recolhe textos da autora, diz que Hannah Arendt se caracteriza por um pensamento «em situação», no sentido em que parte sempre da realidade e se desenvolve numa fidelidade à própria realidade. Hannah Arendt aliou a esta preocupação com o real a preocupação com a condição humana, que considerava problemática. Hannah Arendt deixa transparecer isso mesmo na sua vida e na sua obra, exemplo paradigmático e polémico é a obra – “Eichamann em Jerusalém” (1963) – que é a reportagem do julgamento realizado em Jerusalém em 1961 do nazi Adolf Eichmann, tido como o “mentor” da solução final, mas considerado pela autora como um homem normal, cujo comportamento deixa transparecer aquilo a que Hannah Arendt chamou “banalidade do mal”, ao mesmo tempo que denuncia a presumível colaboração dos Conselhos hebraicos da Europa com os nazis.
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